Explique com suas palavras o que é o processo de ocidentalização do mundo é o que é a globalização

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https://doi.org/10.11606/issn.2446-5240.malala.2016.122159
Oriente Médio, Ocidente, Globalização e Ocidentalização

A partir do conceito de globalização perversa de Milton Santos, esse artigo analisa a tentativa de ocidentalização do Oriente Médio que utiliza instrumentos econômicos e culturais para expandir as fronteiras do capitalismo. Para isso, serão utilizados dados históricos para uma análise qualitativa das mudanças no Oriente Médio, que podem ser fruto de uma globalização que busca a expansão de mercados, partindo-se da hipótese de que esta serve aos países mais fortes no sistema internacional, passando por cima de culturas milenares e universalizando a visão de uma região atrasada e inane.

Ananda Vilela da Silva Oliveira é acadêmica do curso de Relações Internacionais e Integração da Universidade Federal da Integração Latino Americana na cidade de Foz do Iguaçu-PR.

A globalização é um termo que foi elaborado na década de 1980 para descrever o processo de intensificação da integração econômica e política internacional, marcado pelo avanço nos sistemas de transporte e de comunicação. Por se caracterizar como um fenômeno de caráter mundial, muitos autores preferem utilizar o termo mundialização.

É preciso lembrar, porém, que, apesar de ser um conceito recentemente elaborado, a sua ocorrência é antiga. A maioria dos cientistas sociais marca o seu início no final do século XV e início do século XVI, quando os europeus iniciaram o processo de expansão colonial marítima. Com isso, é possível perceber que a globalização não é um fato repentino e consolidado, mas um processo de integração gradativa que está constantemente se expandindo.

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Aldeia global

Muitos autores utilizam o termo “aldeia global” para se referir à globalização, pois ela não se limita aos planos políticos e econômicos, ocorrendo também no âmbito da cultura. Observa-se uma grande troca de costumes, hábitos e mercadorias culturais. Os animes japoneses e os filmes de Hollywood, por exemplo, são assistidos em todo o mundo.

Explique com suas palavras o que é o processo de ocidentalização do mundo é o que é a globalização
A globalização é um processo de integração social, econômica e cultural entre as diferentes regiões do planeta.

Assim, muito se fala em uma padronização cultural. No entanto, há quem conteste essa tese, dizendo que os regionalismos também se ampliam, promovendo o aumento da heterogeneidade cultural. Outros chegam a afirmar que o que ocorre, na verdade, é uma hegemonização cultural, em que os costumes dominantes se impõem sobre os demais.

Para se ter uma ideia dos avanços tecnológicos e do aumento da velocidade nas trocas de informações, podemos comparar as notícias das mortes de duas personalidades mundialmente conhecidas. Em 1865, quando Abraham Lincoln faleceu, a notícia chegou à Europa treze dias depois. Em 2009, a morte de Michael Jackson estava sendo divulgada em tempo real para todo o mundo.

O geógrafo e economista David Harvey, em sua obra “A condição pós-moderna”, utiliza-se de um conceito específico para se referir ao aumento da velocidade nas trocas comerciais e de informações: a compressão espaço-tempo. Isso porque, com os avanços nos meios de transporte, as grandes distâncias deixaram – ou estão deixando – de ser um obstáculo. Ao mesmo tempo, os avanços nos meios de comunicação também “encurtaram” o tempo, como no exemplo citado acima. O que se levava vários dias ou semanas para ser noticiado, hoje é conhecido pelo mundo todo em pouquíssimos segundos.

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Críticas à globalização

O processo de globalização, em seus moldes atuais, vem sendo duramente criticado por alguns intelectuais e grupos sociais organizados. A principal afirmação é de que esse processo ocorre de uma forma que beneficia apenas as elites econômicas e os países dominantes, em detrimento das populações pobres e regiões de todo mundo.

O ponto central das críticas é que os avanços tecnológicos e das comunicações sempre alcançam primeiramente aqueles que possuem um poder aquisitivo superior. Outro fator é que, com as expansões das inúmeras multinacionais em todo o mundo, amplia-se a concentração de renda, de modo que o número de pessoas contempladas pelos benefícios da mundialização diminui constantemente. Um exemplo a ser citado é o fato de as três pessoas mais ricas do mundo somarem mais riquezas do que os 48 países mais pobres do mundo juntos.

Além disso, segundo os críticos da globalização, o processo de integração mundial foi construído tendo como base o modelo europeu de cultura e civilização. Assim, toda forma de conhecimento e comportamento teria sido estabelecida com base nos padrões eurocêntricos de moralidade, suprimindo povos e culturas tradicionais de outros países, considerados “inferiores” pela ideologia dominante.

O geógrafo Milton Santos, em sua renomada obra Por uma outra Globalização, divide esse fenômeno em três abordagens: a) a globalização como fábula, ou seja, da forma como nos é contada; b) a globalização como perversidade, da forma como ela realmente é; c) a globalização como possibilidade, quando propõe a ideia de uma outra globalização, mais justa e igualitária.

Atualmente, os principais movimentos organizados para lutar contra a globalização ou contra as suas consequências são o Fórum Social Mundial e o Ocuppy Wall Street.


