P110816i7 esse texto tem como contexto social


Data Nome do Aluno C A D E R N O P1104 Turma Nome da Escola LÍNGUA PORTUGUESA 2ª série do Ensino Médio 2021 AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE ENTRADA UTILIZE O LEITOR RESPOSTA ABAIXO DESSA LINHA ENQUADRANDO A CÂMERA APENAS NAS BOLINHAS A B C D E 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 BL04P10 Leia os textos abaixo. Texto 1 Texto 2 5 10 15 O Tratado (das plantas, mantimentos e fruitos que há nesta província) Uma planta se dá também nesta província, que foi a ilha de São Tomé, com a fruita da qual se ajudam muitas pessoas a sustentar na terra. Esta planta é mui tenra e não muito alta, não tem ramos senão umas folhas que serão seis ou sete palmos de comprido. A fruita dela se chama banana. Parecem-se na feição com pepinos e criam-se em cachos [...]. Esta fruita é muito saborosa, e das boas que há na terra: tem uma pele como de figo (ainda que mais dura) a qual lhe lançam fora qdo a querem comer: mas faz dano à saúde e causa fevre a quem desmanda nela. GÂNDAVO, P. O Tratado, cap. V. Fragmento. In: BOSI, A. História Concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 2017, p. 17. Fragmento. Mantida a ortografia original do texto. 5 10 Yes, Nós temos Bananas Yes, nós temos bananas Bananas pra dar e vender Banana menina tem vitamina Banana engorda e faz crescer Vai para a França o café, pois é Para o Japão o algodão, pois não Pro mundo inteiro, homem ou mulher Bananas para quem quiser Mate para o Paraguai, não vai Ouro do bolso da gente não sai Somos da crise, se ela vier Bananas para quem quiser BRAGUINHA. Yes, nós temos bananas. In: Vagalume. Disponível em: . Acesso em: 29 mar. 2019. (P100753I7_SUP) 01) (P100762I7) Apesar de pertencerem a épocas distintas, esses textos são semelhantes porque A) expõem as vantagens nutricionais da banana. B) referem-se a uma fruta tipicamente brasileira. C) remetem-se à exportação de produtos nacionais. D) revelam as características físicas da bananeira. E) sugerem a semelhança da banana com o pepino. 02) (P100759I7) No Texto 2, o recurso estilístico presente no verso “Bananas pra dar e vender” (v. 2) foi usado para A) demonstrar a prosperidade do comércio da fruta. B) expressar a necessidade de exportar bananas. C) indicar a abundância de bananas no país. D) mostrar o exagero do consumo da fruta. E) recomendar o consumo de bananas. P1104 1 BL04P10 Leia o texto abaixo. 5 10 15 Querido amigo, Existe sempre um motivo muito justo para iniciar-se uma amizade. Amigos são como estrelas do céu, brilhando, brilhando, mesmo nas noites mais escuras, e ainda quando não conseguimos avistá-las, elas ainda estão lá. Tantas coisas aconteceram na minha vida, e eu, passei por decepções inúmeras, incontáveis… [...] Eu sei que mesmo contigo, nessa amizade tão bonita que temos construído, preciso entender que ninguém é perfeito. [...] Realmente, ter sua amizade é um sonho, que eu pensava ser utopia de uma mente sonhadora. [...] Nossa amizade é limpa, [...] não tem interesses, mas objetivos: Eu lhe ajudo e você me ajuda em nossa caminhada [...] Então eu quero lhe dizer que você tem demonstrado ser um amigo com o qual eu sonhei há muitos anos atrás [...]. Obrigada por todo o apoio, pela compreensão, pelo carinho.Amim, não me importam suas falhas, mas todas as suas tentativas de acerto, suas considerações, sua preocupação, em primeiro lugar, com o nosso bem estar como seres humanos. Quero que você saiba que eu nunca mais desgrudarei de você na vida! Já te amo muito! Beijos, Clarice Ferreira Disponível em: . Acesso em: 10 maio 2016. Fragmento. (SUP0394) 03) (P090314I7) Nesse texto, no trecho “Amigos são como estrelas do céu,...” (ℓ. 2-3), o recurso estilístico foi usado para A) demonstrar que os amigos são preciosos. B) indicar que a amizade é algo passageiro. C) mostrar que a amizade verdadeira é rara. D) sugerir que as pessoas têm muitos amigos. Leia o texto abaixo. 