Como comparar os cet entre os bancos

Quando você vai ao supermercado ou à feira livre, você não compara laranja com abobrinha, certo? Nem biscoito com peixe! Com crédito, é a mesma coisa. Se você quer saber como comparar empréstimos, confere as dicas do Serasa Ensina para você encontrar a melhor opção para o seu caso.

Imagina que você vai pesquisar entre vários pacotes de viagem para as suas férias. Você avalia muitos fatores, como o preço, o tempo de estadia, a quantidade de parcelas, se as refeições estão incluídas e assim por diante.

Mas se você está procurando um pacote para Natal e Réveillon, não compara uma viagem de meio de ano, certo?

Ao comparar empréstimos e financiamentos, é importante sempre observar o Custo Efetivo Total (CET) e a soma de todas as parcelas. O CET leva em consideração não apenas a taxa de juros, mas todas as tarifas e encargos que façam parte do pacote.

Outro ponto fundamental é que não adianta você comparar um empréstimo de 24 parcelas com outro de 36. Ainda que os dois sejam, por exemplo, de R$ 5 mil. A questão é que a taxa de juros vai ser diferente em cada caso, por causa do fator tempo. E, por causa disso, a soma de todas as parcelas também vai mudar.

Por isso, o melhor é comparar pelo Custo Efetivo Total.

Como comparar empréstimos de forma fácil?

Uma forma comparar empréstimos é com o Serasa eCred. Com ele, você faz uma simulação de acordo com a sua necessidade. E as ofertas que aparecem são específicas para o seu perfil. Assim, você encontra o crédito ideal para você.

E o melhor, você pode fazer várias simulações aumentando ou diminuindo a quantidade de parcelas e alterando o valor que você precisa. De forma simples e prática, em um mesmo lugar você compara e encontra o melhor empréstimo para a sua necessidade. Você faz tudo isso sem sair de casa e sem burocracia.

Simule e compare empréstimos

Ao procurar um financiamento para comprar o tão sonhado lar, muitas pessoas avaliam apenas a taxa de juros oferecida pela instituição financeira ou o valor da prestação mensal. Entretanto, o famoso “cabe no bolso” pode custar muito caro no final das contas.

Além dos juros, existem outros custos embutidos nas operações de crédito. E, para saber quais são,  existe uma forma simplificada, o chamado Custo Efetivo Total - ou só CET.

Preparamos este guia para você entender a importância do Custo Efetivo Total e como esse pacote impacta no valor do financiamento. Confira!

O que é Custo Efetivo Total (CET)?

O Custo Efetivo Total deve ser considerado o seu melhor amigo na comparação de financiamentos. Sabe por quê? O CET é o que realmente importa na hora de contratar um empréstimo, pois engloba todos os valores que uma instituição financeira cobrará, além da taxa de juros.

Existem regras para a cobrança do CET?

De acordo com o Banco Central, não existem limites para a quantidade de encargos englobados no CET, por isso esse pacote costuma variar de banco para banco. Agora, dá para entender por que é importante saber sobre o CET. Em muitos casos, são exatamente os “outros encargos” que encarecem o financiamento.

As instituições são obrigadas a informar o CET aos clientes em forma de “Taxa Percentual Anual”. Além disso, precisam fornecer uma planilha de cálculo do empréstimo.  

Qual a diferença entre taxa de juros e CET?

Ao tomar um empréstimo, é como se você estivesse alugando aquele dinheiro por um período. O banco, por sua vez, cobra um valor por esse aluguel. Essa é a taxa de juros. 

A taxa de juros é apenas uma parte do pacote do CET. Para calcular essa taxa, a instituição considera o valor total do empréstimo e a quantidade de parcelas. Os juros são aplicados em cima de cada uma das parcelas. 

Veja neste exemplo:

- Vamos supor que você irá comparar o financiamento imobiliário em dois bancos. Temos as seguintes propostas:

Banco A: Taxa de juros de 5% ao ano.
Banco B: Taxa de juros de 6% ao ano.

Parece que a primeira opção é a mais vantajosa, não é? Só que ao analisar o Custo Efetivo Total, descobrimos que:

Banco A: CET de 11% ao ano.
Banco B: CET de 10% ao ano.

Conclusão: o banco A tem outras taxas, encargos e/ou despesas mais caros do que o banco B.

Quais são os encargos incluídos no CET?

O Custo Efetivo Total incorpora todos os encargos e despesas incidentes nas operações de crédito, como a taxa de juros, as tarifas, os tributos, os seguros e outras despesas cobradas.

