A Terra sofre alterações climáticas que modificam drasticamente a vida da humanidade. Com o norte se resfriando cada vez mais e passando por uma nova era glacial, milhões de sobreviventes rumam para o sul. Porém o paleoclimatologista Jack Hall (Dennis Quaid) segue o caminho inverso e parte para Nova York, já que acredita que seu filho Sam (Jake Gyllenhaal) ainda está vivo. Neste trecho a personagem Jack Hall, Professor Palioclimatologista, explica, na Conferência das Nações Unidas, em Nova Deli, que o aquecimento global está derretendo as calotas polares, interrompendo o fluxo de calor nos hemisférios, o que poderá ocasionar o resfriamento do planeta. O trecho permite trabalhar os efeitos do aquecimento global para a sobrevivência das espécies, os fatores que contribuem para este aquecimento, as substâncias que provocam poluição ambiental, alterações climáticas. O Dia Depois de Amanhã (The Day After Tomorrow), Ficção científica, EUA, 2004, 124 min, COR, Direção: Roland Emmerich Palavras-chave: Kyoto, calotas polares, poluição, combustíveis fósseis, aquecimento global, concentração de gases, temperaturas baixas, meio ambiente.
Os filmes de Roland Emmerich são bem característicos: há algum tipo de conflito desesperado e o planeta está quase sempre em perigo. O diretor, de certo modo, popularizou um gênero construído em torno de catástrofe que reflete o medo sobre a mudança climática. Apesar disso, Emmerich detesta seu apelido de “mestre do desastre”. “Eu não gosto disso”, diz ele. “Mas você sabe como as pessoas gostam de colocar as pessoas em uma gaveta. Eles adoram rótulos.” Em um de seus filmes de desastre, o “O Dia Depois de Amanhã (The Day After Tomorrow)”, de 2003, centra-se em uma supertempestade que passa pelo mundo todo. Emmerich insiste que há um “pegada de advertência” no coração desses filmes e concorda que os criadores de conteúdos similares precisam intensificar suas ações para lidar com as ameaças representadas por um planeta em aquecimento. “Quando eu fiz ‘O Dia Depois de Amanhã’, um ou dois dos estúdios que queriam o filme disseram: ‘Você não pode explodir uma bomba atômica ou quebrar uma barragem, [de modo que] tudo fica inundado, e tudo seja destruído?'” continua ele. “No momento em que saímos, eu disse ao meu produtor: ‘Sim, eles não. Eles não entendem o que estou fazendo aqui.'” Twentieth Century Fox, que na época era dirigido por Tom Rothman e Jim Gianopulos, ganhou os direitos do filme. Emmerich diz que apesar de suas tentativas, o filme acabou sendo retratado como uma supertempestade. “Quando finalmente viram o filme, tiveram um pequeno problema com ele”, lembra. “Eles disseram: ‘Oh, meu Deus, não há final feliz real.’ Estava lá nas páginas do roteiro, mas eles apenas perceberam quando viram o produto pronto. Eu disse: ‘Pessoal, eu não posso fazer disso um final feliz, porque se a humanidade continuar assim, não haverá final feliz.'” O diretor quer fazer outro filme sobre condições meteorológicas extremas, mas seria um filme que retrataria um olhar brutalmente honesto sobre como a vida será se a erosão litoral, a migração em massa, a escassez de alimento e a manifestação da doenças continuarem sem que tomemos nenhuma medida contra. “Estou lentamente começando a ver um possível filme que lida com isso”, diz Emmerich. “O quão diferente seria o mundo se 200 milhões, 300 milhões de pessoas se tornassem refugiados porque não podem mais viver de suas terras? O Brexit é o resultado disso. O nacionalismo é um resultado disso. Esta poderia ser a maior crise da história: não apenas diversas pessoas irão morrer; guerras serão criadas. A vida vai mudar.” O que faz de O Dia Depois de Amanhã um filme-catástrofe diferente de produções recentes do gênero é que este congelamento da Terra (ou de parte dela) é uma possibilidade, enquanto invasões alienígenas e impactos de meteoros são mais improváveis - e não dependem do comportamento humano, ao contrário do aquecimento global. A diferença é que, segundo os cientistas, o desenrolar desta eventual tragédia levaria anos e não semanas. O filme tem um discurso moralista às vezes, e os políticos norte-americanos, personificados no insensível vice-presidente, são os vilões da vez, como o são na vida real ao se recusarem a assinar o Protocolo de Kyoto. Agenda política à parte, os efeitos especiais são o trunfo do filme. Cenas como a devastação de Los Angeles e a inundação de Manhattan impressionam por seu realismo, e mostram que o diretor Roland Emmerich pode ser considerado um especialista no gênero. The Day After Tomorrow (pt/br: O Dia Depois de Amanhã[2][3]) é um filme estadunidense de 2004, do gênero ação, aventura e ficção científica pós-apocalíptico, dirigido por Roland Emmerich e estrelado por Dennis Quaid, Jake Gyllenhaal, Emmy Rossum e Ian Holm. Retrata os efeitos catastróficos do aquecimento global e do esfriamento global. O filme foi realizado na sua maioria em Montreal, e é o mais caro da história de Hollywood filmado no Canadá.