Subiu para 232 o número de pessoas mortas durante as chuvas que arrasaram Petrópolis, cidade na região serrana do Rio de Janeiro. Desse total, 138 são mulheres e 94 homens —entre eles há 44 menores de idade. Até terça (01), 210 pessoas foram enterradas no cemitério da cidade. Show O temporal que caiu sobre o município no último dia 15 provocou deslizamentos, destruiu bairros e matou famílias inteiras. Segundo a Defesa Civil, caíram sobre Petrópolis 259,8 mm de chuva, o equivalente a 259,8 litros por metro quadrado, o maior volume já registrado na cidade em 90 anos. O Corpo de Bombeiros atua na Chácara Flora e no rio Quitandinha para localizar cinco pessoas que continuam desaparecidas. Segundo a corporação, a varredura nos rios é feita com mergulhadores e equipes terrestres que contam com o auxílio de maquinários e de cães de busca e salvamento. Na última segunda (28), mais de 130 agentes atuaram nas operações de busca. Além do grande número de mortos, a chuva que castigou Petrópolis deixou 1.117 pessoas desabrigadas. Elas foram acolhidas nos pontos de apoio montados pela prefeitura e em abrigos organizados por voluntários. Ao todo, são 34 locais de acolhimento, onde os desabrigados recebem ajuda para higiene pessoal, atendimento de saúde e psicólogo. Segundo a prefeitura, quem está nos abrigos foi automaticamente cadastrado no programa Aluguel Social. Essas pessoas terão direito ao valor de R$ 1.000, sendo R$ 800 pagos pelo governo estadual e R$ 200 pela prefeitura. Desde o dia da tragédia, a Defesa Civil registrou mais de 3.800 ocorrências, das quais 3.200 são por deslizamentos. A destruição causada pelas chuvas também afetou o comércio local. De acordo com pesquisa feita pelo IFec RJ (Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises), as chuvas na cidade causaram um prejuízo de mais de R$ 78 milhões ao comércio. Segundo o estudo, 65,8% dos comerciantes tiveram perda ou queda de faturamento e 32,4% tiveram seus estabelecimentos ou depósitos alagados. O levantamento ouviu 245 comerciantes entre os dias 16 e 17 de fevereiro. Já a Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) estima que o PIB (Produto Interno Bruto) de Petrópolis deve sofrer perdas de R$ 665 milhões por causa dos estragos provocados pelo temporal. Subiu para seis o número de mortos após o forte temporal que mais uma vez atingiu a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, no último domingo (20). As vítimas foram encontradas no morro da Oficina (2), na rua Washington Luiz (3) e no centro (1). De acordo com a equipe Técnica e Científica da Polícia Civil, entre os óbitos há duas mulheres e quatro homens. Até o momento não há menores de idade. O Corpo de Bombeiros ainda procura dois desaparecidos. O município serrano do Rio de Janeiro voltou a sofrer com as chuvas cerca de um mês após o maior desastre de sua história recente, que deixou 233 mortos e 4 desaparecidos. Em 24 horas, caíram 534 milímetros de água, mais que o dobro do acumulado no dia da tragédia (260 milímetros) —quando a chuva, porém, ficou concentrada em poucas horas. Agora essa se tornou, de longe, a marca mais alta desde o início das medições, em 1932. Trinta e quatro pessoas foram resgatadas com vida após o temporal de domingo. Foram registradas 706 ocorrências, sendo a maior parte de deslizamentos. Segundo a prefeitura, 522 casos ocorreram próximos a residências, afetando diretamente as estruturas ou as colocando em risco. A secretaria de Assistência Social está atuando no atendimento de 889 pessoas que se dirigiram a 24 pontos de apoio. Além desses, a prefeitura segue no suporte a outras 289 afetadas pela chuva de fevereiro. O governador Cláudio Castro (PL) foi à cidade nesta segunda (21) acompanhar os trabalhos de recuperação. Ele anunciou um investimento de R$ 40 milhões em obras de emergência do túnel extravasor, na rua Quissamã, construído para ajudar a escoar a água. Segundo o governo, mais de R$ 150 milhões foram destinados para intervenções nos bairros Valparaíso, Castelânea, Morin e Centro. Em razão das chuvas, a vacinação contra a Covid-19 foi paralisada, e a Secretaria de Educação de Petrópolis decidiu suspender as aulas nas escolas públicas e privadas também nesta terça (22). Diversas ruas estão interditadas, e linhas de ônibus, interrompidas. A tragédia que resultou na morte de 233 pessoas em Petrópolis, cidade da Região Serrana do Rio de Janeiro, completa um mês nesta terça-feira (15). A chuva causou uma série de deslizamentos e enchentes em vários pontos do município.
