A média dos percentuais de aumento e de redução do pib de 2012 a 2022 é positiva ou negativa

Após desabar em 2020, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil fechou 2021 em alta de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões, informou nesta sexta-feira (4) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este foi o melhor resultado desde 2010, quando a economia havia crescido 7,5%. Analistas dizem que o bom desempenho ocorre porque a comparação é com 2020, ano de forte queda por causa da pandemia de covid-19. Por isso, recomendam cautela sobre o que esperar da economia. A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) emitiu nota em que prevê dificuldades para 2022 e estima crescimento zero do PIB (veja no fim deste texto).

O avanço de 4,6% no ano passado representa uma recuperação das perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia da covid-19. O mercado financeiro já esperava por um crescimento de 4,5%, passada a fase mais intensa da pandemia.

No quarto trimestre do ano passado, o PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, cresceu 0,5% na comparação com o terceiro trimestre. Com isso, o país saiu da chamada recessão técnica, verificada quando há dois trimestres consecutivos de recuo do PIB. No segundo trimestre de 2021, a economia havia apresentado queda de 0,3% e, no terceiro trimestre, retração de 0,1%.

Conforme o IBGE, o PIB cresceu 1,6% no último trimestre de 2021, em relação ao quarto trimestre de 2020. Este foi o quarto resultado positivo consecutivo, após quatro taxas negativas nesta comparação.

Resultado ocorre após forte queda em 2020

O avanço do PIB no ano passado reflete em grande parte a retomada da economia após o recuo de 2020, quando a covid-19 afetou a atividade nos diferentes setores. Em suas projeções oficiais, o governo já esperava por um crescimento acima dos 4% no ano passado, após a fase mais crítica da pandemia.

O Banco Central projetava alta de 4,4% do PIB em 2021. Mais otimista, o Ministério da Economia trabalhava com um percentual de 5,1%.

Apesar de estar 0,5% acima do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, o PIB continua 2,8% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.

Já o PIB per capita (por habitante) alcançou R$ 40.688 no ano passado, um avanço de 3,9% em relação ao ano anterior (-4,6%).

Alta nos serviços e na indústria

De acordo com o IBGE, o crescimento da economia foi puxado pelas altas nos serviços (4,7%) e na indústria (4,5%), que juntos representam 90% do PIB do país. Por outro lado, a agropecuária recuou 0,2% em 2021, por causa da estiagem prolongada e de geadas.

Todas as atividades que compõem os serviços cresceram em 2021, com destaque para transporte, armazenagem e correio (11,4%). O transporte de passageiros subiu bastante, principalmente, no fim do ano, com o retorno das pessoas às viagens. A atividade de informação e comunicação (12,3%) também avançou puxada por internet e desenvolvimento de sistemas. Essa atividade já vinha crescendo antes da pandemia, mas com o isolamento social e todas as mudanças provocadas pela pandemia, esse processo se intensificou, fazendo a atividade crescer ainda mais Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE

Altos e baixos

O PIB representa o desempenho da economia de um país durante determinado período. Medido pelo IBGE, ele é divulgado a cada três meses.

Nos últimos anos, em função de sucessivas crises, o PIB brasileiro vem apresentando altos e baixos. A crise econômica iniciada no fim do governo de Dilma Rousseff e, posteriormente, os efeitos da pandemia influenciaram os resultados mais recentes.

Veja o desempenho do PIB brasileiro nos últimos anos:

  • 2010: +7,5%
  • 2011: +4%
  • 2012: +1,9%
  • 2013: +3%
  • 2014: +0,5%
  • 2015: -3,5%
  • 2016: -3,3%
  • 2017: +1,3%
  • 2018: +1,8%
  • 2019: +1,2%
  • 2020: -3,9%
  • 2021: +4,6%

Projeções para 2022

Apesar do crescimento consistente em 2021, economistas vinham alertando que boa parte do resultado é justificada pela forte baixa em 2020, no auge da pandemia. Naquele ano, o avanço da covid-19 levou ao isolamento social em várias regiões do país, prejudicando a atividade econômica.

Com a vacinação, a economia voltou a se aquecer, em especial no setor de serviços, um dos mais atingidos na pandemia.

