A insulina é produzida onde

A insulina é produzida onde
Produzida pelo pâncreas, a insulina é a responsável por levar o açúcar contido nos alimentos até as células, que precisam dele para gerar energia ao corpo. Nas pessoas diabéticas, o organismo não desenvolve a insulina ou a produz em quantidade muito pequena. A principal conseqüência disso é o aumento das taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia), que causa inúmeras complicações, podendo levar à morte.

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a doença atinge cerca de 110 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 5 milhões no Brasil. Esse total inclui os que sofrem de um dos tipos de diabetes: o tipo 1, que atinge geralmente crianças e jovens; e o tipo 2, que aparece normalmente após os 40 anos e corresponde à maioria dos casos.

A produção artificial da insulina só se concretizou em 1922, pelo pesquisador canadense Frederick Banting e seu assistente Charles Best. Isto representou um marco no tratamento da doença. Segundo o endocrinologista Leão Zagury, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, ela foi usada pela primeira vez por um menino americano chamado Leonardo Thompson, que sofria de diabetes do tipo 1, e estava condenado à morte. "Ele foi levado pelo pai ao laboratório, bastante desnutrido, e recebeu a insulina de forma experimental. Após 30 dias, já estava forte, e viveu até os 20 anos, quando morreu de um acidente de moto”, relata o médico, que é também professor do curso de pós-graduação do curso de endocrinologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

Durante muito tempo, a insulina foi extraída do pâncreas de boi e de porco, sendo que a de porco era mais parecida com a insulina humana. Esse processo evoluiu para melhorar a qualidade de vida das pessoas com diabetes.

A insulina é produzida onde
Menor rejeição

No início da década de 80, os avanços da engenharia genética permitiram o desenvolvimento da insulina humana sintética, produzida a partir de bactérias, especialmente a Escherichia coli. O gene para a insulina humana foi inserido no DNA de bactérias, resultando na chamada insulina de DNA recombinante. Esse método representou mais uma conquista no tratamento do diabetes, principalmente porque a molécula dessa insulina é mais parecida com a produzida pelo organismo, oferecendo um índice de rejeição bem menor que as insulinas de origem animal e a redução dos efeitos colaterais.

Outro progresso obtido nesse campo foi a produção de análogos da insulina. O endocrinologista Leão Zagury destaca a importância da descoberta de que ao alterar a cadeia da seqüência de aminoácidos formadores da insulina é possível modificar o seu tempo de ação. “Dessa forma, a insulina pode atender melhor às necessidades dos diabéticos. Quando houver uma alta aguda de glicose, podemos usar as insulinas de ação rápida, que agem minutos após a aplicação, e quando precisar manter o nível de insulina por mais tempo, é só aplicar as de ação prolongada, que são absorvidas lentamente e de forma estável pelo organismo”, explica o médico.

Novidades a caminho

Cristiano Lino Labrunie descobriu que tinha diabetes aos 11 anos. Desde então o uso da insulina recombinante passou a fazer parte da sua rotina. Hoje, com 17 anos, ele conta que nunca teve nenhum tipo de reação ao medicamento, mesmo usando diariamente dois tipos de insulina: a Humalog (de efeito rápido, antes das refeições) e Lantus (insulina base para o dia), ambas na forma de injeções subcutâneas.

Ele acompanha as pesquisas sobre diabetes pelas notícias publicadas em jornais e revistas e quando vai ao consultório médico. “Minhas expectativas sobre novas descobertas apontam para o uso de células-tronco, que vêm trazendo benefícios para a medicina. Espero que com pesquisas nessa área consigam algum dia descobrir uma cura para quem tem diabetes e outras doenças auto-imunes”, afirma.

Existem pesquisas buscando outras formas de aplicação da insulina, como as vias oral, bucal/sublingual, transdérmica e respiratória. Há um estudo, já em fase conclusiva, de um spray oral, que permite a absorção da insulina pela mucosa bucal.

Segundo Leão Zagury, já vem sendo feito no Brasil um trabalho com células-tronco homólogas: “A pesquisa está em fase experimental. O método consiste em retirar células-tronco da própria pessoa, fazer uma imunossupressão vigorosa e depois reinjetar essas células no organismo. Os resultados parecem promissores, mas ainda não há tempo suficiente para afirmar que realmente serão duradouros e eficientes.

A insulina é produzida onde

Onde produzida a insulina?

Essa produção ocorre através das células chamadas de ilhotas de Langerhans, que espalham-se pelo tecido do pâncreas como pequenas ilhas. São as ilhotas de Langerhans que contêm células alfa responsáveis por secretar glucagon e células beta que secretam a insulina, ambas diretamente na corrente sanguínea.

Qual é o órgão que produzem insulina?

O pâncreas é um órgão responsável pela produção de hormônios importantes, que atuam no metabolismo dos carboidratos ou açúcares: o glucagon e a insulina.