Por que os vírus são sempre parasitas

Nesta videoaula você irá entender o que torna os vírus parasitas celulares obrigatórios. Verá que eles não apresentam hialoplasma nem ribossomos e não executam as etapas de duplicação do DNA. Transcrição e tradução independentemente de uma célula. Os vírus não apresentam metabolismo próprio para executar seu ciclo de vida e reprodução. Aula online bastante didática para ajudar você a entender melhor este tema.

 Os vírus são organismos pequenos e bastante simples que são considerados seres vivos por alguns autores e não vivos por outros. Para se ter ideia da dimensão desses organismos, o menor vírus de que se tem registro possui apenas 20 nm de diâmetro, sendo ele, portanto, menor que um ribossomo. Os vírus são conhecidos, principalmente, por causarem várias doenças e serem considerados parasitas intracelulares obrigatórios.

Leia também: O que é um ser vivo?

→ Estrutura dos vírus

Os vírus são organismos que não possuem célula (acelulares), sendo sua estrutura formada basicamente por proteínas e ácido nucleico. A proteína forma um envoltório denominado de capsídio, que é formado por vários capsômeros e pode ser usado como forma de classificação dos vírus. De acordo com a simetria viral, podemos classificá-los em icosaédricos, helicoidais e complexos.

A função principal dos capsídios é proteger o material genético, que normalmente é de apenas um único tipo (DNA ou RNA), apesar de alguns vírus apresentarem os dois tipos (citomegalovírus). Diferente da maioria dos seres vivos, o genoma dos vírus é bastante diferenciado, existindo organismos com DNA de dupla fita, DNA de fita simples, RNA de dupla fita ou RNA de fita simples. Independentemente do tipo de material genético observado, o genoma é organizado, geralmente, na forma de uma única molécula linear ou circular.

Por que os vírus são sempre parasitas

Observe a estrutura básica de um vírus.

Alguns vírus possuem ainda um envelope localizado externamente ao capsídio e que é formado por lipídios, proteínas e carboidratos. Essa estrutura deriva do sistema de membranas da célula parasitada e é adquirida no momento em que o vírus é eliminado pelo processo de brotamento. Os vírus que possuem envelope recebem a denominação de envelopados.

Sendo assim, de maneira resumida, podemos dizer que os vírus são compostos por:

  • ácido nucleico (DNA, RNA ou os dois);

  • capsídeo;

  • envelope membranoso (presente apenas em alguns tipos de vírus).

→ Os vírus são seres vivos?

Os vírus são organismos acelulares e, apesar de não possuírem célula, são extremamente dependentes dessas estruturas, uma vez que não possuem metabolismo próprio e não apresentam nenhuma organela. Ao parasitarem uma célula, eles induzem a produção de material genético viral e proteínas, controlando o metabolismo celular. Em face dessa característica, os vírus recebem a denominação de parasitas intracelulares obrigatórios.

Por que os vírus são sempre parasitas

O vírus bacteriófago é um vírus que parasita apenas células bacterianas.

Como não possuem metabolismo fora de uma célula, muitos autores não admitem que eles sejam considerados seres vivos. Outros pesquisadores, por outro lado, consideram-nos vivos porque eles podem duplicar-se e apresentam variabilidade genética. Outro ponto que contribui para essa última classificação é a presença de moléculas como proteínas, lipídios e carboidratos.

Mapa Mental: Vírus

 

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→ Reprodução dos vírus

Os vírus, como sabemos, podem reproduzir-se apenas em células hospedeiras, uma vez que não possuem enzimas e as estruturas necessárias para a produção de proteínas. Desse modo, podemos dizer que os vírus quando estão no ambiente sem parasitar nenhuma célula funcionam apenas como uma estrutura que contém genes.

Os vírus reproduzem-se de maneiras variadas, mas geralmente passam por algumas etapas básicas:

Adsorção: ocorre a interação entre a célula que será parasitada e os vírus, formando ligações entre os seres invasores e os receptores na membrana da célula.