Apesar disso, existe entre os economistas do mercado financeiro a visão de que o governo ainda não equilibrou as contas públicas, o que afeta a recuperação. Mais recentemente, a guerra entre Rússia e Ucrânia surgiu como um fator que pode prejudicar o crescimento global —incluindo o do Brasil, que é grande importador de fertilizantes russos.

Neste cenário, antes mesmo da divulgação do IBGE, os economistas do mercado financeiro já projetavam crescimento muito menor do PIB em 2022, de apenas 0,3%. O percentual consta no Boletim Focus do Banco Central, que traz uma compilação das estimativas de instituições do mercado.

O Banco Central, por sua vez, vinha projetando crescimento de 1% em 2022. O Ministério da Economia trabalhava com um percentual de 2,1%.

Fiesp prevê crescimento zero do PIB em 2022

A Fiesp disse em nota divulgada à imprensa que "o aumento do PIB em grande medida reflete a base fraca de comparação, uma vez que em 2020 o PIB caiu 3,9%. Vale destacar o desempenho positivo da indústria, que avançou 4,5%. Para 2022, a previsão é de grandes desafios para a economia brasileira".

A entidade paulista afirma que "além das restrições relativas à oferta e à pressão de custos, a demanda doméstica deverá ser fortemente afetada pela deterioração das condições macroeconômicas, em que o forte aperto monetário terá grande peso".

"O conflito na Ucrânia, a depender da sua intensidade e duração, adiciona maior incerteza e riscos para o cenário econômico doméstico. Com isso, a expectativa da Fiesp é de estabilidade (zero) para o PIB deste ano", afirma a nota.

Por Marco A. F. H. Cavalcanti, Francisco E. de Luna A. Santos, Estêvão Kopschitz X. Bastos, Maria Andréia P. Lameiras e Leonardo Mello de Carvalho

Após o avanço de 1% registrado pelo produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2022 em relação ao período imediatamente anterior, a maioria dos setores produtivos apresentou desempenho positivo também em abril e maio. O avanço dos indicadores de atividade está em linha com a evolução positiva do mercado de trabalho, cujos dados mais recentes mostram que o ritmo de recuperação se intensificou ao longo dos últimos três meses. Esse conjunto de indicadores sugere boas perspectivas para o PIB no segundo trimestre: nossa projeção é de crescimento de 0,6%, em termos dessazonalizados, em relação ao trimestre anterior.

Para o segundo semestre do ano, espera-se alguma desaceleração da atividade econômica, em função de fatores externos e internos. Diante disso, a economia deve fechar 2022 com crescimento de 1,8% do PIB.

Em termos desagregados, esperamos que o crescimento do PIB em 2022 seja liderado pelo setor de serviços, cuja previsão de crescimento é de 2,8%, ao passo que os setores da agropecuária e indústria devem mostrar relativa estabilidade. Pelo lado da demanda, mantemos a avaliação de que a absorção doméstica será determinante neste ano, com crescimento do consumo das famílias de 1,6%. Em relação aos investimentos, após a queda de 3,5% observada no primeiro trimestre, prevemos recuperação parcial no segundo trimestre e relativa estabilidade no resto do ano, de modo que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) deve fechar o ano de 2022 com queda de 2,8%.

Para 2023, nosso cenário é de crescimento de 1,3% no ano, baseado em duas hipóteses principais: i) com o fim da guerra na Ucrânia, a atenuação dos problemas pelo lado da oferta reduzirá grande parte da pressão inflacionária no exterior, possibilitando que a política monetária possa cumprir seu papel de reduzir gradualmente a inflação sem a necessidade de uma queda mais profunda dos níveis de atividade; e ii) ao iniciar-se 2023, parcela importante do impacto adverso do aperto monetário doméstico sobre a atividade econômica já terá ocorrido.