Trinta dias depois, quatro pessoas ainda seguem desaparecidas e o número de desabrigados chega a 685. Esta foi a pior chuva registrada em Petrópolis desde 1932, quando o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) começou a fazer medições. O total de chuva em três horas chegou a 258,6 milímetros. Em 24 horas, foram 259,8 mm. Em outros tempos, Petrópolis estaria
se preparando para celebrar 179 anos na próxima quarta-feira (16). Hoje, no entanto, o clima não é de comemoração e, sim, de recuperação da rotina da cidade após a catástrofe. Nesta segunda-feira (14), foi instalada uma Comissão Temporária Externa de Petrópolis no Senado Federal. No dia do aniversário da cidade, os parlamentares irão fazer uma visita, com sobrevoo, para averiguar as necessidades do município. Eles também querem saber sobre terrenos aptos para construção habitacional em
Petrópolis para a população desabrigada. A comissão terá 30 dias para apresentar um relatório que aponte as eventuais causas do desastre e propor políticas públicas de prevenção. Desde o dia da tragédia, o Corpo de Bombeiros atua com equipes para encontrar pessoas desaparecidas. Atualmente, são cerca de 60 militares por dia nas buscas em dois pontos: o Morro da Oficina, que foi um dos locais mais críticos, e os rios Piabanha, Quitandinha e
Palatinato. Entre as estratégias para encontrar vítimas, foram utilizados cães farejadores, drones e escavadeiras. Foram 24 resgates, além de 300 animais retirados dos escombros com vida. Além dos bombeiros, muitos moradores se mobilizaram para encontrar as quatro pessoas que seguem desaparecidas. Três são vítimas que estavam nos ônibus
que ficaram submersos. Em imagens obtidas pela CNN, é possível ver os passageiros subindo no teto do veículo e alguns sendo arrastados pela correnteza. Uma dessas pessoas, é o pequeno Pedro Henrique, de 8 anos. Ele estava com a mãe voltando da escola no dia da tragédia. Rafaela Braga conseguiu sair do ônibus e puxou o menino, mas a
correnteza a levou para longe do veículo. Ela foi resgatada, mas o filho ainda não foi encontrado. “Na hora que o ônibus que tombou eu consegui salvar meu filho, botar meu filho em cima de outro ônibus, mas eu não consegui ficar firme. Eu fui arrastada pela correnteza e consegui me agarrar num galho que tinha bem mais para frente. Depois, os moradores do prédio jogaram uma corda para socorrer eu e mais dois. E o meu filho está desaparecido. Eu não consegui achá-lo”. O grupo de busca com cerca de 20 pessoas foi criado por Leandro Rocha, pai do Gabriel, de 17 anos, que estava nesse mesmo ônibus e ficou desaparecido. Todos são moradores da cidade e estavam ajudando os pais do estudante na procura. Mesmo após o corpo de Gabriel ter sido encontrado, no último dia 24, o grupo continuou na busca pelas outras vítimas que estavam no coletivo. “Nosso foco agora é encontrar os três. Não vamos desistir, vamos achá-los. Pelo menos um enterro digno a família merece. A gente sabe a dor que é”, afirmou Luciana Ferreira, mãe de Gabriel.
Desabrigados aguardam auxílioAinda são mais de 600 pessoas desabrigadas em Petrópolis. Muitos tiveram suas casas derrubadas pela correnteza. Outros tiveram que deixar seus lares por risco de desabamento. O benefício do Aluguel Social, do governo do Rio de Janeiro para realocar pessoas nessa situação, já foi solicitado por quase 3.000 famílias. Porém, o pagamento de R$ 1.000 será feito no quinto dia útil do mês de abril. Desse total, o governo do Rio vai pagar R$ 800 e a prefeitura vai custear os outros R$ 200. Comércio reabre com prejuízosTrês dias depois da tragédia, o comércio reabria as portas para calcular os prejuízos e iniciar o processo de limpeza. Uma imagem chamou atenção: uma montanha de livros descartados por conta dos estragos causados pelas águas que invadiram uma das principais livrarias da cidade. Eram mais de 15 mil exemplares descartados. Agora, a livraria voltou a funcionar, mas o subsolo, que funcionava como estoque e escritório administrativo está em reforma. Para recuperar o caixa, a loja fez uma campanha chamada ‘Compre +1’, para que todos os clientes, além de adquirirem seu livro, levem um exemplar a mais para presentear. Com cerca de R$ 200 milhões de prejuízos para os lojistas da cidade, o governo estadual também ofereceu linhas de crédito para autônomos, empreendedores informais, micro, pequenas e médias empresas. Os valores vão de R$ 10 mil até R$ 500 mil. Até agora, foram 16.340 financiamentos registrados. Recuperação de PetrópolisPara o economista especializado em Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Istvan Kasznar, a prevenção de novos desastres é o primeiro ponto para a retomada da cidade. Ele ressalta a necessidade do investimento em educação ambiental e em equipamentos que podem ajudar na evacuação das áreas de risco. “É preciso investir, claro, em elementos que permitem rapidez para evitar que as populações que devem ser evacuadas em caso de chuvas ou percepções de grandes tormentas possam fazê-lo bem. Então, alarmes, sistemas de sirenes e outros necessitam ser colocados em todos estes lugares inclusive e sobretudo onde a gente já sabe que a população está”, explicou o especialista. Kasznar ressaltou também que o mais importante não é fazer grandes investimentos e sim que o poder público tenha constância nessas questões e não apenas quando houver uma catástrofe. “Tem aquela questão de investir 10% em educação, 5% em saúde, ou então inverter esses coeficientes e assim por diante. O fato é que o percentual em si, pode ser bem menos importante. É essencial que haja regularidade na alocação do recurso da construção civil para colocar e canalizar corretamente os rios, riachos, arroios, lagoas”, pontuou o economista.
Quantos morreram em Petrópolis em 2022?As chuvas em Petrópolis, no Rio de Janeiro, já deixaram ao menos 238 mortos em 2022. No último domingo (20. mar.
Quantas pessoas já morreram na tragédia de Petrópolis?A tragédia que resultou na morte de 233 pessoas em Petrópolis, cidade da Região Serrana do Rio de Janeiro, completa um mês nesta terça-feira (15). A chuva causou uma série de deslizamentos e enchentes em vários pontos do município.
Quantas pessoas morreram por causa da chuva em 2022?De 1º de janeiro de 2013 a 1º de junho de 2022, foram registrados 1.777 óbitos por consequências do excesso chuvas –como deslizamentos de terra e afogamentos.
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