Porque é fundamental a compatibilidade do tipo sanguíneo do doador com O do receptor?

Muitas pessoas se preocupam com as doenças que podem estar presentes no sangue, mas o tipo sanguíneo também pode fornecer informações importantes sobre seu organismo.

Uma delas está relacionada à sua ascendência 1 afinal, tanto a tipagem sanguínea quanto o fator RH são herdados dos pais. Mas esse não é o motivo mais importante para se conhecer mais sobre seu próprio sangue.

Neste texto, vamos explicar cada um dos tipos de sangue e falar sobre a importância não apenas de saber, mas de ter essa informação anotada sempre junto de si. Confira!

O sangue humano pode ser classificado entre 4 tipos diferentes, além de 2 fatores Rh. Vamos entender melhor como funciona a definição de cada tipo a seguir.

Tipagem sanguínea

Os tipos sanguíneos são determinados pela presença de antígenos e anticorpos nas hemácias. Os antígenos podem ser do tipo A ou B enquanto os anticorpos, que estão presentes no plasma, são responsáveis por “atacar” os antígenos. Sendo assim, o sangue pode ter apenas um dos tipos, ambos ou mesmo nenhum deles.

De forma resumida, a determinação da tipagem sanguínea se dá da seguinte forma:

  • tipo A: presença do antígeno A e do anticorpo B;

  • tipo B: presença do antígeno B e do anticorpo A;

  • tipo AB: presença dos antígenos A e B e ausência de anticorpos;

  • tipo O: ausência de antígenos e presença de anticorpos A e B.

Fator Rh

O fator Rh do sangue está relacionado à presença ou ausência de outro tipo de antígenos nas hemácias. Dessa forma, o fator Rh é positivo quando o antígeno está presente — do contrário, ele é negativo.

Compatibilidade

Para os casos de transfusão de sangue, o cenário mais seguro é realizá-la utilizando o mesmo tipos sanguíneo e fator Rh entre doador e receptor. No entanto, em casos de emergências, é possível fazer o procedimento com tipos sanguíneos compatíveis. Em tais situações, é preciso ter bastante cuidado, pois cada tipo de sangue possui anticorpos que podem causar um choque anafilático em caso de contato com o tipo errado. Sobre o fator Rh a regra é:

  • fator negativo pode doar para ambos
  • fator positivo apenas para positivo.

Com relação a tipagem sanguínea, as compatibilidades são:

  • tipo O: doador universal;
  • tipo A: doa para os tipos A e AB;
  • tipo B: doa para os tipos B e AB;
  • tipo AB: doa apenas para o tipo AB.

Como descobrir o tipo sanguíneo?

A tipagem sanguínea é feita por meio de exame laboratorial. Para isso, é coletada uma amostra para análise da presença dos antígenos em um exame de sangue simples, realizado por qualquer laboratório de confiança.

Por que essa informação é importante?

Como mencionamos no início deste texto, a tipagem sanguínea pode fornecer informações importantes sobre uma pessoa, como os possíveis tipos sanguíneos dos seus pais e dos seus filhos.

No entanto, existem motivos muito importantes que valem a pena ser mencionados. Ainda nessa questão parental, por exemplo, uma mulher que possui o fator Rh do sangue negativo e engravida de uma criança cujo fator Rh do sangue seja positivo desenvolve anticorpos ao longo da gestação.

Sendo assim, na próxima gravidez de um bebê com fator Rh positivo, esses anticorpos atacam o novo embrião, causando um aborto. Para resolver esse problema, basta que a mãe tome uma medicação específica. No entanto, isso mostra a importância de ter o conhecimento sobre a tipagem sanguínea.

Outra situação em que a informação sobre o tipo de sangue pode ser vital é em casos de acidente mais graves, com perda significativa de sangue. Nessas situações emergenciais, nem sempre há tempo de enviar uma amostra de sangue para o laboratório para descobrir o seu tipo e fator Rh. Por esse motivo, ter essas informações disponíveis na carteira, por exemplo, pode agilizar o atendimento e salvar a vida da pessoa.

