Qual a principal ferramenta utilizada por Walter a Shewhart para a gestão da qualidade?

O Ciclo PDCA, também conhecido como Ciclo de Shewhart ou Ciclo de Deming, é uma ferramenta de gestão muito utilizada pelas empresas do mundo todo. Este sistema foi concebido por Walter A. Shewhart e amplamente divulgado por Willian E. Deming e, assim como a filosofia Kaizen,  tem como foco principal a melhoria contínua.

Seu objetivo principal é tornar os processos da gestão de uma empresa mais ágeis, claros e objetivos. Pode ser utilizado em qualquer tipo de empresa, como forma de alcançar um nível de gestão melhor a cada dia, atingindo ótimos resultados dentro do sistema de gestão do negócio.

Qual a principal ferramenta utilizada por Walter a Shewhart para a gestão da qualidade?

O Ciclo PDCA tem como estágio inicial o planejamento da ação, em seguida tudo o que foi planejado é executado, gerando, posteriormente, a necessidade de checagem constante destas ações implementadas. Com base nesta análise e comparação das ações com aquilo que foi planejado, o gestor começa então a implantar medidas para correção das falhas que surgiram no processo ou produto.

Veremos agora cada uma destas etapas isoladamente, confira:

P = Plan (planejamento): Nesta etapa, o gestor deve estabelecer metas e/ou identificar os elementos causadores do problema que impede o alcance das metas esperadas. É preciso analisar os fatores que influenciam este problema, bem como identificar as suas possíveis causas. Ao final, o gestor precisa definir um plano de ação eficiente.

D = Do (fazer, execução): Aqui é preciso realizar todas as atividades que foram previstas e planejadas dentro do plano de ação.

C = Check (checagem, verificação): Após planejar e por em prática, o gestor precisa monitorar e avaliar constantemente os resultados obtidos com a execução das atividades. Avaliar processos e resultados, confrontando-os com o planejado, com objetivos, especificações e estado desejado, consolidando as informações, eventualmente confeccionando relatórios específicos.

A = Act (ação): Nesta etapa é preciso tomar as providências estipuladas nas avaliações e relatórios sobre os processos. Se necessário, o gestor deve traçar novos planos de ação para melhoria da qualidade do procedimento, visando sempre a correção máxima de falhas e o aprimoramento dos processos da empresa.

É importante lembrar que como o Ciclo PDCA é verdadeiramente um ciclo, e por isso deve “girar” constantemente. Ele não tem um fim obrigatório definido. Com as ações corretivas ao final do primeiro ciclo é possível (e desejável) que seja criado um novo planejamento para a melhoria de determinado procedimento, inciando assim todo o processo do Ciclo PDCA novamente. Este novo ciclo, a partir do anterior, é fundamental para o sucesso da utilização desta ferramenta.

Cuidados na utilização do Ciclo PDCA

 O Sebrae, ressalta que ao implementar o Ciclo PDCA é importante que o gestor evite:

  • Fazer sem planejar;
  • Definir as metas e não definir os métodos para atingi-las;
  • Definir metas e não preparar o pessoal para executá-las;
  • Fazer e não checar;
  • Planejar, fazer, checar e não agir corretivamente, quando necessário;
  • Parar após uma “volta” do ciclo.

A não execução de uma das etapas do ciclo pode comprometer seriamente o processo de melhoria contínua. Por este motivo, a ferramenta apresentada aqui deve ser encarada como um processo contínuo em busca da qualidade máxima requerida por um procedimento ou produto. Afinal, como dito no início deste post, o foco principal do Ciclo PDCA é a melhoria contínua.

A área de qualidade participa de todas as etapas de criação e venda dos produtos ou serviços de uma empresa, desde a aquisição da matéria-prima até o pós-venda.

A existência deste setor é extremamente importante porque são os gestores da qualidade que garantem que tudo está sendo feito da melhor forma possível e que os clientes ficarão satisfeitos com o que receberão.

