Que não se deve fazer com vítimas de hemorragia nasal?

Que não se deve fazer com vítimas de hemorragia nasal?

Pelo menos uma vez na vida, 60% das pessoas terão sangramento nasal (epistaxe, em linguagem médica). Ocorre mais comumente nas crianças com menos de 10 anos e em adultos com mais de 35.

A quase totalidade dos sangramentos ocorre na parte da frente do septo que separa as narinas – a parte mais móvel, elástica. Apenas 10% acontecem na parte de trás do septo – a parte fixa e dura – ou nas paredes internas das asas laterais do nariz. Esse tipo, na parte de trás, é mais comum depois dos 60 anos.

Causas:

A epistaxe pode ser causada tanto por problemas locais como por condições gerais. Traumatismos locais são mais frequentes em crianças. Nos adultos, o uso de medicamentos no nariz, como descongestionantes, antialérgicos e corticosteroides pode provocar hemorragias em cerca de 20% dos casos.

Outras causas locais são: uso de cocaína, ressecamento da mucosa causado pelo clima excessivamente seco, pelo inverno rigoroso, alergias, desvio no septo, corpo estranho, pós-operatório de cirurgia nasal, irritantes químicos, exposição prolongada ao ar condicionado, assoar o nariz com muita força, hábito de levar o dedo ao nariz ou por infecções virais e bacterianas.

Algumas doenças que afetam a coagulação do sangue, como hemofilia, insuficiência hepática, insuficiência renal, leucemias e linfomas, bem como o uso de aspirina para prevenir doenças cardiovasculares, aumentam o risco. A ingestão de substâncias chamadas de ‘alternativas’, por exemplo: ginseng, pó de alho, ginkgo e outros produtos desse tipo, também podem provocar a epistaxe.

Tratamento:

O tratamento para o sangramento nasal, além da identificação e da correção dos fatores que o desencadeiam, depende do local e da gravidade do caso.

A maioria dos sangramentos nasais não requer tratamento médico por ocorrer na parte da frente do septo nasal, bastando comprimir com firmeza as asas nasais contra essa parte mais elástica do septo, usando o polegar e o indicador em forma de pinça, durante 15 minutos. Não esqueça: 15 minutos.

Como agir em caso de sangramento nasal:

– manter a calma e fazer compressão na narina que estiver sangrando, com a cabeça levemente inclinada para frente;
– evitar qualquer tipo de calor próximo à região do nariz: sol, alimentos quentes, secador de cabelo, banhos quentes;
– evitar esforços físicos;
– a cabeça deve ficar ligeiramente inclinada para frente. Não deve ser inclinada para trás para evitar que o sangue escorra pela faringe e vá parar no estômago ou nas vias aéreas;
– a pessoa deve respirar pela boca enquanto durar a compressão e sentar-se confortavelmente de modo a manter a cabeça numa posição mais alta do que o resto do corpo. Jamais deitar!
– hemorragias que não param com a compressão por 15 minutos, precisam de assistência médica!

IMPORTANTE: Somente médicos e cirurgiões-dentistas devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis em Dicas em Saúde possuem apenas caráter educativo.

Dica elaborada em abril de 2021

Fontes:

Dr. Dráuzio Varella

Fundação Otorrinolaringologia

Universidade Federal de Santa Maria

A hemorragia é um sangramento que ocorre de forma descontrolada através de ferimentos, podendo ser externa, por meio das cavidades naturais, cortes ou perfurações, e interna, sendo resultante de um traumatismo que pode levar a vítima à morte rapidamente. As hemorragias internas são sangramentos que não são visíveis, por vazarem em uma cavidade, como intestino ou interior do crânio. 

Podem ser causadas por lesões como fraturas ou ferimentos profundos ou, também, espontaneamente. É uma situação muito grave, porque, embora não saia do corpo, o sangue deixa de fazer parte da circulação, podendo evoluir para estado de choque e/ou exercer pressão, quando acumulado, lesando órgãos como pulmões e cérebro.

Que não se deve fazer com vítimas de hemorragia nasal?

Sintomas de hemorragia interna

Entre os sinais e sintomas que podem indicar hemorragia interna, podemos encontrar: hematomas extensos sobre o abdômen e tosse com secreção espumosa e sanguinolenta. Além destes sintomas, pode-se verificar a existência de hemorragia interna por meio do teste da perfusão capilar. Após o sangue sair do coração, ele passa por artérias e vasos de diâmetros menores se espalhando pelo corpo, esses vasos são chamados de capilares. 

Sendo assim, a perfusão capilar consiste em uma manobra destinada a avaliar a velocidade de enchimento do leito capilar após pressionar a polpa de um dedo, ou seja, ao pressionar a unha ela ficará branca e ao soltar ela deverá retornar a circulação normal em até 2 segundos, após esse tempo será considerada hemorragia interna.

