A análise horizontal também é conhecida como análise de tendências. sua principal finalidade é:

Você já ouviu falar em Análises Vertical e Horizontal? Esses dois tipos de análises ajudam a interpretar de maneira significativa todos os valores apresentados no conjunto de demonstrações financeiras, como por exemplo, o balanço patrimonial e o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE).

As demonstrações financeiras ajudam a comparar empresas de tamanhos diferentes, do mesmo setor ou não. Para os empreendedores e investidores, essas comparações são importantes para determinar se o empreendimento em questão é ou não um investimento atraente.

As análises horizontal e vertical são bem semelhantes, com os valores relatados sendo convertidos em porcentagens. No entanto, as abordagens diferem na base usada para calcular essas porcentagens.

De qualquer forma, os dois tipos de análises também contribuem para manter o controle financeiro de um empreendimento, por isso, neste artigo, você confere mais detalhes sobre as análises vertical e horizontal, além de dicas de como realizá-las em sua empresa.

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A análise horizontal também é conhecida como análise de tendências. sua principal finalidade é:

Análises vertical e horizontal: o que são e quais são as diferenças?

As análises vertical e horizontal contribuem para a simplificação no entendimento das demonstrações financeiras, especialmente para facilitar a comparação entre empresas de tamanhos diferentes, uma vez que buscam entender a dinâmica da operação de um empreendimento.

Em um exemplo, se a empresa A possui R$ 3.000.000 em dívidas e a empresa B possui R$ 30.000.000 em dívidas, o consenso diria que a empresa A é menos arriscada que a empresa B. Mas, na verdade, não temos como saber, porque não conhecemos as posições de caixa das empresas A e B, quão lucrativas elas são, entre outros indicadores financeiros que, quando analisados, podem mostrar uma resposta diferente do que inicialmente imaginamos.

É aí que essas duas formas de análise ajudam, avaliando as demonstrações de resultados e balanços de empresas de diferentes tamanhos, para que seja possível uma comparação mais aprofundada.

Análise Vertical

A análise vertical, também chamada de “análise de tamanho comum” ou “análise de estrutura” é o processo onde é analisada a estrutura de composição de um grupo ou subgrupo de determinados elementos patrimoniais ou de resultado, calculando a participação de cada elemento em relação ao todo.

Essa metodologia converte em porcentagem todos os valores de um componente-chave das demonstrações financeiras dentro de um período determinado.

Os valores das demonstrações financeiras de tamanhos comuns são padronizados apresentando as contas do balanço patrimonial como uma porcentagem dos ativos totais e os dados das demonstrações de resultados como uma porcentagem das vendas. Como são apresentadas como índices com um denominador comum, os efeitos de diferenças de tamanho das empresas são removidos.

Análise Vertical do Balanço Patrimonial

A análise vertical de um balanço patrimonial responderá a diversas perguntas relacionadas às contas de ativos, passivos e patrimônio líquido. A fórmula da análise vertical (AV):

AV = conta (ou grupo de contas) / ativo (ou passivo total) x 100

Um exemplo desse tipo de análise pode ser a participação percentual dos estoques em relação ao ativo total ou ao grupo do circulante ou o percentual de endividamento da empresa.

Análise Vertical do DRE

Já a análise vertical da DRE responde as perguntas relacionadas à lucratividade da empresa. Com base nela é possível identificar quais gastos estão consumindo as receitas da companhia. A fórmula da análise vertical (AV) para esse caso é:

AV = conta / receita bruta (ou receita líquida) x 100

Um exemplo desse tipo de análise pode ser a margem operacional, que nada mais é do que o resultado gerado pelas atividades operacionais da companhia.

Análise Horizontal

A análise horizontal, por sua vez, foca nas tendências e mudanças nos números ao longo do tempo. Como o nome horizontal também indica, sua avaliação é feita horizontalmente, como “em uma linha do tempo”.

Essa forma de análise permite detectar padrões de crescimento, ciclicidade, entre outros, o que também facilita na hora de comparar esses fatores entre diferentes empresas.

Com a análise horizontal, fica mais fácil perceber a evolução do demonstrativo de resultados, assim como o cálculo de demonstrativo do fluxo de caixa e balanço patrimonial. A Fórmula da análise horizontal (AH) é:

AH = [(valor atual/valor no período base) – 1] x 100

Fazendo isso, é possível comparar os resultados obtidos com relação a outros períodos anteriores (se houve crescimento ou não, e qual a porcentagem dessa variação).

Como realizar as análises vertical e horizontal?

Para deixar mais fácil de entender estes dois conceitos, vamos mostrar alguns exemplos práticos.

Exemplo de análise vertical

A análise vertical do balanço, por exemplo, resultará em um balanço de tamanho comum, ou seja, num balanço patrimonial para cada ano analisado. As porcentagens em um balanço de tamanho comum permitem comparar os balanços de uma empresa pequena com os do balanço de uma empresa muito grande, por exemplo.

  • Se o estoque de uma empresa for R$ 100.000 e o total de ativos for R$ 400.000, o estoque será expresso em 25%. O resultado é definido por 100.000 dividido por 400.000.
  • O total das porcentagens dos ativos será de até 100%. Se as contas a pagar forem de R$ 88.000, elas serão atualizadas em 22% (R$ 88.000 dividido por R$ 400.000).
  • Se o patrimônio do proprietário for de R$ 240.000, será mostrado na análise vertical como 60% (R$ 240.000 dividido por R$ 400.000).

A soma do passivo e patrimônio líquido também será de 100%.

Exemplo de análise horizontal

Para ilustrar a análise horizontal, vamos supor que o período analisado seja de 5 anos. Todos os valores nos balanços e demonstrações de resultados serão expressos como uma porcentagem dos valores dentro desse período.