No que se refere à inflação, apesar da atual taxa ainda elevada e da perspectiva de que pontos de pressão inflacionária, como petróleo, bens industriais e serviços, ainda se mostrem resilientes à queda, o cenário inflacionário projetado para os próximos meses vem se tornando mais favorável. Além da expectativa de uma acomodação no preço das commodities agrícolas e da estimativa de melhora na projeção da safra brasileira em 2022, a implementação da Lei Complementar no 194/2022 deve contribuir para uma alta menos acentuada dos preços administrados este ano. Neste contexto, que combina uma alta maior para os preços livres e uma significativa desaceleração dos preços administrados, nossa estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2022 foi levemente revista para cima, passando de 6,5%, conforme divulgado na edição anterior da visão geral da Carta de Conjuntura, para 6,6%. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a previsão foi mantida em 6,3%. Para 2023, a alta de ambos os índices é projetada em 4,7%.

A média dos percentuais de aumento e de redução do pib de 2012 a 2022 é positiva ou negativa

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Por Leonardo Mello de Carvalho

Após o avanço de 1% registrado pelo PIB na comparação entre o primeiro trimestre de 2022 e o período imediatamente anterior, a maioria dos segmentos produtivos seguiu apresentando desempenho positivo nos dois meses seguintes. Contribuíram para esse resultado, entre outros fatores, algumas medidas implementadas pelo governo com impacto positivo na demanda – em particular, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o programa Auxílio Brasil, a antecipação do 13o do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a liberação de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o auxílio-gás, a continuidade do processo de normalização da mobilidade urbana diante do arrefecimento da crise sanitária e a melhora observada nos indicadores de mercado de trabalho. Corroborando este cenário, os níveis de confiança dos empresários seguem aumentando de maneira generalizada entre os setores. O Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV), indicador mensal que resume a atividade econômica brasileira, voltou a crescer em abril, com altas de 0,3% na margem e de 3,6% contra o mesmo período de 2021. Em relação a maio, a previsão da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea é que este indicador apresente novo avanço na margem (0,8%), influenciado pelas altas esperadas para a indústria, o comércio e os serviços no mesmo período. Com isso, melhoram as perspectivas para o resultado do PIB no segundo trimestre de 2022.

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Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno acrescida das importações – registrou uma alta de 0,9% na comparação entre abril e março na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o trimestre móvel terminado em abril avançou 0,2% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, ainda na comparação dessazonalizada, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) subiu 0,2% em abril (com queda de 0,3% no trimestre móvel), as importações de bens industriais, após crescerem 2,9% em março, avançaram 3,3% em abril, com recuo de 0,4% no trimestre móvel, conforme mostra a tabela.

Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais retrocedeu 3,7% contra abril do ano passado. Com isso, o trimestre móvel registrou uma queda de 5% em relação ao verificado no mesmo período de 2021. Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda cresceu 1,7%, enquanto a produção industrial, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou uma queda de 0,3%, como visto no gráfico. Na mesma base de comparação, as importações de bens industriais cresceram 18,7%.

A média dos percentuais de aumento e de redução do pib de 2012 a 2022 é positiva ou negativa

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Indicador IPEA de Consumo Aparente de Bens Industriais (xlsx)

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Por Pedro M. Garcia, Fabio Servo e José Ronaldo de C. Souza Jr.

Esta nota revisa a nossa previsão de crescimento do valor adicionado (VA) do setor agropecuário de 2022, que era de 1,0% (como divulgado na Nota no 28 da Carta de Conjuntura no 54) e passou para a estabilidade – crescimento nulo no ano. O principal motivo desta revisão é a piora da projeção feita pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE, da produção de soja este ano, agora com uma queda de 12,1% ante o recuo de 8,8% anteriormente divulgado. Como previsto anteriormente, a redução da produção de soja é contrabalançada pelo bom desempenho esperado para outras culturas, como milho e café, e pelas contribuições positivas de segmentos da produção animal, como bovinos e suínos.

