Atividades sobre danças populares brasileiras 3 ano

As danças folclóricas nacionais são expressões populares de um determinado povo. No Brasil, são danças que nasceram aqui, influenciadas principalmente pelos africanos, indígenas e europeus. O nosso país é muito imenso, desse modo, as danças existentes também são inúmeras. Infelizmente, devido ao avanço da globalização e do fácil acesso ao consumo, muitas culturas vão minorando, pois novos costumes vão sendo inseridos na sociedade.

Atividades sobre danças populares brasileiras 3 ano

Cada estado do Brasil possui suas danças folclóricas típicas incorporadas aos seus festejos e outras são mantidas por grupos folclóricos que conservam viva a tradição. Agora, vamos conhecer duas danças folclóricas brasileiras. 

É uma dança típica do Nordeste brasileiro, é muito praticada nas cidades de Olinda e Recife durante o carnaval. O frevo é uma dança frenética, de ritmo acelerado. É dançada de forma individual e todos podem participar num delírio envolvente, motivado por um ritmo alegre. Os passos são diversos, acrobáticos e complexos. Os instrumentos musicais mais utilizados são o trompete, o trombone, o saxofone e a tuba. Os dançarinos vestem roupas coloridas e usam sombrinhas, realizando passos rápidos e habilidosos. 

A ciranda é uma dança originária das regiões da Paraíba e Pernambuco. São canções populares e tradicionais que fazem parte da sabedoria de um povo e se caracteriza pela formação de uma grande roda, onde os integrantes dançam ao som dos zabumbas e ganzás. A ciranda é uma dança comunitária que não possui preconceito quanto a sexo, cor, idade ou condição social, assim como não há limite para o número de pessoas que podem participar.

Portanto, as danças folclóricas sempre foram importantes na cultural da humanidade e suas origens são anônimas, passadas de geração para geração durante um longo tempo.

Texto: Tudo Sala de Aula, 2021

ATIVIDADE SOBRE O QUE VOCÊ APRENDEU

1. Sobre as danças folclóricas, assinale a alternativa FALSA: 

a) São expressões populares de uma determinada nação.

b) No Brasil, as danças folclóricas tiveram influência de outras nações. 

c) As danças folclóricas seguem um estilo único nas regiões brasileiras.

d) As danças folclóricas brasileiras são inúmeras e muito diversas.

2. Segundo o texto, o que está provocando a diminuição da prática de danças folclóricas nacionais no dia a dia das pessoas?

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4. Quais são os instrumentos mais utilizados na dança do frevo?

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a) os dançarinos devem usar roupas pretas. 

b) os passos são lentos e habilidosos.

c) os dançarinos participam de forma coletiva. 

d) os passos são diversos e complexos.

6. O que são canções de ciranda?

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a) a dança é comunitária.

b) a participação é em duplas.

c) só crianças podem participar.

d) há limitação de participantes.

8. Você já participou de uma dança folclórica? Se sim, qual foi ela?

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Atividade em PDF está mais abaixo, pronta para IMPRESSÃO e GABARITO.

HABILIDADES BNCC ALCANÇADAS:

(EF35EF09) Experimentar, recriar e fruir danças populares do Brasil e do mundo e danças   de matriz indígena e africana, valorizando e respeitando os diferentes sentidos e significados dessas danças em suas culturas de origem.

(EF35EF10) Comparar e identificar os elementos constitutivos comuns e diferentes (ritmo, espaço, gestos) em danças populares do Brasil e do mundo e danças de matriz indígena e africana.

BAIXAR ESTA ATIVIDADE AQUI

1C / 2. Devido ao avanço da globalização e do fácil acesso ao consumo. / 3. É uma dança típica do Nordeste brasileiro, e também, uma dança frenética, de ritmo acelerado. / 4. O trompete, o trombone, o saxofone e a tuba. / 5D / 6. São canções populares e tradicionais que fazem parte da sabedoria de um povo e se caracteriza pela formação de uma grande roda. / 7A / 8. Resposta Pessoal. 

Plano de Aula

Descrição

Neste plano propomos levar os alunos a experiências e discussões sobre as danças da região Norte.

