Alergia nas partes íntimas do bebê fotos

Se você vir umas manchas de cor vermelho intenso na região das nádegas do bebê, é provável que esteja diante de um caso de dermatite da fralda também conhecida como assadura.

Mas, afinal o que é dermatite da fralda?

É uma inflamação da pele que pode estar relacionada às fraldas úmidas, não trocar a fralda com a frequência adequada, a sensibilidade da pele do seu bebê ou, inclusive, o atrito da fralda com a pele.

Ainda que a cor das manchas possa alarmar excessivamente aos pais, a dermatite pode ser tratada com soluções simples, por exemplo, trocas de fralda com mais frequência, cremes, unguentos ou, inclusive, deixar a pele secar ao ar livre.

Como sei se o meu bebê está com dermatite da fralda?

O sinal mais notório são as manchas vermelhas na pele. Entretanto, a coceira, inchaço ou vermelhidão contínua junto com a incomodidade do seu pequeno podem aparecer previamente.

Se você observa que o seu pequeno(a) chora ou se mexe mais quando você troca a fralda ou limpa essa área do seu corpo, poderia estar diante das primeiras manifestações da dermatite.

Devo consultar o médico por suspeita de dermatite da fralda?

Se você observa que o seu filho(a) apresenta esses sintomas, inclusive, depois de trocar a sua fralda frequentemente e passar cremes ou unguentos, é melhor que visite o seu médico, especialmente, se observa que a irritação:

  • É extensa ou incomum;
  • Não diminui apesar do tratamento em casa;
  • Sangra, coça ou supura;
  • Causa ardor ou dor ao urinar ou evacuar;
  • Vem acompanhada por febre.

O que é bom para a dermatite da fralda?

A escolha das fraldas é muito importante para prevenir a dermatite. Há toda uma linha de produtos dermatologicamente testados, feitos com fibras naturais e sem fragrâncias ou parabenos que serão suaves com a delicada pele do seu bebê.

Você teve que lidar com esta situação? Qual foi a melhor solução no seu caso? Compartilhe os seus conselhos nas nossas redes sociais. Mais abraços!

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Dermatite da fralda ou assadura é um termo não específico usado para descrever qualquer uma das várias reações inflamatórias da pele dentro da área da fralda, incluindo as nádegas, a região perianal, os órgãos genitais, as coxas e a cintura. É um dos distúrbios cutâneos mais comuns em neonatos e lactentes, com uma prevalência entre 7 e 50%. A incidência real pode ser maior, porque nem todos os casos são relatados (geralmente as lesões desaparecem em poucos dias sem a necessidade de tratamento específico).

Embora raramente cause problemas por longos períodos, gera considerável sofrimento aos bebês e aos pais ao mesmo tempo. Os pais costumam referir dor com períodos de choro prolongados, juntamente com agitação, alterações nos padrões de sono e diminuição da frequência de micção e defecação. Há relatos, inclusive, de que os níveis de cortisol salivar também ficam elevados em alguns bebês durante o período de dermatite de fralda.

A assadura leve ocorre frequentemente em crianças antes da conclusão do treinamento para controle de esfíncteres, e não há diferença aparente na prevalência entre os sexos. Alguns estudos mostraram que bebês que são amamentados ao seio podem ter um risco reduzido para a sua ocorrência.

Alergia nas partes íntimas do bebê fotos

Os três tipos mais comuns são: dermatite por atrito, dermatite por irritante primário e candidíase. A forma predominante é por irritante primário, causada por uma combinação de fatores como: longos períodos de umidade e urina na fralda, fricção e abrasão mecânica; presença de sais biliares e outros irritantes nas fezes que quebram os lipídios e proteínas protetores na camada superior da pele; aumento dos níveis de pH da pele por uma mistura de urina e fezes; e, ocasionalmente, a presença de microrganismos.

Em artigo publicado em 2018 no International Journal of Dermatology intitulado Diagnosis and management of diaper dermatitis in infants with emphasis on skin microbiota in the diaper area, Pogacar e colaboradores descreveram o tratamento e a prevenção deste tipo de afecção cutânea. Vejamos as principais recomendações dos autores.

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Como tratar assaduras

O tratamento se concentra em dois objetivos principais: aceleração da cicatrização da pele danificada e prevenção de erupções cutâneas recorrentes. No entanto, a chave para o manejo eficiente está na prevenção. A integridade da pele saudável é comprometida pela própria natureza do ambiente da fralda e, portanto, uma pele intacta normal permanece um objetivo ilusório a partir do momento em que o bebê usa fralda.

O tratamento inclui inúmeras abordagens. Contudo, para o diagnóstico correto e o tratamento adequado, o médico deve ter conhecimento sobre a etiologia da dermatite da fralda, da fisiologia e do microbioma da pele. Eliminar as causas da dermatite da fralda e usar cremes de barreira pode ser suficiente para curar casos leves; todavia, para a melhor abordagem terapêutica, a investigação de fungos e bactérias deve ser realizada quando houver suspeita.