Que não se deve fazer com vítimas de hemorragia nasal?

Primeiros socorros diante de hemorragia interna

Obtendo a confirmação da hemorragia interna, deve-se acionar o serviço médico de emergência imediatamente pois o tratamento da hemorragia interna só pode ser feito em ambiente hospitalar. No entanto, o atendente de emergência pode começar os procedimentos de primeiros socorros enquanto o serviço médico não chega no local. 

Por exemplo, no caso da vítima estar consciente, o necessário é tentar acalmá-la, mantê-la acordada e afrouxar suas roupas. É necessário lembrar que em caso de fraturas nos membros inferiores ou na coluna cervical, não deve ser realizada a elevação, nessas situações, deve-se mover a vítima só em último caso, realizando a viragem em bloco para evitar complicações.

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Hemorragias Externas

As hemorragias externas são de fácil localização, estão relacionadas com feridas e podem ocorrer em camadas superficiais da pele por corte ou perfuração, ou mesmo atingindo áreas mais profundas através de aberturas ou orifícios gerados por traumas. Este tipo de hemorragia pode ser contida utilizando técnicas de primeiros socorros e podem ser de origem arterial, venosa ou capilar, dependendo dos vasos atingidos:

  • Hemorragias arteriais: É quando ocorre a perda de sangue de uma artéria, o sangue é de coloração viva, vermelho claro e derramado em jato, conforme o batimento cardíaco. Geralmente é rápida e de difícil controle. Uma artéria lesada pode produzir grandes jatos de sangue, esvaziando rapidamente o suprimento necessário à circulação, no organismo.
  • Hemorragias venosas:  Perda de sangue por uma veia, a cor do sangue nesta hemorragia é vermelho escuro e escorre do ferimento sem esguichos rítmicos. Esta hemorragia precisa ser controlada rapidamente pois pode oferecer risco de morte.
  • Hemorragia capilar: Neste caso, o sangue escorre lentamente pelo ferimento e pode parar sozinho. Esta hemorragia é normalmente muito fácil de interromper por meio de pressão direta e não apresenta risco de morte à vítima.
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Primeiros socorros diante de Hemorragia Externa

Por ser mais fácil de identificá-las por meio de seus três níveis de gravidade, as hemorragias externas também podem ser controladas por meio de passos simples, mas se o problema da vítima for resultado de um afogamento ou de algum problema ventilatório, o recomendado é cuidar primeiramente desta emergência por 2 minutos e, então, acionar o Serviço Médico de Emergência – SME. Caso contrário, ligue primeiro. Entre os procedimentos para controlar hemorragias externas, temos:

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Pressão direta sobre o ferimento

Quase todos os casos de hemorragia externa podem ser controlados pela aplicação de pressão direta na ferida, o que permite a interrupção do fluxo de sangue e favorece a formação de coágulo que cessará o sangramento. Preferencialmente, deve-se utilizar compressa esterilizada sobre a área prejudicada, pressionando firmemente por 10 a 30 minutos. Em seguida, o ideal é fixar a compressa com bandagem. Em grandes sangramentos, não deve-se perder tempo em localizar uma compressa mas fazer a pressão direta com um pano limpo ou toalha.

A pressão deve ser avaliada periodicamente para verificar se a hemorragia parou ou diminuiu, de qualquer forma, é necessário continuar monitorando os sinais vitais da vítima e depois de acionar o  serviço de emergência somente aguardar a chegada para que a vítima receba melhor atendimento.

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Bandagem de pressão 

A bandagem deve ser colocada sobre o curativo estéril ou pano limpo que está cobrindo o ferimento enquanto aplica pressão direta sobre ele, caso ela fique ensopada de sangue, deve-se colocar outro curativo estéril ou pano limpo sobre ela e enrolar outra bandagem por cima. Os curativos estéreis, panos ou bandagens ensopadas nunca devem ser removidos, pois o sangue coagulado ajuda a conter a hemorragia.

Ao aplicar bandagens, elas devem estar moderadamente apertadas mas sem interromper totalmente a circulação sanguínea, ou seja, se colocada no braço por exemplo, os dedos não devem perder a coloração natural. Além disso, ela deve ser enrolada de modo uniforme e plano ao redor do ferimento, não permitindo que ela fique torcida.

Que não se deve fazer com vítimas de hemorragia nasal?

Elevação da área traumatizada 

A elevação da área fraturada acima do nível do coração ajuda a diminuir o fluxo de sangue e para ter melhores resultados, este método deve ser aplicado simultaneamente ao da pressão direta. No entanto, não deve-se utilizá-lo em caso de fraturas, luxações ou de objetos cravados na extremidade.

Que não se deve fazer com vítimas de hemorragia nasal?

