No Brasil, são todos documentos destaques da Governança Corporativa, EXCETO

A governança corporativa representa uma oportunidade de evolução na gestão de empresas – e na sua não é diferente.

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Todos os caminhos apontam para uma nova visão, mais de acordo com o nosso atual mercado, competitivo e globalizado.

Só compete nesse jogo quem se adapta às regras.

E elas incluem valores muito especiais, como transparência e confiança.

A governança corporativa nas empresas é a chave-mestra para o sucesso, para o reconhecimento e para a longevidade de qualquer negócio.

Indica uma cultura de boas práticas de gestão que faz a diferença e contribui para bons resultados.

Afinal, o mercado está o tempo todo de olho nisso: nas condutas, decisões e relações das instituições com os seus públicos de interesse.

Quem se destaca em boas práticas de governança corporativa tem maior valor.

Mas quais são elas? E os seus princípios?

Que relação o assunto possui com o compliance nas empresas?

O que é preciso para praticar a liderança corporativa?

Vamos abordar a partir de agora um tema estimulante, de extrema importância e que pode motivar você ainda mais na carreira.

Quer saber tudo sobre governança corporativa?

Então, siga a leitura ou desça até o tópico que você deseja ler:

  • O que é governança corporativa?
  • Como ocorreu o surgimento da governança corporativa?
  • Qual o conceito e os princípios da governança corporativa?
  • Qual é a estrutura da governança corporativa?
  • Quais são os 8ps da governança corporativa?
  • A evolução da governança corporativa no mundo
  • Um panorama sobre a governança corporativa no Brasil
  • Quais são os benefícios da governança corporativa?
    • Como a boa governança cria valor para as organizações?
  • Onde e como implementar a governança corporativa?
    • 3 passos para promover a governança corporativa na sua empresa
    • Direitos e deveres das lideranças empresariais: a responsabilidade de cada um
  • Governança corporativa nas micro e pequenas empresas
  • A governança corporativa no terceiro setor
  • As melhores empresas com governança corporativa
  • A importância da gestão empresarial e boa governança em empresas cada vez mais globais
    • A importância de entender o ambiente de governança
    • Como lidar com as falhas na governança corporativa?
  • Qual a relação entre compliance e governança corporativa?
  • A necessidade de formar líderes com ciência dos princípios da governança corporativa
    • Cursos de governança corporativa: o que procurar neles?
  • O que faz um analista de governança corporativa?
  • Os melhores livros sobre governança corporativa
  • Governança corporativa: dúvidas frequentes
    • Qual o stakeholder prioritário para a governança corporativa?
    • Níveis de governança corporativa na B3: como funcionam?
    • Governança corporativa e excelência empresarial: qual a relação?

Acompanhe este super guia sobre governança corporativa até o final e boa leitura!

O que é governança corporativa?

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O que é governança corporativa?

Governança corporativa é um processo que determina a maneira como a empresa é administrada, o que se reflete na sua cultura, políticas e regulamento interno.

Ela visa à excelência em gestão e em estratégia empresarial.

Em resumo, podemos dizer ainda que se trata da forma com que as empresas são dirigidas e controladas.

A essência da governança corporativa está na transparência, havendo clareza quanto aos seus atos tanto para o público interno quanto externo.

Interessante observar que esse é um dos valores mais importantes de uma instituição atualmente, seja ela qual for, o que é próprio de um mundo cada vez mais aberto e globalizado.

Não por acaso, a expressão governança corporativa adquire evidência e interesse crescentes.

Tanto é assim que mais e mais organizações, dia após dia, se interessam por seguir os seus preceitos.

Também cabe destacar a relação direta da governança corporativa com o modo como uma empresa compete no mercado.

“No mundo dos negócios, o jogo é duro, mas é na bola, e não na canela”, diz Fábio Colletti Barbosa, administrador e conselheiro de grandes empresas.

Com essa metáfora, ele traduz a base da governança corporativa: um jogo limpo – também conhecido como fair play.