Apresentações diferentes de dermatite de fralda podem exigir estratégias de tratamento diferentes. Se o bebê não responder a uma terapia específica, pode ser devido à falta de adesão, falha na correção dos fatores agravantes ou o diagnóstico pode estar incorreto. Devem ser consideradas causas de dermatite não associadas à fralda ou condições subjacentes que predispõem à dermatite de fralda.

Pontos importantes destacados por Pogacar e colaboradores (2018):

– Na maioria dos casos, o tratamento envolve medidas gerais de cuidados com a pele (por exemplo, troca frequente de fraldas, exposição ao ar, limpeza suave), escolha das fraldas e uso de preparações tópicas de barreira;

– A troca frequente de fraldas, a cada 1 a 3 horas, é essencial para o tratamento, pois ajuda a reduzir a quantidade de tempo em que a pele está em contato com a umidade e com substâncias irritantes;

– Deve-se ter cuidado para evitar fricção, limpando, enxaguando e secando suavemente a área da fralda, para minimizar traumas adicionais na pele;

– Idealmente, um bebê com dermatite de fralda deve ter períodos de descanso sem fralda, expondo a pele danificada ao ar, reduzindo o tempo de contato entre a pele e a urina, fezes, umidade e outros irritantes;

– A melhor escolha de fraldas para uso em bebês é uma questão controversa. No entanto, o uso de fraldas descartáveis, super absorventes e respiráveis, em vez de fraldas de pano, está associado à frequência reduzida de dermatite de fraldas;

– A área da fralda deve ser cuidadosamente limpa com água morna e com uma pequena quantidade de produto de limpeza suave com pH levemente ácido a neutro;

– Lenços sem perfume e sem álcool podem ser usados, mas seu uso deve ser descontinuado caso a pele fique irritada. Conservantes como a metilisotiazolinona nos lenços umedecidos podem causar dermatite alérgica de contato;

– Na dermatite de fralda leve a moderada, o uso de preparações tópicas de barreira como terapia de primeira linha é geralmente suficiente. Cremes de barreira contendo óxido de zinco e/ou petrolato formam um filme lipídico na superfície da pele e minimizam o contato da pele com urina e fezes. Estes cremes reparam o estrato córneo e protegem a pele contra a dermatite da fralda. Outros aplicações tópicas úteis incluem pomadas de vitamina A e D, dexpantenol e solução de Burow, uma mistura de acetato de alumínio na água. Cremes usados ​​para o tratamento da dermatite de fralda moderada também costumam conter ingredientes como óleos minerais, Aloe Vera e cera para fornecer uma proteção adequada à pele. Formas mais graves com sinais clínicos de infecções secundárias requerem atenção médica com diagnóstico cuidadoso e tratamento terapêutico;

– Em casos de candidíase, bastante comum em casos mais graves de dermatite de fralda, é sugerido o uso de agentes antifúngicos, como nistatina, clotrimazol, miconazol, cetoconazol e sertaconazol, para serem aplicados a cada troca de fraldas. Além disso, corticosteroides tópicos leves podem ser usados mesmo se a pele estiver infectada com Candida albicans. A recidiva da dermatite da fralda com uma infecção secundária após o tratamento com nistatina é comum devido à falha em erradicar infecções bacterianas concomitantes, recolonização dos locais do reservatório e resistência ocasional a agentes antifúngicos. Além disso, os possíveis efeitos adversos dos antifúngicos incluem irritação, queimação e coceira;

– Se uma infecção bacteriana secundária estiver presente, antibióticos tópicos ou orais podem ser necessários. Se a infecção bacteriana for localizada e leve, a mupirocina tópica aplicada duas vezes ao dia por 5 a 7 dias pode ser suficiente para tratar uma infecção estafilocócica. Já os antibióticos orais são indicados para infecções mais graves, incluindo dermatite estreptocócica perianal. Os bebês com dermatite de fraldas bacteriana podem exigir avaliação adicional para doenças bacterianas graves, principalmente se forem febris e/ou com estado geral comprometido;

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– Em geral, o uso de preparações tópicas de barreira dificulta o contato da pele com substâncias irritantes químicas, minimiza a umidade e o atrito e diminui a possibilidade de dermatite da fralda. No entanto, Pogacar e colaboradores (2018) enfatizam que devem ser evitadas barreiras ou medicamentos tópicos que contenham fragrâncias, conservantes e outros ingredientes com potencial irritante ou alérgico. Os produtos que contenham ácido bórico, cânfora, fenol, benzocaína e salicilatos também devem ser evitados devido ao potencial de toxicidade sistêmica e/ou meta-hemoglobinemia. Pastas e pomadas geralmente são melhores barreiras do que cremes e loções, que são pouco aderentes, minimamente oclusivas e podem conter fragrâncias e conservantes;

– Uma curta duração (até 2 semanas) de corticosteroide tópico de baixa potência pode reduzir a inflamação, que persiste apesar das medidas de cuidado da pele e uso de preparações tópicas de barreira. Os autores recomendam que o corticoide mais forte seja a hidrocortisona a 1%, que só deve ser aplicada até a erupção desaparecer. Corticosteroides mais fortes podem causar efeitos colaterais graves, como atrofia da pele, estrias e taquifilaxia, bem como supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, síndrome de Cushing, hipertensão intracraniana, atraso no crescimento e outros efeitos colaterais no paciente pediátrico, devido ao aumento da área da superfície da pele em relação ao peso corporal em comparação com os adultos.

