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A primeira vez do Brasil nos Jogos Olímpicos ocorreu nos Jogos Olímpicos de 1920, em Antuérpia, Bélgica.[1] Participou de cada edição desde então, com exceção dos jogos de 1928, em Amsterdã, na Holanda. A crise econômica que o país atravessava impediu que houvesse recursos suficientes para enviar uma delegação[2]. Nos Jogos Olímpicos de Inverno, o Brasil estreou em 1992, em Albertville, na França. As participações do país em Jogos Olímpicos totalizam 30 em sua história. Com 150 medalhas em 18 esportes, é o país mais bem-sucedido da América do Sul nos Jogos. Suas melhores participações foram como país-sede dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, com 19 medalhas, 7 de ouro, e na edição seguinte, Tóquio 2020, igualando o número de ouros e superando o total de medalhas com 21. Voleibol (quadra e praia) e judô são os esportes que mais medalhas renderam ao Brasil, 24 no total - com o judô tendo garantido pódios em toda edição desde 1984 - e o vôlei sendo ao lado da vela o esporte mais vitorioso, 8 ouros. No vôlei, o Brasil foi o primeiro a ganhar o ouro em todas as quatro modalidades (quadra masculino em 1992, praia feminino em 1996, praia masculino em 2004 e quadra feminino em 2008),[3] sendo igualado pelos Estados Unidos em 2020. O país também é o maior medalhista da história da competição de futebol com 9, sete do masculino, incluindo títulos em 2016 e 2020, e duas pratas no feminino.[4][5][6] Por fim, um atleta do Brasil conquistou a Medalha Pierre de Coubertin: Vanderlei Cordeiro de Lima, corredor de longa distância que foi atacado por um espectador durante a maratona masculina da edição de 2004 em Atenas, Grécia, quando liderava a prova, mas apesar do incidente ainda acabou com a medalha de bronze, mostrando bom espírito esportivo.[7] História nos Jogos Olímpicos de Verão[editar | editar código-fonte]A primeira participação brasileira em Olimpíadas foi nos Jogos Olímpicos de 1920, em Antuérpia, Bélgica.[nota 1] A delegação era constituída por 22 atletas, todos homens, que conquistaram 3 medalhas no tiro desportivo, uma de ouro, uma de prata e uma de bronze. Os atletas foram enviados pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD). O primeiro brasileiro a competir nos Jogos Olímpicos, porém, foi Adolphe Christiano Klingelhoeffer, em Paris 1900. Cidadão brasileiro nascido em Paris, filho de um francês com uma brasileira, ele competiu nos 60 metros rasos, 200 metros rasos e 110 metros com barreiras. Klingelhoeffer não é reconhecido pelo Comitê Olímpico Brasileiro porque em 1900 ainda não existiam comitês olímpicos nacionais.[2] Em 1924, por falta de verba da União e desistência da CBD, por pouco o Brasil não fica de fora dos Jogos Olímpicos de Paris. Situação que foi contornada graças a iniciativa dos esportistas de São Paulo, chefiados pelo jornalista Américo Neto, do Jornal O Estado de São Paulo e com apoio da Federação Paulista de Atletismo. Com delegação reduzida de somente 11 atletas homens, o Brasil participou das provas de Tiro, Atletismo e Remo[9]. Em 1932, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles o Brasil envia 82 atletas de navio para os Jogos, chegando lá, os mesmos precisavam pagar um dólar para poder desembarcar, fato que acabou acarretando a não participação de 50 atletas. Somente os com maiores chances de exito puderam competir, entre esses a primeira mulher brasileira a participar dos Jogos Olímpicos, Maria Lenk. Nesses Jogos o Brasil participou nas modalidades Pólo Aquático, Remo e Atletismo[9]. Em 1935, foi reativado o Comitê Olímpico Brasileiro, fundado inicialmente em 1914. Nos jogos realizados em 1936, a CBD mandou uma delegação e o COB enviou outra. Antes que o Comitê Olímpico Internacional (COI) proibisse a participação do Brasil, ambas as delegações se fundiram. Desde então, o COB organiza e leva os atletas aos Jogos. Depois de 1920, o Brasil só voltou a ganhar medalhas em 1948, com um bronze do basquete masculino. Na edição seguinte, 1952, voltou a ganhar um ouro com Adhemar Ferreira da Silva no salto triplo do atletismo. Desde então, o país tem conseguido medalhas