E, assim como no futebol, não é só quem está em campo ou, no caso, na linha de frente, como os gestores ou líderes, que precisa dominar as boas práticas da gestão.

Em um negócio, cada funcionário tem sua importância para fazer o processo dar certo.

Como ocorreu o surgimento da governança corporativa?

Enquanto prática empresarial, a governança corporativa existe desde sempre, se considerarmos apenas suas implicações em termos de imagem e reputação.

Contudo, como todo grande movimento empresarial, a GC ganha impulso a partir de uma crise, no caso, a da multinacional de combustíveis Texaco, na década de 1980.

Basicamente, essa crise foi causada pela própria diretoria da empresa.

Para impedir a compra de ações por um grupo de acionistas minoritários, ela fez uso de uma estratégia legal, mas condenável do ponto de vista ético: a recompra de ações da empresa a altos preços.

Com isso, começou a ganhar força na sociedade e ecossistema empresarial norte-americano o conceito de governança corporativa.

Além de um pressuposto de conduta, ela também se estrutura em um setor independente, composto por especialistas nessa área, como veremos ainda neste conteúdo.

Qual o conceito e os princípios da governança corporativa?

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Qual o conceito e os princípios da governança corporativa?

Para conceituar de forma adequada, vamos pegar carona no Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), que assim define essa forma de gestão nas empresas:

“Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas”.

Perceba que, como já havíamos destacado, não estamos falando de uma iniciativa pessoal, tampouco limitada ao âmbito individual.

A governança corporativa é um compromisso da organização e, como tal, depende do esforço coletivo.

Isso aparece de maneira marcante em cada um dos seus quatro princípios.

Vamos ver agora o que cada um deles significa:

Transparência

Ao informar fatos, sejam eles positivos ou negativos, as empresas criam uma rede de confiança tanto interna (com seus colaboradores) quanto externamente (com os stakeholders).

Equidade

Esse princípio nada mais é do que o tratamento igualitário de todos os sócios e partes interessadas das organizações.

Prestação de contas

É quando os agentes da governança mostram as consequências de seus atos, das tomadas de decisões, ou mesmo das omissões.

Responsabilidade corporativa

Mais abrangente, esse princípio valoriza a sustentabilidade – de ordem social e ambiental – da organização, visando a sua longevidade.

Qual é a estrutura da governança corporativa?

O citado episódio da Texaco evidenciou a necessidade de se criar uma nova cultura empresarial, na qual as empresas pudessem se auto regular em suas práticas de gestão e de governança.

O objetivo é, desde sempre, evitar que abusos por parte das lideranças viessem a corromper todo o mercado, levando ao colapso da própria economia.

Assim, começaram a surgir nas empresas os primeiros setores dedicados exclusivamente a atuarem como “guardiões” da ética e da transparência, formados por:

  • Acionistas
  • Auditoria Independente
  • Auditoria Interna
  • CEO e diretores
  • Comitês
  • Conselho de Administração
  • Conselho Fiscal
  • Ouvidoria e Corregedoria
  • Secretário do Conselho

Quais são os 8ps da governança corporativa?

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Quais são os 8ps da governança corporativa?

Como a maioria dos conceitos, o de governança corporativa motivou e continua motivando a criação de uma série de métodos e teorias.

Uma delas é a dos 8ps, pelos quais um setor de GC se orienta em relação às suas atividades.

Ela foi criada pelos professores Adriana Solé e José Paschoal Rossetti, autores do livro “Governança corporativa: fundamentos, desenvolvimento e tendências” (2007).

De acordo com a obra, a aplicação de cada um dos “ps” leva a empresa a:

  • Manter sua competitividade
  • Mitigar conflitos de interesse em potencial entre seus parceiros
  • Viabilizar o planejamento estratégico
  • Facilitar a aplicação da GC
  • Aprimorar as práticas de governança corporativa
  • Alinhar as metas da administração às expectativas dos acionistas.

