Para a Inglaterra qual foi o significado da transferência da corte portuguesa para o Brasil

A vinda da família real para o Brasil, evento também conhecido como transferência da corte portuguesa para o Brasil, foi um acontecimento que se deu na passagem de 1807 e 1808 e foi consequência da invasão de Portugal por tropas francesas durante o período napoleônico. Para evitar de ser capturado pelas tropas de Napoleão, d. João (futuro d. João VI) ordenou a mudança da corte para o Brasil.

Esse acontecimento transformou o Rio de Janeiro na capital do Reino de Portugal e trouxe transformações profundas para o Brasil, tanto no aspecto econômico, quanto no social e no político. As transformações e a acomodação dos Bragança no Brasil contribuíram para que a independência do Brasil fosse antecipada.

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Contexto histórico da vinda da família real para o Brasil

A vinda da família real para o Brasil está relacionada com a deterioração das relações diplomáticas existentes entre a França e Portugal na virada do século XVIII para o século XIX. Essa situação tem relação com os acontecimentos que foram ocasionados pela eclosão da Revolução Francesa, a partir de 1789.

Nesse acontecimento, uma revolução de caráter liberal e iluminista eclodiu na França e voltou-se contra a monarquia absolutista do país. A existência dessa revolução na França era um risco para as monarquias absolutistas de toda a Europa e, por isso, coalizões foram formadas com o objetivo de derrubar os revolucionários e restaurar o absolutismo.

O cenário revolucionário estendeu-se na França por dez anos e, em meio às lutas em defesa do país, um nome surgiu: Napoleão Bonaparte. O general sobressaiu-se na liderança de tropas francesas e por meio de um golpe militar – Golpe de 18 de Brumário – ele assumiu o poder da França.

Para a Inglaterra qual foi o significado da transferência da corte portuguesa para o Brasil
Os atritos entre Portugal e França por conta da aliança com a Inglaterra fez com que o imperador francês enviasse tropas pra invadir Portugal em 1807.

Com a ascensão de Napoleão ao poder francês, a relação entre franceses e ingleses piorou. A existência de um regime que ameaçava a existência das monarquias absolutistas por si só contribuiu por reforçar a aliança existente entre portugueses e ingleses. Durante o período revolucionário, os portugueses haviam assinado um acordo de proteção militar com os ingleses.

A ascensão de Napoleão agravou esse quadro, porque o governante francês possuía planos de expansão da França pela Europa, e o maior adversário dos franceses era exatamente o maior aliado dos portugueses: os ingleses. A guerra entre franceses e ingleses no período napoleônico foi iniciada em 1803, após alguns anos de armistício.

O conflito entre ingleses e franceses afetava a política interna de Portugal, uma vez que o regente, d. João, precisava lidar com as pressões dos grupos pró-França e pró-Inglaterra. Ainda assim, ele procurou manter uma postura neutra, embora nem sempre tenha sido possível. Em 1801, os portugueses entraram em uma guerra contra a Espanha por conta dessa rivalidade entre ingleses e franceses. Essa guerra ficou conhecida como Guerra das Laranjas.

Os espanhóis, aliados dos franceses, exigiram, por meio de seu embaixador, que os portugueses colocassem fim na aliança que existia com a Inglaterra e fechassem seus portos aos ingleses. Como Portugal negou-se, os espanhóis declaram guerra a Portugal. A guerra estendeu-se por 18 dias e fez com que a cidade de Olivença fosse tomada pelos espanhóis.

Um tratado foi assinado ainda em 1801 – Tratado de Badajoz – e colocou fim na guerra sob termos duros para Portugal. O principal deles era que os portugueses comprometiam-se a fechar os portos de todas as suas possessões para as embarcações inglesas.

Por que a família real portuguesa mudou-se para o Brasil?