Como vimos, conhecer o seu tipo sanguíneo é muito importante e pode salvar vidas (de amigos, parentes e até dos seus próximos filhos). Então, se você ainda não sabe qual é o seu, não perca tempo e faça já o seu exame!

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Porque é fundamental a compatibilidade do tipo sanguíneo do doador com O do receptor?

Falar sobre transplante de órgãos torna-se uma pauta cada dia mais necessária. A ação de doar uma parte do corpo para a outra é louvável e deve ser praticada quando houver necessidade e desimpedimentos.

Para contextualizar, um transplante nada mais é do que um procedimento cirúrgico que transfere um tecido, fluido corporal ou órgão de uma pessoa saudável para uma pessoa que apresenta problema com aquela parte do corpo.

No entanto, antes de um transplante de fato ocorrer, é necessário uma série de exames para saber se há a compatibilidade genética entre doador e receptor.

Nesse cenário, o papel do médico é fundamental: deve-se atuar como um instrumento de conscientização e, sobretudo, fonte de informações técnicas confiáveis sobre o tema, que ainda é tabu para muitas pessoas.

Nesse artigo, iremos sanar as principais dúvidas relacionadas à influência das características genéticas no transplante de órgãos. Vamos lá?

Compatibilidade

Existem algumas “regras biológicas” para que os transplantes ocorram da melhor maneira possível. É necessário que os doadores e receptores possuam características genéticas semelhantes para que a operação seja bem-sucedida.

Elencamos abaixo alguns tipos de transplantes e as obrigatoriedades genéticas de cada um:

  • Transplantes de medula

Este tipo de transplante, em alguns casos, pode ser realizado sem que o doador e o receptor apresentem o mesmo tipo sanguíneo, pois as células-tronco também são transplantadas. Assim, se os tipos forem distintos, o receptor irá aos poucos trocar a tipagem dos glóbulos vermelhos para o tipo do doador.

A principal compatibilidade necessária é a do sistema HLA (Human Leukocyte Antigen); que são um grupo de moléculas presentes em todas as células nucleadas do nosso corpo.

Estas moléculas participam ativamente no processo de reconhecimento, pelo sistema imunológico, de células normais e aquelas que apresentam algum tipo de diferença, quer seja uma célula infectada por um vírus, uma célula cancerígena ou uma célula de um órgão transplantado.

A compatibilidade HLA entre doador e receptor “engana” o sistema imunológico facilitando a aceitação do órgão transplantado e evitando o ataque e ação deletéria.

Existem diversos tipos de moléculas HLA, sendo as mais importantes em um transplante o HLA-A, HLA-B, HLA-C, HLA-DR e HLA-DQ. Para saber quais HLA´s cada indivíduo apresenta, basta uma simples coleta de sangue para que seja realizada a genotipagem HLA.

A maior compatibilidade de HLA acontece entre irmãos de mesmo pai e mesma mãe. Nesse caso, há 25% de chance dessa carga genética ser idêntica. Caso o receptor não tenha irmãos, a melhor opção é buscar por doadores voluntários.

  • Transplantes de órgãos sólidos

Alguns exemplos de órgão sólidos, comumente transplantados, são: coração, pulmão, rim, pâncreas e fígado. Para que a operação seja efetuada, é necessário que ambos os envolvidos tenham o mesmo tipo sanguíneo (A, B, O, AB) e uma compatibilidade HLA que, nesse caso, não precisa ser 100% como ocorre nos transplantes de medula.

Essa permissibilidade às moléculas HLA diferentes se deve a uma maior tolerância imunológica que certos órgão apresentam, sendo o fígado o mais tolerantes de todos, onde um transplante pode ser realizado apenas levando em consideração a compatibilidade do sistema sanguíneo ABO.