Toda esta análise e monitoramento de padrões são feitos por meio das chamadas ferramentas da qualidade, criadas por seis homens há mais de cem anos. Hoje em dia as empresas ainda usam muitos desses métodos criados pelos Gurus da Qualidade, mas sabem muito pouco sobre suas vidas e trajetórias.

Neste post, vamos contar um pouco mais sobre quem foram estes homens que tanto contribuíram e contribuem até hoje na busca pela eficiência e qualidade das empresas.

1º Guru da Qualidade: Walter Andrew Shewhart

Shewhart nasceu no ano de 1891 em New Canton, Illinois, nos Estados Unidos. Durante sua vida, exerceu as profissões de físico, engenheiro e estatístico, entrando para a História da Qualidade após começar a trabalhar para a Bell Telephones.

Enquanto engenheiro na empresa, escreveu a famosa Carta de Controle, que possibilitou a criação do método CEP, ou Controle Estatístico de Processos, muito utilizado até hoje pelos gestores da qualidade. Este método analisa e demonstra as possíveis variações que um produto/ serviço pode apresentar sem estar defeituoso.

Além disso, Shewhart também provou que o setor de qualidade deve acompanhar a fabricação como um todo, corrigindo possíveis problemas durante o processo para evitar que o defeito só seja identificado no fim.

As ideias de Walter Shewhart foram muito importantes para que outros pesquisadores como Deming, por exemplo, pudessem criar as próprias ferramentas baseadas em suas descobertas.

2º Guru da Qualidade: William Edwards Deming

Deming nasceu no ano de 1900 em Sioux City, Iowa, nos Estados Unidos. Durante a vida exerceu as profissões de estatístico, professor universitário, autor, palestrante e consultor, tendo entrado para a História da qualidade após a Segunda Guerra Mundial, quando se mudou para o Japão.

Lá, entre os altos executivos, começou a aplicar seus testes de qualidade, métodos estatísticos e análises de variantes em empresas, sendo reconhecido até hoje como o estrangeiro que mais contribuiu com a indústria e economia japonesa.

Dentre suas descobertas, podemos destacar o PDCA, ou Plan - Do - Check - Action, criado com base no método CEP de Shewhart. Este método tem como foco a melhoria contínua, ou seja, os gestores da qualidade implementam ações que devem ser checadas constantemente para evitar ou corrigir falhas nos produtos/ serviços.

3º Guru da Qualidade: Joseph Moses Juran

Joseph Juran nasceu em Braila, na Romênia, no ano de 1904, porém mudou-se para os Estados Unidos muito jovem, tendo concluído sua vida acadêmica em Minnesota. Em 1926 começou a trabalhar na área de qualidade da empresa Western Electrical Company, aplicando novas técnicas de controle de estatísticas de qualidade e sendo muito bem-sucedido nisso.

Após a Segunda Guerra, Juran foi convidado a trabalhar ao lado de Deming no Japão, onde exerceu a profissão de consultor independente e fundou a maior instituição para gestores de qualidade do mundo. Neste período ele também desenvolveu pesquisas que obtiveram resultados que servem como guia para grandes empresas até hoje.

Dentre suas maiores descobertas podemos citar a Trilogia Juran, que consiste na análise de três etapas: planejamento, controle e aperfeiçoamento. A primeira etapa prioriza a qualidade que o produto/ serviço deve oferecer e cria formas de alcançar este resultado. A segunda identifica defeitos e determina métodos para controlá-los e a terceira define ações que podem melhorar a qualidade do produto/ serviço cada vez mais.

4º Guru da Qualidade: Kaoru Ishikawa

Ishikawa nasceu em Tóquio, no Japão, no ano de 1915. Formou-se em Química e Engenharia pela Universidade de Tóquio e logo em seguida foi trabalhar como gestor de qualidade na Nissan Liquid Fuel Company.