5 10 Por que contar carneirinho dá sono? Quase todas as pessoas já tentaram a técnica de contar carneirinhos para pegar no sono. Mas será que isso realmente funciona? Esse hábito é disseminado entre as crianças há muitas gerações. De acordo com relatos históricos, a técnica de contar carneirinhos vem das tradições dos pastores de ovelhas, que não conseguiam dormir à noite por preocupação com os animais e ficavam contando o número do rebanho mentalmente para garantir a segurança dos bichinhos. Cientificamente, no entanto, a técnica de contar carneirinhos não funciona para todas as pessoas. Quem consegue condicionar o cérebro a fixar o pensamento na contagem pode até ficar sonolento, mas, na prática, é difícil se concentrar em uma atividade tão monótona quanto essa, principalmente quando estamos agitados ou ansiosos. Uma pesquisa da universidade de Oxford demonstrou que as pessoas que tentam contar carneirinhos demoram mais tempo para adormecer. Segundo os pesquisadores, o ideal é imaginar cenas relaxantes para dormir com mais facilidade. MIRANDA, Juliana. Disponível em: . Acesso em: 13 jan. 2016. (P090817H6_SUP) 04) (P091028H6) Nesse texto, no trecho “... que não conseguiam dormir...” (ℓ. 5), a palavra destacada refere-se a A) crianças. B) pastores de ovelhas. C) pesquisadores. D) todas as pessoas. 05)(P091118H6) Nesse texto, no trecho “Mas será que isso realmente funciona?” (ℓ. 2), o ponto de interrogação foi usado para A) despertar curiosidade. B) expressar deboche. C) indicar insegurança. D) mostrar preocupação. P1104 2 BL01P10 Leia os textos abaixo. THE FLASH (2014) Texto 1 Rodrigo The Flash apresenta efeitos especiais excelentes, com grandes reviravoltas e chega a ser em alguns momentos fiel as HQs. Destaque para Tom Cavanagh (Dr. Wells) que mostra um personagem muito misterioso no envolvimento com o Flash e seus amigos do laboratório. Grant Gustin (Flash) mostra que é um ótimo ator e surpreende muito também como Flash. Cisco, o alivio cômico que fica melhor a cada episódio, agrada com suas diversas citações e escolhendo os codinomes dos personagens. Com uma ligação direta no universo de Arrow, The Flash não deixa de lado o tom de realismo na trama. Não voltada tanto para o “romantismo”, a série apresenta um tom misterioso de quem realmente é o “Flash Reverso”, maior vilão do Barry, flertando muito com viagens no tempo, a série vai se tornando cada vez mais interessante e te prendendo a cada final de episódio, (como no do Epi. 15 “CARAAAAACA”, e que episódio...) Poderia ter sido considerada uma séria quase perfeita tirando o modo que apresentavam cada vilão em uma semana, isso não chega a atrapalhar o contexto geral, e sim apresenta o desenvolvimento de outros personagens. Para quem gosta e viaja em ciência/física ela se torna perfeita com o envolvimento de um Herói de HQ. [...] Disponível em: .Acesso em: 1 dez. 2020.Adaptado para fins didáticos. Fragmento. Texto 2 Nei C. É uma das séries de super-heróis mais incoerentes que eu já assisti! Muito mal feita! Infelizmente parei de assistir a série na metade, pois chegou a um ponto que não dá mais! O Flash [...] é tão rápido que é capaz quebrar a barreira do som; consegue correr sobre a água e subir um prédio correndo; é tão veloz que passa pelas pessoas sem que as mesmas percebam, mas não consegue ser mais rápido que socos de pessoas que possuem velocidade normal! Isso é absurdo demais para aceitar! Se isso acontecesse apenas nos primeiros episódios, quando ele ainda está aprendendo a controlar a velocidade tudo bem, mas isso persiste por toda a série! Se fossem em momentos de distração seria aceitável também, mas isso ocorre quando ele está olhando para o inimigo a uma boa distância! Isso é incrivelmente falho! Os efeitos da série são muito legais, mas o roteiro é o pior possível! Sem contar o exagero de emoções que todos os personagens tem que ter o tempo todo! Parece