Qual a diferença da medicina oriental e ocidental?

Qual a diferença da medicina oriental e ocidental?

Na Almond Blossom, acreditamos que a medicina ocidental é muito eficiente no tratamento de doenças e problemas de saúde, mas que, recorrendo a práticas da medicina oriental, como a medicina tradicional chinesa (MTC), podemos evitar ou suavizar grande parte desses problemas. Isto acontece porque um estilo de vida saudável, com a integração de terapias complementares, como a acupunctura, fortalece a capacidade de nos defendermos de agressões ao nosso corpo.

Curar ou prevenir? Soluções para um mesmo organismo

À partida, estas duas abordagens da medicina são divergentes em muitos aspectos, e isso é especialmente evidente em cada caso clínico. Enquanto na medicina ocidental o paciente recorre a especialistas para cada um dos seus diferentes problemas, na medicina oriental, por outro lado, esse processo é integrado numa perspectiva que vê as queixas como resultado de desequilíbrios de um todo. Mas serão estas duas ciências assim tão opostas?

A imunidade, ou seja, a capacidade de defesa do nosso organismo, é um exemplo perfeito dessas diferenças, mas também dos múltiplos pontos de contacto entre as duas abordagens. Nos dois casos, percebe-se a imunidade como a capacidade do nosso corpo responder a agressões externas. Apesar disso, no caso da medicina ocidental, essa capacidade está muito associada ao sistema linfático, enquanto na medicina tradicional chinesa, se acredita que a grande responsável pela defesa do organismo é a energia Wei.

No entanto, estas duas formas de ver a imunidade têm mais em comum do à partida parece, na forma que tomam. Por exemplo, o sistema linfático é externo aos canais de circulação sanguínea, enquanto a energia Wei também é externa aos canais onde a energia nutritiva circula, por ser mais Yang, ou seja, com mais capacidade de movimentação. Coincidentemente, todos os pontos de acupunctura que fazem movimentar a energia Wei estão localizados em gânglios linfáticos. Mas as correspondências não para por aí.

Na acupunctura, quando queremos reforçar o sistema imunitário, os tratamentos incidem sobre a energia associada aos rins. Desde a antiguidade que se sabe que os rins estão ligados, em termos anatómicos, aos ossos, e, consequentemente, à medula óssea. A medula óssea é o ponto de partida de todos os linfócitos que, através do sistema linfático, vão proteger o nosso organismo. Produzem-se os linfócitos B, que são responsáveis pela imunidade geral. Quando queremos também na imunidade mais específica, usamos pontos do fígado, para os linfócitos T. A energia Wei está associada aos rins e aos ossos, e consequentemente, está associada ao sistema linfático.

Uma ou outra? As duas!!

A relação entre a medicina oriental e ocidental pode ser vista como muito pouco coincidente, dada a discrepância entre os conceitos que as sustentam. No entanto, existem ainda mais pontos de contacto que os referidos, sem sairmos da imunidade, como a associação de uma melhor saúde a factores psicológicos.

A medicina ocidental começa a pensar no bem-estar psicológico como uma fonte de maior imunidade. Isto acontece na recuperação após intervenções e, também, como um factor essencial na cura. Também a medicina tradicional chinesa integra esses factores, de forma activa, nos seus tratamentos, já que o diagnóstico psicológico faz parte de qualquer tratamento. Nesse sentido, na MTC acredita-se que o stress afecta os rins, que como vimos são essenciais para a energia Wei, mas também, que a cólera tem influência negativa no fígado. É curioso que, verificar que na nossa sociedade, que vive em permanente stress, aparecem cada vez mais doenças auto imunes. Quando estas emoções atingem os rins e/ou o fígado, temos a produção de linfócitos B e a sua transformação em linfócitos T comprometida, constituintes fundamentais do sistema linfático.

De facto, as correspondências são múltiplas, mas existe uma separação clara entre conceitos. A medicina oriental aponta os seus esforços para a prevenção, através da manutenção do equilíbrio energético do nosso corpo, enquanto a medicina ocidental procura respostas para cada situação de saúde em particular. O caminho ideal deve, portanto, procurar integrar as duas vertentes. Por um lado, aproveitando as potencialidades da medicina oriental, mas nunca esquecendo que a medicina ocidental tem respostas essenciais para condições de saúde problemáticas ou em estado avançado.

Fontes: Dr. Carlos Loureiro, Professor de Acupunctura no IPluso, segundo os ensinamentos do Dr. Tran Viet Dzung.

O que é a medicina ocidental?

A medicina ocidental é baseada em um diagnóstico e na aplicação de uma terapia localizada. Para isso, o médico busca reconhecer patologias no paciente e as trata de forma pontual e objetiva, recorrendo à alopatia, com cirurgia ou medicamentos químicos sintetizados que geram efeito imediato no local.

O que é um médico oriental?

Também chamada de terapia alternativa, a medicina oriental vem ganhando cada vez mais adeptos. Tanto que, no Brasil, desde 2006, essas terapias passaram a ser oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como recursos complementares aos tratamentos convencionais.

Quem é o pai da medicina oriental?

Por Hong Jin Pai* Na medicina tradicional chinesa (MTC), mestres antigos ensinavam ser a doença uma alteração das funções do corpo ou desgaste deste, provocado por fatores externos, como frio, calor, umidade, fatores emocionais, nutricionais ou envelhecimento. Por meio da MTC, seria possível a promoção da saúde.

O que é medicina oriental quando surgiu?

A medicina tradicional chinesa teve a sua origem na China há muitos milênios e se baseia na teoria de que a doença é a consequência de um desequilíbrio da força vital (qi, pronunciada tchi) pelo corpo.