Onde o Brasil se localiza em relação aos limites da placa tectônica?

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Onde o Brasil se localiza em relação aos limites da placa tectônica?

Placas tectônicas do globo terrestre

Placa tectônica (português brasileiro) ou tectónica (português europeu) é uma porção da litosfera limitada por zonas de convergência, zonas de subducção e zonas conservativas. Segundo a teoria da tectônica de placas, as placas tectônicas são criadas nas zonas de divergência, ou "zonas de rifte", e são consumidas em zonas de subducção. É nas zonas de fronteira entre placas que se regista a grande maioria dos terremotos e erupções vulcânicas. São reconhecidas 55 placas tectônicas, 15 principais e 40 menores.[1]

Limites das placas tectônicas[editar | editar código-fonte]

Existem três tipos principais de limites entre as placas tectónicas: convergentes, divergentes e transformantes.

Limites convergentes[editar | editar código-fonte]

Onde o Brasil se localiza em relação aos limites da placa tectônica?

Mapa detalhado das divisões entre as placas tectônicas (em inglês)

Limite das placas tectônicas

São, de modo geral, zonas de subducção, onde as placas se encontram e explodem. Uma delas mergulha por debaixo da outra (sempre a mais densa) e regressa à astenosfera. Existem três tipos de convergência:

  • Convergência crosta oceânica-crosta continental

Quando isso acontece, normalmente formam-se fossas abissais. Um exemplo é a fossa Peru-Chile, onde a placa de Nazca mergulha sob a placa Sul-americana. A zona de convergência entre uma placa oceânica e uma placa continental é chamada de margem continental ativa. Isto acontece porque a crosta oceânica é mais densa que a crosta continental, deste modo imerge.

  • Convergência crosta oceânica-crosta oceânica

Nesses casos, formam-se arcos vulcânicos, como nas ilhas Marianas (placa do Pacífico e placa das Filipinas).

  • Convergência crosta continental-crosta continental

Nestes casos é muito difícil que uma placa mergulhe sobre a outra por causa da densidade de alguns elementos. Às vezes uma placa sobrepõe-se sobre a outra, num movimento de obducção. Pode ocorrer também a colisão entre as placas e a formação de cadeias de montanhas. O exemplo mais conhecido é o choque da placa Euro-Asiática com a indiana, que deu origem à cadeia dos Himalaias.

Limites divergentes[editar | editar código-fonte]

Também chamados cristas em expansão ou margens construtivas, porque nesses limites está sendo aumentada a crosta oceânica, a partir de magma vindo do manto, causando o afastamento das placas tectônicas. São exemplos de formações de limites divergentes as cordilheiras submarinas meso-oceânicas.

Movimento das placas[editar | editar código-fonte]

O movimento pode ser observado[2] e medido usando sistemas GPS,[3] e as bordas das placas podem ser detectadas.[4] Essas placas se movem em relação uma à outra.[5][6] Terremotos e vulcões são os resultados desse movimento de placas.[carece de fontes] Existem vários mecanismos que os cientistas desenvolveram com base nas observações das placas[7] e em uma compreensão mais profunda das camadas internas da Terra.[8][9] Esses mecanismos operam em diferentes pontos da Terra[10][11] e podem muito bem se complementar,[12] ajudando cada um a mover a placa à sua maneira.[carece de fontes]

Convecção térmica[editar | editar código-fonte]

Os cientistas acreditam que uma das principais forças por trás do movimento da placa é a convecção térmica. Convecção térmica é quando o calor do núcleo da Terra é transferido para a superfície da Terra pelo manto. A convecção térmica funciona muito como uma panela de água fervente.[13] No entanto, um estudo de 2019 concluiu que é principalmente a superfície da Terra que impulsiona o manto. Os pesquisadores, baseado em modelos globais de convecção esférica tridimensional do manto, descobriram que dois terços da superfície da Terra se movem mais rápido que o manto subjacente; em outras palavras, é a superfície que arrasta o interior, enquanto os papéis são revertidos para o terço restante. Esse equilíbrio geral de forças muda com o tempo geológico, normalmente durante um ciclo supercontinental. Este último é arrastado principalmente por movimentos profundos no manto durante as fases de construção de um supercontinente.[8]

Lista das principais placas tectônicas[editar | editar código-fonte]

Placas principais[editar | editar código-fonte]

  • Placa Africana
  • Placa da Antártida
  • Placa Arábica
  • Placa Australiana
  • Placa das Caraíbas
  • Placa de Cocos
  • Placa Euroasiática
  • Placa das Filipinas
  • Placa Indiana
  • Placa Juan de Fuca
  • Placa de Nazca
  • Placa Norte-americana
  • Placa do Pacífico
  • Placa de Scotia
  • Placa Sul-americana

Placas menores[editar | editar código-fonte]