Vamos conhecer então cada um deles?

Propriedade

O controle acionário é só um entre os possíveis focos de disputas em uma empresa.

Além dele, o direito à propriedade e, principalmente, os privilégios sucessórios estão entre as razões mais recorrentes de contendas na esfera administrativa ou judicial.

O “p” de propriedade trata da relação entre a infraestrutura e patrimônio de uma empresa com o regime jurídico/tributário do qual faz parte.

Assim, o CA pode se antecipar a futuros contenciosos, deixando claro quem tem direitos no momento o “bastão” tiver que ser passado.

Princípios

Em certos casos, disputas fratricidas podem ser evitadas quando a corporação deixa claro para seus líderes, acionistas e stakeholders quais são seus valores e princípios.

No caso, este “p” se apoia em quatro fundamentos:

  • Divulgação de resultados com transparência
  • Justiça e equidade de direitos
  • Compliance fiscal e a conformidade com normas, leis e marcos regulatórios
  • Prestação de contas feita com responsabilidade.

Uma vez que sejam definidos os princípios, tomando como base os fundamentos acima, caberá à alta gestão disseminá-los entre seus colaboradores e validá-los perante o público externo.

Propósitos

Os princípios são como normas gerais de conduta, a partir das quais uma empresa define seu propósito, missão, visão e valores.

Esse propósito, por sua vez, é que servirá como uma espécie de “código de ética” não escrito, devendo assim pautar todas as ações de uma organização.

É por esse “p” que a empresa se posiciona enquanto membro da sociedade e de uma comunidade específica.

Cabe ressaltar que, embora tenha um viés filosófico, o propósito também deve ser mensurável e considerar sempre o retorno esperado pelas atividades desenvolvidas.

Papéis

Talvez um dos principais focos de discórdia no seio das empresas seja a falta de clareza na atribuição dos papéis de cada um de seus membros.

Um membro do Conselho de Administração tem funções diferentes das de um membro do Conselho Fiscal, e assim sucessivamente.

A atribuição clara dos papéis é também uma forma de evitar o abuso de poder que, como vimos no caso da Texaco, é presença marcante nos desvios de conduta.

Quando as funções estão bem definidas, é mais fácil identificar responsáveis, permitindo assim que a empresa tome as medidas cabíveis em situações de crise.

Poder

Com papéis bem definidos, também fica mais fácil delimitar o raio de ação dos cargos diretivos.

O foco desse “p” é evidenciar que o exercício de um certo poder deve ser sempre orientado em proveito da empresa e não de interesses particulares.

Também visa colocar rédeas na atuação das lideranças e da alta gestão, de maneira que a autoridade não seja confundida com autoritarismo.

Outro ponto importante é a consideração dos objetivos da empresa no processo decisório que, como tal, deve ser compartilhado.

Além disso, o “p” de poder visa a antecipar questões críticas que costumam emergir em processos sucessórios.

Práticas

O discurso da GV é muito bonito, mas não passaria disso se não fosse vivenciado na prática, no dia a dia das empresas.

Por isso, nos 8ps da governança são previstas as bases que devem pautar as práticas diárias.

Além da abordagem filosófico-humanista, as boas práticas se assentam em dois fatores essenciais.

O primeiro deles são os dados, os quais servem para orientar decisões e toda a estratégia operacional.

Não menos importante, as práticas devem estar em conformidade aos preceitos definidos de acordo com a tríade governança, riscos e compliance (GRC).

Pessoas

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Pessoas

O único “p” presente em todos os outros é o de pessoas.

É para elas que se destinam todas as iniciativas no sentido de elevar os padrões éticos, mantendo uma empresa no caminho da transparência.

Contudo, é preciso definir políticas de RH consistentes, que privilegiem o ser humano no mesmo nível das competências e habilidades exigidas.

Assim, a cultura organizacional tende a ser mais aceita, permitindo que se forme um ambiente de trabalho produtivo e colaborativo.

