O que é erupções cutâneas

Erupção cutânea pode ser uma reação alérgica a algum medicamento, a uma picada de inseto, pode ser causada por traumatismos, pode ser sinal de doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários, parasitas, como o Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose, popularmente conhecida como "barriga d'água", ou ainda por doenças crônicas como o lúpus, dermatomiosite e psoríase.

Em bebês e crianças, as erupções na pele podem estar associadas a sarampo, rubéola, dengue, escarlatina, enteroviroses, exantema súbito, eritema infeccioso, mononucleose Kawasaki, entre outras doenças.

Nos adultos, a erupção cutânea está mais associada a processos alérgicos, dengue, mononucleose, AIDS, sífilis, reação a drogas, toxoplasmose, estresse, doenças crônicas.

As erupções cutâneas caracterizam-se pelo aparecimento de múltiplas manchas ou lesões avermelhadas e elevadas na pele, que por vezes se espalham por todo o corpo.

Para determinar a causa da erupção, é necessário avaliar a lesão e colher outras informações, como o tempo de aparecimento dos sintomas, presença de febre, dores musculares ou articulares, sangramentos, mal-estar, presença de nódulos no corpo, dor de garganta, associados, além de exame clínico e histórico do paciente.

Em caso de erupções na pele, consulte um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação. O especialista indicado para diagnosticar e tratar erupções cutâneas é o dermatologista.

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Referências bibliográficas

Quando os primeiros casos de coronavírus começaram a surgir no Brasil, tiveram início no consultório relatos de manifestações cutâneas que poderiam estar ligadas à infecção.

Em todo o mundo, médicos e pesquisadores descreviam, em diversos periódicos científicos, casos de diferentes tipos de erupções na pele entre pacientes com Covid-19. Elas apareciam nos pés, nas mãos, no tronco e na boca. A dúvida entre os especialistas era se realmente os episódios seriam provocados pelo vírus Sars-CoV-2.

As manifestações levantavam suspeitas pelo natural desconhecimento do novo agente infeccioso e suas consequências no organismo. Isso porque várias infecções virais podem desencadear erupção cutânea. O uso de medicamentos também é capaz de gerar uma reação adversa na pele. Outro fato que intrigava os médicos eram os diferentes tipos de lesões observadas.

Diante disso tudo, tentando afastar outras causas que não a viral, pesquisadores italianos realizaram um levantamento de casos com pacientes internados com Covid-19. Foram excluídos aqueles que haviam recebido novos medicamentos nas duas semanas anteriores ao diagnóstico.

Os médicos notaram que 20% dos casos apresentavam alterações cutâneas especialmente no tronco, como exantema maculopapuloso (erupção com área avermelhada), lesões urticariformes difusas (lesões avermelhadas e levemente inchadas) e vesículas varicela-símiles (bolinhas vermelhas), todas elas lesões que não causavam muita coceira. Não houve, porém, correlação entre essas manifestações cutâneas e a gravidade da doença em si.

Entretanto, situações consideradas mais severas, como uma espécie de queimadura gelada na pele e gangrena, foram associadas à progressão da Covid-19 e ao estado de hipercoagulação, caracterizado pela formação excessiva de coágulos sanguíneos em diversos órgãos e regiões do corpo, incluindo a pele.

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Além das repercussões relacionadas diretamente à infecção, muito se discutiu na pandemia sobre as alterações cutâneas observadas nos profissionais de saúde devido à utilização prolongada dos equipamentos de proteção individual e à necessidade contínua de lavagem das mãos ou uso de álcool 70%.

As manifestações dermatológicas mais descritas entre os profissionais incluem coceira, eczema, macerações e fissuras nas mãos e nas regiões da face sujeitas à pressão da máscara, como dorso nasal e a área próxima ao maxilar e às orelhas. Casos de irritação severa nas mãos também têm sido relatados.

A prevenção desses problemas inclui secagem correta das mãos, uso de hidratantes, mudança periódica dos pontos de apoio da máscara e utilização de curativos não adesivos de silicone ou hidrocoloide nos pontos de maior pressão. Sob orientação médica, o tratamento pode envolver medicamentos tópicos.

O uso das máscaras de pano também gera reações adversas como acne e dermatite, pois a pele fica mais sensível e oleosa. O ambiente abafado, com respiração e liberação de saliva, é mais propício à proliferação bacteriana. Uma medida importante é manter a higienização, de manhã e à noite, com sabonetes específicos para acne. Nesses casos, é fundamental manter a aplicação diária do protetor solar e o uso de um secativo com antibiótico pode ser bem-vindo.

Já para as dermatites, que podem ocorrer pelo contato com o tecido ou com a umidade da saliva ácida, o cuidado principal é manter a higienização com sabonete para peles sensíveis, usar creme calmante ou água termal e o filtro solar. Na dúvida, consulte um dermatologista. Afinal, proteger a pele é proteger a saúde hoje e sempre.