Habilidades BNCC:

Objeto de conhecimento

Objetivos de aprendizagem

Competências gerais

As danças brasileiras constituem uma desafiadora unidade temática, com impactos positivos nos estudantes, seja na percepção de si e do outro, seja na valorização de aspectos importantes da diversidade cultural e do contato lúdico com ritmos, expressões e movimentos corporais. Seu valor intrínseco abre possibilidades de diálogos com outras linguagens e áreas do conhecimento. Essa intersecção temática, colorida pela ação didática, pode tornar o espaço escolar vivo, diverso e em comunicação direta com o mundo para além dos seus muros.

Neste plano, vamos “viajar” até a região Norte do Brasil e conhecer o marabaixo e o carimbó.

O marabaixo, ele veio da África. Eles vinham no fundo do barco, no fundo do navio... Vinham no fundo do navio jogado no fundo do navio... Acorrentado! E desse porão do navio é que eles vinham cantando: mar acima e mar abaixo.

 Raimundo Lino Ramos, brincante do marabaixo.

Marabaixo é uma dança da região Norte do Brasil, particularmente do Amapá. Possui nítidas raízes africanas, originárias e coloniais, seja pela expressão religiosa afrodescendente e indígena (quilombola), seja pela relação direta com os cultos católicos. Essa diversidade é também um retrato das trocas culturais, econômicas e políticas que se realizaram nessa região no decorrer do tempo.  

Por sua localização geográfica, com pouca vigilância colonial, a região de Macapá era tida como ideal para a rota de fuga dos afrodescendentes escravizados, e também como território de ocupações quilombolas, livres da escravidão. Nesses estabelecimentos havia uma troca permanente com as comunidades originárias locais. Assim, em sua origem, o marabaixo constitui uma forma de expressão de resistência cultural. Sua integração com os colonizadores, no decorrer do tempo, deu-se também pelo diálogo religioso entre os cultos católicos e os de matriz africana.

Em sua natureza rítmica original, as percussões, aqui chamadas de “caixas de marabaixo”, “baque de caixa” ou “zangas”, são tocadas por músicos (“caixeiros”) que evoluem dentro da dança. Os passos são “arrastados” em contato direto com o chão. Uma das explicações tradicionais é que a dança teve seu nascimento nos navios negreiros, com os escravizados acorrentados em pequenos espaços, sendo o “passo arrastado” o único possível. As letras são narrativas sobre o cotidiano, com uma estrutura de repetição de refrões, os chamados “ladrões de marabaixo”.

O ritmo pode ser mais ou menos acelerado, dependendo da comunidade e da habilidade dos tocadores. Originalmente, os tocadores dançam. No entanto, hoje já se vê a presença de dançantes sem o “baque de caixa” próprio, como conta a tradição.

O carimbó talvez seja o estilo musical e a dança mais conhecida da região Norte do Brasil. A palavra, de origem tupinambá, significa “tambor” (curimbó). Há uma relação direta com a cultura dos povos originários da Amazônia, evidenciada pelos passos miúdos, saltitantes, feitos em roda, com imitações de animais da região, tais como o macaco e o jacaré.

A presença africana é percebida na percussão e na fluência presentes nos improvisos dos dançantes. Os instrumentos de sopro e a dança em pares e rodas revelam a presença da cultura portuguesa na dança. Tanto o ritmo quanto a dança foram sendo modificados no decorrer do tempo. Em sua versão “moderna” há grandes produções musicais de carimbó eletrificado, com aproximação com vertentes musicais contemporâneas, tais como a lambada e o tecnobrega. Por outro lado, o da tradição, há o também chamado “pau e corda”, o carimbó tradicional, mantido por grupos culturais que preservam suas origens rítmicas, instrumentais e gestuais. Tradição e contemporaneidade. Raízes e antenas...

Para conhecer um pouco mais a identidade cultural da região Norte, a sugestão é acessar a obra O povo brasileiro, de Darcy Ribeiro. Seu mapeamento cultural denomina essa região como “Brasil caboclo”. É importante conhecê-la, sobretudo para compreender melhor as relações existentes entre suas matrizes culturais: colonial, originária e afrodescendente, marcadas pela dominação política e econômica da primeira sobre as outras duas.