Isso se aplica desde os processos seletivos até as definições de critérios para justificar afastamentos e demissões, com ou sem justa causa.

Perpetuidade

Nenhuma empresa nasce planejando o dia em que vai deixar de existir.

Dessa forma, é preciso desenvolver mecanismos e ações estratégicas para que a marca se perpetue ao longo das gerações, se necessário até mesmo mudando o core business.

Esse é um ponto fundamental, já que o apego aos produtos pode levar uma organização ao fracasso e à extinção.

O mais importante é que, acima deles estejam os princípios, abaixo dos quais devem estar as pessoas.

Para se manter ativa ao longo do tempo, é necessário que os líderes da empresa estejam constantemente se questionando sobre o que podem fazer hoje para que ela continue existindo.

A evolução da governança corporativa no mundo

Como vimos, a GC enquanto prática empresarial teve início com o escândalo da Texaco na década de 1980.

Desde então, vieram a ser publicadas diversas obras e estudos de referência, como o livro “Propriedade e criação de valor: governança corporativa estratégica na nova economia”, de Rolf H. Carlsson.

Nos anos 2000, as práticas de governança entrariam novamente em evidência, com um novo escândalo em uma empresa ligada ao setor de energia, a Enron, nos Estados Unidos.

Por meio de balanços forjados, seus líderes diziam ao mercado que a empresa tinha um valor de mercado “X” quando, na verdade, tudo não passava de ficção.

Graças a mais esse episódio, o governo americano viria a publicar uma nova lei, chamada de Sarbanes-Oxley Act, com o objetivo de fiscalizar empresas e evitar fraudes.

Hoje, as práticas de governança se dividem basicamente em dois modelos: o Outsider System, predominante em países anglo-saxões, e o Insider System, mais difundido na Europa e Japão.

Um panorama sobre a governança corporativa no Brasil

As tendências da governança corporativa no Brasil seguem, via de regra, o modelo de Outsider System.

Nesse aspecto, o estudo “Panorama de Governança Corporativa no Brasil: Report by McKinsey & Company and Korn/Ferry International”, traz dados reveladores.

Ele aponta, por exemplo, para o surgimento de um novo modelo de GC, no qual o profissionalismo leva à formação de conselhos mais bem estruturados.

Esse é, a propósito, um dos desafios da governança corporativa no Brasil, onde a GC patinou por muitos anos em razão da falta de mecanismos de governança mais efetivos.

Quais são os benefícios da governança corporativa?

Adotar a governança corporativa no seu negócio não significa administrar conforme a maré.

Afinal, não é por que uma empresa segue uma determinada linha com sucesso que as demais alcançarão os mesmos resultados.

Você deve considerar esse sistema pelos benefícios que ele pode trazer à sua organização.

O que acontece, na prática, é que as ações de governança corporativa têm potencial para transformar os princípios já citados em atitudes que facilitam o acesso ao capital e contribuem para a longevidade das empresas.

Como destaca o IBGC, em seu Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, ocorre um alinhamento de interesses, objetivando preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, o que contribui para a maior qualidade de gestão.

Precisa de exemplos mais específicos?

Dê só uma olhada nesta relação com algumas das principais vantagens do modelo de gestão:

  • Maior visibilidade de mercado
  • Prevenção de problemas, erros e fraudes
  • Facilidade na captação de recursos
  • Redução do custo do capital
  • Melhor desempenho operacional
  • Controle do abuso de poder, uma vez que as decisões não estão na mão de uma só pessoa
  • Evita o conflito de interesses
  • Impede o uso de informação privilegiada por poucos interessados.

Perceba que muitos avanços possíveis representam soluções para dores comuns a qualquer negócio.

O aspecto financeiro, por exemplo, que costuma ser o calcanhar de Aquiles especialmente em empresas novatas no mercado, é privilegiado pelas ações de governança corporativa.