Como mencionado, essa decisão tem relação direta com a disputa travada entre ingleses e franceses. A guerra entre ingleses e franceses retomou em 1803 e com a derrota na Batalha de Trafalgar, em 1805, a França mostrou-se incapaz de invadir o território britânico. Assim, Napoleão decidiu adotar outra estratégia e adotou o Bloqueio Continental, a partir de 1806.

O Bloqueio Continental consistia em uma medida imposta pelos franceses que proibia todas as nações europeias de comercializar com os ingleses. Com esse decreto, o regente de Portugal já começou a cogitar a possibilidade de se mudar para o Brasil. Os portugueses tinham boas relações e aliança com os ingleses havia muito tempo e não estavam dispostos a abrir mão disso.

Desde 1801, os portugueses tinham o compromisso assumido no Tratado de Badajoz, mas nunca o haviam cumprido. Mesmo com a imposição do Bloqueio Continental, a postura dos portugueses foi a mesma. Como não mostravam disposição a acatar as decisões dos franceses, Napoleão deu um ultimato aos portugueses.

Napoleão determinou até setembro de 1807 para que os portugueses adotassem uma série de medidas contra a Inglaterra, entre as quais estavam o fechamento dos portos para embarcações inglesas, a prisão de ingleses e os confiscos de seus bens. Os portugueses tentaram contornar a situação por meio de negociatas diplomáticas e mostraram-se dispostos a aceitar fechar seus portos, mas não queriam aprisionar cidadãos ingleses.

Os franceses, no entanto, exigiam que os seus termos fossem aceitos integralmente. Já os ingleses, por sua vez, enviaram uma mensagem aos portugueses que se eles aceitassem os termos franceses, sobretudo na questão da prisão de cidadãos ingleses, guerra entre Inglaterra e Portugal seria declarada.

Em meados de outubro de 1807, Napoleão cansou-se de esperar pelos portugueses e autorizou o envio de tropas para invadir Portugal. Nesse momento, os portugueses já possuíam um acerto com os ingleses que, se necessário, a família real seria escoltada por embarcações inglesas para fugir dos franceses e os ingleses garantiam reconhecer a Casa de Bragança como a legítima governante de Portugal.

No final de novembro, d. João recebeu um exemplar de um jornal parisiense no qual Napoleão Bonaparte afirmava que a Casa de Bragança não mais governaria na Europa. O regente português, então, percebeu não haver saída e decidiu autorizar a transferência da corte ao Brasil. Em 24 de novembro, ele anunciou sua decisão e informou que as tropas francesas chegariam a Lisboa em até quatro dias. Assim, foram iniciados os preparativos da mudança.

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Transferência da corte portuguesa

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A invasão francesa fez com que d. João, regente de Portugal, ordenasse a transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1807.[1]

O embarque de toda a corte portuguesa foi realizada nos dias 25, 26 e 27 de novembro de 1807. Pela dimensão do que estava sendo feito, naturalmente tudo foi realizado em meio à grande desorganização. O embarque ficou marcado pela correria e algumas pessoas entraram em pânico pelo temor das tropas francesas que se aproximavam.

Dom João não estava simplesmente embarcando os seus pertences. Ele estava embarcando todo o aparato de poder existente em Portugal, o que incluía as pessoas que trabalhavam nas instituições portuguesas, bem como os seus mobiliários e todos os bens de valor de Portugal. Todos os preparativos foram realizados e, no dia 27 de novembro, a família real já estava embarcada.

O clima não permitiu que os navios zarpassem no dia 28, o que aconteceu na manhã do dia 29 de novembro. Estima-se que entre 10 mil a 15 mil pessoas tenham embarcado na mudança para o Brasil. Era muita gente, não havia espaço suficiente para todos, além de não haver comida e água em quantidades suficientes, sendo necessário racionar ambos.

