Qual a principal característica que diferencia as lutas das brigas?

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Luta de rua

Qual a principal característica que diferencia as lutas das brigas?

Uma luta de rua
Informação geral
Prática Arte marcial
Foco Híbrido
Dureza Contato pleno
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Luta de rua ou briga de rua, é um termo coloquial usado para designar o combate corpo-a-corpo não sancionado e geralmente ilegal que ocorra em locais públicos, entre indivíduos ou grupos de pessoas.[1]

Ao contrário dos esportes de combate, uma luta de rua pode envolver armas, vários adversários ou vingança, e não tem regras. O local é geralmente um local público, como por exemplo uma rua, e a luta muitas vezes resulta em ferimentos graves ou mesmo a morte.[1]

Luta de rua e defesa pessoal[editar | editar código-fonte]

A principal diferença entre a luta de rua e a defesa pessoal, é que uma luta de rua é evitável, enquanto que uma situação de defesa pessoal não é. Um cenário típico pode envolver dois homens discutindo em um bar, em seguida, sugere uma intensificação no exterior, onde se inicia a luta. Assim, muitas vezes é possível evitar a luta recuando, enquanto que na defesa pessoal, uma pessoa não saberá que ela está prestes a ser atacada até que isto aconteça.[1]

Na comunidade das artes marciais, luta de rua e defesa pessoal são muitas vezes considerados sinônimos.[1][2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Vale-tudo
  • Artes marciais mistas
  • Street Fighter

Referências

  1. a b c d «Reality Fighting, Street Fighting & Self Defense». Kung Fu Magazine. Consultado em 7 de fevereiro de 2010
  2. «Street fight - practical self-defence (em tcheco)». Consultado em 15 de setembro de 2010

Tenho quase certeza de que o assunto a ser trabalhado neste texto é bastante estranho para muitas pessoas. Isso porque as lutas raramente são trabalhadas no contexto escolar. Sob um olhar mais próximo ao senso comum, as lutas costumam ser sinônimos de brigas e de derramamento de sangue. A intenção deste texto é desmistificar essa ideia e mostrar de que modo a luta se constitui como uma prática de atividade física interessante para a escola.

É importante dizer que as lutas são um conteúdo oficial da disciplina de Educação Física, apresentado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais. Esse documento não apenas mostra as lutas como um conteúdo a ser trabalhado, como também aponta alguns caminhos para que o professor leve essa proposta ao aluno.

Entretanto, existem alguns argumentos que impedem que o professor incite essa prática. O primeiro deles é a falta de vivência da maioria dos professores com as lutas, ou seja, são poucos os que já lutaram antes; o segundo é a preocupação com a violência que se imagina que as lutas possam gerar. Uma coisa que alunos e professores precisam tomar consciência, é que o professor não precisa saber fazer para saber ensinar. Existem meios para que o professor possa trabalhar as lutas com os alunos sem tê-las praticado antes.

É disso que falaremos agora: em primeiro lugar, é interessante citar alguns tipos de lutas: judô, sumô, caratê, greco-romana, jiu-jitsu e capoeira. É claro que existem outras lutas que não estão listadas aqui, mas optei por restringir a lista apenas com o intuito de exemplificar. Para o olhar mais leigo, como já disse, todas parecem iguais, mas se analisarmos cada uma delas, perceberemos que elas têm objetivos diferentes. Enquanto algumas pretendem derrubar o adversário, outras procuram a imobilização e umas até o deslocamento do oponente de uma área delimitada. Ou seja, você pode perceber que nenhuma delas tem a violência como finalidade.

Você também pode pensar a violência como consequência do trabalho com as lutas, já que as crianças manteriam contato corporal intenso durante a prática. Será que isso é verdade? Alguns estudiosos da área, como Nascimento e Almeida em “A tematização das lutas na Educação Física escolar” afirmam que a violência pode sim se apresentar como consequência das lutas, mas também pode se apresentar durante a prática do futebol e do basquetebol, por exemplo. Tudo depende de como o professor conduzirá a aula. Por isso, violência não é desculpa para que as lutas não sejam trabalhadas na sua escola.

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Ainda há uma pergunta a se fazer: como trabalhar os diferentes tipos de luta com os alunos, se o professor não sabe a técnica? Ora, há recursos pedagógicos que permitem que isso seja feito. A pesquisa teórica sobre os diferentes tipos de lutas pode fazer alunos e professor aprenderem as técnicas e objetivos das lutas; vídeos das diferentes lutas podem apresentar e demonstrar a prática da luta e, a partir dela, o professor pode trabalhar brincadeiras que se pareçam com a prática feita sob regras oficiais; por último, as discussões sobre a teoria, a prática e os materiais audiovisuais são fundamentais para o crescimento do aluno e para um retorno para o professor.

Portanto, deve-se pensar que um professor de Educação Física não sabe todas as regras e nem todos os movimentos fundamentais de todos os esportes. Isso parece óbvio, já que são muitos os conteúdos para trabalhar com os alunos, mas não é: como a maioria das aulas de Educação Física é ministrada a partir da prática, muitos conteúdos interessantes não são trabalhados com os alunos, porque o professor não sabe fazer. Por isso, não cobre que seu professor saiba fazer tudo: o que ele precisa é saber ensinar!

Por Paula Rondinelli
Colaboradora Brasil Escola
Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP
Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP