O que foi o plano Marshall brainly

O Plano Marshall, desenvolvido pelo general estadunidense George C. Marshall, consistiu na aplicação de medidas de política econômica para reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) – o que passou a ser feito a partir de 1947. O nome oficial do plano era European Recovery Program (Programa de Recuperação Europeia). De 1948 a 1952, os Estados Unidos aplicaram cerca de 12, 6 bilhões de dólares nos países europeus, sobretudo na Grã-Bretanha, França e Holanda.

  • Doutrina Truman e contenção do comunismo

A ideia original do general Marshall era incluir todos os países da Europa no programa, incluindo aqueles pertencentes à União Soviética. Mas, em 1947, Josef Stalin, que, durante os anos finais da guerra, havia lutado ao lado dos aliados (comandados por Inglaterra e Estados Unidos) contra a Alemanha, Itália e Japão, negou-se a aceitar a ajuda dos EUA. A recusa se deu por motivos ideológicos e estratégicos e acabou por desencadear o início da Guerra Fria. Como forma de rivalizar com o Plano Marshall, a URSS criou seu próprio plano de reconstrução econômica dos países do Leste Europeu que estavam sob a sua influência: o Comecon (Conselho mútuo para assistência econômica).

Dado esse acirramento político-ideológico, o então presidente dos EUA, Harry Truman, e o diplomata George F. Kennan perceberam que o programa do general Marshall não poderia tornar-se efetivo sem um outro programa de contenção de um possível avanço do comunismo nos países arrasados pela guerra. A ameaça desse avanço era real e poderia ser promovida tanto diretamente pela URSS, quanto pelos próprios partidos comunistas desses países. A saída encontrada ficou conhecida como “Doutrina Truman”: a diplomacia americana passou a se articular com políticos europeus de orientação social-democrata, contrários ao comunismo, mas com grande aceitação popular. Como dizem os pesquisadores Demétrio Magnoli e Elaine Senise Barbosa, no livro “O leviatã desafiado”:

Na contenção do Plano Marshall, os estrategistas americanos não tinham preferência por parcerias com governos conservadores. Na verdade, os mais argutos visualizavam nos social-democratas os melhores parceiros. Eles eram ideologicamente receptivos aos conceitos de planejamento e cooperação. Mais importante ainda, representavam a esquerda democrática e dividiam com os comunistas a influência sobre os sindicatos. Nos anos 1950, além de Attlee e Bevin, líderes social-democratas como o belga Paul-Henri Spaak, o francês Guy Mollet, o holandês Willem Drees e o norueguês Einar Gerhardsen cimentaram a ponte transatlântica entre a Europa e os Estados Unidos. [1]

A articulação da reconstrução econômica com a politica social-democrata seguiu em grande parte também as orientações do keynesianismo, pensamento econômico desenvolvido pelo economista britânico John Maynard Keynes.

  • Desdobramentos: OECE e OTAN

Alguns desdobramentos importantes do Plano Marshall foram a criação da OECE (Organização para Cooperação Econômica Europeia) e da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A primeira entrou em vigor em 16 de abril de 1948, e teve o objetivo de coordenar a distribuição dos fundos empregados pelos EUA e integrar os países europeus diretamente envolvidos com os investimentos. Em 1957, com o Tratado de Roma, a estrutura da cooperação econômica europeia evoluiria para o Mercado Comum Europeu e, depois, para a União Europeia.

Já a OTAN, criada em 4 de abril de 1949, era uma aliança militar que tinha por objetivo integrar militarmente e consolidar a estrutura dos Estados-Nação europeus financiados pelo Plano Marshall. Quando sobreveio a Guerra da Coreia e a consequente Guerra Fria, com o acirramento da disputa entre soviéticos e americanos, os países-membros da OTAN reservaram-se do pacto que definia a agressão a uma das nações como sendo agressão a todas.

NOTAS

[1] BARBOSA, Elaine Senise; MAGNOLI, Demétrio. “O leviatã desafiado”. In: Liberdade versus igualdade (vol. 2). Rio de Janeiro: Record, 2013. p. p.100-101.


Por Me. Cláudio Fernandes

O Plano Marshall foi um programa de auxílio humanitário oferecido pelos Estados Unidos da América aos países europeus de 1948 até 1951.

Foi realizado por meio de assistência técnica e financeira para ajudar a recuperação dos países europeus destruídos pela guerra. Também tinha como objetivo não deixar que certos países passassem à influência do socialismo.

Por esse motivo, foi uma forma de estabilizar o capitalismo na Europa Ocidental, bem como garantir a integração dos países europeus.

O Plano Marshall (Programa de Recuperação Europeia) leva o nome do general George Catlett Marshall (1880-1959), secretário do Estado dos EUA durante o governo de Henry Truman (1884-1972) . Por causa disso, ele receberia o prêmio Nobel da paz em 1953.

Contexto histórico do Plano Marshall

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, os países europeus que participaram do conflito estavam arruinados e o número de mortes havia sido assustador.

A reconstrução europeia dificilmente teria êxito sem o auxílio econômico internacional.

Por este motivo, em julho de 1947, os principais membros envolvidos no confronto se reuniram para participar do Programa de Recuperação Europeia. Este havia sido inspirado no plano proposto pelo economista John M. Keynes em 1944.

