Quais as características da abordagem centrada na pessoa em relação à aprendizagem?

Segundo Carl Rogers, psicólogo americano, os estudos sobre a terapia de adultos e a aprendizagem centrada no aluno promovidos na década de 1950, influenciaram fortemente a Andragogia e as práticas educativas com ênfase na autoaprendizagem e na aprendizagem significativa.

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Na perspectiva de Rogers, o ser humano é considerado único, tanto no que diz respeito à sua vida interior quanto às suas percepções e avaliações sobre o mundo. Está em contínuo processo de descoberta, com o objetivo último de autorrealização e pleno uso das potencialidades e capacidades.

A realidade é um fenômeno subjetivo, produzido e interpretado individualmente. O conhecimento é construído pelo indivíduo através da experiência subjetiva de vivenciar essa realidade. A educação deve ser, portanto, centrada na pessoa, criando condições para o crescimento pessoal, interpessoal e intergrupal.

Rogers combate a aprendizagem do tipo “tarefas”, que só utiliza as operações mentais, não considerando o indivíduo como um todo. Esse tipo de aprendizado é esquecido com o tempo, pois não tem relevância com os sentimentos, as emoções e sensações do educando, e não incentiva o adulto a aprender.

O homem tem curiosidade natural pelo conhecimento. A escola ou qualquer outra instituição formal de ensino é um local de encontro deliberado e intencional entre pessoas que buscam experiências significativas, crescimento, atualização e mudança. O novo papel do educador de adultos é ser um facilitador da aprendizagem, e a relação com o aprendiz se baseia no respeito e na liberdade.

Para Rogers, ensinar é mais que transmitir conhecimento – é despertar a curiosidade, é instigar o desejo de ir além do conhecido. É desafiar a pessoa a confiar em si mesmo e dar um novo passo em busca de mais. É educar ao longo da vida e para novos relacionamentos.

Os principais pressupostos da abordagem Rogeriana, também conhecida como “abordagem humanista” são:

  • Ninguém ensina ninguém. apenas facilita a aprendizagem do outro.

  • As pessoas aprendem quando isso mantém ou melhora a estrutura do seu ser (self).

  • A experiência envolve mudança na organização do ser.

  • O ser se torna mais rígido diante da ameaça.

Portanto, segundo Rogers, a situação educacional ideal é a que elimina a ameaça e oferece às pessoas uma percepção diferente da realidade. É ampliar o horizonte, gerar reflexões e orientar o aluno adulto para o autoconhecimento.

O professor que ajuda o aluno a pensar por si próprio (auxiliando-o com autenticidade, confiando em sua habilidade) e, com carinho, conduzindo-o ao caminho da participação e independência é, realmente, um bom facilitador da aprendizagem. Essa é uma realidade nas instituições de ensino que você tem frequentado?

Em resumo, a aprendizagem centrada no aluno é revolucionária e transformadora por aproveitar o desejo natural de todo estudante de participar e interferir em seu próprio processo.

Para referenciar o artigo, utilizar:

Beck, C. (2017). Aprendizagem centrada no aluno. Andragogia Brasil. Disponível em: https://andragogiabrasil.com.br/aprendizagem-centrada-no-aluno/

NOSSOS VALORES, NOSSO TRABALHO, NOSSAS VIDAS

O que é a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP)?

A Abordagem Centrada na Pessoa é um modelo de pensamento e de atuação em Psicologia, Ensino, Educação,  Administração e em outras áreas do conhecimento, criado por Carl Rogers, que possibilita para a pessoa a retomada da responsabilidade por si mesma, tornando-a protagonista de sua própria vida. Isto se dá através de atitudes facilitadoras do crescimento psicológico e do desenvolvimento das potencialidades  do ser humano.

Sendo a mais conhecida das Psicologias Humanistas, a Abordagem Centrada na Pessoa considera que o ser humano é determinado por sua própria vontade subjetiva, ainda que influenciado por todas as circunstâncias de sua existência. Neste sentido então, ele é absolutamente livre para escolher entre as opções existentes, ainda que poucas e limitadas, responsabilizando-se pelas consequências que delas advirem.

Considera, ainda, que o ser humano tende a se desenvolver da forma mais construtiva e positiva que puder, dentro das condições possibilitadas por suas circunstâncias. Esta tendência é chamada de TENDÊNCIA ATUALIZANTE, sendo, para a Abordagem Centrada na Pessoa, a única força motivacional humana, de forma que todas as outras motivações lhe são subordinadas.

