Quem foi Walter Andrew Shewhart Quais foram suas principais contribuições para a evolução da qualidade?

Atualmente se fala na Qualidade 4.0 aonde se aplica as novas tecnologias, como “Blockchain” método importante para o rastreamento de processos, desde uma certificação de calibração de equipamentos, até uma análise apurada dos dados, e estruturação dos indicadores de desempenhos.

Outra tecnologia é a (IoT) A internet das coisas, medição em tempo real dos processos. Esta estruturação detalhada dos dados do “Big Data” os conjuntos de dados espelhados na rede.

Utilização de mecanismo do “Metaverso” terminologia que indica uma espécie de mundo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais.

Normalmente é um espaço coletivo e virtual compartilhando, constituindo a soma de “realidade aumentada” e “realidade virtual” e “Internet”.

Exemplos da utilização de “metaverso” no controle de qualidade: No setor automotivo é possível ter a real noção de um projeto de um carro sem que mesmo exista um protótipo físico.

Em conseguinte realizando eventuais melhorias no projeto, em menor tempo possível, apensar de ser uma tecnologia relativamente cara atualmente, pode se ganhar em escala com a conclusão de projetos em tempo menor, colocando o veículo mercado em tempo curto.

Mas para entender o presente e o futuro temos que visitar o passado, vamos voltar ao tempo, para entender os conceitos, as eras, e os gurus da qualidade. Voltando ao passado.

“Qualidade não é um ato, é um hábito” Aristóteles analisou qualidades em seu livro “Categorias” trabalho lógico que incluiu como uma das dez categorias, dentre elas Substância e Quantidade.

Para categorias de estado, como “calçado” e “armado”, também são qualidade não essências. Aristóteles observou: que a mesma substância, mantendo sua identidade, ainda é capaz de admitir qualidades contrárias.

Considerações sobre a qualidade:

  •  Técnicas: as qualidade técnicas, que são padrões específicos baseado na ciência da metrologia: responsável pelas medições, que abrange os aspectos teóricos e práticos que asseguram a precisão exigida no processo produtivo, a técnica garante a qualidade de produtos e serviços por meio da calibração de instrumentos de medição analógicos e digitais e da realização de ensaios.
  • Filosóficas: são inerentes as filosofias abordas pelas empresas como implementação do método “kaizen” que a melhoria continua, os “5s” como filosofias a serem trabalhadas pelas empresas, com controle do fluxo de informações, para que seja disseminadas apenas as informações corretas, para as possíveis correções ou melhoramentos dos processos e procedimentos adotados pela organização.
  • Espirituais: quando se aborda este termo, em primeiro momento se tem ideia de ser termo relacionado a religião, mais voltado a qualidade, está ligado ao espirito de equipe, senso de dono, muito valorizado nas empresas.

Atualmente o termo qualidade do clima organizacional tem tomando uma importância que antes não era valorizada, como incentivar o protagonismo das pessoas, para que possa colaborar com as inovações ou seja uma ruptura do atual para processos novos, sustentáveis, uma das técnicas é incrementa a espiritualidade corporativa.

É a técnica de reunião de “Brainstorming” ou em português tempestade de ideias, tem como base, princípios fundamentais, como o grande foco na qualidade, através de ausência de críticas das ideias propostas pelos colaboradores, é uma combinação de ideias visando a melhoria da empresas em todos os departamentos, o conceito desta técnica foi proposto pelo norte-americano Alex Faickeny Osborn.

Mas como termo espiritualidade está voltado ao lado religioso o que diz a Bíblia sobre ter conhecimentos e educação: “Paulo era um cara bem educado estava na melhor escola judaica do seus dias (Atos 22:3); e passou a sua educação se comunicado habitualmente com pessoas de todas as culturas (Atos 17:28; Tito 1:12)”.

  • Subjetividade muito relacionado os serviços: o valor percebido, que muitas das vezes é individual de cada cliente, toda empresa lida com reclamações com a velha máxima o “cliente sempre tem razão”, que por vezes tem sua razão, outras vezes o cliente não tem razão.

Vale salientar que as organizações são feitas de pessoas passiveis de erros, e por outras vezes é só subjetividade do valor percebido pelo cliente seja bom ou não, muitas vezes por situações e motivações de cada cliente que neste ponto é quase impossível os controles de qualidade sanar peculiaridades individuais dos clientes, exemplo quando o cliente passa por um problema familiar, seu comportamento de relacionamento com a empresa é imprevisível.

"Tive oportunidade de trabalhar em prestação de serviços de renovação, transformação de ambientes a maioria utilizando o sistema de Drywall na Europa por treze anos.