Em 1948, para coordenar a distribuição dos fundos do Plano Marshall, é criada a Organização Europeia de Cooperação Econômica (OECE).

Os primeiros países a receberem a ajuda financeira foram Grécia e Turquia. Nestes países, os socialistas se haviam armado e lutavam para chegar ao poder.

Aos Estados Unidos não interessavam que dois países tão importantes, do ponto de vista geopolítico, passassem a ser influenciados pela União Soviética.

Por fim, o programa durou até 1951 e garantiu a recuperação econômica da Europa até a década de 1960.

Objetivos do Plano Marshall

O Plano Marshall foi uma estratégia estadunidense para combater o avanço soviético no início da Guerra Fria.

Desta forma, o plano está inserido no conjunto de medidas de combate ao avanço do comunismo que defendia a Doutrina Truman. Apesar de convidados, nenhum país sob o controle soviético participou da execução ou recebeu ajuda do Plano Marshall.

Por conseguinte, é importante frisar que a não intervenção dos EUA poderia afetar negativamente sua própria economia. Afinal, com o fim da Segunda Guerra Mundial, era fundamental manter a capacidade da Europa em honrar suas dívidas e manter suas importações.

Características do Plano Marshall

A principal característica do programa era a concessão de empréstimos a juros baixos aos países europeus que aceitassem as condições impostas pelos norte-americanos.

Estas consistiam em comprar prioritariamente dos EUA, fazer uma política de estabilização monetária e anti-inflacionária, e promover uma política de integração e cooperação intraeuropeia.

Por conseguinte, foi concedido cerca de 18 bilhões de dólares (aproximadamente US$ 135 bilhões nos dias atuais), distribuídos pela “Administração da Cooperação Econômica”, uma agência criada pelos EUA para executar este programa.

Os países que receberam maior ajuda foram o Reino Unido (3,2 bilhões), França (2,7 bilhões), Itália (1,5 bilhão) e Alemanha (1,4 bilhão).

Este auxílio também chegou por meio de assistência técnica de peritos em tecnologia norte-americana, alimentos, combustíveis, produtos industrializados, veículos, maquinaria para as fábricas, fertilizantes, etc.

Resultados do Plano Marshall

O Plano Marshall marca o fim da tradição isolacionista estadunidense, trouxe a Europa para a influência americana e garantiu dos EUA o acesso aos mercados europeus.

Dessa maneira, os países europeus abriram suas economias aos investimentos estadunidenses, reformaram seus sistemas financeiros, recuperaram sua produção industrial e o nível de consumo.

O resultado do programa foi positivo, uma vez que a economia da Europa Ocidental voltou a prosperar pelas duas décadas seguintes.

Para os EUA, os benefícios foram ainda maiores, pois suas exportações cresceram, assim como sua área de influência na Europa.

Ainda dentro do contexto da Guerra Fria, os EUA impulsionaram a criação da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar que reunia vários países ocidentais do hemisfério norte.

O Plano Marshall foi um programa de ajuda econômica dos EUA aos países da Europa Ocidental com o objetivo de reconstruí-los após a II Guerra Mundial. … O objetivo do plano era reconstruir economicamente os países europeus ocidentais que foram destruídos ou que sofreram perdas com a ocorrência da guerra.

O que é o Plano Marshall?

O Plano Marshall foi um programa de recuperação econômica feito pelos Estados Unidos para ajudar a Europa depois da Segunda Guerra Mundial. Com ele, pretendia também evitar o crescimento do comunismo e a expansão da influência soviética no continente.

Em que consiste o Plano Marshall quais foram seus objetivos geopolíticos?

Resposta. Possibilitar a reconstrução material dos países capitalistas destruídos na segunda guerra mundial, recuperar e reorganizar a economia dos países capitalistas, fazer frente aos avanços do socialismo presente, principalmente, no leste europeu comandado pela extinta União Soviética.

O que foi o plano de Marshall Brainly?

O Plano Marshall foi um plano econômico elaborado pelos Estados Unidos e países aliados com o objetivo de auxiliar economicamente a Europa Ocidental durante os anos seguintes à Segunda Guerra Mundial. O plano disponibilizou um empréstimo financeiro para ajudar na recuperação dos países devastados durante a guerra.

O que foi o Plano Marshall explique sua importância na consolidação?

O Plano Marshall foi um plano para a reconstrução dos países europeus e do Japão, no pós – segunda guerra. Através dele os EUA encheram a Europa de dólares; impulsionou o dólar como moeda padrão e consolidou o capitalismo como sistema dominante.

Qual foi a importância do Benelux para a formação da União Europeia?

O Benelux [Bélgica, Nederlands (Holanda) e Luxemburgo] foi o primeiro bloco econômico formado na Europa após a Segunda Guerra Mundial. … De modo resumido, o Benelux foi o primeiro bloco econômico da Europa, sendo a semente da futura União Europeia.

Qual a importância do Tratado Euratom?

Os principais objectivos do Tratado EURATOM são: promover a investigação e assegurar a difusão dos conhecimentos técnicos. estabelecer normas de segurança uniformes com vista a proteger a saúde da população e dos trabalhadores da indústria.