Que nome se dá ao fenômeno de implantação do embrião na mucosa uterina que ocorre por volta do quinto ao sétimo dia após a concepção em estágio de blastocisto?

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Todos nós sabemos “de onde vêm os bebês”, mas na maior parte das vezes os detalhes desse acontecimento tão decisivo na vida de mulheres, homens e bebês são desconhecidos.

Na concepção por vias naturais, esse processo começa poucas horas ou até alguns dias após a relação sexual desprotegida durante o período fértil da mulher.

Com a ejaculação, em condições normais, pelo menos 40 milhões de espermatozoides são liberados no canal vaginal, que seguem em direção ao cérvix, penetrando o útero e atingindo as tubas uterinas, onde o óvulo fica. A fecundação acontece quando um dos espermatozoides rompe a zona pelúcida e se projeta para o interior desse óvulo.

Cada gameta, óvulo e espermatozoide, contém metade do código genético de um ser humano, contido em seus pronúcleos. A fecundação, nesse sentido, vai além da penetração do espermatozoide no óvulo, e acontece verdadeiramente quando há a fusão dos pronúcleos e a formação do material genético completo do concepto.

Aliás, o concepto nesse momento chama-se zigoto e, a partir da fecundação, passa a ser direcionado para a cavidade uterina pelo movimento peristáltico e ciliar das tubas uterinas.

Enquanto o zigoto vai sendo transportado até o útero, acontecem as primeiras clivagens (divisões celulares), em que a célula primordial, resultado da fusão de óvulo e espermatozoide, se multiplica e passa a ser chamada de embrião.

Nos primeiros 3 dias após a fecundação, o zigoto tem o aspecto de uma amora, com uma série de células aderidas umas às outras, formando um corpo maciço.

Essa fase, conhecida como fase de mórula, termina por volta do 5º dia após a fecundação, quando o embrião chega ao útero. Na fase de blástula, como é chamada agora, o blastocisto desenvolve a primeira cavidade embrionária, a blastocele.

Um dos acontecimentos mais importantes dessa fase é a fixação do embrião no útero, um processo chamado de implantação embrionária, que marca de fato o início da gestação.

Nos procedimentos de reprodução assistida, os acontecimentos são praticamente os mesmos, inclusive na FIV (fertilização in vitro).

O que muda é que cada etapa, da fecundação à implantação embrionária, será monitorada e auxiliada por tecnologias cujo objetivo é aumentar as chances de a mulher desenvolver a gestação.

Problemas com a receptividade endometrial ou até mesmo anomalias genéticas no próprio embrião podem impedir a implantação embrionária e fazer com que a mulher ou o casal passe por repetidas falhas de implantação, que causam sofrimento e frustração.

Nesse sentido, este texto aborda com detalhes o processo de implantação embrionária, os problemas que pode apresentar e como a medicina reprodutiva pode oferecer saídas para cuidar desses casos. Aproveite a leitura!

O que é implantação embrionária?

A implantação embrionária é o evento que marca o início da gravidez em si. Também chamada de nidação ou fixação, a implantação embrionária deve acontecer entre 5 e 7 dias após a fusão dos pronúcleos dos gametas masculino e feminino, tanto na concepção natural quanto na reprodução assistida.

É a partir de uma implantação bem-sucedida que tem início a formação da placenta e dos outros anexos embrionários, que auxiliarão o crescimento e desenvolvimento fetal, além de promover a comunicação entre o bebê e a mãe.

Além disso, é necessário que o concepto e a placenta permaneçam aderidos ao endométrio durante toda a gestação, e essa ligação começa precisamente na implantação embrionária.

Como acontece a implantação do embrião no útero?

Que nome se dá ao fenômeno de implantação do embrião na mucosa uterina que ocorre por volta do quinto ao sétimo dia após a concepção em estágio de blastocisto?

O zigoto se forma na tuba uterina após a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. Os pronúcleos se fundem em uma única célula, chamada zigoto, e depois de algum tempo passam a se dividir, processo chamado de clivagem.

Essas divisões celulares ocorrem por todo o percurso do embrião até o útero. Esse deslocamento acontece devido aos movimentos peristálticos levíssimos produzidos pelas tubas uterinas e os cílios tubários, já que ainda há muita fragilidade nessa fase.

Nesse momento, o embrião ainda conta com a zona pelúcida que herdou do óvulo pré-fecundação. Essa zona pelúcida, que agora não é mais ovular e sim embrionária, deve ser rompida para que o embrião possa fixar-se no endométrio e para que a formação da placenta possa ter início.

Esse processo de rompimento da zona pelúcida para implantação do embrião é chamado de eclosão ou hatching.

Qual a importância da implantação embrionária para a gravidez?

Um processo de implantação embrionária bem-sucedido é fundamental para o sucesso de qualquer gestação.

Os processos mais complexos do desenvolvimento fetal têm início nessa fase e dependem tanto da estabilidade e segurança, oferecidas pela adesão do feto e da placenta ao útero, como da energia fornecida pela nutrição materna.

É também a partir da implantação que as células embrionárias passam a se diferenciar das células trofoblásticas, responsáveis por originarem os anexos embrionários, como placenta, cordão umbilical e líquido amniótico.

… e na reprodução assistida?

Na reprodução assistida, a implantação embrionária é um evento que ocorre após a última etapa dos processos, independentemente da técnica escolhida.

Na RSP (relação sexual programada) e na IA (inseminação artificial), a implantação é aguardada e confirmada com o exame de gravidez, cerca de 15 dias após a fecundação.

Já na FIV (fertilização in vitro), a implantação ocorre depois da transferência dos embriões para o útero. Embora seja possível analisar a receptividade endometrial e fazer uma preparação do endométrio, não temos controle sobre a implantação em si em nenhuma técnica de reprodução assistida e pode haver falhar de implantação.

O que são falhas de implantação embrionária?

As falhas de implantação podem acontecer por motivos diversos, que variam de anomalias genéticas do embrião até problemas na receptividade endometrial.

De modo geral, qualquer fator que altere o ambiente uterino pode levar a problemas com a receptividade endometrial.

Dentre os motivos principais, podemos destacar as alterações hormonais e as deformações na anatomia uterina, como aquelas causadas por miomas, pólipos ou endometrites, além das próprias malformações uterinas, que são genéticas.

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Que nome se dá ao fenômeno de implantação do embrião na mucosa uterina?

A nidação é a implantação do óvulo fecundado na parede uterina. Após a fecundação, que ocorre nas tubas uterinas, inicia-se a divisão celular e o embrião, chamado de zigoto nesse estágio, se move até o útero.

Como é chamado o fenômeno de implantação do embrião na mucosa uterina que ocorre por volta do sétimo dia após a concepção em estágio de blastocisto?

(UERR – 2017) Que nome se dá ao fenômeno de implantação do embrião na mucosa uterina, que ocorre por volta do sétimo dia após a concepção, em estágio de blastocisto? A implantação da blástula no útero é denominada nidação. Assim, a alternativa correta é a letra B.

Que nome se dá ao fenômeno de implantação do embrião na mucosa uterina que ocorre por volta do sexto dia após a fecundação em estágio de blastocisto?

No estágio de blastocisto, ocorre o processo de nidação, em que acontece a implantação do embrião na mucosa uterina.

Como ocorre o processo de implantação do blastocisto?

Quando a mórula chega ao útero, geralmente após o 5º a 7º dia da fecundação, inicia-se o estágio de blastocisto, que consiste em um embrião composto por, aproximadamente, 150 células. Esse é o estágio de desenvolvimento do embrião em que ocorre sua implantação na parede do útero materno, no tecido endometrial.