O que diferencia uma mobilidade com tecnologia híbrida de outra com tecnologia híbrida plug

O preço dos combustíveis aumenta a cada dia que passa e são cada vez mais os portugueses que ponderam escolher um automóvel eletrificado. Saiba como funcionam as diferentes tecnologias

20 Setembro 2021 12:32

A mobilidade, a sustentabilidade e a inovação tecnológica estão ligadas entre si; a sociedade atual está interessada e atenta ao tema. A indústria automóvel tem evoluído na procura de responder aos novos desafios e seguir as regras impostas pela União Europeia que impõe limites às emissões de gases poluentes dos carros e penalizações elevadas para os fabricantes que não as cumpram.

Com esta evolução tecnológica surgiram os carros híbridos, híbridos plug-in e elétricos. Para escolher a tecnologia que mais se adequa ao nosso estilo de vida é fundamental conhecer as diferenças entre as várias tecnologias.

Os híbridos convencionais foram os primeiros a chegar em 1997. Designados de HEV (Hybrid Eletric Vehicle) conjugam mais do que uma fonte energia, geralmente, o motor elétrico com o apoio do motor a combustão. A bateria destes carros é recarregada em andamento, através de sistemas de regeneração da própria viatura como a inércia ou a travagem, e não em casa, no local de trabalho, ou nos postos de carregamento públicos.

Mild-hybrid – baixas emissões e prazer de condução

E se os híbridos convencionais já contam com mais de duas décadas de história, os mild-hybrid são uma evolução relativamente recente, considerada como uma tecnologia intermédia por parte dos construtores rumo à eletrificação completa dos seus modelos. Os mild-hybrid, ou micro híbridos,contam com o motor elétrico como auxiliar do motor a combustão e não podem ser carregados externamente. A corrente alterna de 48 volts é usada em conjunto com uma pequena bateria para apoiar o sistema de 12 volts. O sistema de gestão automática intervém durante a condução, quando o motor térmico é desligado em andamento, mantendo todos os sistemas elétricos operacionais. A energia do motor elétrico é regenerada quando o veículo se encontra em desaceleração ou travagem. Uma das vantagens desta tecnologia é contribuir para reduzir as emissões de gases poluentes, assim como garantir uma dinâmica e prazer de condução, em velocidade cruzeiro, sem a preocupação de monitorizar com frequência a autonomia que temos disponível.

Híbridos plug-in – autonomia em crescimento

A grande vantagem, e fator diferenciador, dos híbridos plug-in é o facto do motor elétrico poder funcionar sem recorrer ao motor a combustão, fazendo com que o carro circule, durante alguns quilómetros, apenas em modo elétrico. Estes automóveis têm, atualmente, uma autonomia média no modo elétrico próxima dos 50 quilómetros. Os fabricantes têm trabalhado no desenvolvimento de baterias com maior capacidade para os modelos plug-in. Podem ser carregados externamente, ou seja, através da conexão do automóvel à rede elétrica. Para além disso, a energia do motor elétrico é regenerada quando o veículo se encontra em desaceleração ou travagem. Assentam na mesma tecnologia dos híbridos puros, mas incluem baterias com maior capacidade e uma ligação externa para as recarregar.

100% elétricos – Uma opção racional

Os carros elétricos funcionam exclusivamente recorrendo a eletricidade. Estes automóveis contam com, pelo menos, um motor elétrico, ao contrário das tecnologias híbridas. Depois, é importante conhecer as vantagens e desvantagens de cada uma das opções e qual o perfil de cliente ao qual cada um mais se adequa.

Na maioria dos modelos disponíveis no mercado, a energia do motor elétrico é regenerada quando o veículo se encontra em desaceleração ou travagem, tal como acontece nos carros híbridos, mas a principal forma de carregamento deste tipo de automóveis é o carregamento através da ligação à rede elétrica. Atualmente, já existem carros elétricos com uma autonomia superior a 400 quilómetros; isto numa altura em que a rede de carregamento está em crescimento como iremos detalhar nos próximos episódios do projeto Carta Elétrica.

Embora o preço de venda ao público de um híbrido ou elétrico seja superior ao preço de um carro tradicional, é importante referir que, de acordo com as previsões dos fabricantes, esta diferença tendencialmente deverá deixar de existir a partir de 2025. Por outro lado, a poupança no combustível, a manutenção, assim como os apoios à aquisição de automóveis eletrificados, nomeadamente através da redução de impostos, são as razões apontadas para o aumento significativo nas vendas de carros eletrificados que temos vindo a assistir.

Os que utilizam combustíveis fósseis necessitam de uma revisão, na maioria dos casos, a cada 15 mil quilómetros. É necessário verificar e substituir componentes de desgaste, como as correias de transmissão, o óleo do motor e filtros, as pastilhas de travão, velas, entre outros. A manutenção dos carros 100% elétricos é mais acessível. Geralmente, as baterias estão cobertas por uma garantia até 8 anos ou 160 000 km.

Saiba mais sobre mobilidade sustentável e acompanhe este projeto aqui no site do Expresso e na SIC Notícias