Aidético em estado terminal sintomas

A AIDS é a última etapa da infecção pelo vírus HIV e é caracterizada pela grande diminuição da atividade do sistema imune, o que pode resultar no aparecimento de sintomas como ínguas, tosse persistente, suor noturno e rápida perda de peso. Além disso, como há menor ação do sistema imunológico, a pessoa apresenta maior risco de desenvolver outras infecções, como candidíase, por exemplo.

Para confirmar a AIDS, é recomendado que seja realizado um hemograma para verificar a contagem das células brancas no sangue, que nesse caso está mais baixa, sendo indicativa de menor atividade dos sistema imune.

A transmissão do HIV se dá através de um comportamento de risco, como relação sexual sem camisinha ou compartilhamento de agulhas. O teste para detectar o vírus deve ser feito de 40 a 60 dias após o comportamento de risco, pois antes desse período a concentração do vírus pode não ser detectada no exame. Entenda melhor quando fazer o exame de HIV.

Para saber mais sobre esta doença, assista ao vídeo:

Principais sintomas da AIDS

Os principais sinais e sintomas da AIDS incluem:

  1. Febre persistente;
  2. Tosse seca prolongada e garganta arranhada;
  3. Suores noturnos;
  4. Inchaço dos gânglios linfáticos durante mais de 3 meses;
  5. Dor de cabeça e dificuldade de concentração;
  6. Dor nos músculos e nas articulações;
  7. Cansaço, fadiga e perda de energia;
  8. Rápida perda de peso;
  9. Candidíase oral ou genital que não passa;
  10. Diarreia por mais de 1 mês, náusea e vômitos;
  11. Manchas avermelhadas e pequenas bolinhas vermelhas ou feridas na pele.

Estes sintomas geralmente surgem 8 a 10 anos após a contaminação inicial com HIV, mas também podem aparecer mais cedo, especialmente se existir alguma condição que afete gravemente o sistema imune, deixando-o debilitado.

Nesta fase, onde existem sintomas, geralmente também surgem doenças oportunistas como hepatite viral, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose ou citomegalovirose.

Embora possa demorar vários anos para que os primeiros sintomas da AIDS apareçam, algumas pessoas podem apresentar sintomas da infecção por HIV cerca de 2 semanas após o contágio inicial. No entanto, esses sintomas são muito semelhantes aos de uma gripe, acabando por passar despercebidos. Veja os sintomas que podem indicar uma possível infecção por HIV.

Como saber se posso estar com HIV

Para se saber se se pode estar contaminado com o vírus HIV deve-se primeiro identificar se se teve, ou não, algum comportamento de risco como ter relações sexuais sem preservativo ou partilhar seringas contaminadas. Veja os principais comportamentos de risco para HIV.

Depois, pode-se ficar atento ao surgimento de sintomas como febre, mal estar geral, dor de garganta ou tosse seca, que tendem a surgir até 2 semanas após a infecção.

No entanto, a forma mais precisa para identificar a infecção é fazendo um exame de sangue para HIV, que deve ser feito 40 a 60 dias após o comportamento de risco, e repetido após 3 e 6 meses. Leia mais sobre o que fazer em caso de suspeita de AIDS.

Como é o tratamento da AIDS

A AIDS é uma doença que não tem cura e, por isso, seu tratamento deve ser mantido por toda vida, sendo o principal objetivo do tratamento o fortalecimento do sistema imune e o combate ao vírus, controlando e reduzindo a sua quantidade no sangue. 

O ideal é começar o tratamento contra o HIV antes que a AIDS se manifeste. Este tratamento pode ser feito com um coquetel com diferentes remédios antirretrovirais, como Efavirenz, Lamivudina ou Viread, que são fornecidos gratuitamente pelo governo, bem como todos os exames necessários para avaliar a progressão da doença e a carga viral.

Aidético em estado terminal sintomas

Continuando nosso papo sobre cuidados paliativos, este artigo vai servir como uma breve introdução e um guia prático dos principais objetivos nas últimas 48 horas de vida de um paciente. Descrevo como “breve” por se tratar de um assunto complexo e bastante extenso.

Leia também: Você já ouviu falar de sedação paliativa?

Quem nunca se sentiu ansioso perante uma família que esta acompanhando o fim de vida de um ente querido? Quem nunca se sentiu desconfortável em chegar a alguma unidade hospitalar e encontrar um paciente gemente por sensação álgica ou em “gasping”? É nisso que consistem os cuidados nas últimas 48 horas de vida: melhorar a abordagem multiprofissional e aliviar o sofrimento do doente e de seus familiares.