Tendência Atualizante

“Todo organismo é movido por uma tendência inerente para desenvolver todas as suas potencialidades de maneira a favorecer sua conservação e enriquecimento”. (Rogers, 1977)

CONDIÇÕES FACILITADORAS DO CRESCIMENTO PSICOLÓGICO (atitudes do facilitador)

Compreensão Empática:

É a capacidade de em apreender o vivido do outro, seus sentimentos e percepções, considerando os valores e vivências deste.

Consideração Positiva Incondicional:

É a aceitação do outro enquanto um ser significativo e digno de consideração, independentemente de quaisquer requisitos ou condições. É importante ressaltar que considerar de forma positiva e incondicional não significa concordar com tudo o que o outro faz, nem com sua atuação no mundo.

Autenticidade ou congruência:

Capacidade de ser o que realmente se é, com o reconhecimento e aceitação de si próprio e de suas próprias vivências, de forma clara e voltada para a relação com o outro. Integra pensamentos, sentimentos e comportamentos.

Quais as características da abordagem centrada na pessoa em relação à aprendizagem?
Carl R. Rogers, criador da Abordagem Centrada na Pessoa

Carl Rogers

Um dos fundadores da Psicologia Humanista e Criador da Psicoterapia Centrada no Cliente, Carl Rogers (1902-1987) forneceu hipóteses que abriram  um novo campo de pesquisa, desenvolvendo uma abordagem para todas as relações interpessoais: a Abordagem Centrada na Pessoa.

Duas vezes eleito presidente da Associação Americana de Psicologia, recebeu desta os prêmios de melhor contribuição científica e o de melhor profissional.

Rogers morreu em 4 de fevereiro de 1987, mesmo ano em que foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz, aos 85 anos de idade.

Qual é o impacto de Carl Rogers ainda hoje? Neste momento de crise econômica, social e humana em que os valores individuais tendem a desaparecer e que a vida deixou de ter um valor único, a mensagem de Rogers mostra-se indispensável para a compreensão do homem como um ser que dá sentido ao social, num conceito global de organismo, em todos os níveis de organização, numa posição profundamente humanista.

“O ser humano, como todos os organismos, tende a crescer e a se atualizar. É claro que todos os fatores sociais, econômicos e familiares podem interromper esse crescimento, mas a tendência fundamental é em direção ao crescimento, ao seu próprio preenchimento ou satisfação. A pedra fundamental da psicologia humanista pelo menos como eu vejo, é, portanto, essa crença de que o ser humano tem um organismo positivo e construtivo”.


Carl Rogers

O NASCIMENTO DA ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA

Em 11 de dezembro de 1940 Carl Rogers proferiu a palestra.              

“Os mais recentes conceitos em psicoterapia”, na Universidade de Minesotta. Essa nova psicoterapia, como ele próprio denominou, propunha:

1. Uma maior confiança no impulso do indivíduo em direção ao crescimento, saúde e ajustamento; 2. A terapia como uma maneira de libertar o cliente para o crescimento e o ajustamento normais; 3. Ênfase nos aspectos afetivos da situação e não somente nos intelectuais; 4. Privilégio da situação imediata mais do que ao passado; 5. Relacionamento terapêutico em si mesmo como uma experiência de crescimento.

Em função da reação ambígua da platéia, que reagiu palmas e vaias, Rogers considerou que estava trazendo uma contribuição original. Esta palestra marcou o nascimento da Abordagem Centrada na Pessoa, e se transformou no cap. 2 do livro Psicoterapia e Consulta Psicológica, lançado em 1942.

“Parece absurdo alguém poder nomear o dia que a Abordagem Centrada na Pessoa nasceu. Contudo, eu sinto que é possí­vel nomeá-lo como sendo o dia 11 de dezembro de 1940.” (Carl Rogers) 

CELEBRAÇÕES DOS 70 E DOS 80 ANOS DA ABORDGEM CENTRADA NA PESSOA

Em 2010, o CPHB – Centro de Psicologia Humanista de Brasília, em parceria com o CPP – Centro de Estudos da Pessoa (RJ) e com o Espaço Viver (SC), promoveu um evento para celebrar os 70 Anos da Abordagem Centrada na Pessoa.

O evento teve duração de quase três meses, e ocorreu em várias cidades do País, contando com presenças de pessoas de grande relevância para a Abordagem Centrada na Pessoa, tanto em nível nacional como internacional!

Confira aqui!