em todas as edições. No total, o Brasil conquistou 150 medalhas na história dos jogos olímpicos, todas nas edições de verão. São 37 de ouro, 42 de prata e 71 de bronze, o que o torna o país sul-americano com o melhor retrospecto na história das Olimpíadas da era moderna e o 4º maior ganhador das Américas atrás apenas dos EUA, Canadá e Cuba, respectivamente. Essa posição foi conquistada nos jogos de Atenas, em 2004, quando ultrapassou a sua arquirrival Argentina, que era a primeira colocada na América do Sul até então. É também um dos raros países a ter um atleta que recebeu a Medalha Pierre de Coubertin: Vanderlei Cordeiro de Lima. Desde que iniciou seu Histórico olímpico, a delegação brasileira enviou milhares de atletas em suas mais de 2 mil vagas olímpicas até o momento. Em 2016, o Rio de Janeiro sedia os Jogos Olímpicos de Verão de 2016, sendo a primeira cidade da América do Sul a sediar o maior evento do esporte mundial. A maior delegação brasileira da história teve 465 atletas em 28 esportes. O país teve sua melhor participação, com 19 medalhas no total, 7 delas de ouro. Os Jogos de 2020 em Tóquio tiveram o Brasil superando seus números do Rio 2016 com 21 medalhas no total, e igualando os 7 ouros.[10] O país conseguiu também conseguiu sua maior variedade de esportes no pódio com 13, incluindo os estreantes surfe e skate e a primeira medalha no tênis.[11] História nos Jogos Olímpicos de Inverno[editar | editar código-fonte]Em sua primeira participação em Albertville em 1992, o país levou 6 homens e 1 mulher, todos competindo no esqui alpino. Quatorze anos depois, em Turim 2006, Isabel Clark, praticante de snowboard, alcançou o melhor resultado histórico de participação brasileira (bem como latino-americana) nos Jogos de Inverno, ficando em nono lugar no snowboard em Turim 2006. A tabela abaixo sintetiza as participações do Brasil nos Jogos de Inverno:[1]
Quadros de medalhas[editar | editar código-fonte]Brasileiros bicampeões olímpicos[editar | editar código-fonte]São quinze os brasileiros com duas medalhas de ouro olímpicas.
Brasileiros multimedalhistas[editar | editar código-fonte]Dezesseis atletas brasileiros obtiveram 3 ou mais medalhas. Não-oficialmente, por não receber medalhas, há um tricampeão olímpico, o técnico de voleibol José Roberto Guimarães, que liderou ao ouro a equipe masculina em Barcelona 1992 e a equipe feminina em Pequim 2008 e Londres 2012.[13] Também no voleibol, Bernardo Rezende esteve presente em 7 medalhas, como atleta na seleção prata em Los Angeles 1984, e técnico de seis equipes medalhistas no feminino (1996 e 2000) e masculino (2004 a 2016).[14]
Mais de uma medalha numa mesma edição dos Jogos[editar | editar código-fonte]Apenas 6 atletas brasileiros conquistaram mais de 1 medalha numa mesma edição dos Jogos.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Notas e referênciasNotas
Referências
Leitura adicional[editar | editar código-fonte]
Em que ano foi liberada a participação das mulheres na ginástica?Mesmo com tanta história, a participação das mulheres na Olimpíada demorou muitos anos para acontecer. O atletismo, por exemplo, só pôde ser disputado pelas mulheres trinta anos depois. A presença feminina em todas as modalidades é algo ainda mais recente e só aconteceu nos Jogos de Londres, em 2012.
Quando e onde as mulheres competiram pela primeira vez?Na Era Moderna, marcada pelos jogos em Atenas, no ano de 1896, as mulheres começaram a assistir às competições, mas ainda não podiam competir, pois, acreditava-se que elas não tinham preparo físico adequado.
Quando foi a primeira participação das mulheres nos Jogos Olímpicos?A primeira participação de mulheres nos jogos olímpicos ocorreu em 1900, quatro anos depois da estreia do evento, quando apenas 22 mulheres foram admitidas num total de 997 atletas – o que significa que representavam 2,2% do grupo.
Qual foi a primeira mulher a ganhar uma medalha de ouro?Charlotte Reinagle Cooper (Ealing, 22 de setembro de 1870 - Helensburgh, 10 de outubro de 1966) foi uma tenista britânica e a primeira mulher a ganhar uma medalha de ouro olímpica.
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