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Como prevenir as assaduras

Pogacar e colaboradores (2018) descrevem que um fator crucial, não somente na prevenção da dermatite de fralda como no seu tratamento, é a educação e o apoio dos pais. A dermatite de fralda por irritante primário é uma condição evitável, e é de extrema importância que os pais aprendam maneiras comuns de diminuir a probabilidade da condição, através de higiene adequada, de meios para restaurar uma pele saudável e através da prevenção de dermatite de fralda de repetição.

Os autores destacam as seguintes medidas:

– A exposição das nádegas ao ar pelo maior tempo possível reduz a duração do contato direto da pele com a superfície do tecido úmido e reduz o atrito;

– Uma fralda limpa deve ser preferivelmente colocada após cada micção ou defecação. Para bebês com risco de desenvolver dermatite da fralda, um creme de barreira deve ser aplicado a cada troca. Isso forma um filme lipídico protetor na pele e diminui significativamente a exposição à umidade e a irritantes;

– O ambiente exclusivo da área das fraldas, incluindo a microbiota local da pele, a irritação contínua por bactérias em urina e fezes, o pH (em mudança) da pele na área, bem como a composição de agentes de limpeza e adjuvantes em preparações tópicas, devem ser considerados para desenvolver práticas de limpeza na área das fraldas. Enquanto estes são destinados a auxiliar na manutenção de uma barreira cutânea intacta ou promover a cura de uma barreira comprometida, práticas inadequadas podem piorar as lesões;

– O banho dos bebês deve ser dado com água morna (37 a 40° C) em pequena quantidade. Uma superfície ácida na pele é essencial para a manutenção da microbiota normal, fornecendo proteção antimicrobiana contra invasão por bactérias patogênicas e leveduras.

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Referências bibliográficas:

  • POGACAR, M. S. et al. Diagnosis and management of diaper dermatitis in infants with emphasis on skin microbiota in the diaper area. International Journal of Dermatology, v.57, n.3, p.265-275, 2018.
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Alergia nas partes íntimas do bebê fotos

Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Valença ⦁ Residência médica em Pediatria pelo Hospital Federal Cardoso Fontes ⦁ Residência médica em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Mestra em Saúde Materno-Infantil (UFF) ⦁ Doutora em Medicina (UERJ) ⦁ Aperfeiçoamento em neurointensivismo (IDOR) ⦁ Médica da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ ⦁ Professora adjunta de pediatria do curso de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques ⦁ Membro da Rede Brasileira de Pesquisa em Pediatria do IDOR no Rio de Janeiro ⦁ Acompanhou as UTI Pediátrica e Cardíaca do Hospital for Sick Children (Sick Kids) em Toronto, Canadá, supervisionada pelo Dr. Peter Cox ⦁ Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) ⦁ Membro do comitê de sedação, analgesia e delirium da AMIB e da Sociedade Latino-Americana de Cuidados Intensivos Pediátricos (SLACIP) ⦁ Membro da diretoria da American Delirium Society (ADS) ⦁ Coordenadora e cofundadora do Latin American Delirium Special Interest Group (LADIG) ⦁ Membro de apoio da Society for Pediatric Sedation (SPS) ⦁ Consultora de sono infantil e de amamentação ⦁ Instagram: @draroberta_pediatra

O que é bom para alergia nas partes íntimas de bebê?

Passar cremes com zinco na região íntima, para evitar a umidade; Evitar utilizar cremes e outros produtos que não são próprios para a pele do bebê.

Qual a melhor pomada para alergia nas partes íntimas do bebê?

A nistatina + óxido de zinco tem na sua fórmula duas substâncias, uma que age eliminando esse fungo e a outra que cicatriza e protege a pele por meio da formação de uma camada protetora que reduz a fricção entre a pele e as fraldas e impede o contato da pele com urina e fezes.

Como é a alergia de fralda?

Também chamada de dermatite de fralda pelos médicos, essa é uma das alergias de pele mais comuns em bebês. Entre os sintomas da alergia a fralda estão a assadura, vermelhidão, descamação e pequenas lesões na pele. O aspectos desses ferimentos depende do estágio da alergia, se leve, moderada ou grave.

Qual a melhor pomada para alergia de fralda?

Qual pomada é boa para alergia de fralda? Em casos mais específicos, o médico pediatra pode recomendar o uso de pomadas próprias para dermatite, como é o caso da Hidrocortisona 1% ou Dexametasona, que deve ser aplicada em fina camada sobre a pele afetada por cerca de 7 dias.