* Dra. Adriana Vilarinho é dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia

Dicas para que o tempo frio não agrida sua pele

O tempo frio pode ser agressivo com nosso corpo. E a pele de quem possui uma condição crônica de pele, como dermatite atópica ou urticária crônica espontânea, é ainda mais sensível às temperaturas baixas do outono e do inverno.

Conforme os termômetros caem, o mesmo acontece com a umidade em sua pele, o que pode causar erupções cutâneas

Uma erupção cutânea é uma área de pele irritada, mais comumente causada pela pele seca. Mesmo se você tiver uma pele saudável durante o resto do ano, você pode desenvolver uma erupção cutânea de inverno durante as estações frias. A maioria das pessoas que vivem em climas frios já experimentou isso pelo menos uma vez.

Sem tratamento e mudanças no estilo de vida, sua erupção cutânea pode incomodar bastante. Felizmente, existem maneiras de prevenir e tratar sua pele o ano todo.

Possíveis causas da erupção cutânea

A camada externa da pele contém óleos naturais e células mortas da pele que retém água dentro da pele. Isso ajuda a manter a pele hidratada e macia.

Baixas temperaturas, baixa umidade e ventos fortes ao ar livre retiram da sua pele a umidade necessária. Aumentar o calor dentro de casa e tomar banhos muito quentes fazem o mesmo. Essas condições adversas fazem com que sua pele perca seus óleos naturais, o que permite que a umidade escape, resultando em pele seca e potencialmente em erupções cutâneas.

As queimaduras solares também podem causar erupções cutâneas, pois os raios ultravioleta (UV) do sol podem ser fortes mesmo no inverno. Na verdade, de acordo com a The Skin Cancer Foundation, a neve reflete até 80% da luz ultravioleta, o que significa que a pele exposta pode ser atingida pelos mesmos raios duas vezes. Além disso, os raios ultravioleta também são mais intensos em altitudes mais elevadas. É importante lembrar disso se você visitar lugares com neve e gostar de praticar snowboard, esqui ou outros esportes alpinos.

Sintomas de erupções cutâneas de inverno

Uma erupção cutânea de inverno pode incluir qualquer um dos seguintes sintomas:

  • Vermelhidão
  • Inchaço
  • Coceira
  • Descamação
  • Sensibilidade
  • Bolhas

A erupção pode afetar uma única área do corpo, geralmente suas pernas, braços ou mãos. Em outros casos, pode estar espalhada pelo corpo.

Diagnosticando uma erupção cutânea de inverno

O seu médico pode diagnosticar uma erupção cutânea de inverno durante um exame físico. Ele ou ela irá revisar seus sintomas e histórico médico para ajudar a determinar a causa de sua erupção e prescrever o tratamento.

Tratamento de erupções cutâneas de inverno

Algumas dicas para já são bastante conhecidas por quem convive com DA ou UCE:

  • Os hidratantes costumam ser a primeira defesa contra as erupções de inverno porque ajudam a reter a umidade na pele. Aplicar um hidratante poderoso várias vezes ao dia, principalmente após o banho e a lavagem das mãos.
  • A vaselina também atua como uma barreira para ajudar a reter a umidade em sua pele. Se você não gosta da ideia de usar produtos a base de petróleo, considere tentar substitutos do petróleo que também evitem a perda de umidade.
  • Óleos naturais, como azeite de oliva e óleo de coco, podem ajudar a acalmar a pele irritada e repor a umidade. Aplique na pele conforme recomendação médica.

Coçar uma erupção cutânea pode causar rachaduras e sangramentos na pele. Isso dá às bactérias a abertura perfeita e coloca você em risco de infecção. Entre em contato com seu médico se você tiver uma erupção cutânea que não está respondendo ao tratamento, está sangrando ou apresenta sintomas graves.

Como prevenir erupções cutâneas de inverno

A melhor maneira de prevenir erupções cutâneas de inverno é evitar climas frios e ar seco completamente. Se você não pode passar o inverno em um local de clima mais quente, experimente estas dicas de prevenção:

  • Invista em um umidificador para tornar o ambiente menos seco. Umidificadores para casa inteira e para apenas um cômodo podem ajudar.
  • Tome banho com menos frequência, ensaboe com delicadeza e evite água muito quente. Considere tomar não mais do que um banho por dia durante o inverno, quando seu corpo não sua tanto ou fica tão sujo.
  • Use sabonetes naturais e sem fragrância recomendados por seu médico.
  • Prefira roupas feitas de fibras naturais respiráveis, como algodão, para ajudar a reduzir a irritação da pele e o superaquecimento.
  • Proteja suas mãos usando luvas sempre que sair de casa em dias frios.
  • Evite queimaduras solares de inverno usando um protetor solar com FPS 30 ou mais quando você estiver ao ar livre.
  • Limite o tempo que você passa em frente ao fogo em fogueiras e lareiras, que diminui a umidade e expõe sua pele ao calor intenso.

Fonte: Healthline

Tradução e adaptação: Redação CDD – Crônicos do Dia a Dia