É inegável que uma gestão austera e transparente contribui para dar o melhor destino ao capital do negócio, facilitando ainda a atração de investimentos e outras fontes de recursos externos.

Como a boa governança cria valor para as organizações?

A partir de um ambiente de respeito às regras convencionadas, a gestão corporativa fomenta valores importantes, cujos reflexos aparecem dentro e fora das organizações.

Talvez o principal deles seja a confiança.

Ela pode ser um motor que atua tanto na motivação e produtividade das equipes, quanto no apoio de sócios e acionistas e no interesse de investidores, além de repercutir na sua própria competitividade da empresa no mercado.

Lembrando novamente da perspectiva de longo prazo, que é um dos pilares da governança corporativa.

Ao incluir o público interno, o ambiente e a sociedade, esse é um diferencial importante para alcançar a sustentabilidade do negócio.

Sem ela, como você deve saber, não há boa ideia que sobreviva e uma promissora empresa pode ter sua continuidade abreviada diante da primeira crise.

Onde e como implementar a governança corporativa?

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Onde e como implementar a governança corporativa?

Em primeiro lugar, será que a governança corporativa cabe na sua empresa?

A questão é pertinente, afinal, as pioneiras na adoção desse modelo de gestão foram as companhias de capital aberto.

São aquelas que negociam ações na bolsa de valores, por exemplo.

Para que seus acionistas tenham rendimentos interessantes, é importante que a organização conquiste não apenas bons resultados financeiros, mas preze por valores como ética e transparência.

Qualquer notícia negativa sobre ela derruba o preço de suas ações e, por consequência, seu valor de mercado.

Mas isso não significa que a governança corporativa se distancie das médias e pequenas empresas (PMEs).

A verdade é que qualquer negócio se beneficia de seus princípios, como já exposto.

É claro que alguns terão vantagens adicionais em razão não apenas de seu porte, como de características do seu modelo de atividade.

Mas como dizer que uma microempresa não sai ganhando ao se credenciar a atrair investimentos, ao melhorar seu desempenho operacional e a tornar seus processos mais transparentes?

É por isso que, sem medo de errar, podemos afirmar que qualquer negócio pode – e deve – implantar a governança corporativa.

A questão agora é: como? Vamos explicar agora.

3 passos para promover a governança corporativa na sua empresa

O desafio da implantação da governança corporativa em uma empresa parte do fomento a uma nova cultura.

Pode ser preciso promover mudanças, se não de valores, ao menos de atitudes.

A forma antiga de conduzir a organização deve ser abandonada, se não por completo, ao menos parcialmente.

Você está preparado para dar esse passo?

Se a resposta for sim, siga estas três etapas iniciais:

1. Definição de uma hierarquia

É preciso deixar claro quais são as pessoas que exercem os papéis de liderança nas organizações.

Os colaboradores devem saber exatamente a quem recorrer para alinhar suas expectativas, definir tarefas e elencar prioridades.

Quando houver algum impasse, quem está no comando precisa assumir o compromisso de tomar a decisão final.

Não é uma tarefa a delegar.

2. Realização de reuniões

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Realização de reuniões

As reuniões entre sócios, equipes e conselhos devem ser agendadas de forma periódica.

É o momento ideal para repassar diretrizes, definir o plano de ações e acompanhar o andamento dos atuais projetos.

Garanta com que esses encontros sejam registrados em ata.

3. Criação de um conselho consultivo

O conselho consultivo deve ser formado por profissionais experientes e de confiança.

Idealmente, terá de 3 a 5 componentes.

Eles vão trocar experiências e dar sugestões para qualificar a gestão da empresa.

Direitos e deveres das lideranças empresariais: a responsabilidade de cada um

Na governança corporativa, há uma estrutura hierárquica que define os relacionamentos e responsabilidades de conselheiros, executivos, colaboradores e acionistas.

Essa forma de gestão exige tempo, dedicação e comprometimento de líderes para alinhar todos os níveis de uma organização.

