Qual o melhor método de custeio para empresas de prestação de serviços?

1. Introdu��o

Em busca de maior produtividade, efici�ncia e rentabilidade, as empresas est�o constantemente em mudan�a (Monteiro, Silva & Silva, 2015). Os gestores, precisam dominar conceitos complexos e devem ser capazes de colocar em pr�tica ferramentas gerenciais, para que possam tomar as melhores decis�es, levando a organiza��o a obter lucro (Machado, Barbieri, Pinzton, Candia & Bernardes, 2015).

A sobreviv�ncia de uma empresa depende de decis�es tomadas por ela e de metas estrat�gicas tra�adas para que seja poss�vel alcan�ar seus objetivos. Desta forma, � fundamental que a organiza��o determine sua vantagem competitiva, sendo a gest�o de custos essencial para desenvolver meios de crescimento (Gomes, Colauto & Moreira, 2009).

Segundo Machado et al. (2015), a Contabilidade de custos surge no Brasil como uma ferramenta de gest�o, a partir da necessidade de uma pr�tica de controles empresariais, visto que para sobreviver em um ambiente competitivo � fundamental conhecer os produtos e servi�os disponibilizados. Ainda segundo Machado et al. (2015), o objetivo da contabilidade de custos � gerar informa��es que auxiliem no planejamento das a��es que a empresa tomar�.

Para Batista, Freitas, Santiago & R�go (2012), a falta de planejar, de buscar conhecimentos antes de abrir uma organiza��o, tributos altos, e dificuldade em conseguir cr�dito, o local da empresa s�o os principais fatores que levam uma empresa a fal�ncia. Segundo Cabral (2004), para garantir sua sobreviv�ncia, difundiu-se nas empresas o pensamento e a busca cont�nua pela redu��o de custos fixos, o foco sobre a atividade principal e a otimiza��o das opera��es ao longo de toda cadeia produtiva. Segundo Machado & De Souza (2006), as organiza��es t�m buscado melhorar a gest�o da efici�ncia operacional, para que tenham melhor controle do consumo de recursos, ou seja, da gest�o de custo, pois elas encontram certa limita��o ao imporem um pre�o de venda ao mercado.

Segundo Martins (2006) o gerenciamento dos custos t�m grandes fun��es em uma empresa, fornecendo informa��es que ajudem as tomadas de decis�es, auxiliando no controle de padr�es e or�amentos pr�-estabelecidos e acrescentando que conhecer os custos � imprescind�vel para se ter conhecimento sobre a rentabilidade de um produto e se n�o for rent�vel, � conhecendo os custos que se pode analisar a possibilidade de reduzi-los ou n�o.

Este trabalho tem o intuito de aplicar um m�todo de custeio, em uma empresa do ramo metalmec�nico, de modo a fornecer informa��es aos gestores da empresa em estudo, para que estes possam tomar decis�es mais assertivas sobre o processo produtivo do produto estudado e que possam identificar formas mais eficientes de produzi-lo. A utiliza��o de um m�todo de custeio contribuir� para que as decis�es estrat�gicas dos gestores sejam mais assertivas. Devido ser um projeto piloto, o m�todo de custeio escolhido foi aplicado apenas ao item mais vendido no ano de 2015.

Este trabalho est� organizado em 5 se��es, al�m desta introdut�ria. A Se��o 2 apresenta o referencial te�rico. Na Se��o 3 � descrito o m�todo de pesquisa. A Se��o 4 apresenta a pesquisa de campo, apresentando o macro processo produtivo, como foi determinado o m�todo de custeio a ser utilizado, como foi determinado o item modelo para aplica��o do m�todo e a implementa��o do m�todo.

A Se��o 5 aponta os resultados e discuss�es. Por fim, a Se��o 6 destaca as conclus�es.