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Por Leonardo Mello de Carvalho e Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

O PIB avançou 1% no primeiro trimestre de 2021, na comparação com o trimestre anterior, já livre de efeitos sazonais, e 1,7% na comparação interanual – de acordo com o IBGE. O resultado veio acima da nossa previsão, divulgada em março deste ano, que era de 0,5% na margem e de 0,9% na comparação interanual. Na comparação com o último trimestre de 2019, período imediatamente anterior ao início da crise causada pela pandemia de covid-19, o PIB encontra-se num patamar 1,6% superior. A trajetória dessazonalizada do PIB em 2021 foi revista pelo IBGE, sem alteração do crescimento no ano e nas outras taxas trimestrais. Houve manutenção do mesmo ritmo de crescimento médio na margem ao longo do ano (0,4%), mas com aceleração de sua trajetória nos dois últimos trimestres, com as taxas passando de -0,1% e 0,5%, para 0,1% e 0,7%, respectivamente. O resultado do primeiro trimestre deixa o carry-over de 1,5% para 2022 –, ou seja, caso permaneça estagnado nos três próximos trimestres, o PIB fecharia o ano com alta de 1,5%.

Em relação à ótica da produção, o PIB da agropecuária apresentou o pior desempenho, com quedas de 0,9% na margem e 8% na comparação interanual. O resultado, que veio em linha com a nossa projeção de -9,0% sobre o mesmo trimestre de 2021, foi explicado em grande medida pela queda de 12,2% na produção da soja, item como maior peso na lavoura. Já o setor de serviços foi o destaque positivo do primeiro trimestre, ficando acima do projetado. Embora seu desempenho tenha sido afetado negativamente no início do ano, quando as estatísticas ligadas à pandemia se deterioraram em janeiro, o setor voltou a acelerar nos dois meses seguintes, encerrando o trimestre com alta de 1% na margem e 3,7% em termos anuais (a projeção era de 0,4% e 2,6%). Por fim, o setor industrial, cujos impactos negativos associados à oferta de insumos vêm perdendo força, interrompeu uma sequencia de três quedas na comparação dessazonalizada, registrando avanço de 0,1% sobre o quarto trimestre do ano passado. Na comparação com o mesmo período de 2021, a queda de 1,5% foi menor do que nossa previsão (-2,3%).

Pela ótica da despesa, o destaque ficou por conta do consumo das famílias, cuja alta de 0,7% na margem representou a sexta variação positiva em sete trimestres. Na comparação interanual, o crescimento de 2,2% veio um pouco acima da nossa previsão, que era de 1,8%. Já o consumo do governo, que atingiu patamar 3,3% superior àquele verificado no mesmo período do ano passado, ficou praticamente estável na comparação com ajuste sazonal, com avanço de 0,1%, em linha com o previsto (3,3% e 0,2%). A FBCF, por sua vez, registrou quedas de 3,5% na margem e de 7,2% na comparação interanual. Este resultado foi explicado pelo fraco desempenho da demanda por máquinas e equipamentos, mais que compensando a contribuição positiva da construção civil. O resultado do primeiro trimestre levou a taxa de investimento a passar de 19,7% no primeiro trimestre de 2021 para 18,7% no primeiro deste ano. Por fim, as exportações líquidas registraram contribuição positiva para o resultado do primeiro trimestre, seja na comparação com ajuste sazonal, seja em termos interanuais, refletindo um crescimento da absorção doméstica abaixo do registrado pelo PIB.

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Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno acrescida das importações – registrou uma alta de 1,1% na comparação entre março e fevereiro na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o trimestre móvel terminado em março recuou 0,6% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, ainda na comparação dessazonalizada, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) subiu 0,8% em março e 0,1% no trimestre móvel, as importações de bens industriais, embora tenham crescido 2,7% em março (resultado que interrompeu quatro quedas seguidas na margem), apresentaram recuo de 5,4% no trimestre móvel, conforme mostra a tabela.

Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais retrocedeu 4,7% contra março do ano passado. Com isso, o trimestre móvel registrou uma queda de 6,6% em relação ao verificado no mesmo período de 2021. Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda cresceu 4%, enquanto a produção industrial, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do IBGE, acumulou uma alta de 1,8%, como visto no gráfico. Na mesma base de comparação, as importações de bens industriais cresceram 21,6%.