  • Conselho de Administração: principal elo entre os sócios e a diretoria, que inclui acionistas, deve definir as políticas de relacionamento com as outras partes interessadas
  • Diretoria executiva: deve implementar tais políticas com foco na gestão estratégica
  • Colaboradores: devem cumprir com as regulamentações.

Governança corporativa nas micro e pequenas empresas

GC não é privilégio das grandes corporações.

Ela pode (e deve) ser implementada nas PMEs, até como base de sustentação para o seu crescimento.

Isso porque, ao adotar a governança, uma empresa de pequeno porte se coloca em condições mais favoráveis para definir processos em todos os níveis.

Além disso, ela sinaliza para o mercado que está atenta às melhores práticas, gerando mais confiança e credibilidade.

A governança corporativa no terceiro setor

O terceiro setor é onde se situam as empresas classificadas como “sem fins lucrativos”.

Nelas, a governança se faz ainda mais necessária, uma vez que elas dependem de contribuições voluntárias ou subsídios do governo para se sustentar.

Ao instituir práticas em um setor de GC, elas se posicionam de forma transparente, facilitando assim o acesso a linhas de crédito e doações.

As melhores empresas com governança corporativa

Ética, transparência e boas práticas de gestão são fatores críticos de sucesso.

Tanto que, hoje, as empresas que se destacam nesses quesitos são honradas com prêmios importantes.

O anuário Época NEGÓCIOS 360°, por exemplo, dedica uma categoria exclusiva para as empresas que se destacam como as melhores no segmento de governança corporativa.

Em 2021, a grande vencedora foi a construtora MRV, junto à MAG Seguros, no segmento de seguros.

A importância da gestão empresarial e boa governança em empresas cada vez mais globais

As empresas que você admira pela eficiência têm algo em comum: elas aplicam, ao mesmo tempo, a boa gestão empresarial e a governança corporativa.

São conceitos relacionados, mas com diferenças pontuais.

Enquanto a gestão empresarial compreende a tomada de decisões dentro de uma organização, a governança corporativa é o conjunto de regras e práticas que garantem o cumprimento dos seus deveres.

Há uma sinergia inegável entre esses dois processos.

Em um mundo empresarial globalizado, com grande fluxo de informações, o ambiente empresarial é altamente competitivo e conta com a participação de diversos interessados.

Entre eles, podemos citar:

  • Acionistas
  • Executivos
  • Funcionários
  • Fornecedores
  • Clientes
  • Sociedade.

Diante de um cenário diversificado e complexo, torna-se fundamental a adoção de boas práticas da governança aliada à boa gestão empresarial.

Faz sentido, não faz?

Mas como isso se reflete no ambiente da empresa?

A importância de entender o ambiente de governança

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A importância de entender o ambiente de governança

O ambiente da governança corporativa não está restrito às lideranças, como já destacado. Tampouco se resume a personagens internos.

Dependendo da empresa em questão, pode envolver conselhos, auditores e agentes reguladores.

Isso sem falar no atendimento irrestrito à legislação que rege o mercado de capitais, o que é próprio das empresas com ações na bolsa.

Cada elo desempenha um papel específico.

Esse entendimento é imprescindível para o sucesso da estratégia e seus reflexos positivos na condução do negócio.

Vai além das atividades operacionais às quais a empresa se propõe.

Para que os benefícios que o modelo proporciona sejam alcançados, é preciso ser fiel às diretrizes – e o mercado está de olho nisso.

A responsabilidade é inegável, contudo, o gestor não está sozinho no desafio.

Internamente, quem ocupa o papel de maior destaque é o conselho de administração, que é um órgão colegiado, encarregado do processo de decisão em relação às estratégias.

Ele é conhecido como o guardião dos princípios, valores, objeto social e do sistema de governança da organização.

Atua, portanto, também para garantir a estabilidade no ambiente.

Mas e quando as coisas fogem do controle?