Lembramos aqui que essa obra foi escrita em 1995 e de lá para cá muitas mudanças ambientais, econômicas e políticas afetaram severamente a região. Sua história é marcada por sucessivos fluxos migratórios, disparados por ciclos econômicos, tais como o ciclo da borracha, no final do século XIX, e o agropecuário e de mineração, dos séculos XX e XXI. É importante que tenha isso em mente para que se evite a folclorização e a consequente perda do sentido original das danças, bem como sua possível contribuição para o fortalecimento de suas raízes culturais.

Vídeos:

Os vídeos devem servir para o seu apoio, caso não possa exibi-los aos estudantes. Caso possa assisti-los junto deles, reserve um tempo para conversar sobre as imagens observadas coletivamente.

Escute o vídeo do minuto 13’50 ao 16’05:

Use o primeiro minuto somente como áudio ou vídeo para contextualizar com os estudantes:

Sobre o Carimbó:

Bibliografia

Livros:

RIBEIRO, D. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

CANTO, F. O marabaixo através da história. Macapá: Editora PrintGraf, 2017.

Escrito pelo sociólogo, com o apoio da Prefeitura de Macapá, por meio de sua Fundação Municipal de Cultura. O autor, com doutorado na Universidade Federal do Ceará, narra o contexto e os rituais que dão vida aos aspectos tradicionais do marabaixo.

Teses acadêmicas:

SILVA, E. M. C. da. A invenção do carimbó: música popular, folclore e produção fonográfica (século XX). / Edilson Mateus Costa da Silva, Programa de Pós-Graduação em História, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: https://www.pphist.propesp.ufpa.br/ARQUIVOS/teses/2019/TESE_EDILSON%20MATEUS_INVEN%C3%87%C3%83O%20DO%20CARIMB%C3%93_2019.pdf. Acesso em: 10 jan. 2022.

Sites:

Marabaixo - IPHAN: Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1941.

Carimbó - G1: Disponível em: http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2015/12/conheca-historia-do-carimbo.html 

Para conhecer melhor o mapeamento cultural de Darcy Ribeiro, acesse a aula de Geografia sobre os “Cinco Brasis” para o 4º ano da Revista Nova Escola. Disponível em: https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/4ano/geografia/os-5-brasis/6359

  • Mapa do Brasil, de preferência, um mapeamento cultural com os cinco Brasis de Darcy Ribeiro. Disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/X95U7yUcpVfJEbV8vgb7nhbwW74HZquUXvXVmVzpjsEHP2AyTUM5sGKNKUTf/geo4-02und08-os-brasis-de-darcy-ribeiro.pdf
  • Equipamento para reproduzir música.
  • Equipamento para reproduzir vídeos, todos opcionais, para possível uso nos desdobramentos. Caso haja possibilidade, reproduzir para os estudantes.
  • Fitas coloridas, faixas, instrumentos de percussão, saias rodadas e chapéus. Esses materiais não são necessários para a primeira aula do plano e são opcionais para o seu desdobramento. No entanto, como serão solicitados, vale tê-los como “coringas” caso algum estudante não os tenha trazido para a sequência da aula em questão. A antecipação, nesse caso, merece ser considerada.
  • Flip chart com as letras das canções.
  • Folhas de papel A4 grampeadas em forma de livreto: Passaporte cultural (opcional).

Aqui trazemos algumas sugestões de materiais. De acordo com a sua realidade, utilize materiais similares, alternativos ou adaptados para a prática.  

Faça uma roda e converse sobre o que conhecem sobre a sua região de origem, particularmente suas danças. Caso julgue necessário, se perceber que os estudantes não têm esse conhecimento prévio, selecione antecipadamente algum material da sua região, tais como imagens, áudios ou vídeos de danças. Lembre-se de escolher os recursos de sensibilização de acordo com as características da sua turma, superando possíveis barreiras sensoriais.

Explicite para todos os objetivos da aprendizagem das danças brasileiras do Norte do Brasil, que culminará no produto final deste processo, pode ser uma apresentação de coreografia para a turma ou até mesmo para a comunidade escolar.

Considere as características dos passos das danças a serem estudadas, tais como os passos arrastados do marabaixo ou as referências aos animais amazônicos no carimbó. Esses recursos abrem possibilidades de movimentos, que estão além dos passos tradicionais. Conhecê-los é importante para que haja um diálogo com a cultura da região Norte, sempre lembrando que os atores principais da aula são os estudantes.