Em 2020, repetimos a dose, para celebrar os 80 Anos da Abordagem Centrada na Pessoa. Desta feita, em parceria com o Projeto Conexão Formativa.  O evento foi realizado no dia 11 de dezembro,  por vídeo-conferência.

Neste evento, contamos sobre o Florescimento da Abordagem Centrada na Pessoa no Brasil, desde os primórdios até 2020. Foram 6 horas de relatos emocionantes, através de pessoas que muito nos honraram com sua presença.

Os vídeos desse evento você encontra aqui!

Psicologia Humanista

“Existem certamente homens bons, fortes e bem sucedidos no mundo — santos, sábios, bons líderes, responsáveis, candidatos a políticos, estadistas, homens de espírito forte, vencedores mais do que perdedores, pais em vez de filhos. Tais pessoas estão à disposição de quem quiser estudá-los como eu fiz. Mas nem por isso deixa de ser verdade que existem muito poucos, embora pudesse haver muitos mais, e são freqüentemente maltratados pelos seus semelhantes.

Assim, isso também deve ser estudado, esse medo da bondade e da grandeza humanas, essa falta de conhecimento sobre como ser bom e forte, essa incapacidade para converter a nossa ira em atividades produtivas, esse temor da maturidade e da sublimação que nos chega com a maturidade, esse receio de nos sentirmos virtuosos, de nos amarmos a nós próprios, de sermos dignos de amor e de respeito. Especialmente, devemos aprender como transcender a nossa tendência insensata para deixar que a compaixão pelos fracos gere o ódio pelos fortes.

É essa espécie de pesquisa que recomendo mais insistente e urgentemente aos jovens e ambiciosos psicólogos, sociólogos e cientistas sociais em geral. E a outras pessoas de boa vontade, que querem ajudar a construir um mundo melhor, recomendo veementemente que considerem a ciência — a ciência humanista — uma forma de fazer isso, uma forma muito boa e necessária, talvez até a melhor de todas.

Simplesmente, não dispomos hoje de conhecimentos bastante idôneos para avançar na construção de Um Mundo Bom. Não dispomos sequer de conhecimentos suficientes para ensinar aos indivíduos como se amarem uns aos outros — pelo menos, com uma razoável dose de certeza. Estou convencido de que a melhor resposta está no progresso do conhecimento”.

Abraham Maslow – Introdução à Psicologia do Ser

Quais as características da abordagem centrada na pessoa em relação à aprendizagem?
Abraham Marslow - Organizador da Psicologia Humanista

O Nascimento da Psicologia Humanista

Elias Boinan Jr.*

 A Psicologia Humanista é marcada por um compromisso de engajamento em favor da mudança social e cultural, em direção a uma sociedade de valores mais humanos, menos controladora, mais atenta às necessidades intrínsecas de auto-realização, mais criativa e lúdica, envolvendo relações pessoais mais abertas, autênticas, auto-expressivas e prazeirosas, onde a pessoa, em sua liberdade e autodeterminação no desenvolvimento de suas possibilidades, seja o valor supremo, contra todos os dogmas, valores e autoridades externamente constituídas. 

TEMÁTICA:

– Ênfase na noção de Saúde 

“Em seu livro Introdução à Psicologia do Ser, de 1957, Maslow aponta para a necessidade do desenvolvimento de uma Psicologia da Saúde, criticando as teorias que generalizam suas conclusões sobre o ser humano a partir de dados obtidos quase que exclusivamente no estudo de indivíduos mentalmente perturbados, resultando conseqüentemente em um retrato pessimista e desabonador da natureza humana.

Maslow, ao contrário, se propõe o estudo dos melhores exemplares da espécie, por ele chamados personalidades auto-atualizadoras, dando início à tradição humanista de abordar a Psicologia a partir do prisma da saúde e do crescimento psicológico. 

Também, em sua proposta de enfatizar o desenvolvimento das melhores capacidades e potencialidades do ser humano, a Psicologia Humanista é muitas vezes identificada como o Movimento do Potencial Humano. Assim, ao invés de empenhar-se em exaustivas descrições e teorizações sobre os mecanismos das enfermidades psíquicas, reservando à saúde a definição negativa de ausência de doença, é mais típico da Psicologia Humanista buscar definir as características do pleno e saudável exercício da condição humana, em distanciamento do qual as patologias podem então ser entendidas.

– Ênfase nas capacidades e potencialidades características e exclusivas da espécie humana. 