O que são as chamadas “últimas 48 horas de vida”? Na verdade, é a continuidade da evolução de sinais e sintomas associados a uma doença avançada e de caráter progressivo, apresentando disfunções orgânicas já irreversíveis, em um paciente com declínio funcional importante.

Nessa etapa dos cuidados paliativos, nosso principal objetivo é preservar a vida sem prolongar o sofrimento do paciente ou tornar qualquer tipo de tratamento algo mais doloroso do que a própria doença. Aqui, estamos focando em atender às necessidades do paciente, com alívio de sintomas físicos, psíquicos, emocionais, religiosos, além de diminuir a ansiedade final relacionada ao momento da morte.

Nada disso faz sentido se a abordagem ao acolhimento familiar não for realizada de forma adequada. Reconhecer o processo de morte é essencial para o planejamento dos cuidados e a abordagem do paciente e dos familiares.

Dicas da comunicação com o paciente e seus familiares

É sempre importante encorajar visitas e despedidas; informar e se antecipar com relação à possível evolução sintomática no processo da fase final de vida; orientar a programação do tratamento; respeitar a vontade e autonomia do paciente.

Quais tipos de sinais/sintomas eu posso encontrar nas últimas 48 horas de vida do meu paciente?

Podemos destacar uma gama de sinais/sintomas que enfrentaremos nesta ocasião, a depender de maneira individual da doença de base e das comorbidades do paciente: fraqueza e fadiga com diminuição das atividades sociais; diminuição da alimentação por via oral; imobilidade e maior dependência para atividades básicas; alteração do nível de consciência (delirium/sonolência); exacerbação de sintomas basais como dor, náuseas, vômitos, dispneia; constipação; alterações respiratórias (padrão de Cheynne Stokes, ronco da morte, “sororoca”, respiração atômica); pele fria, cianose, hipotensão, bradicardia, diminuição da perfusão; mioclonias e convulsões.

Nessa etapa da vida do paciente, é de suma importância a pesquisa ativa e o controle precoce dos sintomas (como os pacientes podem estar hipoativos nesse momento, as manifestações de desconforto podem ser escassas de sinais). A monitorização deve ser periódica. A informação e previsão do surgimento de sintomas ao paciente e familiares deve ser realizado.

Abaixo vamos listar algumas medidas que podem tratar ou aliviar os sintomas mais prevalentes nas últimas 48 horas de vida.

Anorexia e diminuição da ingesta oral

  • Trata-se de condição bem tolerada pelo paciente (por diminuição do metabolismo), mas que causa certo desconforto aos acompanhantes e familiares;
  • Alívio da boca seca com hidratação da cavidade oral com gaze molhada periodicamente;
  • Deve-se considerar o uso de dieta de conforto;
  • Explicação incansável à família sobre o processo natural de fase final de vida.

Delirium

  • Primeiramente, fatores predisponentes devem ser excluídos: hipoxemia, distúrbios metabólicos (uremia, encefalopatia hepática), desidratação, infecções, entre outros;
  • Correção de causas reversíveis;
  • Atuar no ambiente: torná-lo mais calmo, iluminação adequada, evitar contenção;
  • Neurolépticos no caso de delirium hiperativo.

Leia também: Como manejar a sedação e o Delirium na UTI

Convulsões e mioclonias

  • Correção de causas potencialmente reversíveis;
  • Considerar dexametasona, em casos de efeito de massa;
  • Uso de anticonvulsivantes;
  • Benzodiazepínico na presença de mioclonia ou convulsões persistentes.

“Ronco da morte”

  • É um dos sintomas que mais incomodam os acompanhantes e a família;
  • Evitar repetidas aspirações de vias aéreas superiores para evitar desconforto;
  • Posição adequada do paciente no leito (decúbito lateral);
  • Evitar hiper-hidratação;
  • Prevenir e tratar com medicamentos como escopolamina, hioscina.

Com isso, damos uma amenizada naquela ansiedade que temos e uma orientação sobre como conduzir o cuidado do nosso paciente nas últimas 48 horas de vida.

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Sobre o autor

Aidético em estado terminal sintomas

Guilherme Pompeo

Como saber se o paciente está em estado terminal?

Podemos destacar uma gama de sinais/sintomas que enfrentaremos nesta ocasião, a depender de maneira individual da doença de base e das comorbidades do paciente: fraqueza e fadiga com diminuição das atividades sociais; diminuição da alimentação por via oral; imobilidade e maior dependência para atividades básicas; ...

O que é o ronco da morte?

A sororoca (também conhecida como ruído da morte ou “death rattle”, em inglês) consiste em uma respiração ruidosa, causada pelo acúmulo de secreções no trato respiratório superior. Ela apresenta significativa prevalência (12-92%) no contexto de últimas horas ou dias de vida.