Pressão Indireta

Se a pressão direta e a elevação não forem suficientes, o sangramento de uma artéria poderá ser controlado comprimindo-se um ponto de pressão, que é um local onde a artéria fica próxima a uma estrutura óssea e à superfície da pele. A pressão direta nunca deve ser substituída pela indireta, elas devem ser usadas juntas. O ponto de pressão deve ser pressionado somente pelo tempo necessário para parar o sangramento mas se o sangramento voltar, a pressão indireta deve ser reaplicada.

Os pontos de pressão devem ser usados com cautela, pois a pressão indireta pode causar danos decorrentes do fluxo sanguíneo inadequado. Esse método não deve ser utilizado se houver suspeita de lesão no osso abaixo da artéria.Os pontos de pressão mais usados são o braquial e o femoral.

Que não se deve fazer com vítimas de hemorragia nasal?

Hemorragia Nasal (Epistaxe)

Entre as hemorragias ainda podemos nos deparar com a epistaxe, que se refere à hemorragia nasal. O sangramento nasal pode ser ocasionado por lesão, doença, exercícios, temperaturas extremas, entre outros. Apesar de ser bastante comum, sangramentos nasais intensos podem causar uma perda  de sangue elevada. Esta hemorragia é fácil de identificar já que acontece pela saída de sangue pelo nariz de forma abundante e persistente, mas se a hemorragia for grande pode acontecer de sair também pela boca. 

Os procedimentos adequados para esta emergência consistem em manter a vítima sentada, imóvel e inclinada para frente de forma que a cabeça e o corpo estejam alinhados impedindo que o sangue seja aspirado. É importante lembrar que a cabeça da vítima nunca deve ser colocada para trás. Sendo assim, deve-se comprimir as narinas durante 10 minutos e, se for possível, aplicar compressas frias.

O atendente de emergência sempre deve usar o bom senso, avaliar toda a situação e optar pelas melhores ações dependendo de cada caso. Sendo assim, podemos concluir que a hemorragia seja ela interna ou externa apresenta grande risco de morte para uma vítima, sendo necessário que se estabeleça o atendimento de primeiros socorros de forma imediata e adequada para que as chances de recuperação sem demais complicações sejam maiores.

Que não se deve fazer com vítimas de hemorragia nasal?

O INBRAEP – Instituto Brasileiro de Ensino Profissionalizante – possui o curso profissional de Primeiros Socorros. Neste curso, o profissional irá obter conhecimento sobre os diferentes tipos de procedimentos a serem realizados diante de acidentes ou emergências, que irão contribuir para a proteção e saúde das vítimas e colaborar com a prevenção de riscos. Para mais informações, acesse nosso curso de Primeiros Socorros.

Referências

SANTINI, Gislaine. PRIMEIROS SOCORROS E PREVENÇÃO DE ACIDENTES APLICADOS AO AMBIENTE ESCOLAR. Campo de Mourão: [s. n.], 2008.

BRASIL, Ministério da Saúde.Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação Oswaldo Cruz, 2003.

UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO – UNIFENAS (org.). Manual de Primeiros Socorros Lute pela vida, seja um socorrista. MG: [s. n.], 2007.

REIS, Isabel. Manual de Primeiros Socorros. [S. l.: s. n.], 2010.

TOLDO, Paulo. Primeiros Socorros de Emergência. SP: [s. n.], 2016.

BORBA, Dorico; BAUMEL, Luiz. SOCORROS DE URGÊNCIA. PR: [s. n.], 2013.

BAPTISTA, Nelson. Manual de Primeiros Socorros. Portugal: [s. n.], 2008.

O que não se deve fazer em caso de hemorragia nasal?

Tratando-se de uma hemorragia nasal comum, siga estas dicas:.
Não incline a cabeça para trás. Esse é um equívoco comum. ... .
Não assoe o nariz. Se o sangramento parar, tente não assoar o nariz por algumas horas, isso poderia fazê-lo sangrar novamente..

Quais cuidados devemos ter com uma vítima com sangramento nasal?

Hemorragia nasal Pressionar as narinas por cerca de 10 minutos. Procurar um me´dico, se sangramento na~o parar e a perda de sangue for muito grande. Colocar compressas frias sobre o nariz.

Quais cuidados a serem tomados quanto ao sangramento nasal epistaxe?

O tratamento da epistaxe segue uma escala ascendente: rinoscopia anterior com cauterização química ou elétrica, tamponamento nasal anterior, eletrocoagulação guiada por endoscópio nasal, tamponamento nasal posterior ou tratamento cirúrgico (embolização ou ligadura arterial) à medida em que os métodos mais simples ...

O que devemos fazer em caso de hemorragia?

Tentar estancar a hemorragia, utilizando um dos métodos abaixo:.
​Compressão direta. ... .
Elevação do membro. ... .
Compressão indireta (pontos de pressão). ... .
Torniquete. ... .
Com sangramento abundante e que não tenha respondido às técnicas anteriores;.
Se o centros médicos estiverem a mais de 30 minutos de distância..