O que é bom para labirintite

Labirintite é o nome popular que se dá a todos os transtornos do labirinto, uma estrutura interna do ouvido composta pela cóclea (imprescindível para a nossa audição), pelo vestíbulo e pelos canais semicirculares (que têm papel na manutenção do nosso equilíbrio). Problemas na região podem afetar a capacidade de ouvir e, principalmente, geram tontura e quedas.

Apesar do termo “labirintite” ser comumente utilizado, do ponto de vista científico ele é pouco preciso. Ora, problemas que terminam em “ite” sugerem uma inflamação — e nem tudo o que compromete o labirinto envolve grandes processos inflamatórios.

De acordo com o otorrinolaringologista Paulo Roberto Lazarini, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a forma mais correta de nomear a condição que causa crises de tontura seria labirintopatia ou distúrbio vestibular periférico. “Mas, como são termos mais complexos, a gente acaba usando ‘labirintite’ no dia a dia”, esclarece.

O que causa labirintite e quais são os fatores de risco?

“Perguntar isso é como questionar o que causa a dor de cabeça. A lista é enorme”, brinca Lazzarini.

Inflamações no interior do ouvido, que podem ser disparadas por inúmeras razões, estão entre as principais causas. Infecções virais, tumores, estresse e doenças circulatórias são outras. Até diabetes e hipertensão, por afetarem vasos sanguíneos e mais estruturas da região, às vezes disparam o quadro.

Os fatores de risco em geral estão relacionados aos agentes causadores da labirintite:

• Sedentarismo • Idade avançada • Consumo de bebidas alcoólicas e cigarro • Ansiedade

• Infecções no ouvido

“Indivíduos que fazem atividade física e ingerem alimentos saudáveis certamente têm menor probabilidade de desenvolver distúrbios no labirinto”, pontua Lazarini. Isso porque, com a saúde em ordem, o risco de inflamações por ali cai significativamente.

Diante de uma crise de labirintite, consulte um médico.

Sintomas de labirintite

O mais comum é a tontura mesmo. “Dependendo do motivo, ela vem acompanhada da sensação de ouvido tampado, zumbido e perda auditiva. Nos quadros mais agudos, o indivíduo sofre com náuseas e vômitos”, informa Lazzarini.

As crises de labirintite podem durar minutos ou se arrastar por horas. Há inclusive episódios que seguem por dias antes de desaparecerem completamente.

Diagnóstico de labirintite

O especialista que normalmente detecta e trata a condição é o otorrinolaringologista, embora o clínico geral possa identificá-la.

Antes de confirmar o diagnóstico e as causas por trás dele, é necessária uma avaliação detalhada. “Começamos colhendo dados gerais, como pressão arterial, frequência cardíaca e toda a parte clínica”, afirma Lazzarini.

Depois, são realizadas análises do ouvido para verificar se há sinal de infecção ou inflamação. O estado da audição também é testado. “Então, fazemos testes específicos de equilíbrio. Tudo isso no consultório”, informa o profissional.

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Além disso, há a possibilidade de recorrer a um método mais específico: o exame otoneurológico. “Observamos o labirinto em situações de movimento. Ou seja, enquanto o paciente fica em uma cadeira giratória ou acompanha com os olhos um pêndulo balançando, por exemplo”, relata Lazzarini.

Em determinados casos, o doutor também lança mão de tomografia e ressonância magnética. Mas para que tudo isso? Ora, as tonturas podem ser sintoma de diferentes enfermidades — e é preciso descartá-las antes de confirmar um caso de labirintite.

Labirintite tem cura? Como funciona o tratamento

Muitas vezes, ela pode ser curada. Para isso, é importante ter o diagnóstico certo, controlar eventuais fatores de risco e remediá-la adequadamente.

Em geral, o tratamento envolve remédios para crise de labirintite que reduzem a estimulação do labirinto, diminuem a tontura e amenizam o enjoo. “Às vezes, é preciso internar o paciente e medicá-lo pela veia, deixando-os algumas horas em observação no pronto-socorro”, conta Lazarini.

Em quadros mais leves, drogas orais são indicadas. E, claro, a pessoa deve estar sempre acompanhada para não levar tombos.

Também há a possibilidade de recorrer a exercícios de reabilitação do labirinto. Comumente, essa tática já resolve a situação e dispensa o uso de fármacos.

Situações específicas podem exigir uma cirurgia no ouvido interno. Pessoas com tumores na região, que alteram a função do labirinto, estão entre as que se beneficiam da estratégia.

Além disso, é fundamental tratar doenças crônicas que disparam as crises de tontura. Isso vale para diabetes e hipertensão, por exemplo.

Apesar de haver cura, os possíveis estragos da labirintopatia na audição não somem na maioria das vezes. Ou seja, a doença vai embora, porém a capacidade de ouvir fica prejudicada — principalmente se o tratamento demorar para começar.

“A chance de regeneração das células auditivas é mínima. Nesses casos, os indivíduos usam aparelhos para conseguir ouvir”, avisa o expert.

Quais são as complicações

As quedas ocasionadas pela tontura, principalmente na velhice, são um dos grandes temores. Isso porque, conforme os ossos perdem rigidez com a idade, um tombo pode culminar em fraturas sérias.

Ao sinal de tontura constante, não deixe de buscar ajuda médica.

Como prevenir a labirintite

Para evitar a labirintite, é necessário investir em um estilo de vida saudável. Pratique atividade física regularmente, alimente-se bem, fique longe do cigarro e maneire no álcool.