Penetração: acontece a entrada do vírus em sua totalidade ou parcialmente na célula.

Desnudamento: o ácido nucleico do vírus é liberado no interior da célula, separando-se do seu capsídio.

Biossíntese: o material genético é duplicado e ocorre a síntese das proteínas necessárias para formar o capsídio.

Morfogênese: acontece a organização das estruturas formadoras do capsídio e do material genético.

Liberação: ocorre a lise da célula e a liberação dos vírus. No caso dos envelopados, ocorre o brotamento desses organismos.

Leia também: Reprodução dos vírus de DNA

→ Viroses

Por que os vírus são sempre parasitas

Os vírus podem causar doenças, as quais são chamadas de viroses.

Ao parasitar uma célula humana, os vírus podem desencadear diversas doenças, as quais são genericamente chamadas de viroses. Essas doenças podem ser fáceis de tratar, como é o caso do resfriado, ou não apresentarem cura, como é o caso da AIDS. Além disso, podem ou não causar sintomas no indivíduo. São exemplos de doenças virais a dengue, hepatite, AIDS, raiva, varicela, varíola, rubéola, ebola, herpes e gripe. Vale destacar que cada doença apresenta sintomas e tratamentos diferenciados.

→ Descoberta dos vírus

Por serem organismos muito pequenos, a descoberta do vírus não foi uma tarefa fácil. Adolf Mayer, em 1883, estudava a doença do mosaico do tabaco e descobriu que a doença poderia ser transmitida por meio da seiva da planta quando esfregada em outra. Ele analisou a seiva, mas não conseguiu descobrir que micro-organismo era responsável por causar o problema. Ele então formulou a hipótese de que se tratava de uma bactéria bastante pequena, a qual não poderia ser observada nem mesmo no microscópico.

Uma década depois, a partir de trabalhos realizados, separadamente, por Dimitri Ivanowski e Martinus Beijerinck, os vírus começaram a ser conhecidos. Ivanowsky realizou trabalhos com o tabaco para confirmar a hipótese de Mayer. Nesse trabalho, ele filtrou a seiva para conseguir remover as bactérias, mas a doença ainda era transmitida. Ele pensou então que eram bactérias que passavam pelo filtro ou que produziam toxinas capazes de atravessar essa barreira.

Beijerinck realizou experimentos que contradisseram o trabalho de Ivanowsky. Beijerinck observou que, diferentemente das bactérias já conhecidas, o causador da doença do tabaco não se multiplicava nos meios de cultura. Ele então concluiu que estava lidando com uma partícula menor e mais simples. Esse cientista passou então a ser considerado o primeiro a propor a ideia da existência dos vírus.

Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos 

Por que os vírus são sempre parasitas

Os vírus não possuem célula. Isso mesmo! Os vírus são acelulares, mas são dependentes de uma célula para sobreviver e multiplicar, ou seja, se reproduzir.

Como precisam parasitar uma célula para “viver”, são chamados de parasitas intracelulares obrigatórios. Por isso dizemos que os vírus sempre são parasitas.

Os vírus só possuem metabolismos quando estão parasitando uma célula. Fora da célula hospedeira são incapazes de se reproduzir ou conduzir processos metabólicos como, sintetizar proteínas, gerar ou armazenar energia.

Estrutura dos vírus:

Muitas doenças que acometem plantas e animais, inclusive os seres humanos, são causadas por vírus.

A COVID-19, a gripe, a catapora, a zika, o sarampo, a dengue, a febre amarela, a Aids e diversas outras doenças humanas são causadas por vírus.
 

Os vírus, organismos que apresentam diâmetro entre 15 e 300 nm, são denominados de parasitas intracelulares obrigatórios, pois apenas se reproduzem no interior de células. Diferentemente de todos os seres vivos, esses organismos não possuem célula e metabolismo próprio e, por isso, não são considerados por muitos autores como formas de vida. Entretanto, em virtude da capacidade de se autoduplicar e possuir variabilidade e ácidos nucleicos, outros especialistas consideram esses organismos como seres vivos.