Por Me. Rodolfo Alves Pena

Ocidentalização é um processo por que sociedades não ocidentais recaem sob a influência da cultura ocidental em questões tais como indústria, tecnologia, lei, política, economia, estilo de vida, dieta, língua, religião ou valores ocidentais. A ocidentalização tem sido percebida como uma influência disseminada e aceleradora através do mundo nos últimos séculos. Geralmente, é um processo bilateral, no qual às influências e interesses ocidentais junta-se o desejo de pelo menos algumas partes da sociedade afetada, de mudar no rumo de uma sociedade mais ocidentalizada, na esperança de alcançar um padrão de vida ocidental ou alguns aspectos dele.

A ocidentalização também pode ser relacionada ao processo de aculturação. A aculturação refere-se às mudanças que ocorrem dentro de uma sociedade ou cultura quando dois grupos diferentes entram em contato direto contínuo. Depois do contato, as mudanças nos padrões culturais numa cultura ou em ambas são evidentes. Popularmente, a ocidentalização pode também referir-se aos efeitos da expansão do Ocidente e do colonialismo sobre sociedades nativas.

Por exemplo, nativos que adotaram línguas europeias e costumes ocidentais característicos são chamados de "aculturados" ou "ocidentalizados". A ocidentalização pode ser forçada ou voluntária, dependendo da situação do contato.

Diferentes graus de dominação, destruição, resistência, sobrevivência, adaptação e modificação da cultura nativa podem seguir-se a um contato interétnico. Numa situação onde uma cultura nativa vivencia a destruição como resultante do contato com um intruso mais poderoso, frequentemente uma "fase de choque" é o resultado do encontro. Esta fase de choque é especialmente característica durante interações envolvendo épocas expansionistas ou colonialistas. Durante a fase de choque, a repressão civil usando forças militares pode levar a um colapso cultural ou etnocídio, o qual é a extinção física de uma cultura. De acordo com Conrad Phillip, os ocidentais "tentarão refazer a cultura nativa à sua própria imagem, ignorando o fato de que os modelos culturais que eles criaram são inadequados para ambientes fora da civilização ocidental".

 Ver artigo principal: Civilização ocidental

 

Várias definições de Ocidente:

  Países desenvolvidos da América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia (sempre considerados como Ocidente), bem como membros da União Europeia.

  América Latina, colonizada por países europeus (Portugal, Espanha e outros) mas com significativas influências culturais nativas também.

  Outros estados de Europa

  Japão - país desenvolvido da Ásia oriental, às vezes considerado "ocidental"

O ocidente foi, originalmente, definido como sendo a Europa. Os antigos romanos faziam distinção entre culturas orientais que habitavam territórios do Egito e a Turquia modernos e culturas ocidentais que viviam no oeste. Mil anos mais tarde, o Grande Cisma do Oriente separou a Igreja Católica da Igreja Ortodoxa (oriental). A definição de "ocidental" mudou, visto que o oeste recebeu influências diversas e espalhou-se por outras nações. Eruditos islâmicos e bizantinos juntaram-se ao cânon ocidental quando seus estoques de literatura grega e romana deram início à Renascença.[1] O ocidente expandiu-se para incluir a Rússia quando Pedro, o Grande trouxe novas ideias da França. Hoje, a maioria dos usos modernos do termo referem-se à sociedades da Europa Ocidental e Central e seus descendentes genealógicos, linguísticos e filosóficos próximos. Isto tipicamente inclui aqueles países cuja identidade étnica e cultura dominante são derivados da cultura europeia.

Pessoas

Um ponto de vista diferente sobre o mundo ocidental é que ele não seria definido por seu território, mas por seu povo, visto que este tende a diferenciar-se num mundo crescentemente globalizado. Esta abordagem destaca a presença de populações não ocidentais em países de maioria ocidental e vice-versa. Os bôeres, por exemplo, podem ser considerados como habitantes ocidentais da África do Sul.

Diferenças

Seria incorreto considerar o mundo ocidental como um bloco monolítico, visto que existem muitas diferenças culturais, linguísticas, religiosas, políticas e econômicas entre os vários países ocidentais e suas populações. O próprio conceito de mundo ocidental tem mudado gradualmente ao longo do tempo.

  • Aculturação
  • Americanização
  • Antiglobalização
  • Assimilação cultural
  • Colonialismo
  • Colonização
  • Etnocídio
  • Globalização
  • Identidade cultural
  • Raças humanas
  • Racialismo
  • Racismo
  • Sincretismo

  • MACEDO, Helder Alexandre Medeiros de. Oriente, Ocidente e Ocidentalização: Discutindo Conceitos in "Revista da Faculdade do Seridó", v.1, n.0, jan./jun. 2006. Acessado em 5 de março de 2008.
  • MACEDO, Helder Alexandre Medeiros de. Populaçoes indígenas e ocidentalização no sertão da capitania do Rio Grande do Estado do Brasil in Revista de Antropología Experimental, nº 6, 2006. Texto 15: 221-234. Acessado em 5 de março de 2008.
  • NOZOE, Nelson; MIYAMOTO, Rodrigo Toshiaki.O Choque das civilizações e a recomposição da ordem mundial in FEA-USP. Acessado em 5 de março de 2008.
  • SAMARY, Catherine. O preço da ocidentalização[ligação inativa] in Le Monde Diplomatique, junho de 2000. Acessado em 5 de março de 2008.
  • SEGRILLO, Angelo. Europa ou Ásia? A Questão da Identidade Russa Nos Debates Entre Ocidentalistas, Eslavófilos e Eurasianistas (Tese de Livre Docência – USP, 2016).
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  1. Neumann M., Has Islam Failed? Not by Western Standards, Counter Punch, May 2003.

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