[4] Pôster promocional Estados Unidos 2004 • cor • 124 min Direção Roland Emmerich Produção Roland Emmerich Mark Gordon Kelly Van Horn Coprodução Thomas M. Hammel Produção executiva Ute Emmerich Stephanie Germain Roteiro Roland Emmerich Jeffrey Nachmanoff Baseado em The Coming Global Superstorm, de Art Bell e Whitley Strieber Elenco Dennis Quaid Jake Gyllenhaal Emmy Rossum Dash Mihok Sela Ward Ian Holm Sasha Roiz Austin Nichols Tamlyn Tomita Arjay Smith Jay O. Sanders Adrian Lester Glenn Plummer Perry King Kenneth Welsh Nestor Serrano Gênero ação aventura ficção científica Música Harald Kloser Thomas Wanker Cinematografia Ueli Steiger Direção de fotografia Ueli Steiger Direção de arte Martin Gendron Michele Laliberte Claude Paré (supervisor de direção de arte) Réal Proulx Tom Reta Gerald Sullivan Edição David Brenner Companhia(s) produtora(s) Centropolis Entertainment Distribuição 20th Century Fox Estreia 27 de Maio de 2004 28 de Maio de 2004 28 de Maio de 2004 Idioma inglês Orçamento US$ 125 milhões Receita US$ 544 272 402[1]
Jack Hall (Dennis Quaid) é um climatologista em uma expedição na Antártida com os colegas, Frank (Jay O. Sanders) e Jason (Dash Mihok). Eles fazem a perfuração de amostras de gelo para o NOAA quando a calota de gelo se rompe e Jack quase cai para a morte. Mais tarde, em Nova Deli, Jack apresenta as suas conclusões sobre o aquecimento global numa conferência da ONU, mas não convence os diplomatas e irrita, especialmente, o vice-presidente dos Estados Unidos, Raymond Becker (Kenneth Welsh). Entretanto, o professor Terry Rapson (Ian Holm) do Hedland Research Centre, na Escócia, acredita nas teorias de Jack. Várias boias no Atlântico Norte, começam a mostrar ao mesmo tempo uma queda acentuada na temperatura do oceano, e Rapson conclui que o derretimento do gelo polar interrompeu a corrente do Atlântico Norte. Ele contacta Jack, cujo modelo climatológico mostra como as mudanças climáticas causadas na primeira Idade do Gelo podem acontecer de novo. Jack pensou que os acontecimentos levariam centenas ou milhares de anos para acontecer, mas sua equipe, juntamente com o meteorologista da NASA, Janet Tokada (Tamlyn Tomita) montam um modelo de previsão com os dados combinados e verificam que esse prazo é bem menor. Em todo o mundo, o clima violento provoca destruição em massa, incluindo uma enorme tempestade de neve em Nova Deli, uma tempestade de granizo do tamanho de bolas de golfe em Tóquio, e uma série de tornados devastadores em Los Angeles. O presidente Blake (Perry King), autoriza a FAA para suspender todo o tráfego aéreo devido à turbulência severa. Na Estação Espacial Internacional (ISS), três astronautas assistem a um sistema enorme de tempestades no hemisfério norte, atrasando seu retorno a Terra. Enquanto isso, o filho de Jack, Sam (Jake Gyllenhaal) está em Nova York para uma competição acadêmica com seus amigos Brian e Laura (Arjay Smith e Emmy Rossum), onde fazem amizade com um estudante chamado JD (Austin Nichols). Na deslocação para a competição enfrentam várias situações: no voo, passam por uma grave turbulência (Sam agarra a mão de Laura no susto), as aves que migram para sul, de repente, enchem o céu em toda Nova York e o tempo torna-se cada vez mais violento, com ventos intensos e chuvas (fazendo com que o tráfego congestionado nas ruas de Manhattan pare). Sam chama seu pai, que promete estar a caminho, mas o metrô e estação Grand Central Terminal estão fechadas devido às enchentes. Enquanto a tempestade se agrava, um enorme tsunami atinge Manhattan, provocando grandes inundações e matando milhares de pessoas. No meio do caos, Sam e seus amigos fogem da parede de água se abrigando na New York Public Library, mas não