Quais foram os atletas que receberam a medalha Pierre de Coubertin?

A medalha Pierre de Coubertin é uma honraria concedida pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) aos atletas que demonstraram o verdadeiro espírito do esporte em meio alguma dificuldade durante as competições. De um modo geral, vale mais do que uma medalha de ouro para os esportistas que a recebem, como alguns atletas ousaram dizer. Em toda a história das Olimpíadas, são raros os atletas que receberam esta medalha incluindo um brasileiro.

Viviane TavaresColaborador do Torcedores

Categoria: Esportes Olímpicos

Crédito: Montagem Reprodução/Instagram

LEIA MAIS: VANDERLEI CORDEIRO REVELA FRUSTRAÇÃO NAS OLIMPÍADAS: “QUERIA O OURO”

Vanderlei Cordeiro de Lima, mostrou ao mundo o amor ao esporte após o episódio em Atenas em 2004, quando o ex-padre irlandês Cornelius Horan, o segurou durante a maratona, o que o impossibilitou de conquistar o ouro, ficando apenas com o bronze por não ter desistido de completar a prova mesmo após a agressão. No pódio, o sorriso de Vanderlei comoveu o mundo e ofuscou o medalhista de ouro na prova.

O velejador canadense Lawrence Lemieux, parou a prova após o vento forte derrubar dois competidores de Cingapura que caíram no mar em Seul, em 1988. O esportista abandonou a prova e aguardou o resgate dos atletas que ficaram machucados. Terminou a prova em 22º lugar.

Em homenagem póstuma, o alemão Lutz Long e o tcheco Emil Zatopek receberam o reconhecimento. O alemão ajudou com dicas um americano do salto em distância em 1936, mesmo com a presença do ditador Adolf Hitler no estádio. O tcheco foi reconhecido por suas conquistas no atletismo em 1952.

Também por mérito esportivo, a bielorrussa Elena Novikova-Belova, quatro vezes medalhista de ouro no esgrima ganhou a medalha honrosa. O norte-americano Spencer Eccles conquistou sua honraria pelo trabalho no esporte.

O jogador de rúgbi da Nova Zelândia Tana Umaga, prestou os primeiros socorros a um rival durante uma partida e também foi reconhecido.

Fundador do Museu Olímpico, Raymond Gafner e o ex-presidente austríaco Franz Jonas também conquistaram o prêmio mesmo sem ser atleta.

O caso mais recente são dos velejadores croatas Petar Cupac e Pavle Kostov em Pequim, em 2008. Fora da disputa de medalhas, ficaram sabendo que a dupla dinamarquesa Jonas Warrer e Martin Ibsen tiveram o mastro quebrado. Os croatas emprestaram a embarcação e a Dinamarca levou o ouro naquele ano.

Nas Olimpíadas de inverno, o italiano Eugenio Monti, emprestou seu trenó a equipe rival após os britânicos perceberem que o equipamento estava quebrado. Na disputa levou o bronze e o ouro ficou para quem ele havia emprestado seu próprio trenó e finalizou “Não perdi porque emprestei o trenó. Perdi porque eles foram mais rápidos”.