Assim, critica a tendência a generalizar conclusões experimentais obtidas a partir de pesquisas realizadas quase que exclusivamente com animais, assim como a forte tendência da psicologia experimental a, mesmo quando dedicada a trabalhos com pessoas, centrar-se em aspectos fisiológicos, ou muito parcializados, perdendo de vista a própria dimensão psicológica característica do ser humano, que deveria em princípio ser o enfoque prioritário de uma ciência dedicada ao estudo da mente e da psiquê. 

Assim, a volta ao humano como objeto de estudo é uma das bandeiras do Movimento, importante a ponto de fornecer-lhe o título designativo. Qualidades e capacidades humanas por excelência, tais como valores, criatividade, sentimentos, identidade, vontade, coragem, liberdade, responsabilidade, auto realização, etc., fornecem temas de estudo típicos das abordagens humanistas.

Essas e outras temáticas, igualmente características (organismo, self, significados, intencionalidade, necessidades básicas, experiência subjetiva, encontro, etc.), estão também associadas à visão de homem, à proposta de Ciência, e aos métodos e técnicas desenvolvidos e assumidos pela Psicologia Humanista.

“A Psicologia Humanista se compromete a estar sempre voltada a favorecer o movimento da aprisionada alma humana, em sua busca de um mundo que se possa chamar humano, e em que seja realmente um prazer viver.”

*Elias Boainain Jr. definia-se como um “psicólogo transpessoal rogeriano”. Foi membro fundador e conselheiro  do Núcleo Paulista da Abordagem Centrada na Pessoa, professor das Faculdades Metropolitanas Unidas, da Universidade de Mogi das Cruzes, e da Universidade de Taubaté, bem como docente do Curso de Especialização em Abordagem Centrada na Pessoa do Instituto Sedes Sapientiae, de São Paulo.

Também fez parte da equipe docente do Curso de Formação em Abordagem Centrada na Pessoa, promovido Centro de Psicologia da Pessoa-RJ. Mestre em Psicologia pela Universidade de São Paulo, onde  integrou o Laboratório de Estudos e Pesquisas do Potencial Humano. Dedicou-se profundamente ao estudo da integração entre a Abordagem Centrada na Pessoa e a Psicologia Transpessoal.

VISÃO DE HOMEM

Enxergando o homem como um todo complexo e organicamente integrado, cujas qualidades únicas vêm de sua configuração total, os humanistas rejeitam as concepções elementaristas e fragmentadoras da psiquê. Vêem no homem uma natureza tal que a totalidade da pessoa humana é sempre maior que a soma de suas partes tomadas isoladamente, e sua compreensão organísmica do ser inclui suas raízes biológicas.

Assim, concebem o homem como marcado pela necessidade, que vêem como intrínseca a todo organismo vivo, de atualizar seu potencial e se tornar a totalidade mais complexa, organizada e autônoma que for capaz. Esta hipótese da necessidade de auto-realizaçãofornece, em diversas versões, a teoria básica de motivação da maioria das psicologias humanistas.

Igualmente associada à concepção holista, está a compreensão que os humanistas em geral têm do homem como implicado e configurado – mas não determinado – em seu ambiente, seja este físico, fenomenológico-experiencial, relacional, ou sócio-histórico-cultural.

O ser humano, na visão humanista-existencial, é proposto como um ser essencialmente livre e intencional.

Enfim, vendo o homem como um ser em busca e construção de si mesmo, cuja natureza continuamente se desvela e exprime no realizar de suas possibilidades e na atualização de seu potencial, compreendem os humanistas que só se é pessoa, só se é realmente humano, no autêntico, livre e integrado ato de se desenvolver.

Daí o generalizado consenso, que alguns entendem como a característica mais marcante da visão de homem que a Psicologia Humanista apresenta, em rejeitar concepções estáticas da natureza humana, considerada antes como algo fluido: uma tendência para crescer, um movimento de sair de si, um projetar-se, um devir, um incessante tornar-se, um contínuo processo de vir a ser.

PSICOTERAPIA, CURSOS, WORKSHOPS E PROGRAMAS DE CRESCIMENTO PESSOAL

É no campo das psicoterapias e técnicas de crescimento pessoal, mais do que em qualquer outro, que a contribuição da Psicologia Humanista é especialmente exuberante e espetacular, resultando em uma verdadeira revolução nos conceitos e formas de ajuda psicológica.

Embora a diversidade das teorias e técnicas psicoterápicas abrangidas pela Psicologia Humanista seja quase inumerável, o reconhecimento do potencial positivo e saudável da natureza humana tende a congregá-las em um objetivo de trabalho comum.  Para a Psicologia Humanista, o objetivo de qualquer tratamento ou trabalho de desenvolvimento pessoal pode ser formulado numa frase quase redundante: levar a pessoa a ser ela mesma.

