Por definição, Livros Sagrados são obras literárias presente nas mais diversas religiões do mundo (principalmente nas monoteístas), cujo seus autores teriam recebido uma inspiração divina na confecção dos textos. Tais textos religiosos, também conhecidos como Escrituras Sagradas, são em sua grande maioria o centro da tradições religiosas, e apresentam diversas regras de conduta e moral, além da narração de fatos passados. Aqui no ocidente, a Bíblia é sem dúvida o mais famoso de todos os Livros Sagrados, que por sua vez é derivado do Tanakh, o Livro Sagrados dos Judeus. Vejamos alguns dos principais Livros Sagrados da humanidade. AlcorãoFoto: Afshad / PixabayO Alcorão ou Corão é o livro sagrado do Islã. Para os muçulmanos o Alcorão é a palavra literal de Alá (Deus) revelada ao profeta Maomé durante um período de vinte e três anos. Codificação EspíritaA Codificação Espírita é um conjunto de cinco livros publicados pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, mas conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec, o fundador da Doutrina Espírita. VedasVedas são um conjunto de quatro obras literárias, em idioma vêdico, que formam o livro sagrado dos Hindus. São consideradas verdadeiras revelações divinas. Seus textos constituem a camada mais antiga da literatura hindu e por muito tempo foi transmitida exclusivamente de forma oral. BíbliaFoto: PixabayA Bíblia é o livro sagrado dos Cristãos, sendo constituída de vários livros cujo seus autores estariam sob inspiração divida. Como existem diversas igrejas cristãs, existe também algumas divergências quanto a quantidade de livros ela possui. Guru Granth SahibGuru Granth Sahib é o nome do livro sagrados do Sikhismo, religião nascida do sincretismo entre elementos do hinduísmo e do islã. É composto de uma coletânea de orações e hinos escritas por gurus do Sikhismo e por santos hindus e islãs. TanakhTanakh é o nome do conjunto de livros sagrados do judaísmo, sendo formado pelo Torá, Neviim e Ketuvim. São a origem do Antigo Testamento Cristão, tendo suas particularidades, quanto aos livros e a ordem deles. Os textos do Tanakh são a base estrutural da cultura judaica. Analectos de ConfúcioOs Analectos de Confúcio, também conhecidos como Diálogos de Confúcio, constituem um livro sagrado das mais importantes doutrinas atribuídas ao pensador chinês Confúcio. As Analectos formam a base da ideologia religiosa conhecida como Confucionismo. O Analectos de Confúcio foi uma das obras mais lidas na China, o equivalente a Bíblia no Ocidente.
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso grupo oficial. Para receber no Telegram, clique aqui Siga o Portal N10 no Google News para acompanhar nossas notícias. Clique na imagem abaixo! | Foto:Embora cristãos e muçulmanos, em geral, saibam pouco sobre o livro sagrado da outra crença, há muitas semelhanças entre a Bíblia e o Al Corão. Tanto o cristianismo quanto o Islã consideram Abraão como o antecessor de suas religiões. Ambos os livros trazem muitas histórias em comum – há mais de cinquenta personalidades religiosas que são citadas nas duas obras, incluindo Moisés, João Batista e Jesus. Muitos ensinamentos são parecidos e alguns realmente iguais. Essas semelhanças, contudo, não eliminam a desconfiança que cristãos em geral têm do livro islâmico, comportamento certamente alimentado pelo extremismo dos terroristas que professam a crença e afetam a imagem da religião no Ocidente. Uma pesquisa elaborada pelo Pew Research Center que pediu a entrevistados de diversas religiões que elencassem os seus sentimentos por outros grupos religiosos, o Islã foi ranqueado abaixo de qualquer outra religião. Os ateus ficaram em penúltimos. Um experimento social conduzido na Holanda pelo canal do YouTube Dit Is Normaal também mostrou que algumas pessoas podem ter uma percepção tendenciosa do Alcorão mesmo sem nunca o ter lido. Durante o experimento, uma Bíblia foi revestida com uma capa do Alcorão e trechos foram lidos a pessoas diversas na rua. Os ouvintes tendiam a criticar os versículos e o próprio Alcorão, até que lhes era dito que os versículos lidos eram do seu próprio livro sagrado. “É tudo preconceito”, disse uma das pessoas abordadas. “Eu tento sempre não ser preconceituoso, mas aparentemente eu sou”. Ouça este artigo:
O Alcorão (Al-qurʾān, em árabe, Recitação) é o livro sagrado a todo o adepto da religião islâmica. Segundo o tradição, é o registro das palavras exatas reveladas por Deus (Allah) por intermédio do anjo Gabriel a Maomé (Mohammad), que o memorizou e ditou aos seus companheiros. Seu texto é seguido nos dias de hoje por um quarto da população mundial, cerca de 1,3 bilhão de pessoas. O livro sagrado dos muçulmanos é a própria revelação, a manifestação de Deus (Alá, em árabe), um papel comparável ao de Jesus no Cristianismo. Embora o texto possa soar repetitivo e cansativo em português, em árabe as palavras ganham musicalidade. Enquanto ditava-o a seus companheiros, o profeta Maomé lhes assegurava que era a Revelação Divina que havia recebido. Ele não ditou tudo de uma só vez, pois as revelações chegavam-lhe em fragmentos, de tempos em tempos. Tão logo ele recebia uma, costumava comunicá-la a seus companheiros e pedir-lhes não somente que a decorassem, mas para que a recitassem durante a prática das orações e que a escrevessem e multiplicassem as cópias. Em tais ocasiões, Maomé indicava o lugar preciso da nova revelação no texto, não cabendo a ele uma compilação cronológica. Os muçulmanos tem por tradição chamar de Alcorão apenas a versão original, em árabe, com as palavras exatas de Alá, e assim, qualquer outra tradução em geral é denominada “Significado do Alcorão”. O livro está dividido em 114 capítulos, chamados de suras, que são ordenados de uma maneira bem diferente da organização encontrada na Bíblia. Eles não contêm uma narração linear, como na história da criação no Gênesis, por exemplo. As suras são organizadas por temas. Nenhuma palavra de suas 114 suras foi mudada ao longo dos séculos. Assim, o Alcorão permanece, em cada detalhe, o mesmo livro de quatorze séculos atrás. Em apenas 200 anos, a palavra de Alá contida no Alcorão inspirou o povo árabe, até então majoritariamente nômade, desunido e em vários aspectos atrasado a conquistar toda a península arábica, o norte da África e a Ásia Central. Em seguida, foram anexados Espanha, Portugal e grande parte da Índia. O ímpeto expansionista árabe chegou até mesmo à China, onde permanece como religião predominante na região de Xinjiang (noroeste do país). Desde sua revelação, o livro serviu de inspiração político-religiosa para inúmeros líderes, que de sua palavra faziam uso, adotando princípios do Alcorão em meio às práticas políticas. Nas nações de maioria muçulmana, ou “países islâmicos”, como geralmente são chamados, o Direito costuma ser completamente baseado nos preceitos do Alcorão, que serve ao mesmo tempo como livro religioso e código jurídico. Bibliografia: HAYEK, Samir El. O Alcorão. Disponível em <http://www.culturabrasil.org/alcorao.htm>. Acesso em: 01 abr. 2012. |