Comparação é a ação e o efeito de comparar, ou seja, observar as diferenças e semelhanças entre dois elementos, sejam pessoas, objetos, lugares ou coisas. Show Vem do latim comparare , formado por partículas com , que significa 'reunir', e parare , que significa 'parar'. Assim, comparar significa analisar uma coisa lado a lado. Fazer uma comparação envolve estabelecer um elemento comum a partir do qual fazer o exercício, uma vez que não faz sentido comparar coisas de natureza diferente. Assim, uma comparação pode ser estabelecida a partir da observação de características físicas ou visuais. Por exemplo, comparando as diferenças e semelhanças entre duas raças diferentes de cães. Dois elementos também podem ser comparados, com base em características psicológicas ou subjetivas. Por exemplo, a comparação do temperamento de duas pessoas. Você também pode comparar a resolução de problemas ou tópicos. Por exemplo, como dois artistas resolvem representar o tema do amor ou da morte em uma obra pictórica. Comparação gramaticalAs comparações são feitas através da intermediação de idiomas. Do ponto de vista da gramática, existem diferentes graus de comparação: o positivo (exemplo: "Juan está cansado"), o comparativo ("Juan está mais cansado que Maria") e o superlativo ("Juan está cansado"). Comparação em retóricaA comparação também é uma questão de retórica, pois ajuda a enriquecer o discurso tanto em termos de conteúdo quanto em termos estéticos. Assim, existem figuras como o símile . No símile, um significado é reforçado através da comparação com um elemento similar. Os termos que e como são uma parte invariável do símile. Por exemplo: "A criança corre como uma gazela em fuga". "Seu coração está duro como uma rocha." Veja também:
Estudos comparativosNo final do século XIX, graças ao nascimento da disciplina de história cultural, os primeiros estudos comparativos começaram a ser realizados. Estes são tipos de pesquisa, estudo e análise de fenômenos culturais baseados em comparação. Assim, capturando as diferenças culturais entre o Ocidente e outras culturas, surgiram disciplinas como mitologia comparada, religião comparada e literatura comparada, cujas abordagens variaram ao longo do tempo. Você está em Morfologia > Conjunção ▼ e) Finais: introduzem uma
oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. São
elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que,
etc. Por exemplo: Toque o sinal para que todos entrem no salão. Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor. f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as
combinações quanto mais... (mais), quanto menos... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos), etc. Por exemplo: O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que e na medida que. g) Temporais: introduzem uma oração que
acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas:quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes
que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. Por exemplo: A briga começou assim que saímos da festa. h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou mais), etc. Por exemplo: O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. Por exemplo: Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. Como referenciar: "Conjunções Subordinativas (continuação)" em Só Português. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007-2022. Consultado em 17/05/2022 às 13:18. Disponível na Internet em https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf87.php Comparação é uma figura de linguagem caracterizada pela analogia explícita entre termos de um enunciado, já que conta com a presença de conjunção ou locução conjuntiva comparativa. Isso já não acontece com a metáfora, que também realiza uma analogia, porém sem a presença desse tipo de conectivo. Já as símiles híbridas consistem na combinação entre uma comparação e uma metáfora. Leia também: Eufemismo – figura de linguagem que suaviza uma informação Exemplos de comparaçãoA comparação é uma figura de linguagem em que se percebe a analogia explícita entre dois ou mais termos, pois está sempre acompanhada de uma conjunção ou locução conjuntiva comparativa. A comparação é feita entre dois ou mais elementos.Veja os exemplos a seguir: Fábio é mais velho do que Plínio. O livro é tal qual uma ponte para o infinito. Amo Pedro tanto quanto amei Micaela. Eu vivia como um indigente. Oscar Wilde experimentou o prazer do aplauso, assim como a dor do desprezo. Caminhava pelas ruas como se caminhasse em uma passarela. Elisandro ria que nem um bobo. A comparação e a metáfora são figuras de linguagem, ou de palavras, que consistem na analogia entre um ou mais termos de um enunciado. No entanto, a comparação