até novela onde todos tem alguma questão emocional muito forte o tempo todo e toda hora precisam ter conversas intensas sobre sentimentos e emoções! Não é de vez em quando, é o tempo todo! Isso enjoa! Não tem um episódio onde algum deles não está passando por algum tipo de crise emocional! Mas o pior de tudo mesmo é a falha na questão da velocidade dele superar tiros disparados a curta distância, mas não superar golpes de pessoas comuns! Disponível em: . Acesso em: 1 dez. 2020. Adaptado para fins didáticos. Fragmento. (P100995I7_SUP) 06) (P100995I7) Com relação à série “The Flash”, esses textos apresentam posicionamentos A) complementares. B) imparciais. C) infundados. D) opostos. E) semelhantes. 07) (P101000I7) No Texto 2, no trecho “Isso é incrivelmente falho!”, o ponto de exclamação foi usado para A) demonstrar surpresa. B) destacar indignação. C) indicar entusiasmo. D) provocar reflexão. E) sugerir indiferença. P1104 3 BL01P10 Leia o texto abaixo. 5 10 15 20 25 O velho pote rachado Um carregador de água, na Índia, levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do Senhor para quem o carregador trabalhava. O pote rachado sempre chegava com água apenas pela metade. Foi assim por dois anos. Diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu Senhor. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição. [...] Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote rachado, um dia, falou para o carregador à beira do poço: ‒ Estou envergonhado. Quero lhe pedir desculpas. ‒ Por quê? ‒ perguntou o homem. ‒ De que você está envergonhado? ‒ Nesses dois anos ‒ disse o pote ‒ eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho que leva à casa de seu Senhor. Por causa do meu defeito você não ganha o salário completo dos seus esforços. O carregador ficou triste pela situação do velho pote, e, com compaixão, falou: ‒ Quando retornarmos à casa do meu Senhor, quero que observes as flores ao longo do caminho. De fato. À medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou muitas e belas flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas, no fim da estrada, o velho pote ainda se sentia mal, porque, mais uma vez, tinha vazado a metade da água, e, de novo, pediu desculpas ao carregador por sua falha. O carregador, então, disse ao pote: ‒ Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho? Notou ainda que a cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu Senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa. OLIVEIRA, Gean. O velho pote rachado. 2011. Disponível em: . Acesso em: 4 abr. 2018. Fragmento. (P100505H6_SUP) 08) (P100508H6) Nesse texto, na palavra “imperfeição” (ℓ. 8), o prefixo “im-” indica A) dificuldade. B) inferioridade. C) movimentação. D) negação. E) repetição. P1104 4 BL01P10 Leia o texto abaixo. Disponível em: . Acesso em: 4 dez. 2020. (P101002I7_SUP) 09) (P101002I7) Nesse texto, no termo “Reeduque”, o prefixo “re-” foi usado para A) apontar excesso. B) demonstrar duplicidade. C) especificar oposição. D) indicar repetição. E) marcar anterioridade. Leia o texto abaixo. O verdadeiro preço de um brinquedo É comum vermos comerciais direcionados ao público infantil. Com a existência de personagens famosos, músicas para crianças e parques temáticos, a indústria de produtos destinados a essa faixa etária cresce de forma nunca vista antes. No entanto, tendo em vista a idade desse público, surge a pergunta: as crianças estariam preparadas para o bombardeio de consumo que as propagandas veiculam? Há quem duvide da capacidade de convencimento dos meios de comunicação. No entanto, tais artifícios já foram responsáveis por mudar o curso da História. A imprensa, no século XVIII, disseminou as ideias iluministas e foi uma das causas da queda do absolutismo. [...] É impossível negar o impacto provocado por um anúncio ou uma retórica bem estruturada. O problema surge quando tal discurso é direcionado ao público infantil. Comerciais para essa faixa etária seguem um certo padrão: enfeitados por músicas temáticas, as cenas mostram crianças, em grupo, utilizando o produto em questão. Tal manobra de “marketing” acaba transmitindo a mensagem de que a aceitação em seu grupo de amigos está condicionada ao fato dela possuir ou não os mesmos brinquedos que seus colegas. Uma estratégia como essa gera um ciclo interminável de consumo [...]