2. Revis�o de Literatura

2.1 Gest�o de Custos

Buscando uma solu��o para resolver seus problemas de mensura��o monet�ria dos estoques e do resultado � que contadores, auditores e fiscais criaram a Contabilidade de Custos. A princ�pio a inten��o n�o foi de fazer dela um instrumento gerencial. Por�m, com o crescimento das empresas, a Contabilidade de Custos passou a ser vista como uma forma eficiente de gerenciamento (Martins, 2006).

A fabrica��o de um produto exige v�rias atividades e para estas s�o necess�rios recursos que ser�o consumidos ao longo do processo, alguns deles sendo direta e outros indiretamente relacionados com a fabrica��o do produto (Aurora, 2013). Ainda segundo Aurora (2013), o custo de produ��o � composto por todas as entradas de consumo.

Segundo Bornia (2010), o sistema de custos pode contribuir com a ger�ncia de uma organiza��o de duas maneiras, auxiliando o controle, indicando onde est� ocorrendo algum problema no processo, e � tomada de decis�o, subsidiando decis�es importantes. Assim, custos passam a exercer um papel importante como sistema gerencial.

Para Hansen & Mowen (2010), a gest�o de custos � capaz de identificar, coletar, mensurar, classificar e relatar dados importantes para que os gestores possam determinar o custo do seu produto ou servi�o, dados importantes tamb�m para o planejamento, controle e que sejam capazes de subsidiarem a tomada de decis�es.

Anderson & Dekker (2009) defendem que a gest�o estrat�gica de custos � gest�o dos recursos da organiza��o com a estrutura de custos associados com a estrat�gia de longo prazo e t�ticas de curto prazo. Ainda segundo Anderson & Dekker (2009), os gestores continuam buscando a efici�ncia e a efic�cia dentro da empresa, e cada vez mais as melhorias s�o encontradas a partir da cadeia de valor, por meio de reconfigura��es de layout, reengenharia de processos, realoca��o de recursos, reavalia��o de requisitos dos clientes. Todas estas metodologias podem contribuir para avalia��o e redu��o dos custos do produto.

Para Guimar�es, Medeiros, Santana & Pereira (2015) a gest�o de custos � essencial n�o apenas para garantir a margem de lucro, mas tamb�m, para manter a empresa competitiva no mercado. Martins (2006) destaca que conhecer os custos � fundamental para que os gestores saibam se, dado um pre�o, o produto � rent�vel ou n�o, e se n�o for rent�vel, saber se � poss�vel reduzir este custo.

As informa��es geradas pelo sistema de gest�o de custos devem ser �teis para toda a organiza��o. Assim, um bom sistema de gest�o de custos precisa possuir uma �tima vis�o de toda a empresa. Entre o sistema de custos e todos os sistemas operacionais deve haver troca de informa��es e para isso ocorrer � importante a integra��o de todos os sistemas (Hansen & Mowen, 2010).

Martins (2006) destaca que desde que duas pessoas decidam se comunicar � essencial que se estabele�a entre elas algumas defini��es em comum, como nomes de objetos, conceitos e id�ias, para que se tenha o m�nimo de entendimento.

Para se obter uma boa comunica��o relacionada a custos, para isso se tem algumas defini��es b�sicas que segundo Hansen & Mowen (2010), s�o:

  • Mat�ria-prima: s�o os materiais utilizados na fabrica��o do produto ou servi�o. Seus custos podem ser atribu�dos diretamente ao custo do produto, pois pode-se medir a quantidade consumida deste recurso na fabrica��o do produto ou na realiza��o do servi�o.

  • M�o de obra direta: Funcion�rios utilizados no processo de transforma��o da mat�ria-prima em produto ou utilizados na presta��o de servi�o. � poss�vel quantificar o consumo de m�o de obra direta no processo de fabrica��o.

  • Custos indiretos de fabrica��o: s�o todos os custos de fabrica��o al�m de mat�ria-prima e m�o de obra direta. Para a fabrica��o de produtos ou presta��o de servi�os � preciso muitas entradas al�m de m�o de obra e mat�ria-prima, como manuten��o, deprecia��o predial e de m�quinas, supervis�o, entre outros, estes s�o classificados como custo indireto de fabrica��o. Os materiais indiretos s�o os materiais necess�rios ao processo de fabrica��o, mas que n�o fazem parte do produto acabado.