A comitiva portuguesa chegou ao Brasil no dia 22 de janeiro de 1808, desembarcando em Salvador. Após permanecer alguns dias em Salvador, a família real portuguesa partiu para o Rio de Janeiro, desembarcando lá em 8 de março de 1808. Ainda em Salvador, o regente tomou a primeira medida importante que marcou o Período Joanino: a abertura dos portos do Brasil para as nações amigas. Isso foi o início de um período de transformações significativas para o Brasil.

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[1] StockPhotosArt / Shutterstock

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“Não corram tanto, vão pensar que estamos fugindo!”. Esta frase foi atribuída à Carlota Joaquina que, nos idos de novembro de 1807, zarpou do porto de Lisboa para as terras tropicais brasileiras. Era a primeira vez que toda uma corte real europeia migrava “de mala e cuia”, como diz o ditado popular, para uma colônia americana.

Os planos haviam sido traçados pelo seu esposo, Dom João VI, em parceria com os diplomatas britânicos. A meta era escapar do avanço das tropas napoleônicas e, ao mesmo tempo, garantir as trocas comerciais com a potência rival, a Inglaterra. E então, vamos voltar a 1808 para conhecer os motivos da transferência da Corte portuguesa para o Brasil?

AVANTE, FILHOS DA PÁTRIA!

Para compreender melhor as causas da transferência da Corte Portuguesa para o Brasil, talvez seja interessante retomar aqui um pouquinho de História Geral. Ao longo do século XVIII, a Europa passava por intensas transformações sociais, políticas e econômicas. Era o período do chamado “Iluminismo”, uma força ideológica que defendia o fim do absolutismo e a criação de regimes políticos que fossem representativos da vontade popular.

Nomes como os dos ingleses Thomas Hobbes e John Locke já haviam defendido a individualidade e a sociedade civil como fundamentos de um novo contrato social.

A propriedade privada e a liberdade de expressão se tornavam as novas causas políticas a serem defendidas. E, dessa maneira, seguiu-se a Revolução Americana que, em 1776, garantiu a independência das Treze Colônias e fundou um novo país, os Estados Unidos da América. Em 1789, seria a vez da Europa ser varrida pelos ventos liberais da Revolução Americana.

Agora, os nomes também seriam franceses: Montesquieu teorizava sobre a divisão dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) como forma de combate à tirania. Diante das rivalidades políticas e religiosas que assombravam o continente, Voltaire defendia a tolerância como um valor político universal e fundamental para o convívio numa sociedade entre iguais.

Lembre-se: tolerar implica em reconhecer diferenças e aprender a conviver com elas. A tolerância, assim, nos ensina que o fundamental é, antes de tudo, compreender, sendo a concordância um próximo passo em direção a uma política social mais justa.

E esses mesmos ventos liberais também promoveram rebeliões na colônia brasileira no mesmo período: você deve se lembrar que o final do século XVIII brasileiro foi marcado pelas Conjurações Mineira e Baiana, em 1789 e 1798, respectivamente.

“Conjuração” significa, ao mesmo tempo, “jurar juntos” e “conspirar”. Dessa maneira, como afirma o historiador Boris Fausto, esses nomes já nos indicam como setores letrados da sociedade colonial brasileira tinham acesso a livros, jornais e panfletos europeus e norte-americanos que pregavam a liberdade individual e a autonomia política.

Para a Inglaterra qual foi o significado da transferência da corte portuguesa para o Brasil
Dom João VI Reprodução/Reprodução

Ao lutar contra os altos impostos cobrados pela Coroa Portuguesa, os conjurados mineiros clamavam pela independência das Minas Gerais e demonstravam a fragilidade do pacto colonial lusitano. Assim como os baianos, que convocaram setores populares – como os pequenos comerciantes – para lutar não somente pela libertação do Brasil, mas também pela abolição da escravidão.

Em suma, os ventos liberais que derrubavam regimes absolutistas também colocavam em xeque o domínio português sobre o Brasil. E diante do avanço das tropas napoleônicas no continente europeu, Dom João VI tinha que fazer alguma coisa para se manter no poder. Nem que fosse mobilizar cerca de quinze mil pessoas e transferir a corte inteira para o Brasil.