Saber lidar com a qualidade percebida pelo cliente requer um jogo de cintura muito grande, pois serviços é subjetivo, quando se trata de decoração, o projeto e execução devem seguir os padrões de qualidade, exigido no velho continente como cuidado com a limpeza o tempo todo.

A organização inclusive das ferramentas, são fatores importantes para os clientes europeus, as obras são organizadas e limpas ao termo de todos os dias de serviços e as vezes durante a jornada de trabalho dependendo do volume de material utilizado. Quando o ambiente de trabalho está limpo e organizado a percepção da qualidade do cliente europeu tende a ser muito propicia a satisfação total."

Eras da Gestão da Qualidade:

  • Era da Inspeção: os conceitos de qualidade era primitivos neste primeiro momento, foco direcionado ao produto.
  • Objetivo era inspecionar se a produção estava sendo executada de acordo com o planejado, os métodos era inspeção física (manual) do produto com instrumentos de metrologias rudimentares como as “jardas” que era medida do polegar ao nariz do Rei Henrique I na Inglaterra.

Cem por cento da produção era inspecionada, salientando que inspecionado o produto final, as matérias primas não tinha inspeção. Os níveis de retrabalho e desperdícios eram extremamente altos.

  •  Era do Controle Estatístico da Qualidade: Com evolução do controle da qualidade, deu início de pontos de verificação intermediários nas etapas internas dos processo, pois com aumento considerável da produção se tornou inviável a inspeção integral de peça por peça.

Em conseguinte por meados de 1940, começou estudos para inspeção de forma estatística, mais somente nas décadas de 1960 e 1970, os estudos se consolidaram. E apenas parte da produção era inspecionada, e foco não era mais no produto em si, mais em todo processo produtivo, esta era ajudou a entender as estabilidades nos processos.

  •  Era da Garantia da Qualidade: foi evoluído o controle estatístico, começou-se a identificar melhor o que causava os problemas nos processos e defeitos nos produtos, começou a ter uma visão mais sistêmica do processo, e todos aspectos dos processos começou a ser levando em conta.

Os fornecedores passaram integrar o sistema de qualidade nas empresas, surge nesta era o conceito “cadeia de valor”e esta era conhecida como a 3ª era da qualidade, com foco no sistema de gestão, para garantir a conformidade do produto.

  •  Era da Gestão da Qualidade Total: após a década de 80 entra em foco o elemento mais importante para empresas os clientes. Nesta conhecida como a quarta era da qualidade, a preocupação deixa de ser somente o “chão de fábrica” entre nas estratégias das empresas, com este foco atender as necessidades e expectativas dos clientes.
  • Era da Qualidade: a qualidade é um ciclo de controle infinito, na coleta e análise das informações, atualmente seguindo as normas da legislação da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil, e outros pais do mundo, saber lidar com o novo petróleo que são os dados é fundamental para tomada de decisões nas organizações de forma estratégica.

Os sistemas de informações da empresa está cada vez mais sistematizados, com avanço da indústria 4.0 a Qualidade 4.0 é uma realidade.

Mais ainda hoje as empresas atua de forma reativa no Sistema da Qualidade. Mas com utilização da IA (inteligência artificial) na análise de dados, as empresas consegue objetivo de agir preventivamente.

Gurus da Qualidade

Antes inúmeras os gurus da qualidade e seus feitos mundo a fora, no Brasil existe um grande autor e autoridade quando falamos de qualidade que é o Vicente Falconi um consultor e escritor brasileiro.

Autor do livro: Qualidade Total – Padronização de Empresas. Palavras de Falconi “Este livro decorreu de um minucioso trabalho de coleta de informações pulverizadas em literatura escassa, das aulas do Engenheiro Ichiro Miyachi na JUSE (Japão), de notas de aulas do curso de padronização do JSA (Japanese Standards Association), da discursão e do aprendizado junto algumas empresa brasileiras, além de ajuda de amigos citados”

  •  1º Guru da Qualidade: Walter Andrew Shewhart que nasceu em 1891 é americano. Durante sua vida profissional, exerceu as profissões de físico, engenheiro e estatístico entrando para história da qualidade.

Após começar a trabalhar para “Bell Telephones” criador da Carta de Controle, possibilitando a criação do método CEP (Controle Estatístico de Processos).

Utilizado hoje em dia por gestores de qualidade. Método que analisa e demostra as possíveis variações de qualidade de um produto ou serviço.

Foi primeiro a ter um visão sistêmica em que variações deve ser controlado em todo processo, não reativo no fim do processo.

Suas ideias influenciaram outros Gurus que surgiram depois como Deming, criou novas ferramentas baseado em suas descobertas.

  • 2º Guru da Qualidade foi Wiliam Edwards Deming, também americano nascido em 1900.