Aproxime essas referências culturais e de movimentos possíveis nas danças, de acordo com as características da sua turma, e convide-os a superar, coletivamente, possíveis barreiras sensoriais ou motoras durante a atividade.

Exponha o mapa cultural e indique a região Norte, chamada aqui de Brasil Caboclo. Convide-os para uma “viagem” até lá.  Pergunte se sabem o que são instrumentos de percussão, adereços e indumentárias das suas danças regionais. Complete as informações dos estudantes e peça para que relatem quais são. Caso necessário, desenvolva o significado desses termos. Se estiver na região Norte, peça que digam o nome de uma comida, dança, ou tipo de instrumento que conhecem.

Nos dois casos, informe que as danças do Norte do Brasil são feitas em um ambiente com muitas cores, adereços, tais como saias rodadas, chapéus, fitas e faixas coloridas, que são movimentadas pelos dançantes, que também podem tocar os instrumentos enquanto dançam. Explorar a riqueza desses elementos sonoros, proprioceptivos, visuais e motores, oferece caminhos diversos para encontrar soluções coletivas para que todos dancem, à sua maneira. Lembre-os de que não basta convidar para a festa: é necessário tirar para dançar. Esses dados prévios são importantes para a atividade a seguir.  

Numa quadra ou espaço amplo, peça que deitem com a face voltada para cima,  fechem os olhos, acalmem a respiração e imaginem que estão em um barco, em um rio tão largo como um mar de água doce. Suas margens não podem ser vistas, mas muitas aves cruzam o céu, informando a proximidade de terra. Ao longe, todos ouvem um batuque vindo de uma das margens. Utilize o áudio do marabaixo, com o volume aumentando progressivamente. Aos poucos, o barco vai se aproximando e todos desembarcam em uma das praias desse rio. Peça que visualizem as muitas saias rodadas, chapéus, fitas e tambores coloridos espalhados na areia, de muitos tipos, tamanhos e cores. Peça para que cada qual escolha, em sua imaginação, um ou mais desses adereços e instrumentos e suas características e imagine seus possíveis movimentos, ao pulso da música. O pulso é a qualidade sonora que nos faz bater palmas e pés. Informe que estes serão os seus “objetos mágicos dançantes”. São eles que dançarão e farão os outros dançarem. Nessa expedição cultural imaginária estão e estarão presentes muitos elementos sensoriais, proprioceptivos, motores, visuais e auditivos. Explore todas essas camadas de conhecimento e convide-os a fazer o mesmo.

Peça para abrir os olhos, se levantarem e fazerem um círculo, cada qual com seu objeto mágico dançante imaginário pronto para agir. Proponha que ouçam o áudio e, cada qual no seu lugar do círculo, faça movimentos espontâneos com os passos curtos e arrastados do marabaixo, sob o “poder” desse adereço mágico. Nesse momento, utilize sua percussão para marcar o pulso. Também pode sugerir os movimentos dos chapéus, das saias rodadas imaginárias, das fitas, dos giros no lugar ou em deslocamento para frente, para trás ou lateralmente, ou das mímicas das percussões, mantendo sempre o arrastado dos passos, característico do marabaixo. Mais uma vez, seja criativo e explore ao máximo a participação de todos, encontrando soluções coletivas para a superação de barreiras individuais. Incentive a prática conjunta dos elementos da dança, praticando-a de maneira solidária. Use a “mágica” presente nos objetos imaginários para ampliar os recursos sensoriais, perceptivos e motores dos estudantes.

Após a turma improvisar e explorar os movimentos espontaneamente, proponha a seguinte atividade: escolha um ou mais pegadores (a quantidade depende do tamanho e da dinâmica do grupo). Mantenha o áudio como fundo da atividade. Use ao máximo os elementos sensoriais presentes na quadra durante a atividade. Se puder, peça para um grupo fazer o ritmo percussivo, junto com o áudio, ao lado da quadra, enquanto o outro corre e dança. Isso ampliará as possibilidades de participação de todos. Comece um pega-pega com as seguintes regras: o pegador deve dizer a quem foi pego um adereço (fita colorida, saia rodada, chapéu) ou instrumento de percussão,  com o qual  ele deve fazer movimentos até ser salvo pelo “poder mágico” de outro participante, realizando o seu movimento de maneira espelhada durante uma contagem de oito tempos, no ritmo do marabaixo. Outra regra é: sempre arraste o passo… Se tal habilidade for um impedimento, peça à turma que encontre regras e procedimentos que eliminem tais barreiras e promovam a participação de todos.