Como comparar os cet entre os bancos

Fonte: Banco Central

Tarifas e Despesas de Operação

O que os bancos podem considerar como tarifas na contratação de financiamento imobiliário: 

Taxa de análise de crédito, Tarifa ou taxa de abertura de cadastro, Taxa de administração para cobranças e boletos, Avaliação do imóvel (em caso de financiamento imobiliário) e Análise jurídica e documental.

Tributos - IOF

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é um imposto obrigatório cobrado pelo Governo Federal sobre empréstimos, financiamentos, operações de câmbio e títulos imobiliários. 

Seguros

Os tipos de seguros podem variar bastante dependendo da operação de crédito. No caso do financiamento imobiliário, é obrigatória a inclusão de dois seguros: o Seguro de Morte e Invalidez Permanente (MIP) e o Seguro de Danos Físicos do Imóvel (DFI).

É comum que as instituições financeiras incluam esses seguros no CET, pois possuem convênios com diversas companhias seguradoras, mas você pode realizar a contratação com a seguradora que quiser, independentemente das indicações do banco.

Compare o CET antes de contratar o financiamento

Antes de contratar, pesquise bastante. Os custos podem variar muito de um banco para outro e o CET junta isso tudo para ficar mais fácil de se comparar. O Procon disponibiliza uma calculadora para demostrar o CET de uma operação de crédito.

O que fazer na hora de solicitar um financiamento:

- Solicite o cálculo do CET detalhado em reais antes de finalizar a contratação;

- Solicite o contrato com todas as informações do crédito realizado;

- Denuncie ao Procon a ausência da informação ou suspeita de descumprimento da lei, de acordo com a Resolução CMN 3.909, de 2010.

Os juros, geralmente, são temidos e causam receio entre os gestores, pois tornou-se comum conhecer algum empresário que se complicou com uma dívida e teve dificuldades para sair do vermelho por conta das taxas elevadas.

Segundo a pesquisa da Serasa Experian de julho de 2021, esse cenário de inadimplência das empresas cresce cada vez mais: foram registrados cerca de 5,9 milhões de CNPJs negativados no Brasil, o mesmo número referente ao mês de julho do ano passado. 

A taxa de juros é capaz de afetar decisões de consumo das pessoas e, também, sobre quais investimentos serão feitos dentro da empresa. Por isso, para lhe ajudar a comparar os juros em diferentes bancos e escolher a opção mais vantajosa para o seu negócio, preparamos esse conteúdo completo para você conhecer quais são os tipos de taxa de juros existentes no mercado de empréstimos e financiamentos e escolher o melhor crédito empresarial para o seu negócio. 

O que são taxas de juros?

Em poucas palavras, a taxa de juros é o valor adicional que você paga em relação ao financiamento que contratou. Ou seja, é o preço que o banco cobra por esse serviço: de emprestar dinheiro e receber de volta no prazo e condições pactuadas.

Para determinar o preço de um produto, um vendedor leva em consideração diversos fatores, por exemplo, o preço da matéria-prima, da mão de obra, do estoque, da distribuição etc.
Da mesma forma acontece na hora do banco definir a taxa de juros de um financiamento. É preciso levar em conta os custos de manutenção do serviço e o risco de crédito — qual a chance do cliente ficar inadimplente e o banco não receber o pagamento do dinheiro.

Apesar de cada instituição financeira estipular qual será a taxa de juros de seus financiamentos, esse processo é feito sempre tendo como base a Taxa SELIC.

O que é a taxa SELIC?

A taxa SELIC é a taxa básica de juros da economia. A sigla SELIC significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia, que é o ambiente eletrônico na qual os títulos das operações são registrados, negociados e vendidos diariamente.

É o principal instrumento utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação e influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.

Atualmente, o Banco Central projeta a taxa SELIC em 7,25%% ao ano em 2022.

Para saber mais sobre a taxa básica de juros SELIC e como ela afeta os investimentos dentro do seu micro ou pequeno negócio, veja o vídeo abaixo, produzido pela equipe do Nexo Jornal:

Tipos de taxas de juros de financiamentos e empréstimos

Existem três tipos de taxas de juros no mercado financeiro: a taxa nominal, taxa efetiva e a taxa real. Acompanhe quais são as principais diferenças entre elas:

#1 | Taxa Nominal

A taxa nominal é a mais utilizada pelas instituições financeiras durante a divulgação de seus serviços. É quando o período de capitalização dos juros — momento em que há incidência de juros sobre o dinheiro — não é o mesmo da taxa de referência.

Por exemplo, podemos ter uma taxa anual, mas com os juros sendo calculados e acrescidos mês a mês.

São exemplos de taxas nominais:

  • 20% ao ano com capitalização mensal;
  • 15% ao semestre com capitalização mensal;
  • 30% ao ano com capitalização trimestral.


Esse tipo de taxa de juros não leva em consideração a perda do valor do dinheiro devido à inflação.

