Qual e a diferença da colonização portuguesa para a colonização inglesa nas colônias do norte e do centro?

Mestra em História (UFRJ, 2018)
Graduada em História (UFRJ, 2016)

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Os termos colônias de exploração e colônias de povoamento referem-se aos respectivos modelos coloniais implantadas por potências europeias em seus processos de dominação política, econômica, cultural e militar das Américas no decorrer dos séculos XVI e XVII.

As colônias de povoamento costumam ser melhor associadas aos esforços ingleses de colonização de territórios na América do Norte. Normalmente referidas em conjunto como as Treze Colônias, os assentamentos ingleses começaram a ser construídos ainda no século XVI, em paralelo aos esforços espanhóis e portugueses. Entretanto, diferentemente desses, nenhum assentamento inglês alcançou êxito durante o primeiro século efetivo de colonização europeia nas Américas. A primeira colônia inglesa de relevância histórica seria Jamestown, no atual estado americano da Virgínia, em 1607. Seria apenas durante o século XVII que os esforços ingleses de colonização dariam seus primeiros resultados, gerando ao final do século XVIII um total de 13 colônias, todas localizadas a leste da América do Norte.

Qual e a diferença da colonização portuguesa para a colonização inglesa nas colônias do norte e do centro?

Mapa das 13 Colônias Americanas.

Os assentamentos foram gerados em grande medida pela necessidade de emigração por perseguições religiosas e problemas econômicos na Inglaterra, embora um esforço consciente de colonização por parte do governo central também tenha existido. Todo o panorama acabaria por gerar uma situação em que os colonos seriam em grande medida autônomos, principalmente nas colônias localizadas mais ao norte, gerindo a administração dos assentamentos com apenas uma supervisão formal por parte da Inglaterra. Seria exatamente a ameaça à chamada “negligência salutar” que provocaria, já no século XVIII, a Guerra de Independência Americana o início do processo de formação dos Estados Unidos da América.

Já as colônias de exploração costumam ser melhor associadas aos esforços espanhóis e portugueses de colonização de territórios na América do Sul. Normalmente referidas em conjunto como a América Espanhola e a América Portuguesa, os assentamentos ibéricos também começaram a ser construídos no século XVI, sendo separados entre por maiores distâncias geográficas devido a características naturais da região.

Entretanto, o que verdadeiramente os diferencia em relação às suas contrapartes inglesas ao norte é que espanhóis e portugueses tinham na emigração apenas interesse secundário, embora firmado nas ideias mercantilistas. Durante boa parte do século XVI, as expedições ibéricas à América do Sul eram apenas periódicas, visando mais firmar controle na região do que desenvolver um projeto colonial em si. Apenas no século XVII que se iniciariam de fato projetos visando a exploração das riquezas locais, como o ouro, os diamantes, o pau-brasil e a cana-de-açúcar, além do estabelecimento de melhor controle administrativo sobre os assentamentos.

Outra diferença marcante das colônias espanholas e portuguesas em relação às inglesas estava na imposição cultural do catolicismo perante as populações nativas. Enquanto que nas colônias inglesas os grupos originários não faziam parte do projeto de criação da sociedade colonial, que estava restrita aos brancos, protestantes e anglo-saxões, nas colônias espanholas e portuguesas existiu grande interesse em integrar os nativos por meio da conversão destes ao catolicismo.

Com o passar das décadas, tal incorporação, feita forçosamente ou não, possibilitaria que descendentes dos ibéricos pudessem se mesclar com a população local, gerando o que seria visto na época como uma considerável mestiçagem dos habitantes das colônias da América do Sul. Isso ainda hoje caracteriza profundamente os países que, a partir do início do século XVIII, surgiriam a partir de movimentos de independência locais, principalmente o Brasil.

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Bibliografia:

https://moiseshist.blogspot.com/2012/04/colonia-e-exploracao-colonia-de.html

https://adilsonviana.wordpress.com/2011/09/13/colonias-de-exploracao-e-de-povoamento/

https://exploracaocolonial3000.blogspot.com/2007/08/colnias-de-explorao-e-colnias-de.html

https://radiomaffei.blogspot.com/2013/02/quadro-sintetico-sobre-colonia-de.html

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/colonias-de-exploracao-e-colonias-de-povoamento/

Qual e a diferença da colonização portuguesa para a colonização inglesa nas colônias do Norte e do centro?

Diferente do sul, as colônias do norte eram caracterizadas pela policultura voltada à subsistência e pelo trabalho livre. Por último, surgiram as colônias do centro. Nova Iorque, Delaware, Pensilvânia e Nova Jérsei eram marcadas pela liberdade religiosa e o pensamento liberal.

Qual a principal diferença da colonização inglesa para a colonização portuguesa?

Enquanto nas colônias britânicas do Sul, por exemplo, desenvolveu-se uma povoação com o objetivo de gerar desenvolvimento econômico voltado para o mercado interno, a colônia portuguesa desenvolveu uma prática mercantilista com a ambição de explorar as riquezas para serem comercializadas no mercado externo.

Qual a diferença entre as duas formas de colonização?

A colônia de povoamento fazia parte do Sistema Colonial tradicional, assim como a colônia de exploração. A grande diferença entre essas duas formas de colonização é que a primeira ajudou a desenvolver a colônia, enquanto na segunda todos os bens e recursos eram destinados à metrópole.

Quais são as diferenças entre as colônias inglesas na América do Norte?

Nessas colônias desenvolveram-se a policultura, a produção de manufaturas e um comércio que envolvia América do norte, a África e as Antilhas. Já as colônias do sul tinham como característica a grande propriedade escravocrata, usavam o sistema de plantation, seus produtos eram destinados ao comercio exterior.