Quando surgiu o aedes aegypti

O Aedes aegypti surgiu na África e de lá se espalhou para Ásia e Américas, principalmente através do tráfego marítimo.

Chegou ao  Brasil no século 18, provavelmente nas embarcações que transportavam escravos (os chamados navios negreiros), já que os ovos do mosquito podem resistir, sem estar em contato com a água, por até um ano. Há referências de epidemias de dengue em 1916, em São Paulo, e em 1923, em Niterói, ambas sem diagnóstico laboratorial. Em 1955, uma grande campanha realizada pela Organização Pan-Americana de Saúde levou a erradicar o A. aegypti no Brasil e em diversos outros países americanos.

No entanto  o mosquito permaneceu presente em várias ilhas do Caribe, Guianas, Suriname, Venezuela e sul dos Estados Unidos, voltando a espalhar-se.

Em 1963, foi comprovada circulação dos sorotipos DENV-2 e DENV-3 em vários países. No fim da década de 60, o Brasil novamente contava com a presença do vetor em suas principais metrópoles. Em 1967, Leônidas Deane detectou o A. aegypti na cidade de Belém (provavelmente trazido do Caribe em pneus contrabandeados). Em 1974, o mosquito já infestava Salvador, chegando ao Rio de Janeiro novamente no final da década de 70.

A primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em 1981-1982, em Boa Vista (Roraima), causada pelos sorotipos DENV-1 e DENV-4. No ano de 1986, com a introdução do sorotipo DENV-1 no Rio de Janeiro, foram registradas epidemias em diversos estados.

A doença no Brasil apresenta ciclos endêmicos e epidêmicos, com epidemias explosivas ocorrendo a cada 4 ou 5 anos. Desde a introdução do vírus no país (1981) mais de sete milhões de casos já foram notificados.

Nos últimos dez anos, têm-se observado, além do elevado número de casos, o aumento da gravidade da doença e, consequentemente, de hospitalizações. Em 1998, a média de internações era de 4/100.000 habitantes; no período de 2000-2010, essas internações passaram a 49.7/100.000 habitantes.

Não existem medidas de controle específicas para o ser humano, já que não existe nenhuma vacina ou droga antiviral. Então, o único jeito de prevenir a doença é o combate ao mosquito da dengue.

Para isso, é fundamental manter o domicílio sempre limpo e atentar ao acúmulo de água em locais abertos, evitando assim a proliferação de mosquitos.

Fontes: Instituto René Rachou Fiocruz Minas

PFIZER

O Aedes aegypti é um mosquito de origem africana que teve sua primeira descrição realizada no Egito (daí a origem de seu nome). Ele provavelmente chegou aos outros continentes graças às embarcações saídas da África transportando negros, os chamados navios negreiros. Com ampla distribuição pelo globo, o  mosquito-da-dengue é adaptado ao ambiente urbano, onde encontra vários reservatórios ideais para sua fase larval. No Brasil, o Aedes aegypti foi identificado pela primeira vez em 1898 e atualmente é encontrado em todos os estados.

Sua característica principal é a presença de listras e manchas brancas em seu corpo de coloração preta. No que diz respeito aos seus hábitos, o mosquito destaca-se principalmente por possuir hábitos diurnos e ser encontrado em cantos escuros das casas, como embaixo de camas e escondido atrás de armários.

Conhecido popularmente como mosquito-da-dengue em virtude da capacidade de transmitir os quatro sorotipos da doença, o Aedes aegypti também é responsável pela transmissão da febre amarela, da febre chikungunya e da zika. O mosquito transmite doenças ao homem quando a fêmea contaminada pica um indivíduo, fato que ocorre normalmente ao amanhecer e ao entardecer.

Apenas as fêmeas do Aedes aegypti são capazes de transmitir doenças, uma vez que somente ela se alimenta de sangue, sendo esse tipo de alimentação fundamental para que ocorra o amadurecimento do folículo ovariano. É importante frisar que o macho não pica, alimentando-se apenas de néctar.

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mosquito-da-dengue apresenta ciclo dependente da água, que, segundo pesquisas, pode ser limpa ou até mesmo com altos graus de poluição. Inicialmente os ovos são colocados pela fêmea em locais próximos à água, como na parede de alguns recipientes. Ali esses ovos podem ficar por até dois anos e ainda permanecerem viáveis. Eles eclodem quando os níveis de água aumentam e eles estão contato com ela, iniciando assim sua fase larval. Depois de larva, o Aedes Aegypti torna-se pupa e, por fim, adulto.

O ciclo de vida desse inseto está intimamente relacionado com a temperatura e os regimes de chuva de uma determinada região. Em locais em que as estações secas e chuvosas são bem definidas, é comum que a dengue tenha seus picos de transmissão, que acontecem normalmente no verão.

Até o momento não existem vacinas que forneçam proteção contra a dengue. Sendo assim, a única forma de prevenção é a luta contra o mosquito. Para isso, a eliminação dos criadouros e a utilização de larvicidas e inseticidas fazem-se necessárias.

Recentemente uma nova técnica foi criada para diminuir a população do mosquito, que é a fabricação de mosquitos transgênicos. Clique nesse link e saiba mais sobre o tema!

Qual é a origem do mosquito Aedes aegypti?

O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela urbana. Originário da África, foi disseminado de forma passiva pelo homem, hoje é considerado um mosquito cosmopolita.

Quando o Aedes aegypti veio para o Brasil?

O vetor foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, mas o seu nome definitivo, Aedes aegypti, só seria estabelecido em 1818. No Brasil, os primeiros relatos de dengue datam do final do século XIX, em Curitiba, no Paraná, e do início do século XX, em Niterói, no Rio de Janeiro.

Como e quando surgiu a dengue?

As primeiras referências foram feitas por David Bylon sobre um surto em Java em 1779, e Benjamin Rush sobre uma epidemia na Filadélfia em 1780. No final do século XIX, a dengue já era reconhecida como uma doença de costas, portos e cidades, espalhando-se para o interior ao longo dos rios.

Onde surgiu o vírus da dengue?

A dengue é conhecida no Brasil desde os tempos de colônia. O mosquito Aedes aegypti tem origem africana. Ele chegou ao Brasil junto com os navios negreiros, depois de uma longa viagem de seus ovos dentro dos depósitos de água das embarcações. O primeiro caso da doença foi registrado em 1685, em Recife (PE).