é caracterizada pela presença de conjunção ou locução conjuntiva comparativa, o que não acontece com a metáfora, na qual a analogia é implícita. A metáfora extrapola o sentido denotativo.Assim, a comparação pode ser apontada no seguinte trecho da letra de música “Construção”, de Chico Buarque, do álbum Construção, de 1971: Amou daquela vez como se fosse a última Subiu a construção como se fosse máquina [...] Sentou pra descansar como se fosse sábado Nessa letra, a conjunção “como” é responsável por explicitar diversas comparações. Já no trecho a seguir, da letra de música “Gita”, de Paulo Coelho e Raul Seixas (1945-1989), do álbum Gita, de 1974, é possível observar uma sequência de metáforas: eu sou a luz das estrelas Eu sou o medo do fraco Eu sou o seu sacrifício E as juras de maldição Eu sou a vela que acende [...] Note que o eu lírico não utiliza nenhuma conjunção ou locução conjuntiva comparativa para se comparar a vários elementos, como ao sangue no olhar do vampiro. Portanto, nessa letra, há várias metáforas. Leia também: Hipérbole – figura de linguagem que expressa exagero proposital Símiles híbridasAs símiles híbridas é um fenômeno apontado por Vladimir Nabokov (1899-1977) ao analisar a obra, de Marcel Proust (1871-1922), Em busca do tempo perdido (1913-1927), e consiste na combinação entre uma metáfora e uma comparação. Assim, Nabokov1 dá o seguinte exemplo de comparação: A névoa era como um véu. Em seguida, um exemplo de metáfora: Havia um véu de névoa. Para, então, apontar as símiles híbridas: O véu da névoa era como um sono silencioso.2 Assim, “véu da névoa”, uma metáfora pura, é comparado, a partir da conjunção “como”, a um “sono silencioso”. Desse modo, são considerados símiles híbridas enunciados tais como: A ponte para o infinito foi como um divisor de águas em minha vida. O botão de rosa sorria como um dia de verão. O grande pássaro era tal qual a alvorada. Veja também: Paradoxo – figura de linguagem que expressa uma ideia contraditória Exercícios resolvidosQuestão 01 (Enem) Não somos tão especiais Extra, extra. Este macaco é humano. Todas as características tidas como exclusivas dos humanos são compartilhadas por outros animais, ainda que em menor grau. INTELIGÊNCIA A ideia de que somos os únicos animais racionais tem sido destruída desde os anos 40. A maioria das aves e mamíferos tem algum tipo de raciocínio. AMOR O amor, tido como o mais elevado dos sentimentos, é parecido em várias espécies, como os corvos, que também criam laços duradouros, se preocupam com o ente querido e ficam de luto depois de sua morte. CONSCIÊNCIA Chimpanzés se reconhecem no espelho. Orangotangos observam e enganam humanos distraídos. Sinais de que sabem quem são e se distinguem dos outros. Ou seja, são conscientes. CULTURA O primatologista Frans de Waal juntou vários exemplos de cetáceos e primatas que são capazes de aprender novos hábitos e de transmiti-los para as gerações seguintes. O que é cultura se não isso? BURGIERMAN, D. Superinteressante, n. 190, jul. 2003. O título do texto traz o ponto de vista do autor sobre a suposta supremacia dos humanos em relação aos outros animais. As estratégias argumentativas utilizadas para sustentar esse ponto de vista são a) definição e hierarquia. b) exemplificação e comparação. c) causa e consequência. d) finalidade e meios. e) autoridade e modelo. Resolução: Alternativa “b”. O autor do texto utiliza os seguintes exemplos: inteligência, amor, consciência e cultura. Além disso, aponta esta comparação: “O amor, [...], é parecido em várias espécies, como os corvos”. Questão 02 (AEVSF/ Facape - adaptada) No trecho “um mundo sem adjetivos é triste como um hospital no domingo” existe a seguinte figura de palavra: a) Catacrese b) Comparação c) Antonomásia d) Sinédoque e) Metáfora Resolução: Alternativa “b”. Nesse trecho, “um mundo sem adjetivos” é comparado a “um hospital no domingo”. Para isso, é usada a conjunção comparativa “como”. Questão 03 (Unimontes - adaptada) Todos os enunciados a seguir apresentam uma estrutura comparativa, EXCETO: a) “Optou por ensinar como proporcionar uma boa dieta com recursos escassos.” b) “Não é esdrúxulo como ser devorado por um jacaré.” c) “... a presença dessa coisa chamada amor como motor, tanto dela como das pessoas em quem ela inoculava o mesmo vírus.” d) “Também não é raro como cair no poço do elevador, como a atriz Anecy Rocha...” Resolução: Alternativa “a”. Todas as alternativas utilizam o termo “como”. No entanto, na alternativa “a”, ele não exerce a função de conjunção comparativa, pois está sendo usado como advérbio para indicar o modo de se fazer algo. Notas [1] Citado por Omar Alejandro Ángel Cortés. [2] Tradução, do espanhol para o português, de Warley Souza. |