  • Placa da Anatólia
  • Placa do Altiplano
  • Placa de Amur
  • Placa dos Andes Norte
  • Placa da Birmânia
  • Placa de Bismarck Norte
  • Placa de Bismarck Sul
  • Placa da Carolina
  • Placa de Doberai
  • Placa Futuna
  • Placa das Galápagos
  • Placa de Gorda
  • Placa Helênica
  • Placa Iraniana
  • Placa Juan Fernandez
  • Placa de Kermadec
  • Placa Manus
  • Placa Maoke
  • Placa das Marianas
  • Placa do Mar de Banda
  • Placa do Mar Egeu
  • Placa do Mar das Molucas
  • Placa do Mar de Salomão
  • Placa das Novas Hébridas
  • Placa de Niuafo'ou
  • Placa de Okhotsk
  • Placa de Okinawa
  • Placa do Panamá
  • Placa de Páscoa
  • Placa do Recife de Balmoral
  • Placa do Recife de Conway
  • Placa de Rivera
  • Placa das Sandwich
  • Placa das Shetland
  • Placa da Somália
  • Placa de Sunda
  • Placa de Timor
  • Placa de Tonga
  • Placa de Woodlark
  • Placa do Yangtzé

Placas no interior de orógenos[editar | editar código-fonte]

Alguns modelos identificam mais algumas placas menores no interior de orógenos actuais:

  • Placa Apuliana ou Adriática
  • Placa Explorer
  • Placa de Gorda

Placas antigas[editar | editar código-fonte]

  • Placa de Aluk
  • Placa Báltica
  • Placa de Bellingshausen
  • Placa de Charcot
  • Placa da Ciméria
  • Placa Farallon
  • Placa Insular
  • Placa Intermontana
  • Placa de Izanagi
  • Placa de Kula
  • Placa de Lhasa
  • Placa de Moa

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Deriva continental
  • Dorsal meso-oceânica
  • Tectônica de placas
  • Força motriz do movimento de placas

Referências

  1. Bird, P. (2003) An updated digital model of plate boundaries
  2. Korenaga, Jun (2013). «Initiation and Evolution of Plate Tectonics on Earth: Theories and Observations». Annual Review of Earth and Planetary Sciences. 41 (1): 117–151. doi:10.1146/annurev-earth-050212-124208
  3. «GPS And Tectonics | How GPS Works | GPS Spotlight». spotlight.unavco.org. Consultado em 4 de novembro de 2019
  4. «New study could explain why volcanoes form far from the edges of tectonic plates». Christian Science Monitor. 2 de junho de 2010. ISSN 0882-7729
  5. «Explore Plate Tectonics». Science (em inglês). 18 de janeiro de 2017. Consultado em 4 de novembro de 2019
  6. «Story Map Journal». www.arcgis.com. Consultado em 4 de novembro de 2019
  7. «The Theory of Plate Tectonics | Geology». courses.lumenlearning.com. Consultado em 4 de novembro de 2019
  8. a b «What makes the Earth's surface move?». Tech Explorist (em inglês). 31 de outubro de 2019. Consultado em 4 de novembro de 2019
  9. «Mantle Convection and Plate Tectonics». Khan Academy (em inglês). Consultado em 4 de novembro de 2019
  10. «History of plate tectonics». scecinfo.usc.edu. Consultado em 4 de novembro de 2019
  11. «Plate (Tectonics) - an overview | ScienceDirect Topics». www.sciencedirect.com. Consultado em 4 de novembro de 2019
  12. «Plate Tectonics: The Mechanism». Berkeley.edu
  13. «Causes of Tectonic Plate Movement - Video & Lesson Transcript». Study.com (em inglês). Consultado em 4 de novembro de 2019

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Fernando Fláfio Marques de Almeida. Ciência hoje, São Paulo, Sociedade brasileira para o progresso da Ciência-SBPC, Abril, 2002, v.31,n.181.p. 75-77

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Onde o Brasil se localiza em relação aos limites da placa tectônica?

  • «Sismologia no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP - Tectônica»

Onde o Brasil se localiza em relação aos limites da placa?

O Brasil encontra-se sobre a Placa Sul-Americana, bem como todo o subcontinente América do Sul. Essa placa possui mais de 43 milhões de km2 e cerca de 200 quilômetros de largura. A localização central do país sobre a placa faz com que aqui não haja tantas incidências de abalos sísmicos.

Onde estão localizadas as placas tectônicas no Brasil?

Placas tectônicas no Brasil O Brasil está localizado na porção central da Placa Sul-americana, que tem uma área de, aproximadamente, 43,6 milhões de quilômetros quadrados e cerca de 200 quilômetros de espessura.

Onde se encontra os limites das placas tectônicas?

Existem três tipos de limites tectônicos: Transformante, divergente e convergente. Limite tectônico transformante as placas tectônicas deslizam em sentidos opostos. Limite tetônico divergente as placas tectônicas se afastam, criando fendas e rachaduras na crosta terrestre.