Em momentos de crise, o que muda na sua abordagem quando a governança corporativa está implantada?

Como lidar com as falhas na governança corporativa?

Toda empresa está sujeita a instabilidades, crises e conflitos.

A governança corporativa tem na prevenção dessas ocorrências um de seus reais benefícios.

Contudo, não há como assegurar a manutenção de um cenário saudável quando o negócio está sujeito a imprevistos de todos os tipos e origens.

Por outro lado, quando eles se confirmam e a crise se instala, esse modelo de gestão se revela como o mais propício para reduzir os impactos e reverter o ambiente sem que ele evolua ao caos.

A governança corporativa é, definitivamente, um meio de superar os desafios da atualidade, inclusive do ponto de vista econômico.

Afinal, em um cenário instável, as boas diretrizes de gestão são fundamentais para minimizar influências externas sobre o desempenho interno.

Mantendo-se transparente e inspirando confiança em todas as direções, a tarefa de lidar com as crises se torna facilitada.

Mas o desafio é o mesmo em qualquer empresa: manter a calma, seguir em frente e identificar nos cenários mais difíceis as melhores oportunidades para seguir crescendo.

Qual a relação entre compliance e governança corporativa?

No Brasil, são todos documentos destaques da Governança Corporativa, EXCETO
Qual a relação entre compliance e governança corporativa?

Governança corporativa e boa gestão empresarial se completam com uma estratégia de compliance.

Você sabe o que o termo significa?

Em uma tradução livre para o português, compliance é conformidade.

Mas não se trata de seguir normas técnicas na fabricação de produtos.

A tal conformidade, nesse caso, significa obedecer às regras legais, morais e éticas do país, o que ganhou força a partir da publicação da Lei Anticorrupção, em 2013.

A correção dos atos de uma empresa, portanto, é o que norteia o compliance.

Inegavelmente, portanto, a estratégia contribui para fortalecer a imagem da companhia, na medida que aponta para a seriedade e compromisso na condução de seus processos.

Podemos sintetizar que a governança corporativa foca na ética (imagem que passa aos stakeholders) e o compliance na transparência das atividades, mantendo-se distante de qualquer ilicitude.

Os dois valores são imprescindíveis para garantir a integridade das empresas.

A necessidade de formar líderes com ciência dos princípios da governança corporativa

Agora, vamos falar daquele que talvez seja o maior desafio da governança corporativa: o capital humano.

As pessoas são a peça-chave para o funcionamento do processo.

Obviamente, se espera delas motivação e envolvimento, mas sobretudo capacidade, competências e habilidades essenciais para esse modelo de gestão.

Como você já deve ter notado, a responsabilidade maior recai sobre os líderes.

Sem boas lideranças, pouco se pode esperar dos liderados.

É por isso que essa é uma preocupação que precisa ser enfrentada na base, na formação de executivos.

O próprio IBGC destaca, no seu código já citado, que os administradores devem buscar “aprimoramento constante das suas competências para aperfeiçoar seu desempenho e atuar com enfoque de longo prazo no melhor interesse da organização”.

Sem investir na educação continuada, a governança corporativa pode ter seus efeitos limitados.

Cursos de governança corporativa: o que procurar neles?

Sim, você pode (e deve) se aperfeiçoar no tema através de cursos de pós-graduação, como especialização, mestrado e MBA.

Como já dito, esse aprendizado capacita profissionais a posições de liderança, lembrando que é do gestor que se espera a condução das ações com base em uma estratégia de governança corporativa.

São tópicos inseparáveis desse tipo de qualificação:

  • Como aplicar a governança corporativa?
  • Quais são as melhores práticas e estruturas?
  • Como implantar os processos?
  • Quais conceitos da gestão corporativa no mundo atual?
  • Qual é o impacto para as empresas?

Se você quiser aprofundar mais os conceitos e as ferramentas para a melhoria do processo decisório nas organizações, tornando-se um expert em governança corporativa, pode optar por um curso de pós-graduação ou MBA.