Os valores dos 5 anos anteriores são apresentados como 100% ou simplesmente 100. Os valores dos anos mais recentes serão divididos pelos valores do ano base (5 anos).

Por exemplo:

  • Se o valor do ano mais recente for 3 vezes maior que o ano base, o ano mais recente será apresentado como 300.
  • Se o valor do ano anterior for 2 vezes o valor do ano base, será apresentado como 200.

Ver a análise horizontal de cada item permite entender mais facilmente as tendências nas finanças daquela empresa. Será fácil detectar, por exemplo, que ao longo dos anos o custo dos produtos vendidos aumentou em um ritmo mais acelerado do que as vendas líquidas da empresa.

A partir da análise horizontal do balanço, você pode ver que o estoque e as contas a pagar estão crescendo como uma porcentagem do total de ativos, entre outros aspectos importantes para o negócio.

Lembre-se que as análises vertical e horizontal, assim como os índices financeiros fazem parte da análise das demonstrações financeiras de toda empresa.

Conclusão

As análises financeiras são úteis para determinar e prever com precisão tendências e condições futuras de uma empresa, além de servir como comparativo entre organizações diferentes.

Enquanto a análise horizontal compara itens de linha para verificar as mudanças na tendência ao longo do tempo, a análise vertical determina a proporção do item em relação a um item comum em termos percentuais.

As duas análises, no entanto, são úteis para obter uma imagem clara da saúde financeira e do desempenho da empresa.

Lembre-se que quando o assunto é gestão financeira, além de cuidado, é importante realizar tudo com conhecimento, afinal, é a boa administração da sua empresa que está em jogo.

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A análise horizontal também é conhecida como análise de tendências. sua principal finalidade é:

A análise horizontal também é conhecida como análise de tendências. sua principal finalidade é:

Existem diferentes formas de avaliar o desempenho de uma empresa, seja pela qualidade de seus produtos, pela responsabilidade social, pela força da sua marca, ou pelas demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras oferecem uma série de informações, de acordo com as regras contábeis, e sua análise é de suma importância para qualquer empresa que pretenda evoluir, independentemente do seu ramo de atuação.

Todas as demonstrações financeiras poderão ser analisadas. As mais comuns são as análises do Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício.  Para os gestores internos, a análise dessas demonstrações visa extrair informações econômicas e financeiras para a tomada de decisão, as causas que determinaram seu crescimento, a posição presente e as tendências futuras de uma empresa. Já para o analista externo, elas apresentam objetivos mais específicos, para o credor: a liquidez e capacidade de pagamento, já para o investidor: retorno do investimento e criação de valor.

Embora tenham suas limitações, as técnicas de análise de balanços são ferramentas gerenciais de grande importância. As mais difundidas e aceitas como direcionadores de tomada de decisões nas empresas, no que se refere à riqueza de informações são: análise horizontal, vertical e por meio de quocientes ou índices de liquidez.

Para que essas análises possam ser ferramentas úteis na tomada de decisões das empresas é de fundamental importância que os registros observem os Princípios de Contabilidade e que, se possível, os balanços possam estar auditados. Como a base da análise é a comparação, recomenda-se, ainda, que ela tenha como parâmetros, no mínimo, três períodos, para não propiciar interpretações equivocadas ou pouco relevantes.

Análise horizontal

A análise horizontal tem como principal finalidade evidenciar o crescimento ou a redução de itens dos Balanços e das Demonstrações do Resultado durante um determinado período, mostrando, claramente, a evolução ou não das vendas, dos lucros etc. Ela se caracteriza por alinhar as contas dos Balanços e das Demonstrações de dois ou mais períodos, tendo como base, o primeiro deles, para avaliar a evolução ou não, do patrimônio da empresa ao longo dos diversos anos analisados.

Análise vertical

Já a análise vertical, também denominada análise de estrutura, é possível conceber, ainda que superficialmente, interpretações sobre a situação da empresa tendo como base apenas um período, pois o objeto primário desta análise são as contas e/ou grupos de contas que compõem o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do período. Ela se caracteriza por atribuir a um valor de referência do Balanço ou da Demonstração de Resultado a grandeza máxima de análise, expressa normalmente pelo percentual de 100%.

No Balanço Patrimonial, o valor de referência pode ser o total do Ativo e do Passivo ou, ainda, o total dos grandes grupos de contas: no Ativo, o total do Circulante e o total do Não Circulante; no Passivo, o total do Circulante, do Não Circulante e do Patrimônio Líquido. No caso da Demonstração de Resultado, pode ser a Receita Bruta Operacional.

Essa análise revela a importância de cada conta ou grupo de contas ou item no contexto da respectiva demonstração. É possível verificar, por exemplo, se a empresa tende a aplicar seus recursos em bens do Ativo Imobilizado, no Estoque ou, ainda, se o investimento está uniformemente distribuído entre as diversas contas que compõe o Ativo.

Análise de liquidez

Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa frente a suas obrigações. As informações para cálculo destes índices são extraídas unicamente do Balanço Patrimonial, e caracteriza-se pela relação entre contas ou grupos de contas do Balanço Patrimonial. Como exemplo, o índice de liquidez corrente, que é igual ao Ativo Circulante dividido pelo Passivo Circulante. Esse quociente revela que, para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo, a empresa tem “x” reais de Ativo para pagamento.

Por fim, a aplicação destas análises deve ser considerada como um procedimento inicial de avaliação de desempenho de uma empresa, cabendo outras avaliações. O estudo da estrutura dos Ativos e Passivos, da evolução patrimonial e de resultados ao longo do tempo é considerado de grande importância para o processo de análise econômica e financeira de uma empresa.

Edição | 1802