antes de Laura ficar ferida no pára-choques de um táxi submerso na enchente. Enquanto os sobreviventes no norte dos Estados Unidos são forçados a ficar dentro de casa devido ao frio, as ordens do presidente são de evacuação dos estados do sul, fazendo com que quase todos os refugiados vão para o México. Jack e sua equipe partem para Manhattan para encontrar seu filho. Seu caminhão bate contra uma árvore na Filadélfia logo depois e o grupo continua a pé. Durante a viagem, Frank cai pelo telhado de vidro de um shopping center coberto de neve. Jason e Jack tentam puxar para cima Frank mas o vidro continua a rachar-se debaixo deles, o que leva Frank a sacrificar-se cortando a corda e caindo vários metros no chão. Raymond Becker também fica sabendo que a caravana do presidente foi pega em uma das super tempestades, tornando-o o novo presidente. Na biblioteca, os refugiados decidem sair na neve procurando fugir da tempestade, mas Sam avisa a todos para ficarem. Entretanto, poucos o escutam. O pequeno grupo que permanece queima livros para se manterem vivos e quebram a máquina de venda automática de alimentos. Laura sofre de uma septicemia, devido à sua perna cortada, infectada pelas águas contaminadas que inundaram as ruas, agora congeladas. Então, Sam, Brian e JD vão em busca de penicilina num navio de carga russo vazio encalhado em Nova York, sendo atacados por lobos famintos que escaparam dum abrigo do Central Park. O olho da super tempestade começa a passar sobre a cidade e, de imediato, tudo congela de cima para baixo. Os três conseguem voltar para a biblioteca com os alimentos, medicamentos e suprimentos que conseguiram pegar. Durante o congelamento, Jack e Jason abrigam-se num restaurante abandonado Wendy's, e em seguida, retomam a sua viagem. Tempo depois, os astronautas da ISS confirmam a dissipação das tempestades, com Jack e Jason chegando finalmente em Nova York. Eles perdem as esperanças quando encontram a biblioteca enterrada na neve, mas encontram o grupo de Sam vivo. Eles são resgatados por helicópteros Black Hawk. O Presidente Becker ordena buscas e equipes de resgate para procurar outros sobreviventes, tendo sido dada a esperança de sobrevivência do grupo de Sam. O filme termina com os astronautas, olhando para a Terra a partir da Estação Espacial, mostrando a maior parte do hemisfério norte, coberto de gelo e neve, e uma redução significativa da poluição.
O filme custou 125 milhões de dólares para ser produzido. Na primeira semana de exibição arrecadou 68 743 584 de dólares (com o feriado Memorial Day o lucro foi ainda maior: 85 807 341 de dólares), ficando na segunda posição atrás de Shrek 2. Na segunda semana arrecadou mais 27 869 665 de dólares (mesmo caindo 59,5%). O total de arrecadação na América do Norte foi de 186 740 799 de dólares e no resto do mundo 357 531 603 de dólares, para um total de 544 272 402 de dólares (a sexta bilheteria do ano, a maior bilheteria da carreira de Dennis Quaid e o maior filme já feito sobre catástrofes naturais). LançamentoThe Day After Tomorrow estreou na Cidade do México no dia 17 de maio de 2004, mas também foi exibido aos participantes do programa Big Brother Austrália, que não foi classificada para a estreia do filme. Foi lançado mundialmente a partir de 26 a 28 de maio com excecção da Coreia do Sul e Japão, onde foi lançado nos dias 4 e 5 de junho, respectivamente. O filme foi originalmente planejado para ser lançado no ano de 2003. CríticaThe Day After Tomorrow gerou críticas mistas dos críticos, que elogiaram os seus efeitos visuais, mas criticaram o roteiro e suas imprecisões científicas. O Rotten Tomatoes avaliou-o com uma classificação de 45%. O consenso geral do site afirma que: "Um filme pipoca ridículo preenchido com diálogos desajeitados, mas os visuais espetaculares salvá-lo-ão de ser um desastre total."[5] Roger Ebert, do Chicago Sun-Times, elogiou efeitos especiais, dando-lhe três estrelas em quatro. O ativista ambiental e colunista George Monbiot, do The Guardian, chamou-o de "um grande filme e ciência ruim."[6] Com base de 38 avaliações profissionais, alcançou uma pontuação de 47% no Metacritic.[7] BAFTA 2005 (Reino Unido)
MTV Movie Awards 2005 (EUA)
Prêmio Saturno 2005 (Academia de Filmes de Ficção Científica, Fantasia e Terror, EUA)
O Wikiquote possui citações de ou sobre: O Dia depois de Amanhã
|