E a FIA (Fundação Instituto de Administração) tem a opção certa para você.

Conheça nosso MBA de Gestão de Riscos de Fraudes e Compliance, uma excelente opção para a sua qualificação profissional.

O que faz um analista de governança corporativa?

Também conhecido como analista de compliance, o especialista em governança corporativa é o profissional responsável por zelar pelas boas práticas em GV dentro das empresas.

Sendo um setor com ligação estreita com o ramo jurídico, é natural que haja muitos advogados atuando como analistas de GV.

No entanto, já existem cursos de pós-graduação destinados a profissionais de todas as áreas para formação de especialistas.

Basicamente, um analista de compliance cuida das práticas de negócio, garantindo que elas estejam em conformidade com os marcos legais e normativos do setor.

Além disso, ele trabalha no sentido de mitigar os riscos que uma organização possa vir a correr, tanto por falhas internas quanto pelas ameaças que vêm de fora.

Os melhores livros sobre governança corporativa

Embora não haja cursos de graduação em GV, a literatura sobre o tema é vasta, permitindo assim desenvolver uma visão crítica antes de ingressar nesse mercado.

Destacamos as principais obras a seguir:

  • Governança Corporativa: Fundamentos, Desenvolvimento e Tendências (José Rossetti e Adriana Andrade)
  • Governança Corporativa – O Poder de Transformação das Empresas (Roberto Gonzalez)
  • Compliance e Governança Corporativa (Marcella Blok)
  • Boardroom Excellence: A Common Sense Perspective on Corporate Governance (Paul Brountas)
  • Governança Corporativa – Guia do Conselheiro para Empresas, Familiares ou Fechadas (Paulo Valente)

Governança corporativa: dúvidas frequentes

Sendo um assunto tão ricamente debatido, o que não faltam são questões levantadas por profissionais, leigos e estudantes sobre as práticas em GV.

Fomos buscar as mais frequentes delas nos principais fóruns sobre governança na web para ajudar você a se aprofundar no tema.

Confira!

Qual o stakeholder prioritário para a governança corporativa?

Na maioria das empresas que adotam a GC, os principais stakeholders são os acionistas, o conselho de administração e a gerência.

Níveis de governança corporativa na B3: como funcionam?

A Bolsa de Valores brasileira, a B3, divide as empresas de capital aberto listadas conforme 5 níveis de governança corporativa:

  • Bovespa Mais
  • Bovespa Mais Nível 2
  • Nível 1
  • Nível 2
  • Novo Mercado

Governança corporativa e excelência empresarial: qual a relação?

A relação entre GV e excelência empresarial encontra-se no respeito aos princípios corporativos que, por sua vez, pautam as estratégias e decisões nas empresas.

Dessa forma, organizações que zelam pelas boas práticas de governança são, necessariamente, mais confiáveis, estáveis e estruturadas em seus processos.

Conclusão

No Brasil, são todos documentos destaques da Governança Corporativa, EXCETO
Conclusão

Você viu neste artigo que a governança corporativa está entre os mais importantes desafios da gestão moderna nas empresas.

A busca de um valor sustentável, no longo prazo, de acordo com os requisitos éticos e legais, é o que se espera de qualquer que seja a organização.

E as dificuldades crescem à medida que os negócios se tornam cada vez mais complexos.

É preciso conciliar os interesses de todos os envolvidos nesse processo: tanto os que afetam quanto os que são afetados pela conduta organizacional.

Com foco no desempenho sustentável e sólido, a boa governança corporativa garante um ambiente empresarial justo e transparente.

Como dito no início deste texto, a ideia é a de um time que entre na competição movido pelo fair play.

E que o jogo seja cada vez mais produtivo, gere resultados e conduza a empresa para o sucesso esperado, em benefício da sociedade.

Para se preparar melhor para esse desafio, conte com a FIA.

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