O que era a relação de suserania e vassalagem

O que era a relação de suserania e vassalagem

As relações de suserania e vassalagem, representadas pelo compromisso de fidelidade entre nobres e que implicava direitos e obrigações recíprocas, são aquelas que ocorriam durante o período da Idade Média (século V ao século XV) marcada pelas relações feudais, ou seja, estavam inseridas no contexto do feudalismo.

O que eram os laços de vassalagem?

Vassalagem e suserania formavam um sistema sócioeconômico da Idade Média entre um vassalo e seu suserano. Nesta relação de reciprocidade, o vassalo recebia terra, objetos materiais ou até mesmo um castelo de seu suserano. Em troca, o vassalo devia oferecer fidelidade absoluta e proteção ao seu suserano.

Qual é o papel de suserano?

substantivo masculino Indivíduo que, no feudalismo, era responsável e tinha o domínio do feudo principal de que dependiam outros feudos e vassalos; senhor feudal.

Como a relação entre vassalos e suseranos Brainly?

Resposta: Na sociedade feudal, o suserano dava a terra para o vassalo viver e em troca o vassalo teria que lhe servir com fidelidade e proteção. Um feudo era muito grande, dessa forma, tendo essa relação, várias pessoas poderiam viver lá e proteger o local (algo que só a família do Senhor feudal não teria como fazer).

Qual é o significado da palavra suserania?

Significado de Suserania [Por Extensão] Direito ou poder para exercer autoridade. Estado ou condição de suserano.

Quem eram os vassalos?

  • Quem eram os vassalos? Existiam diferentes níveis de vassalos na escala hierárquica do sistema feudal, de acordo com o status e o título nobiliárquico que possuíam, por exemplo.

Por que os vassalos são pessoas nobres?

  • Normalmente, os vassalos eram pessoas nobres que firmavam pactos com a realeza, onde esta garantia os recursos para que o vassalo desempenhasse a sua obrigação de ajudar a defender as terras do seu suserano. Os vassalos também podiam se transformar em suseranos, sem que perdessem o título de vassalos. Isso significa que um vassalo que tem como ...

Qual a relação entre o suserano e o vassalo?

  • Desse modo, em tempos de forte devoção, o acordo deveria honrar aqueles ícones que “emprestavam” sua sacralidade à solenidade. Além disso, a conjunção carnal, feita por meio de um beijo, também reforçava uma situação de reciprocidade entre o suserano e o vassalo.

Qual a hierarquia do vassalo?

  • Durante a cerimônia que era realizada para firmar o compromisso, o vassalo se ajoelhava para assim declarar sua fidelidade diante de todos em caso de guerra. Essa hierarquia podia ser vista também de duas maneiras: os vassalos diretos do rei e os vassalos destes vassalos diretos.

As relações de suserania e vassalagem caracterizam as relações entre nobres durante toda a Idade Média, mas especialmente no período conhecido como Alta Idade Média.

O tema é abordado com uma frequência muito grande pelas questões de história dos vestibulares e da prova do ENEM. Assim, é fundamental que você se prepare para responder essas perguntas corretamente e garantir a sua tão sonhada vaga.

Suserania e Vassalagem: Definição

As relações de suserania e vassalagem caracterizaram as interações entre os nobres da Idade Média, período em que o feudalismo vigorava como sistema econômico.

Essas relações se baseavam em dois aspectos de maior destaque: a fidelidade e a reciprocidade. Ainda, dois personagens principais estavam envolvidos: o vassalo e o suserano. Os dois eram nobres, mas, normalmente, o suserano possuía mais riquezas e posses do que o vassalo.

Nessas interações, o vassalo recebia terras e benefícios do suserano e, em troca, deveria proteger esse suserano e oferecer fidelidade total ao mesmo.  Ainda, o processo pelo qual essa relação se consolidava era denominado de “investidura”.

Suserania e Vassalagem: Contexto Histórico

As relações de suserania e vassalagem estiveram em vigor desde o século V, momento em que a Idade Antiga acaba e a Idade Média se inicia. Isso porque, é nesse contexto em que o feudalismo irá se iniciar, funcionando como um sistema econômico e político.