. Fica clara, portanto, a necessidade de uma ampliação da legislação atual a fim de limitar [...] a propaganda para esse público, visando à proibição de técnicas abusivas e inadequadas. [...]. Só assim construiremos um sistema que, ao mesmo tempo, consiga vender seus produtos sem obter vantagem abusiva da ingenuidade infantil. Disponível em: . Acesso em: 15 dez. 2020. Fragmento. (P101005I7_SUP) 10) (P101005I7) No segundo parágrafo desse texto, para sustentar sua tese, o autor A) apresentou números estatísticos. B) citou argumentos de autoridades. C) expôs um relato pessoal. D) mencionou um dado histórico. E) usou uma relação de causa e efeito. P1104 5 BL02P11 Leia os textos abaixo. Texto 1 Texto 2 5 10 Vestígios divinos (Na Serra de Marumbi) Houve deuses aqui, se não me engano; Novo Olimpo talvez aqui fulgia; Zeus agastava-se, Afrodite ria, Juno toda era orgulho e ciúme insano. Nos arredores, na montanha ou plano, Diana caçava, Actéon a perseguia. Espalhados na bruta serrania, Inda há uns restos da forja de Vulcano. Por toda esta extensíssima campina Andaram Faunos, Náiades e as Graças, E em banquete se uniu a grei divina. Os convivas pagãos ainda hoje os topas Mudados em pinheiros, como taças, No hurra festivo erguendo no ar as copas. OLIVEIRA, Alberto de. Vestígios Divinos. In: Academia Brasileira. Disponível em: . Acesso em: 17 mar. 2020. 5 10 15 [...] Viajei no tempo E fui buscar a razão do meu viver No Olimpo renascer Encontrei-me com Afrodite Uma deusa acredite Por ela me apaixonei Oh! Que lindo Deméter É o milagre da fertilização Ensinou fazer o pão Perdido no labirinto me achei... Flechas no meu coração Trovejou, brilhou Zeus ordenou! Chegou a hora da festa começar Foi até o sol raiar [...] Posseidon trouxe um mar de harmonia Pra mostrar sem fantasia Que lindo é viver pra se amar. XAVIER, Dudu; PIMENTA, João. In: Geocities. Disponível em: . Acesso em: 17 mar. 2020. Fragmento. (P110697I7_SUP) 11) (P110697I7) Apesar de pertencerem a épocas distintas, uma característica do Texto 1 que permanece no Texto 2 é A) a exaltação de elementos da natureza. B) a idealização do pensamento positivo. C) a referência a deuses da mitologia grega. D) a relevância dos trabalhos artesanais. E) a valorização das festividades religiosas. Leia o texto abaixo. Disponível em: . Acesso em: 19 ago. 2020. (P100931I7_SUP) 12) (P100931I7) Nesse texto, a forma verbal “desligue” foi usada para A) expressar uma ordem. B) formalizar um convite. C) marcar uma advertência. D) mostrar uma súplica. E) reforçar um alerta. P1104 6 BL02P11 Leia o texto abaixo. O desapego necessário para a mudança essencial Todos nós temos uma natureza particular, uma visão de mundo individual determinada por nossos modelos mentais.Agimos e pensamos de acordo com nossas crenças e valores e para cada um de nós, nossa maneira habitual de agir e pensar é o certo. Mas em determinadas situações, nossos modelos mentais não são suficientes ou adequados para dar conta das respostas que precisamos dar às situações especificas da vida. [...] Particularmente penso que, muitas vezes, essas justificativas estão relacionadas com algo ainda mais profundo e que raramente paramos para refletir. O quanto estamos apegados a padrões habituais de pensar e agir? [...] Muitas vezes somos apegados a crenças e pensamentos, mesmo aos pensamentos negativos e disfuncionais. Quantas vezes você já se pegou incomodado por causa de um pensamento sem querer tê-lo? Parece que ele tem vontade própria