Exerceu as profissões de estatístico, professor universitário, autor, palestrante, e consultor, também entrou para história da qualidade, após a Segunda Guerra Mundial, quando se mudou para o Japão.

Influenciou os executivos das grandes empresas japonesas, sendo reconhecido sua contribuição para economia japonesa pós guerra.

Dentre suas descobertas, está o ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Action, em português: Planejar; Fazer; Verificar; Agir) criado com base no método CEP de Shewhart.

O ciclo PDCA é muito utilizado nas empresas até hoje, é disciplina quase que obrigatória em todos os cursos na área de negócios pelo mundo.

  • 3º Guru da Qualidade é o Joseph Moses Juran, romeno, nascido em 1904, mais radicado nos Estados Unidos, tenho concluídos seus estudos nos Estados Unidos.

Trabalhou na área da qualidade na empresa “Western Electrical Company”, aonde aplicou novas técnicas de controle estatístico, conseguido muito êxito em suas ações.

Após a segunda guerra, Juran foi convidado a trabalhar ao lado de Deming no Japão, trabalhando como consultor independente, fundou a maior instituição para gestores de qualidade no mundo.

Dentre suas descobertas a que mais destaca é a “Trilogia de Juran” que consiste na análise de três etapas: Planejamento; Controle; Aperfeiçoamento. Dividido em três etapas:

A primeira prioriza a qualidade do produto ou serviço, e formas para alcançar resultados satisfatórios.

A segunda identifica os defeitos e determina métodos para controlar os defeitos.

A terceira define ações de melhoria da qualidade dos produtos e serviços.

Está trilogia de Juran. Também é utilizando atualmente nos processos de qualidade por empresas pelo mundo.

  • 4º Guru da Qualidade: Kaoru Ishikawa, nascido no Japão em 1915. Químico e Engenheiro, trabalhou como gestor de qualidade na “Nissan Liquid Fuel Company”.

Influenciado pelas descobertas de Deming e Juran, Traduziu para o idioma japonês o controle estatístico da qualidade.

Mas depois que entrou para JUSE (União Japonesa de Cientistas e Engenheiros) criou seus próprios conceitos sobre a qualidade o famoso até hoje:

“Diagrama de Causa e Efeito e o Círculo de Qualidade”.

O segundo o Círculo de Qualidade teve ajuda dos membros da JUSE e consistia em reunir um grupo de colaboradores da mesma área da empresa para discutir formas de aperfeiçoar a qualidade dos produtos e serviços.

Já o Diagrama de Causa e Efeito, também conhecido Diagrama de Ishikawa ou Espinha de Peixe. Foi desenvolvido para que pudesse ser usado por qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento na área da qualidade.

Identifica as raízes dos problemas e sua posterior resolução. Também conhecida como 6M, estuda por todos cursos de gestão e utilizado por empresa no mundo a fora.

  • 5º Guru da Qualidade: Armand Vallin Feigenbaum, americano nascido 1922, após o doutorado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, trabalhou como gestor de qualidade na “General Electric, por trina e um anos.

Fundou com seu irmão a empresa “General Systems Company” escreveu dois livros sobre a qualidades traduzido para diversas línguas. Entrou para história da qualidade após criar o conceito de Controle de Qualidade Total.

Que prega integração de todos os setores da empresas.

Além disso criou os 9M que são nove etapas que senão forem seguidas corretamente, pode afetar a qualidade do processo são eles:

Dinheiro (Money) margens de lucro estreitas e investimentos.

Gerência (Management) qualidade do produto e assistência técnica.

Pessoas (Man) especialização e engenheira de sistemas.

Mercados (Markets) competição e velocidade de mudança.

Motivação (Motivation) educação e conscientização para a qualidade.

Materiais (Materials) diversidade e necessidade de exame complexos.

Máquinas (Machines) complexidade e dependência da qualidade dos materiais.

Métodos (Methods) melhores informações para tomada de decisão.

Montagens do produto – requisitos (Mounting Product Requirements) fatores que de ser considerados, poeira, vibração, entre outros.

  • 6º Guru da Qualidade: Philip Crosby, americano nascido em 1926, médico Crosby só começou a dedicar sua vida ao controle de qualidade após a Segunda Guerra Mundial e Guerra da Coreia.

Trabalhando como técnico de testes em diversas empresas, escreveu treze livros sobre a temática da qualidade, foram traduzido em vários idiomas, entrou para história da qualidade ao criar o conceito “Teoria do Zero Defeito”

Segundo Crosby a perfeição só poderia ser alcança através da prevenção e antecipação de defeitos.

 Ferramentas da Qualidade

Diagrama de Pareto – Ferramenta usa no controle de qualidade e outros métodos de gestão como de estoque, controle estatísticos.