ATRAVÉS DO ATLÂNTICO

Nascido na Córsega, Napoleão Bonaparte ascendeu ao poder durante os acontecimentos da Revolução Francesa. Em 1799, ele assumiu o poder e se autoproclamou Primeiro Cônsul da França. E, já em 1804, proclamou-se Imperador dos Franceses.

Apesar de concentrar os poderes políticos, ele avançou em termos sociais e econômicos ao adotar uma série de reformas liberais, como o ensino público, o ensino técnico e a convocação dos homens cidadãos como soldados da pátria. Todos esses valores políticos baseados em liberdade e propriedade individuais estavam sintetizados no Código Napoleônico, sancionado em março de 1804.

Dessa maneira, ele se tornaria o que mais tarde foi chamado de “déspota esclarecido”, ou seja, um governo que é autoritário em termos políticos, mas que em termos sociais e econômicos permite a consolidação dos valores liberais, na época de transição do século XVIII para o XIX.

Vale reforçar que o conceito “déspota esclarecido” é datado, isto é, ele é adequado para que reconheçamos os avanços e impasses somente deste momento histórico em particular, ok?

As campanhas militares napoleônicas inauguraram uma nova era militar, pois os seus “cidadão-soldados” substituíram os antigos mercenários que só lutavam por dinheiro. Então, o nacionalismo passou a ser um novo combustível decisivo para manter as engrenagens de suas batalhas funcionando.

O grande desafio: vencer a Inglaterra que, apesar de ser uma ilha e não poder contar com uma artilharia (indivíduos soldados armados), tinha uma forte esquadra marinha.

Depois de conquistar todo o Leste Europeu com êxito, Napoleão impôs o Bloqueio Continental em 1806, reafirmando as ameaças militares a qualquer território que promovesse negócios com a Inglaterra. Estrangulada a economia britânica, só faltava a Napoleão conquistar a Península Ibérica. Porém, ele não contava que se escondia um astuto negociante em Dom João VI, por trás da aparente fleuma – isto é, preguiça ou indolência.

A corte lusitana já havia se aproximado dos diplomatas britânicos e, de acordo com o pesquisador Laurentino Gomes, o acordo era o seguinte: Dom João VI prometeria rendição aos franceses. Mas, na surdina, a escolta da Família Real lusitana já estava garantida.

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Dessa maneira, a Corte Portuguesa teria melhores condições de governar a colônia e evitar novas insurreições populares. Ao mesmo tempo, a Inglaterra também teria a sua recompensa: acabar com o comércio exclusivo dos portugueses e abrir os portos brasileiros às companhias mercantis inglesas.

Após cerca de noventa dias de viagem e uma parada na antiga capital Salvador, a Corte lusitana desembarcava no Rio de Janeiro em março de 1808 sob as salvas de tiros de canhão.

FUGA OU PRESENÇA REAL?

Bem, feita toda essa introdução para se compreender melhor os antecedentes da vinda da Família Real, agora podemos seguir com seus desdobramentos históricos. Em primeiro lugar, é preciso destacar que essa “vinda” da Corte Portuguesa recebe muitos nomes hoje em dia.

Afinal, toda a Corte foi “transferida”: agregados, funcionários, livros, roupas, bens pessoais… Ora, em três anos vieram para o Brasil quase quinze mil pessoas! Todas elas foram motivadas pela transferência da Corte.

Além disso, todo o processo burocrático e administrativo dos territórios lusitanos passou a ser feito daqui do Brasil, direto do Rio de Janeiro. Portanto, a Corte também foi “transplantada”, certo? Tanto que houve uma nova nomeação oficial a partir de dezembro de 1815: Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Ou seja, de colônia passamos a ter o status de “reino unido”!

Portanto, perceba o que enfatizamos aqui: nos últimos anos, pesquisadores, historiadores e jornalistas têm se dedicado ao estudo do século XIX brasileiro em busca de novas interpretações sobre o processo que criou as condições para a nossa independência.