A média dos percentuais de aumento e de redução do pib de 2012 a 2022 é positiva ou negativa

A média dos percentuais de aumento e de redução do pib de 2012 a 2022 é positiva ou negativa

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Indicador IPEA de Consumo Aparente de Bens Industriais (xlsx)

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Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aponta uma alta de 0,8% na comparação entre fevereiro e janeiro, na série com ajuste sazonal. Com isso, o trimestre móvel encerrado em fevereiro registrou um crescimento de 2,8%. Nas comparações com os mesmos períodos de 2020, enquanto fevereiro apresentou uma expansão de 0,9%, o trimestre móvel caiu 2,6%. No acumulado em doze meses, os investimentos totais apresentaram um crescimento de 14,7% em fevereiro.

A média dos percentuais de aumento e de redução do pib de 2012 a 2022 é positiva ou negativa

Na comparação com ajuste sazonal, o consumo aparente de máquinas e equipamentos – que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações – apresentou um crescimento de 2,5% em fevereiro, encerrando o trimestre móvel com uma alta de 2,6%. De acordo com os seus componentes, enquanto a produção nacional de máquinas e equipamentos avançou 1,6% em fevereiro, a importação cresceu 4,9% no mesmo período. Com isso, as importações cresceram 7,1% no trimestre móvel. A produção nacional, por sua vez, encerrou o período com uma queda de 0,3%. No acumulado em doze meses, a demanda interna por máquinas e equipamentos registrou um aumento de 23%.

A média dos percentuais de aumento e de redução do pib de 2012 a 2022 é positiva ou negativa

Os investimentos em construção civil, por sua vez, também avançaram em fevereiro, na série dessazonalizada, registrando uma alta de 0,2%. Com isso, o segmento registrou um crescimento de 0,5% no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, a expansão foi de 11,9%.

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Índice IPEA mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (xlsx)

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Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno acrescida das importações – registrou uma alta de 0,4% na comparação entre fevereiro e janeiro na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o trimestre móvel terminado em fevereiro avançou 0,5% na margem. Nesta base de comparação, a demanda por bens industriais cresceu pelo terceiro período consecutivo. Entre os componentes do consumo aparente, ainda na comparação dessazonalizada, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) subiu 0,6% em fevereiro e 0,9% no trimestre móvel, as importações de bens industriais voltaram a cair, com recuos de 1,7% e 6,5%, respectivamente, conforme mostra a tabela 1.

Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais retrocedeu 7,1% contra fevereiro do ano passado. Com isso, o trimestre móvel registrou uma queda de 6,1% em relação ao verificado no mesmo período de 2021. Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda cresceu 5,7%, enquanto a produção industrial, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou uma alta de 2,8%, como visto no gráfico 1. Na mesma base de comparação, as importações de bens industriais cresceram 24,8%.

A média dos percentuais de aumento e de redução do pib de 2012 a 2022 é positiva ou negativa

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Indicador IPEA de Consumo Aparente de Bens Industriais (xlsx)

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Por José Ronaldo de C. Souza Jr. e Felipe M. Cornelio

Esta Nota atualiza as séries dos indicadores Ipea de investimento líquido e de estoque de capital até dezembro de 2021. Com os dados acumulados em doze meses dos investimentos brutos (Formação Bruta de Capital Fixo – FBCF) alcançando um crescimento de 17,2% no ano, os investimentos líquidos (excluído o valor da depreciação do estoque de capital prévio) voltaram a apresentar valores positivos. Por conseguinte, o estoque de capital voltou a crescer, atingindo uma taxa de crescimento interanual de 1,0% em dezembro de 2021 – depois de ter fechado o ano de 2020 em queda de 0,1%. O destaque de 2021 foi o crescimento generalizado dos investimentos das três categorias (construção, máquinas e equipamentos e outros). Particularmente, a categoria de máquinas e equipamentos, que vinha com inves​timentos líquidos negativos desde 2015, voltou a fechar o ano com valor positivo (acumulação líquida de capital) em 2021.