Troque os pegadores e acrescente novas propostas, tais como explorar os planos de movimento espontâneo: alto, médio e baixo, de maneira improvisada, dentro do ritmo proposto.

Está na hora de voltar… Todos sentam em círculo, fecham os olhos. Cada qual traz um presente consigo, que é o seu objeto mágico dançante. Peça para que guardem esse objeto em sua memória e que, a partir do seu uso, relembrem os movimentos, os passos e as mímicas realizadas na brincadeira.

O retorno ao barco e a volta para o local de origem fazem parte do momento reflexivo e de compartilhamento vivo da aula. Todos estão no convés da embarcação e, como em um relato de viagem, cada qual diz o que sentiu durante a visualização e prática dos movimentos. As declarações espontâneas sobre as sensações corporais promovidas pelas danças, compartilhadas, enriquecem o cenário de aprendizagem. Faça algumas perguntas para a turma: O que você viu, sentiu ou ouviu durante a “viagem”? Quais diferenças você vê entre as músicas e danças da nossa região em relação às da região Norte? Sentiu dificuldade ou facilidade para criar movimentos com o ritmo dessa dança? 

Retome com os estudantes os conceitos que talvez fossem desconhecidos até aqui, tais como: adereços, indumentárias e tipos de instrumentos de percussão. Explique o seu significado e sobre a grande possibilidade de movimentações ao utilizá-los.

Revise o contexto de origem das danças com os passos desenvolvidos, tais como os passos arrastados do marabaixo ou as imitações de animais do Carimbó.

Nomeie os elementos da dança, como pulso, planos alto, médio e baixo, e contagem do tempo rítmico. Se estiver em outra região, compare por semelhanças ou diferenças os elementos das danças nas culturas de origem com os do Norte, tendo como critérios os elementos: pulso, indumentária, adereços, instrumentos e contexto cultural.

Converse com os estudantes sobre as barreiras que foram superadas pela turma, para que todos pudessem compartilhar a riqueza presente na diversidade dos elementos das danças, o que também permite amplas possibilidades de acesso e de participação.

Comente sobre as aprendizagens advindas dessa experiência, evidenciando elementos importantes das competências, como o autoconhecimento, o respeito à diversidade, a ampliação do seu repertório cultural, a aprendizagem de elementos simbólicos presentes nas danças, a aquisição e o aprimoramento de habilidades motoras entre outros. 

A criação de um Passaporte cultural ou Caderno de viagem coletivo ou individual pode ser sugerida para que sejam anotados os pontos fundamentais abordados neste plano. Recursos digitais, como Padlet ou Google Sala de Aula, podem ser usados como forma de dinamizar o registro das atividades. No entanto, simples cadernos e lápis (registro individual) ou anotações coletivas em um flip chart podem fazer o mesmo.

Nos dois casos, é importante anotar os seguintes tópicos a serem registrados: nome do estudante, objeto(s) mágico(s) escolhido(s), tipos de movimentos realizados na sua improvisação. Um espaço deve ser reservado para desenhos sobre a atividade, com ênfase nas cores e movimentos expressivos da dança. Faça uma tabela com esses dados e comente seus resultados.

Se houver a possibilidade, registre a experiência em imagens e vídeos, que poderão ser utilizados como recurso pedagógico avaliativo, para se voltar, com olhar crítico, sobre aquilo que foi aprendido como conceito, atitude e procedimento.  

A avaliação pode ser feita solicitando aos estudantes que relatem, pelos meios disponíveis, desde postagens em um Padlet, quais são os tipos de passos, gestos, indumentárias e instrumentos presentes nas danças. Nessas postagens, podem ser solicitados áudios, desenhos, textos e, até mesmo, registros em vídeo dos próprios estudantes, a partir do apoio de um adulto. Da mesma maneira, um livreto, feito a partir de folhas de papel A4, pode motivar os estudantes a responder às mesmas questões, com os registros gráficos possíveis, como desenhos e textos escritos. Em ambos os casos, as expressões sobre sensações diversas contribuem no ambiente de aprendizagem.