Já no caso dos rins, existem diversos casos de pacientes transplantados com 75% de compatibilidade que tiveram muito sucesso. No entanto, transplantes de órgão sólidos complexos como pâncreas, coração e pulmão exigem um nível de compatibilidade alto para seu sucesso.

Rejeição pelo organismo

Apesar de todo o cuidado demandado em uma operação tão delicada, rejeições por parte do sistema imunológico do receptor podem ocorrer. Essa rejeição se dá quando esse sistema não reconhece o transplante, produzindo anticorpos para expulsar o corpo “estranho” do organismo.

Legislação para transplante de órgãos

No Brasil, existem leis para que as operações de transplante ocorram de maneira legal, assegurando, principalmente, a saúde do receptor.

Caso o doador já tenha falecido, é preciso que a família autorize a doação dos órgãos. Uma informação importante é que após a morte do doador, mesmo que ele tenha registrado em documento oficial a vontade de doar órgãos após seu falecimento, a família pode recusar a vontade do ente, decidindo por não consentir o transplante.

Para doadores vivos, é preciso ser maior de idade e possuir condições mentais e jurídicas de decidir pela doação. Caso o receptor não seja um familiar, é necessário autorização judicial prévia.

Transplantes no Brasil

Há uma lista criada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do Governo Federal, intitulada “Lista Única de Receptores”, que separa o cadastro por necessidade de cada receptor.

Essa separação ocorre pelo tipo sanguíneo, tipo de órgão a ser transplantado, idade, entre outros dados. Para ingressar nessa lista, é necessário encaminhamento médico.

Doadores Voluntários de Medula Óssea

Para se tornar um doador voluntário de medula óssea, basta ir até o hemocentro de sua cidade para obter mais informações com uma equipe especializada e se cadastrar como doador.

Após a coleta de sangue, você receberá um cartão de doador e suas informações genéticas (HLA, ABO, etc) serão armazenadas em um banco de dados. A partir daí, sempre que houver um novo paciente em busca de um doador, este banco será acessado para a busca daquele que tiver uma compatibilidade que permita o transplante.

O Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) tem mais de 4.000 milhões de doadores cadastrados, tornando-se o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo e anualmente 300 mil novos doadores são cadastrados.

Ainda assim, encontrar um doador compatível é muito difícil, portanto voluntariar-se é um grande gesto que pode salvar vidas.

Gostou das informações desse texto? Não se esqueça de compartilhá-lo em todas as redes sociais para que mais pessoas sejam informadas sobre os transplantes de órgãos no Brasil!

Porque é fundamental a compatibilidade do tipo sanguíneo do doador com do receptor?

Dessa forma, é importante que o aglutinogênio característico do doador, seja compatível com a aglutinina presente no plasma do receptor. Caso contrário ocorrerá aglutinação das hemácias recebidas, causando sérios problemas ao receptor.

Por que O indivíduo do grupo O pode doar seu sangue a qualquer pessoa é por que uma pessoa do grupo AB pode receber sangue de qualquer tipo?

Indivíduos do tipo O podem doar sangue para qualquer pessoa, porque não possuem aglutinogênios A e B em suas hemácias. Indivíduos, AB, por outro lado, podem receber qualquer tipo de sangue, porque não possuem aglutininas no plasma.

Porque é necessário O conhecimento do tipo sanguíneo para uma transfusão?

A Tipagem Sanguínea é o processo de coleta e análise do sangue do paciente para identificar a qual grupo sanguíneo ele pertence. Além de facilitar na hora do atendimento, também é importantíssimo saber o tipo sanguíneo para doações de sangue, transfusões, gestação e outros atendimentos médicos.

Por que O indivíduo do grupo O pode doar seu sangue a qualquer pessoa?

Já o tipo sanguíneo O é considerado doador universal, pois por não apresentar nenhum tipo de aglutinogênio, ele pode doar para qualquer grupo sanguíneo, lembrando que esse tipo sanguíneo só pode receber sangue do tipo O.