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Por José Ronaldo de C. Souza Júnior, Marco A. F. H. Cavalcanti, Leonardo Mello de Carvalho, Estêvão Kopschitz X. Bastos, Francisco E. de Luna A. Santos e Maria Andréia Parente Lameiras

Os dados melhores que o esperado no último trimestre de 2021 contribuíram para revisões positivas das previsões de crescimento feitas pelo mercado nas últimas semanas. Os indicadores de atividade econômica de janeiro, no entanto, surpreenderam negativamente, em parte devido à intensa onda de contaminação de covid-19 ocorrida no mês. Embora essa onda tenha tido um pico de casos novos bem mais alto que as ondas anteriores, as consequências humanas e econômicas e o tempo de duração foram bem menores. Passado esse choque negativo, a melhora do quadro da pandemia deve contribuir significativamente para a recuperação de atividades, como os serviços prestados às famílias e outras, com possíveis impactos positivos sobre o mercado de trabalho, que já recuperou indicadores dos níveis pré-pandemia. A surpresa negativa foi a eclosão da guerra na Ucrânia, que acabou reforçando a piora das previsões de inflação e, portanto, do cenário de política monetária no Brasil e no exterior. No entanto, a taxa de juros real ex ante de um ano do Brasil pouco se alterou desde a publicação da previsão anterior em dezembro de 2021. Tendo em vista essas e outras questões detalhadas nesta nota, mantemos nossa previsão de crescimento do PIB de 1,1% em 2022, embora com mudanças na composição desse crescimento. A principal delas, pela ótica da produção, é a redução do crescimento esperado para o setor agropecuário, de 2,8% para 1%, em função da piora das estimativas para a produção de soja, que passaram a ser de queda de 8,8%, mesmo com o aumento de 3,7% da área plantada – o que significa redução do valor bruto da produção com aumento do consumo intermediário.

Para 2023, trabalhamos com um cenário base em que assumimos que o ciclo de aperto monetário atingirá seu pico na próxima reunião do Copom, e a taxa de juros nominal permanecerá em 12,75% até o final de 2022. A partir do ano que vem, a expectativa é que a taxa de juros seja reduzida e feche o ano em torno de 9%, acompanhando o movimento de queda nas taxas de inflação, o que deve favorecer o mercado de crédito e os investimentos. Um mercado de trabalho mais aquecido será determinante para a demanda. Esperamos também que o aumento de preços de commodities seja temporário no cenário base e a taxa de câmbio fique estável, em relação ao fim de 2022, em R$ 5,20/US$. Ainda mais importante, consideramos que haverá menos incerteza por conta do fim dos efeitos da guerra na Ucrânia e de efeitos mínimos da pandemia, o que deve garantir uma evolução positiva das atividades ligadas a comércio e serviços. No que se refere à política fiscal, este cenário pressupõe a manutenção de um arcabouço de regras fiscais compatível com o compromisso com a disciplina fiscal, mantendo sob controle o risco associado à evolução das contas públicas. Diante deste cenário, nossa previsão para o crescimento do PIB em 2023 é de 1,7%.

A média dos percentuais de aumento e de redução do pib de 2012 a 2022 é positiva ou negativa

Em relação à inflação, as previsões se deterioraram no mundo todo principalmente em função dos impactos econômicos do choque causado pelo conflito militar na Ucrânia. Mesmo diante de um comportamento mais benevolente do câmbio – com valorização de 15% no ano até agora –, a manutenção da trajetória de alta das commodities no mercado internacional, aliada ao impacto da guerra sobre os preços do petróleo e aos efeitos climáticos sobre a produção doméstica de alimentos, levou a uma revisão das estimativas de inflação feitas pela Dimac/Ipea. A alta projetada para o IPCA, em 2022, avançou de 5,6% para 6,5%, enquanto a estimada para o INPC passou de 5,5% para 6,3%. Embora as estimativas de inflação para o ano tenham piorado, ainda se mantém a perspectiva de um cenário de desaceleração inflacionária, tanto para 2022 quanto para 2023. Além disso, mes-mo acima do patamar projetado inicialmente, o IPCA e o INPC devem encerrar o ano com uma variação bem abaixo da observada em 2021. De modo análogo, para 2023, as projeções de inflação feitas pela Dimac/Ipea indicam a manutenção dessa trajetória de desaceleração inflacionária, com taxas de 3,6%, tanto para o IPCA quanto para o INPC no próximo ano.

A média dos percentuais de aumento e de redução do pib de 2012 a 2022 é positiva ou negativa

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