As pessoas que já foram diagnosticadas com labirintite ainda devem aderir a medidas adicionais para fugir das crises. “Em geral, elas precisam evitar café, chá preto, chocolate, bebidas alcoólicas e refrigerantes do tipo cola. Tudo isso estimula o labirinto e agrava o problema”, finaliza Lazarini.

O que é bom para labirintite

Labirintite se manifesta geralmente depois dos 40 anos, decorrente de alterações metabólicas. São fatores de risco hipoglicemia, diabetes, hipertensão, otites, uso de álcool, fumo, café e de certos medicamentos.

Labirintite é um termo impróprio, mas comumente usado, para designar um problema que pode comprometer tanto o equilíbrio quanto a audição, porque afeta o labirinto, estrutura da orelha interna constituída pela cóclea (responsável pela audição) e pelo vestíbulo e canais semicirculares (responsáveis pelo equilíbrio).

Processos inflamatórios, infecciosos e tumorais, doenças neurológicas, compressões e alterações genéticas podem provocar crises de labirintopatias e vestibulopatias, entre elas a labirintite.

A labirintite se manifesta, em geral, depois dos 40 ou 50 anos, decorrente de alterações metabólicas e vestibulares. Níveis aumentados de colesterol, triglicérides e ácido úrico podem acarretar alterações dentro das artérias que reduzem a quantidade de sangue circulando em áreas do cérebro e do labirinto.

Fatores de risco da labirintite

  • Idade;
  • Hipoglicemia;
  • Diabetes;
  • Hipertensão;
  • Otites;
  • Álcool;
  • Fumo;
  • Café;
  • Certos medicamentos, entre eles alguns antibióticos e anti-inflamatórios;
  • Estresse;
  • Ansiedade.

Sintomas de labirintite

O principal sintoma são as tonturas e vertigens. Na vertigem rotatória clássica, a sensação é que o ambiente gira ao redor do corpo, ou que este roda em relação ao ambiente. Na tontura, a sensação é de desequilíbrio, instabilidade, de pisar no vazio, de queda.

A fase aguda da doença pode durar de minutos, horas ou até dias.

A vertigem pode ser associada ou não a:

  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Sudorese;
  • Alterações gastrointestinais;
  • Perda de audição ou audição diminuída;
  • Zumbido.

Diagnóstico de labirintite

Avaliação clínica e o exame otoneurológico completo são muito importantes para estabelecer o diagnóstico da labirintite, especialmente o diagnóstico diferencial, haja vista que algumas enfermidades podem provocar sintomas bastante parecidos, entre elas hipoglicemia, diabetes, hipertensão, reumatismos, síndrome de Mèniére, esclerose múltipla, tumores no nervo auditivo, no cerebelo e em áreas do tronco cerebral, drogas ototóxicas, doenças imunológicas e a cinetose, também chamada de doença do movimento, que não tem ligação com as doenças vestibulares ou do labirinto.

Tomografia computadorizada e ressonância magnética, assim como testes labirínticos, podem ser úteis para fins diagnósticos.

Tratamento da labirintite

São vários os tipos de medicamentos que podem ser indicados no tratamento da labirintite:

  • Vasodilatadores facilitam a circulação sanguínea e melhoram o calibre dos vasos, muitas vezes reduzido por placas de gordura (ateromas);
  • Labirinto-supressores suprimem a tontura agindo no sistema nervoso;
  • Anticonvulsivantes e antidepressivos (inibidores seletivos de recaptação da serotonina);
  • Drogas que atuam sobre outros sintomas, suprimindo a náusea, o vômito e o mal-estar.

Uma vez estabelecida a causa e estabelecido o tratamento adequado, a tendência é a doença desaparecer.

Recomendações para prevenir crises de labirintite

Mudanças no estilo de vida são fundamentais para prevenir as crises de labirintite. Eis algumas sugestões:

  • Evite ingerir álcool. Se beber, faça-o com muita moderação;
  • Não fume;
  • Controle os níveis de colesterol, triglicérides e a glicemia;
  • Opte por uma dieta saudável que ajude a manter o peso adequado e equilibrado;
  • Não deixe grandes intervalos entre uma refeição e outra;
  • Pratique atividade física;
  • Ingira bastante líquido;
  • Não consuma bebidas gaseificadas que contêm quinino (como água tônica);
  • Procure administrar, da melhor forma possível, as crises de ansiedade e o estresse;
  • Importante: Não dirija durante as crises ou sob o efeito de remédios para tratamento da labirintite.

Perguntas frequentes sobre labirintite

O que é labirinto?

O labirinto é uma região da orelha interna que está relacionada com nossa audição, equilíbrio e percepção do corpo. A parte específica que envolve o equilíbrio é chamado sistema vestibular.

Quanto tempo dura uma crise de labirintite?

Em geral, a fase aguda pode durar minutos ou horas, mas os sintomas podem permanecer até por dias.

Tontura sempre é sinal de labirintite?

Não. A tontura é um dos sinais clássicos da labirintite, mas também é um sintoma comum de diversas doenças. Portanto, se você tem tontura com frequência, o ideal é buscar atendimento médico para investigar a causa exata.

Que especialidade médica trata a labirintite?

O tratamento da labirintite pode ser feito por um clínico geral, mas em casos mais graves há necessidade de acompanhamento com otorrinolaringologista, que é a especialidade voltada a doenças do ouvido, nariz e garganta.