Custos de fabrica��o � o valor dos recursos utilizados para a produ��o de um bem de uma organiza��o. Alguns exemplos s�o: m�o de obra, mat�ria-prima, m�quinas, equipamentos, entre outros. H� diferen�a entre gastos e custos de fabrica��o, visto que o gasto � o valor do recurso adquirido e o custo � o valor do recurso efetivamente utilizado na fabrica��o do produto (Bornia, 2010).

Bornia (2010), menciona que os custos de fabrica��o se dividem em Mat�ria-Prima (MP), M�o de Obra Direta (MOD) e Custos Indiretos de Fabrica��o (CIF). Dessa forma, o custo de fabrica��o � dado pela Equa��o 1.

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2.2 M�todos de Custeio

O ambiente econ�mico e social tem sofrido muitas modifica��es, o que levou as organiza��es a buscarem novas formas de gest�o empresarial. Com isso, surgiram novas demandas de informa��es, das quais a gest�o de custos tem grande import�ncia de suprir essas necessidades. Para atender essas demandas, novos m�todos para gest�o de custos t�m se destacado nas empresas, entre eles: Custeio Baseado em Atividades (ABC), Gerenciamento Baseado em atividades (ABM), Gest�o Econ�mica (GECON), dentre outros (Cardoso, Pereira e Guerreiro, 2007).

Abbas, Gon�alves & Leoncine (2012), destacam que na literatura existem diferentes m�todos de custeio que podem ser utilizados por todo tipo de organiza��o, seja ela com fim lucrativo ou n�o. Os m�todos de custeio s�o utilizados para determinar o custo do produto, reduzir custos, tornar processos mais eficientes, dar informa��es para que o gestor tome decis�o entre produzir ou terceirizar, dados para an�lises de melhoria em uma linha de produ��o. Dentre tantos m�todos de custeio Abbas et al. (2012) destacam o custeio por absor��o, o custeio vari�vel, o custeio baseado em atividades e o m�todo das se��es homog�neas.

Segundo Megliorini (2012) a partir da d�cada de 1980 as empresas passaram a desenvolver novas tecnologias e filosofias de gest�o. At� ent�o, os custos que prevaleciam eram os custos com mat�ria-prima e m�o de obra, ou seja, os custos diretos, e os m�todos de custeio tradicionais atendiam bem as necessidades dos gestores. Por�m, com esse desenvolvimento de novas tecnologias e novas formas de gest�o, os custos indiretos passaram a expressar um valor mais relevante e com isso surgiu a necessidade de novos m�todos de custeio que tratassem melhor os custos indiretos. Foi ent�o que surgiu o m�todo de custeio ABC. Zanievicz, Beuren, Santos & Kloeppel (2013) apontam que mais de 60% das pesquisas apresentadas no Congresso Brasileiro de Custos (1994-2010) foram sobre o m�todo de custeio ABC. Com este estudo pode-se notar como tem evolu�do a pesquisa sobre este m�todo. Por outro lado, Coronetti, Beuren & Souza (2012) realizaram uma pesquisa com as 35 maiores empresas do estado de Santa Catarina e observaram que a maioria das empresas estudadas utiliza o m�todo de custeio por absor��o e em seguida aparece o m�todo de custeio vari�vel como o segundo mais utilizado, ambos s�o considerados m�todos tradicionais.

O Quadro 2 apresenta as caracter�sticas b�sicas dos m�todos de custeio tratados neste trabalho.