Nomes como Lilia Schwarcz, Laurentino Gomes e Paulo Rezzutti são, por exemplo, referências dessas novas nomeações que a presença da Família Real passou a ter em nosso país a partir do começo do século XIX.

Tenha sido ela uma “fuga”, uma “vinda”, uma “transferência” ou mesmo o “transplante” de toda uma estrutura administrativa, o fato é que a mudança da Família Real para o Brasil provocou o fim do sistema colonial e criou as condições para que o nosso país pudesse viabilizar a sua independência. Afinal, houve uma série de novidades, tais como:

  • a criação de um Banco do Brasil;
  • a emissão de papel moeda e a criação de um circuito de créditos financeiros;
  • a criação de uma Academia Real de Belas Artes inspirada nos moldes franceses;
  • a permissão para o desenvolvimento de uma imprensa escrita (em toda a nossa história colonial, a fabricação e circulação de livros eram proibidas!);
  • e, enfim, a entrada e circulação de muitos novos produtos ingleses que dinamizaram a nossa economia.

Antes de encerramos o nosso artigo, vale reforçar que essa prática de dar diferentes nomes e conceituações sobre o mesmo evento se chama “debate historiográfico”. Dito de outra forma, os historiadores podem ter diferentes objetos e metodologias em seus estudos.

Dessa maneira, ler cartas pessoais pode resultar numa escrita histórica diferente daqueles que leem somente documentos oficiais ou mesmo daqueles que optam por interpretar os impactos socioeconômicos dos eventos em questão.

Historiografia, portanto, é uma espécie de “história do estudo da história”, é a maneira como nos referimos às diferentes maneiras como a História foi e pode ser escrita.

E vale reforçar: atualmente, pesquisadores de outras áreas como arquitetos, jornalistas e antropólogos se dedicam ao estudo da história de nosso país com resultados bem interessantes – tais como os nomes que citamos acima.

A MONARQUIA HOJE

Para finalizar, é preciso compreender a independência do Brasil como um resultado da presença da Família Real em solo brasileiro. Ao longo de treze anos de exílio – em 1821, Dom João VI optou por retornar a Portugal em busca da pacificação social da metrópole – o país criou as condições sociais, políticas e econômicas que garantiram um processo de independência sem grandes abalos sociais.

Em outras palavras, os eventos que moldaram o ano de 1822 garantiram mais permanências do que rupturas históricas, veja: o Brasil adotou a Monarquia como forma de governo e criou condições para a permanência de uma economia baseada no latifúndio monocultor escravista e destinado à exportação.

Ou seja, apesar da ruptura política com Portugal, o Brasil do século XIX passou, em grande parte, indiferente a todos os avanços sociais e políticos promovidos por aqueles ventos liberais que varreram a Europa do século XVIII…

Dessa maneira, seguimos o século XIX sendo a única Monarquia de todo o continente americano. Está certo, o México e o Haiti também viveram momentos monárquicos no século XIX… Porém, ambos não se comparam à estabilidade política e econômica dos 67 anos de nossa Monarquia. Tanto é assim que a pesquisadora Lilia Schwarcz costuma dizer que, no século XIX, o Brasil foi “uma ilha monárquica cercada de repúblicas por todos os lados”.

E para se ter uma ideia da atualidade do espírito monárquico entre nós, é preciso lembrar do plebiscito realizado em 1993 – logo cinco anos após a chamada “Constituição Cidadã” e mais de cem anos após a Proclamação da República.

O plebiscito registrou que cerca de 10% dos 67 milhões de eleitores apoiava o retorno da Monarquia como forma de governo. Hoje em dia, pesquisas apontam que um em cada dez brasileiros apoiariam o retorno da Monarquia como forma de governo. E então, você já sabe como se posicionar?

Este artigo foi publicado originalmente no Portal Politize. 

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