Como não deixar a moto morrer no sinal
A formação dos motociclistas brasileiros exige mudanças urgentes. Avaliar candidatos à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em circuitos não padronizados, em que o controle da moto é testado apenas em baixa velocidade e em trajeto desenhado no chão, é insuficiente.Antes que um sistema mais exigente seja implantado, os novatos deveriam frequentar cursos de treinamento específicos para motociclistas, que vêm se difundindo nos últimos anos como forma de combater o cada vez mais alto índice de acidentes. Para quem não pode ter o gasto a mais ou não encontra cursos próximos, preparamos algumas dicas. Elas devem ajudar os que conseguiram tirar a carteira, compraram a moto, mas têm consciência de que não estão 100% preparados para encarar com segurança o agressivo trânsito brasileiro.

1) Intimidade com a moto

Movimente a sua moto, sinta seu peso empurrando-a, desligada, para a frente e para trás. Tire e coloque-a no cavalete central, se houver, ou mesmo no lateral. Monte, acione os comandos com o motor desligado, ande para frente e para trás empurrando-a com os pés. Parece coisa de maluco, mas ganhar intimidade com o veículo é importante, e esse é o jeito. Uma das ocorrências mais chatas e frequentes entre motociclistas inexperientes é deixar a moto cair parada. Na maioria das vezes isso não terá muitas consequências além de uma lente de pisca quebrada ou um amassadinho no escape, mas é uma chatice que pode ser evitada se você tiver noção do peso, do tamanho e de como movimentar uma moto. Estacionar fará parte de seu dia a dia, e começar por aí é simples e necessário.

2) Treine acelerar e trocar de marcha

Procure um espaço amplo para poder treinar, livre de obstáculos como postes, árvores, meios-fios. Um estacionamento vazio, um pátio ou uma quadra são ideais. Na falta disso, uma rua com pouco movimento e plana pode servir. Treine à exaustão procedimentos básicos como dar partida, sair, engatar duas ou três marchas e reduzir até parar. Repetir essa operação é fundamental para se familiarizar com os comandos de acelerador, embreagem e câmbio.

O tempo, as ”horas de voo” ao guidão, se encarregarão de tornar esses movimentos automáticos, mas quem está começando precisa de treino, de paz e tranquilidade para repetir várias vezes os movimentos, prestando atenção no que dá certo, no melhor modo de se realizar tais ações.