O princípio de Pareto, ou regra 80/20 é uma tendência que prevê que 80% dos efeitos surgem a partir de apenas de 20% das causas, podendo ser aplicado em várias outras relações de causa e efeito.

Vilfredo Pareto (1848-1923) nasceu em Paris, França, no dia 15 de julho de 1848. Filho de um aristocrata italiano que tinha ido para exílio político na França.

Em 1867 a família volta para a Itália. Graduou-se em Matemática e Física, em 1867, e em Engenharia, em 1870, no Instituto Politécnico de Turim.

Trabalhou como Engenheiro em grandes empresas, chegando a diretor de uma companhia ferroviária italiana. Entrou para história do controle de qualidade.

Também chamada de "Curva ABC" é uma das mais usada na logística para categorização de estoque.

Pareto percebeu que 80% da riqueza estava na mão de apenas 20% da população. Levando para controle de qualidade, 80% dos defeitos estão relacionado a 20% da causas.

Recomendações:

Uma recomendação do excelente curso em Tecnólogo em Gestão da Qualidade do Centro Universitário Internacional á UNINTER – Como mais de 800 polos no Brasil e no exterior, em Portugal, Inglaterra, Japão e nos Estuados Unidos.

O Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Qualidade

Tem por objetivo formar capital humano com qualificação adequada para atender à demanda do setor produtivo, (industrial, comercial e de serviços).

Por meio do desenvolvimento da capacidade de reflexão crítica sobre os problemas da Qualidade.

O Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Qualidade da Uninter enfatiza a realização de projetos de melhoria de produtos e processos e a implantação de sistemas de gestão da qualidade.

Perfil do Aluno

O curso destina-se à comunidade em geral, com qualquer formação que sejam portadores de diploma de Ensino Médio e que atuam ou desejam atuar no contexto da qualidade em empresas.

As características comumente ligadas a uma carreira de sucesso no gerenciamento de qualidade, são:

• Olhar analítico;

• Facilidade de criação e interpretação de relatórios;

• Conhecimentos matemáticos avançados para checagem de dados analíticos;

• Boa visão para compreender as necessidades do cliente;

• Facilidade de comunicação (tanto interna, para se relacionar à equipe, quanto para recolher e dar feedbacks externos de clientes e parceiros);

Mercado de trabalho

Nesse cenário, a formação do egresso torna-se relevante por compreender que a demanda por profissionais de Gestão da Qualidade, ampliada em função de novas demandas apresentadas pelo mundo do trabalho, possibilita ao profissional atuar no:

  • Empresas de planejamento
  • Empresas de desenvolvimento de projetos
  • Empresas de assessoramento técnico e consultoria
  • Empresas em geral (indústria, comércio e serviços)
  • Órgãos públicos e privados
  • Institutos e Centros de Pesquisa
  • Instituições de Ensino, mediante formação requerida pela legislação vigente.

Referência bibliográfica

  •  Livro: Qualidade: Gestão e Métodos. Autor: José Carlos Toledo
  • Qualidade Total – Padronizações de Empresas. Autor Vicente Falconi
  • Material Didático da Disciplina: Padronização – Certificação e Qualidade – Do curso Bacharel em Administração de Empresas da UNINTER
  • Site do Centro Universitário Internacional - UNINTER

Qual é a contribuição de Walter a Shewhart para a melhoria da qualidade?

A maior contribuição de Shewhart para a Qualidade foi a introdução da estatística aos processos de garantia da qualidade. Antes dele, a Qualidade nas indústrias consistia basicamente em monitorar/inspecionar o produto final, visando assegurar que não havia algum defeito ou problema.

Quais são as principais contribuições dos gurus da qualidade?

Entre suas maiores contribuições está a difusão dos Círculos da Qualidade (CCQs) e a organização das clássicas 7 Ferramentas da Qualidade. Além, é claro, da criação do diagrama de causa e efeito, que por si só já colocaria Ishikawa na história da Qualidade! Leia nosso artigo com mais detalhes sobre Ishikawa.

Qual a principal ferramenta utilizada por Walter a Shewhart para a gestão da qualidade?

Um método essencial da gestão da qualidade é o ciclo PDCA (Plan, Do, Check e Action), criado há mais de 100 anos por Walter Andrew Shewhart, engenheiro estadunidense conhecido como o “pai do controle estatístico de qualidade”.

Qual o objetivo do PDCA desenvolvido por Walter Shewhart?

Também conhecido como Ciclo de Deming ou Ciclo de Shewhart, o ciclo PDCA representa uma sequência lógica de quatro passos que se repetem com o objetivo de obter melhoria contínua, maior qualidade e aprendizado para que a empresa possa atingir seus objetivos.