Peça-lhes para trocarem seus registros ou apresentá-los à turma. É importante que a possibilidade dessa apreciação seja combinada, desde o início do uso do Passaporte cultural. A exposição desses registros à comunidade escolar, seja um Padlet ou flip chart coletivo, na apresentação das danças, também pode ser uma boa motivação para sua realização durante os passos deste plano.

Barreiras

  • Deixar de observar a necessidade de adequação dos espaços físicos para as práticas;
  • Evitar discussões acerca dos preconceitos de gênero, particularmente na aprendizagem das Danças;
  • Utilizar recursos limitados para apresentação de vídeos, áudios, atividades práticas ou teóricas.

Sugestões para eliminar ou reduzir as barreiras

  • Rever o espaço físico. Cada Pessoa com Deficiência tem um espaço de ação a ser construído coletivamente, a partir de suas características e necessidades individuais. Conversar, abertamente, com os (as) estudantes, ouvi-los, pode fornecer elementos fundamentais nessa construção coletiva de um novo espaço para ser, fazer e conviver, para todos;
  • Participação inclusiva de meninos e meninas, indistintamente, em todas as atividades como pré condição para o processo;
  • Propor outra formas de comunicação: visual, auditiva, táctil e proprioceptiva, para facilitar a execução das atividades;
  • As práticas de sensibilização, visualização, ampliação e ressignificação das ações motoras podem diminuir esse distanciamento.
  • Adaptar as regras e combinados da atividade, explorando suas dimensões sensoriais táteis, olfativas, visuais, auditivas, de paladar e proprioceptivas.

O primeiro desdobramento a ser desenvolvido é a materialização do “objeto mágico dançante”. No final da aula, peça que os estudantes preparem algo semelhante ao objeto imaginado para a próxima aula. Há aqui a sugestão e a indicação claras de interdisciplinaridade com Artes Visuais (adereços e indumentárias) e Música (instrumentos de percussão). Lembre-os de que se trata de um “objeto dançante”. Deixe ao seu alcance, como reserva, algumas fitas coloridas, chapéus, faixas, tecidos, objetos percussivos para uso daqueles que não se mobilizaram, por alguma razão, para não ter o objeto em mãos, a partir da segunda aula.

Em cada aula, faça um embarque, desembarque, prática e retorno. Use o tempo inicial de cada uma das aulas para tecer considerações histórico-culturais, a partir dos conteúdos dos vídeos, sobretudo nos momentos em que há coreografias. A minutagem deste conteúdo está indicada em alguns vídeos sugeridos.

Com ou sem eles, é importante que se mostre aos estudantes os passos tradicionais do marabaixo, do carimbó, e o uso dos objetos (instrumentos, adereços e indumentária) como recurso expressivo durante as danças. Use as letras das músicas, anotadas no flip chart, como elemento motivador de improvisos e movimentos expressivos.

Em um dos embarques, apresente o áudio do carimbó. Peça que, desta vez, escolham um objeto diferente na praia. Agora, há a possibilidade de se criar uma “praia” com o material trazido pelos estudantes, compartilhados neste momento. Refaça o pega-pega e informe sobre a origem dos passos nos movimentos dos animais amazônicos. Peça que improvisem esses movimentos durante a prática.

Os passos tradicionais do Carimbó são feitos em evolução de pares. Isso pode, de acordo com a turma, ser uma barreira a ser superada por formas alternativas de participação, à escolha dos estudantes. Mostre material visual do carimbó e do marabaixo por meio de imagens e/ou vídeos. Se não houver esse recurso, mostre os passos e as possibilidades coreográficas.

Apresente ambas as danças como possibilidades de produção. A seguir, peça que façam trios, quartetos ou quintetos (ou até formações maiores, o que seria excelente) e escolham um dos ritmos (marabaixo ou carimbó) para apresentar sua coreografia. Proponha que se reúnam para combinarem uma pequena sequência de movimentos coreográficos, de preferência na formação em círculo, para que haja maior inclusão. Uma possibilidade é que combinem trocas ou compartilhamentos de objetos entre eles. Se puder, utilize dois aparelhos de reprodução de áudio, em dois espaços com produções distintas.