Propiciar ao cliente, ou estudante, a conquista de uma existência autêntica, autoconsciente, transparente, espontânea, verdadeira, congruente e natural, sem máscaras, jogos, couraças ou divisões (splits) internas: eis o que pretendem os humanistas.

Assim, é bastante generalizada a concepção de que toda psicoterapia bem sucedida é um processo de aprendizagem profunda e ampla, assim como toda aprendizagem verdadeiramente significativa é profundamente liberadora e curativa, sendo os diversos métodos humanistas utilizados quase que indiferenciadamente no consultório e na sala de aula.

Noções existencialistas do homem como um ser de natureza dialogal, que só se mostra – e verdadeiramente é – no encontro pessoal, tem favorecido as terapias relacionais, em que o terapeuta abdica das posturas e defesas profissionais, para entrar em relação como pessoa real, pois é no encontro de pessoa para pessoa, na relação Eu-Tu, que, acreditam os humanistas, a mudança se dá.

O extraordinário desenvolvimento de terapias e técnicas de trabalho com grupos, especialmente na forma de vivência intensiva, é uma das tendências que marca a Psicologia Humanista.

Enfim, é na aplicação de suas idéias, muitas vezes taxadas de ingênuas ou utópicas, e no sucesso e aceitação de suas práticas, que a Psicologia Humanista tem se consolidado como uma psicologia afinada ao Zeitgeistde nossa época, em que apesar de toda crise, amargura, cinismo, solidão e desesperança, o anseio mudo e oculto por uma vida mais autêntica e humanizada torna-se eloqüente e fulgura ao encontrar quem nele acredite e se disponha a ajudar.

BOAINAIN Jr., Elias  Transcentrando: Tornar-se Transpessoal – elementos para uma aproximação entre a Abordagem Centrada na Pessoa e a Psicologia Transpessoal.

SOBRE O ELIAS

Todos os que conviveram com o  Elias têm uma história para contar, um episódio para lembrar, um “causo”… Elias nunca passava despercebido. Nem quando queria… Quem muito conviveu com ele, tem muitas, muitas histórias para contar. Aliás, a simples presença de Elias já era um acontecimento. Sempre gostei de estar com Elias. Sua presença significava para mim, a segurança de que no final, tudo ficaria bem, e de que nada ruim poderia acontecer. Era como se ele fizesse uma ponte com o transcendente, trazendo-o até nós. Havia um elo entre o humano e o divino quando Elias estava junto… Pelo menos, eu sentia assim! Despertava em mim a fé no homem, na vida e na natureza, nas forças que regem o Universo em toda sua magnitude!
Partiu em abril de 2005, e deixou muita saudade! 
Ana Lúcia Palma

Quais as características da abordagem centrada na pessoa em relação à aprendizagem?
Elias Boainain Jr. e Ana Lúcia Palma, Ouro Preto, 1999

Quais as principais características da Abordagem Centrada na Pessoa?

A Abordagem Centrada na Pessoa, com sua proposta de promover relações interpessoais autônomas e consequentemente humanizadas, sugere o desenvolvimento de atitudes de consideração positiva incondicional, empatia e autenticidade como características principais desse jeito de ser.

Quais são os princípios da Abordagem Centrada na Pessoa?

Entre os princípios da Abordagem Centrada na Pessoa estão a crença de que todo ser humano pode se desenvolver e se atualizar de maneira autônoma, se melhorando e superando obstáculos. O papel do psicoterapeuta é apenas permitir que a pessoa siga seu desenvolvimento, em seu ritmo.

Quais os principais conceitos da ACP?

A Abordagem Centrada na Pessoa.
Tendência de atualização. Toda pessoa possui uma capacidade natural de se auto dirigir no sentido de buscar suprir as suas necessidades. ... .
1 – Compreensão empática. ... .
2 – Congruência. ... .
3 – Aceitação Incondicional Positiva. ... .
Psicoterapeuta centrado na pessoa..

Quais são as características indispensáveis para o professor de acordo com a abordagem centrada no aluno?

Para isso, três competências essenciais são trabalhadas: autonomia, senso crítico, olhar reflexivo e questionador. Depois de desenvolver esses fatores durante o ensino fundamental, o estudante deve chegar ao ensino médio preparado para refletir e encontrar seu papel tanto na sociedade quanto no mercado de trabalho.