Baseado nos estudos e descobertas de Deming e Juran, Ishikawa traduziu os princípios do controle estatístico da qualidade para o japonês. Em 1949 ele entrou para o JUSE, ou União Japonesa de Cientistas e Engenheiros, onde ministrou cursos de controle de qualidade para executivos e criou seus próprios conceitos sobre o assunto: Diagrama de Causa e Efeito e o Círculo de Qualidade.

O Círculo de Qualidade foi criado em conjunto com outros membros do JUSE e consistia em reunir um grupo de colaboradores da mesma área da empresa para discutir formas de aperfeiçoar a qualidade do produto/ serviço.


Já o Diagrama de Causa e Efeito, também conhecido como Diagrama de Ishikawa, foi desenvolvido para que pudesse ser usado por quaisquer pessoa, mesmo as sem conhecimento na área de qualidade. Dentre suas funcionalidades temos a melhoria de processos, identificação das raízes dos problemas e sua posterior resolução.

5º Guru da Qualidade: Armand Vallin Feigenbaum

Feigenbaum nasceu em 1922 em Nova York, Estados Unidos. Após concluir seu doutorado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, começou a trabalhar como gestor da qualidade na General Electric, onde permaneceu durante 31 anos.
Durante sua vida, fundou uma empresa chamada General Systems Company com seu irmão e escreveu dois livros sobre qualidade que foram traduzidos para mais de vinte línguas.

Feigenbaum entrou para a História da qualidade após criar o conceito de Controle de Qualidade Total, em que responsabilizava toda a empresa pela qualidade dos produtos/ serviços, dizendo que é impossível entregar alta qualidade numa empresa em que as áreas não são completamente integradas.

Além disso ele criou os 9M, ou nove etapas que, se não forem seguidas corretamente, podem afetar a qualidade do processo: dinheiro, gerência, pessoas, mercados, motivação, materiais, máquinas, métodos e montagem do produto.

6º Guru da Qualidade: Philip Crosby

Crosby é mais novo guru da qualidade entre todos os citados neste post. Ele nasceu no ano de 1926 na Virgínia Ocidental, Estados Unidos e se formou em medicina pela Ohio College of Podiatric Medicine.

Crosby só começou a dedicar sua vida ao controle de qualidade após a Segunda Guerra Mundial e Guerra da Coreia, trabalhando como técnico de testes em diversas empresas.

Durante a vida, pôde escrever treze livros sobre a temática qualidade que foram traduzidos para dezessete idiomas diferentes e criar a Teoria do Zero Defeito.

O Defeito Zero afirmava que garantir a alta qualidade era obrigação dos superiores, já que eles eram o principal exemplo. Além disso, o objetivo nº 1 das empresas deveria ser a entrega de produtos e serviços com padrões elevadíssimos e sem apresentação problemas ou defeitos durante a fabricação. Segundo Crosby, esta perfeição só poderia ser alcançada através da prevenção e antecipação de defeitos.

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Qual a ferramenta da qualidade desenvolvida por Shewhart?

Shewhart desenvolveu um método amplamente utilizado até hoje: o C.E.P. – Controle Estatístico de Processos. Considerado uma das 7 ferramentas da Qualidade, o CEP visa monitorar os processos envolvidos antes que uma saída se torne defeituosa.

O que é a ferramenta PDCA?

PDCA é uma das ferramentas mais populares para proporcionar a melhoria contínua dentro das organizações. Este método divide a administração de processos em quatro etapas, simplificando sua gestão e favorecendo mudanças positivas.

Qual o objetivo do PDCA desenvolvido por Walter Shewhart?

Também conhecido como Ciclo de Deming ou Ciclo de Shewhart, o ciclo PDCA representa uma sequência lógica de quatro passos que se repetem com o objetivo de obter melhoria contínua, maior qualidade e aprendizado para que a empresa possa atingir seus objetivos.

Quais são as ferramentas do PDCA?

O Ciclo PDCA — também chamado de Ciclo de Deming ou Ciclo de Shewhart — é uma ferramenta de gestão que tem como objetivo promover a melhoria contínua dos processos por meio de um circuito de quatro ações: planejar (plan), fazer (do), checar (check) e agir (act).