Retome o que foi aprendido até aqui, a partir do Passaporte cultural ou caderno de viagem, ressaltando sua importância no processo. Elogie as atitudes e condutas cooperativas e proativas demonstradas. Apoie os gestos de empatia e valorização do conhecimento demonstrados pela turma.

Para o ensino remoto, todo o material em vídeo, inclusive o documentário sobre o Brasil Caboclo, pode ser assistido, avaliado, praticado e discutido. Alguns deles têm tutoriais para aprender os passos e conhecer um pouco da cultura da região Norte do Brasil.

Para o ensino remoto é necessário dimensionar o espaço do estudante e seus recursos para realização das danças, e assim encontrar soluções conjuntas. Um áudio pode ser previamente gravado para propor ao estudante que, de olhos fechados em seu espaço remoto, realize a “viagem” geográfico-cultural-motora proposta aqui. Solicite que o estudante peça para algum adulto gravar um vídeo com os passos aprendidos. Como o estudante está no remoto, deve ter esse recurso em mãos.

Da mesma maneira que no presencial, questões importantes podem ser feitas aos estudantes do remoto, tais como: Que movimentos você realizou em cada uma das danças? Quais sensações você teve durante a prática? Outras possíveis questões são: Executou novos movimentos? Quais? Descobriu novas maneiras de dançar? Descobriu diferenças entre as danças da nossa região e as da região Norte? (Esta questão é para estudantes de outras regiões, assim como na Sistematização feita com os participantes do presencial).

Inicie a aula explicando o que vai ser desenvolvido nela, ou seja, aprendizagem das danças brasileiras do Norte do Brasil, que culminará no produto final deste processo, pode ser uma apresentação de coreografia para a turma ou até mesmo para a comunidade escolar. Inicie perguntando se eles conhecem as danças tradicionais da sua localidade, se eles sabem quais são os ritmos locais. Se estas danças representam alguma manifestação religiosa, alguma comemoração ou homenagem, algum folclore local etc. Dialogue com eles, informando que assim como a localidade de cada um tem suas características, mais especificamente de dança, a região Norte também tem. Pergunte-lhes o que sabem sobre a região Norte do Brasil. Proceda como na Conversa inicial da atividade, ou seja, apresente o mapa cultural, aponte qual é a região Norte do Brasil, pergunte se eles conhecem alguma dança e ou instrumento musical tocado em alguma festa popular dessa região. Solicite aos estudantes que expliquem o que são instrumentos de percussão, adereços e indumentária. Selecione áudios, imagens e vídeos para acrescentar os conhecimentos sobre as danças da região Norte para os estudantes e identifiquem juntos  as indumentárias, os instrumentos e adereços.

Peça aos estudantes para fazer pesquisas sobre as danças da região Norte, como ponto de partida, sugira como suporte à pesquisa os vídeos relativos à dança carimbó e marabaixo:

Divida a sala em dois grandes grupos, um grupo ficará com a dança marabaixo e outro grupo com o carimbó. Solicite para cada integrante do grupo que realize dois passos da dança preestabelecida. Esses passos podem ser demonstrados individualmente num primeiro momento, quando ocorrer a aula presencial. Formem duplas (da mesma dança) e façam uma pequena coreografia unindo os passos dos dois integrantes, e, posteriormente, faça o mesmo procedimento juntando com a outra dupla, e assim por diante, até unir todos os membros do grupo, que criarão uma grande coreografia. Depois desta coreografia pronta, os grupos apresentarão o resultado final entre si. Recomende que esta coreografia deve explorar os planos alto, médio e baixo, e utilizar palmas ou criar instrumentos similares aos originais para marcar o ritmo da apresentação. Enfatize que as danças do Norte do Brasil são feitas em um ambiente com muitas cores, adereços, como saias rodadas, chapéus, fitas e faixas coloridas, que são movimentados pelos dançantes e que eles podem utilizar a criatividade para explorar estas características.

Atividades sobre danças populares brasileiras 3 ano

Este plano de atividade foi elaborado pelo time de autores NOVA ESCOLA.

Autor: Patricio Casco

Coautor: Laércio de Moura Jorge

Mentor: Ricardo Yoshio

Especialista da área: Luis Henrique Martins Vasquinho