e insiste em permanecer na mente. De fato, tudo é desenvolvido na mente e o que importa é ter a noção de que você não é o seu pensamento. Seja capaz de não se identificar com os “pensamentos intrusos” que te incomodam e não se deixar perturbar, principalmente os pensamentos que não estão de acordo com os seus valores e propósitos de vida. [...] Com essa prática você irá perceber que, ao mesmo tempo em que você observa os seus pensamentos e os sentimentos, alguém observa sua experiência e esse alguém é você mesmo. [...] O processo de melhoria e crescimento pessoal passa primeiro pela reflexão e observação de nós mesmos. A primeira mudança é no pensar, é no agir e até mesmo na percepção e perspectiva de como avaliamos os acontecimentos da vida. Não se trata de fazer um esforço para mudar internamente, mas sim saber observar o que o limita, o que lhe dificulta a obtenção dos objetivos e sonhos, e em seguida, a mudança começará a expressar-se sem que você negue a si mesmo. [...] Desapegue-se, para ser cada vez melhor. Disponível em: . Acesso em: 4 dez. 2020. Fragmento. (P110826I7_SUP) 13) (P110826I7) Nesse texto, nos trechos “... por causa de um pensamento sem querer tê-lo?” (2° parágrafo) e “... o que lhe dificulta a obtenção dos objetivos...” (3° parágrafo), há predominância da linguagem A) arcaica. B) coloquial. C) padrão. D) regional. E) técnica. P1104 7 BL02P11 Leia o texto abaixo. O cortiço III [...] O zunzum chegava ao seu apogeu. A fábrica de massas italianas, ali mesmo da vizinhança, começou a trabalhar, engrossando o barulho com o seu arfar monótono de máquina a vapor. As corridas até à venda reproduziam-se, transformando-se num verminar constante de formigueiro assanhado. Agora, no lugar das bicas apinhavam-se latas de todos os feitios, sobressaindo as de querosene com um braço de madeira em cima; sentia-se o trapejar da água caindo na folha. Algumas lavadeiras enchiam já as suas tinas; outras estendiam nos coradouros a roupa que ficara de molho. Principiava o trabalho. Rompiam das gargantas os fados portugueses e as modinhas brasileiras. Um carroção de lixo entrou com grande barulho de rodas na pedra, seguido de uma algazarra medonha algaraviada pelo carroceiro contra o burro. E, durante muito tempo, fez-se um vaivém de mercadores. Apareceram os tabuleiros de carne fresca e outros de tripas e fatos de boi; só não vinham hortaliças, porque havia muitas hortas no cortiço. Vieram os ruidosos mascates, com as suas latas de quinquilharia, com as suas caixas de candeeiros e objetos de vidro e com o seu fornecimento de caçarolas e chocolateiras de folha-de-flandres. Cada vendedor tinha o seu modo especial de apregoar, destacando-se o homem das sardinhas, com as cestas do peixe dependuradas, à moda de balança, de um pau que ele trazia ao ombro. Nada mais foi preciso do que o seu primeiro guincho estridente e gutural para surgirem logo, como por encanto, uma enorme variedade de gatos, que vieram correndo acercar-se dele com grande familiaridade, roçando-se-lhe nas pernas arregaçadas e miando suplicantemente. O sardinheiro os afastava com o pé, enquanto vendia o seu peixe à porta das casinhas, mas os bichanos não desistiam e continuavam a implorar, arranhando os cestos que o homem cuidadosamente tapava mal servia ao freguês. Para ver-se livre por um instante dos importunos era necessário atirar para bem longe um punhado de sardinhas, sobre o qual se precipitava logo, aos pulos, o grupo dos pedinchões. AZEVEDO, Aluísio de. O cortiço. In: Domínio público. Disponível em: . Acesso em: 27 nov. 2020. Fragmento. (P110816I7_SUP) 14) (P110817I7) O objetivo comunicativo desse texto é A) anunciar um produto. B) dar uma instrução. C) expor uma opinião. D) narrar uma história. E) relatar um fato. 15) (P110816I7) Esse texto tem como contexto social A) a herança de hábitos característicos da vida rural. B) a importância da pesca para a economia local. C)...