Os vírus foram descobertos a partir dos estudos independentes realizados por Dmitri Iwanowski e Martinus Beijerinck em 1892 e 1898, respectivamente. Esses pesquisadores estudaram o agente causador da doença denominada de mosaico do tabaco, que deixava as folhas de tabaco manchadas entre a coloração verde-escura e clara. Apesar da descoberta, os vírus foram visualizados apenas na década de 1940, após a invenção do microscópio eletrônico.

Estrutura do vírus

Com a visualização dos vírus, foi possível conhecer sua estrutura, que é relativamente simples quando comparada com a das células eucarióticas, por exemplo. De uma maneira simplificada, podemos dizer que esses organismos são formados por duas partes principais: o material genético, que normalmente é o DNA ou o RNA, raramente os dois, e uma capa proteica (capsídeo).

O capsídeo pode apresentar diferentes simetrias, tais como a icosaédrica, helicoidal ou complexa. Na simetria icosaédrica, observa-se que o capsídeo assume uma forma similar a de um icosaedro, ou seja, um poliedro formado por 20 faces, 12 vértices e 30 arestas. Como exemplo desse tipo de vírus, podemos citar o herpesvírus e o rinovírus. A simetria helicoidal, por sua vez, apresenta o capsídeo com formato de hélice, como é caso do vírus da raiva e da gripe. Por fim, o vírus de simetria complexa apresenta uma morfologia bastante distinta que não se encaixa em nenhum dos outros tipos. O exemplo mais típico desse tipo de vírus são os bacteriófagos.

Alguns vírus possuem, além do capsídeo, outra estrutura que reveste o vírus denominada de envelope. O envelope viral, que é constituído por lipídios, proteínas e carboidratos, é formado a partir da membrana da célula infectada. Como exemplo de vírus envelopado, podemos citar o HIV, o vírus causador da AIDS.

Por que os vírus são sempre parasitas

Observe a estrutura de um vírus envelopado

Replicação viral

Os vírus reproduzem-se apenas no interior da célula de um hospedeiro, uma vez que não possuem metabolismo próprio. Ao atingir uma célula e parasitá-la, uma série de processos ocorre até que o vírus consiga fazer com que a célula trabalhe a seu favor.

De uma maneira geral, podemos dividir a replicação viral nas seguintes etapas:

1- Adsorção: Etapa em que o vírus liga-se à receptores de membrana na célula hospedeira;

2- Penetração: Etapa em que o vírus adentra a célula;

3- Desnudamento: Etapa em que ocorre a remoção do capsídeo e a liberação do material genético;

4- Transcrição e tradução: Etapa em que ocorre a formação de proteínas dos vírus;

5- Maturação: Ocorre a formação de novas partículas virais;

6- Liberação: Vírus sai do interior da célula pronto para parasitar outras;

Exemplos de doenças causadas por vírus

Os vírus podem infectar qualquer ser vivo, desde os unicelulares, como bactérias, até pluricelulares, como os humanos. A infecção nos humanos é responsável por várias doenças. Veja a seguir alguns exemplos de infecções virais:

AIDS – Agente etiológico: HIV (Vírus da Imunodeficiência humana)

Catapora – Agente etiológico: Varicela-zóster

Condiloma acuminado – Agente etiológico: HPV (Papiloma Vírus Humano)

Gripe – Agente etiológico: Influenza

Herpes bucal – Agente etiológico: HSV-1 (Vírus Herpes Simples tipo 1)

Herpes genital – Agente etiológico: HSV-2 (Vírus Herpes Simples tipo 2)

Poliomielite – Agente etiológico: Poliovírus

Raiva – Agente etiológico: Vírus da raiva

Resfriado – Agente etiológico: Rinovírus e outros tipos

Rubéola – Agente etiológico: Vírus da Rubéola

Com os textos dispostos logo mais abaixo, você ampliará seus conhecimentos a respeito dos vírus, pequenas estruturas que intrigam os pesquisadores e são responsáveis por graves problemas de saúde na população.

Boa leitura!