#2 | Taxa Efetiva

Diferentemente da taxa de juros nominal, a taxa de juros efetiva é expressa de forma percentual em um período igual ao do momento de capitalização dos juros ao capital.

Ela é definida como uma taxa equivalente, pois o prazo de capitalização efetivamente praticado é o mesmo do prazo de referência (mensal, trimestral ou semestralmente).
Ao final de cada período de tempo, o juros são aplicados ao dinheiro e podem ser negociados por meio de duas formas de liquidação:

Juros simples:

Quando se trata de juros simples, os juros são cobrados apenas sobre o montante que foi emprestado (também chamado de capital inicial).

Por exemplo, se você solicitar um financiamento de R$ 10 mil e os juros forem de 10% ao ano, você sempre pagará 10% de R$10 mil, ou seja, R$ 1.000,00 por ano até o final.

Juros compostos:

Já com os juros compostos, mais conhecidos como “juros sobre juros”, o cálculo é sobre o capital inicial mais os juros acumulados.

Por exemplo, se você solicitar um financiamento de R$ 10 mil e os juros forem de 10% ao ano, o cálculo será:

No primeiro ano, juros de R$ 1.000 [R$ 10 mil x 10%];

No segundo ano, juros de R$ 1.100 [R$ 11 mil (principal + juros do 1º ano) x 10%]

Além dessas duas formas de juros, em caso de não pagamento da obrigação financeira, há o juros moratórios ou juros de mora. Uma taxa percentual sobre o atraso do pagamento de um título de crédito em um determinado período de tempo.

O juros de mora atua como uma espécie de indenização pelo retardamento da dívida. Essa taxa pode ser acordada e estabelecida entre as partes, ou em caso de ausência do acordo, serão aplicados os juros determinados por lei, segundo o Banco Central.

#3 | Taxa Real

A taxa real existe para avaliar os juros levando em consideração a inflação, uma vez que ela pode influenciar o poder de consumo das pessoas e é um dos riscos que muitos empresários estão sujeitos quando realizam algum tipo de investimento. Dessa forma, é importante estar atento a essa modalidade de taxa de juros.

O rendimento de um investimento ou o custo de um financiamento se tornam mais claros quando se desconta a inflação, obtendo-se a taxa de juros real.

De maneira simplificada, pode-se calcular a taxa de juros real subtraindo da taxa nominal a porcentagem da inflação. Segundo informações do Banco Central de fevereiro de 2019, há uma estimativa de que a inflação esteja abaixo de 4% para esse ano.

Como comparar os juros entre os bancos?

Uma maneira muito comum no mercado financeiro de analisar o investimento mais adequado para a empresa é comparar apenas a taxa de juros entre os bancos. No entanto, fazendo a avaliação desse modo, você não terá a garantia total de que, realmente, estará escolhendo o crédito ideal para o seu negócio.


Isso porque é necessário levar em consideração tudo o que está incluso no financiamento que você irá contratar, como tarifas e outros tributos adicionais. Por isso, o melhor caminho para realizar essa comparação é analisando o CET: Custo Efetivo Total.

O CET leva em conta não só as taxas de juros, mas todas as tarifas, tributos, seguros e despesas que você empreendedor tem que pagar quando está na procura por crédito.

Um financiamento empresarial, por exemplo, pode ter uma taxa de juros menor do que o outro, mas cobrar uma tarifa e encargos mais caros que podem não compensar no final do pagamento. Por isso, fique atento!

Em relação às tarifas e tributos que compõem o CET, você precisa ficar de olho no IOF e nas tarifas de cadastro:

  • O IOF é um imposto federal e a sigla significa Imposto sobre Operações Financeiras. Esse imposto é cobrado tanto nos empréstimos e financiamentos, como em operações de câmbio e também nos títulos imobiliários.
  • A tarifa de cadastro é uma cobrança que alguns bancos podem definir se vão ou não cobrar por isso e qual será o valor. Além disso, também podem ter algum tipo de seguro para pessoa física, em casos de desemprego ou morte.


Dica BDMG: Se você solicitar um crédito empresarial, e o banco exigir algum depósito antecipado, fique alerta! Isso pode ser um golpe. A orientação do BDMG é nunca fazer um depósito inicial para obter financiamentos, principalmente, se o depósito for em conta de pessoas físicas, em vez de contas empresariais.

Além de pesquisar e comparar os juros para financiamento, faça também um planejamento e veja se o pagamento do financiamento caberá no orçamento da sua empresa. O ideal é que ele não sufoque as finanças da sua empresa, mas que seja um investimento para o crescimento do seu negócio. O crédito empresarial tem o objetivo de impulsionar o seu negócio e não afundar.