O “status” de riqueza do feudalismo era medido por meio da posse de terras. Assim, aqueles que possuíssem grande quantidade de terras seriam considerados nobres e, em alguns casos, senhores feudais, ou seja, dono dos feudos.

É válido destacar que o feudalismo vigorou principalmente durante a Alta Idade Média, entrando em declínio na chamada Baixa Idade Média. Na sociedade desse período, os nobres compunham a classe dirigente, ao lado dos membros do clero. A nobreza poderia ser composta por homens que recebiam diversos títulos, entre eles: rei, duque, marquês, conde, visconde e barão.

Suserania e Vassalagem: Características

As relações de suserania e vassalagem possuíam caráter hereditário, ou seja, eram transmitidas de pai para filho. Ainda, essas interações possuem também como característica contribuição para a descentralização do poder durante a Alta Idade Média, uma vez que diversos suseranos governavam sobre os feudos, enquanto o rei possuía uma participação muito fraca.

Suserania e Vassalagem: Cruzadas

Devemos destacar também que as Cruzadas, iniciadas no século XI, só foram possíveis devido à existência de centenas de relações de suserania e vassalagem na Europa. Isso porque, os suseranos que decidiram ir para Jerusalém sabiam que podiam contar com o apoio dos seus vassalos, já que esses haviam jurado fidelidade militar.

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Durante a Idade Média dentro das estruturas existentes na política, na economia e na sociedade teve-se a predominância do feudalismo (este pode ser chamado por modo de produção) que venho para substituir o chamado escravismo greco-romano. E dentro do feudalismo destacaram-se algumas práticas feudais, dentre elas temos a suserania.

Os famosos senhores feudais ligavam-se consigo de modo que travavam relações de suserania e vassalagem (o suserano oferecia terras à proteção de um vassalo, e este as recebia estando na obrigação de cuidá-las e de auxiliar ao seu suserano em guerras e pagamento de impostos). Mas, a concessão poderia ser também de exploração de direitos de pedágio em pontes ou estradas, de recolhimento de alíquotas em uma aldeia ou região, etc.

Para marcar essa relação de dependência, se realizava uma cerimônia, um processo denominado por homenagem (o que seria um juramento de fidelidade existente entre o suserano e vassalo – o senhor que receberia o beneficio, realizaria este juramento na presença dos evangelhos). E era assim que, se fazia um suserano, somente quando o senhor confiava ao vassalo uma parte de suas terras, para que assim formasse o seu próprio feudo. É importante salientar que, essa prática suserana era realizada de forma hereditária. Um suserano poderia conter vários vassalos, e todo vassalo de forma que diversos senhores feudais e nobres guerreiros de uma assentada região, assumiam uma obrigação mútua de defesa. No mais, todo esse processo pode ser simplesmente compreendido como um procedimento de relações de vinculação pessoal e de obrigações recíprocas.

Dessa maneira, os componentes da nobreza relacionavam-se entre si por meio de uma estrutura hierárquica. Como podemos observar logo abaixo, na base hierárquica encontravam-se os cavaleiros, acima deles, ficavam os barões, que tinham como seus suseranos os duques, condes e marqueses. E por fim, ao topo da hierarquia feudal situava o rei, que possuía direitos sobre seus vassalos.

O que era a relação de suserania e vassalagem

E caso houvesse necessidade, o suserano acabava dando proteção militar ao vassalo. Além disso, a Igreja mantinha também relações de suserania e vassalagem, pois de forma direta ou indireta cava por apoiar todas aquelas práticas devido aos interesses almejados.

Com o passar do tempo, em meio a um progresso que se desencadeou através de relações dependentes e leais entre senhores, passou a surgir reis vassalos de outros suseranos. Como existia um fragmento entre os poderes, fazia-se então necessário, que as relações existentes entre a suserania e a vassalagem garantissem coerência diminuta entre os dominadores, e que isso, pudesse subverter a ordem.

Bibliografia:
ARRUDA, José Jobson de Andrade. O sistema feudal. História Integrada: da Idade Média ao nascimento do mundo moderno. V. 2, São Paulo: Ática, 1996, p. 31-36.

MACHADO, Fernando. Feudalismo: servidão, impostos, taxas, suserania e vassalagem. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/historia/ult1690u18.jhtm, acessado em 11 de fevereiro de 2010.