Quadro 1

Caracter�sticas b�sicas dos m�todos de custeio

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Coronetti et al. (2012), evidenciam por meio de um estudo realizado no estado de Santa Catarina que, para selecionar o m�todo de custeio a ser adotada, a maioria das empresas que participaram da pesquisa levam em considera��o dois aspectos "melhor apura��o dos custos dos produtos" e "fornece mais eficientemente informa��es para a tomada de decis�o". Para se obter um bom resultado coma utiliza��o de um m�todo de custeio � essencial fazer a escolha do m�todo mais adequado.

3. M�todo de Pesquisa

A pesquisa � caracterizada como aplicada e quantitativa. O trabalho segue um car�ter explorat�rio, pois busca-se obter dados sobre os custos da empresa e desenvolver dados experimentais para analis�-los. Do ponto de vista dos procedimentos t�cnicos, a pesquisa pode ser classificada como pesquisa-a��o onde foram visadas a��es para a resolu��o de um determinado problema e por meio da pr�tica de uma pesquisa, entender melhor sobre o conte�do (Gil, 2010). Engel (2000) destaca que a pesquisa-a��o busca a uni�o da pesquisa com a a��o ou pr�tica, � uma forma de fazer pesquisas onde tamb�m pode-secolocar em pr�tica e onde se deseja melhorar a compreens�o desta.

A Figura 1 apresenta os passos conduzidos para a execu��o da pesquisa.

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Figura 1
M�todo de pesquisa adotado
Fonte: Autores

4. Desenvolvimento

4.1 Macroprocesso Produtivo

O primeiro passo necess�rio para o desenvolvimento do trabalho foi entender o processo produtivo da empresa estudada. A produ��o acontece em 4 setores os quais s�o: Conforma��o, Solda, Pintura e Montagem. Para isso, foi utilizada a ferramenta SIPOC (Fornecedores, Entradas, Processos, Sa�das e Clientes), metodologia usada para compreens�o e melhoria de processos da qual faz an�lises baseadas em representa��es diagram�ticas (Parkash e Kaushik, 2011).

A Figura 2 apresenta o macroprocesso da empresa, por meioda ferramenta SIPOC, em que � poss�vel identificar os fornecedores, entradas, processo produtivo, sa�das e seus clientes.

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Figura 2
SIPOC da empresa estudada
Fonte: Autores

O processo inicia no setor de conforma��o respons�vel pelo corte, dobra, prensa e acabamento de tubos e chapas. O setor de conforma��o possui m�quinas com tecnologia CNC (Comando Num�rico Computadorizado) e m�quinas de corte a plasma. Ap�s o processo de conforma��o, as pe�as s�o encaminhadas para solda, este setor � subdividido em solda manual e solda com rob� de solda. As pe�as soldadas se transformam em bases e acess�rios que v�o compor um equipamento. As bases e acess�rios s�o encaminhadas para o setor de pintura, a empresa utiliza a tecnologia de pintura eletrost�tica. Depois de pintados, as bases e acess�rios s�o encaminhados para o setor onde � montado o equipamento.

4.2 Determina��o do M�todo de Custeio

A literatura de Custos possui mais de um m�todo de custeio, cada m�todo atende melhor a determinadas necessidades de cada empresa. N�o existe um melhor ou pior m�todo, existe o m�todo que melhor responde ao que a empresa pretende com a aplica��o de um m�todo e uma gest�o de custos.

Para iniciar o desenvolvimento da gest�o de custos foi discutido qual o m�todo de custeio que melhor atenderia as necessidades da empresa estudada. E, para a escolha do m�todo foi necess�rio entender sobre os gastos da empresa e seus custos (os dados levantados para estudo s�o referentes ao per�odo de janeiro a junho). Esta etapa para determina��o do m�todo dividiu-se em:

i. Classifica��o de custos e despesas da empresa.

  1. Nesta etapa foi realizado o levantamento a partir de um relat�rio de compras do per�odo, onde foi poss�vel realizar a classifica��o entre custo direto, custo indireto e despesa.

ii. Levantamento dos custos diretos (MOD e MP).

  1. A partir da classifica��o dos gastos da empresa no per�odo, foi levantado o total de custos diretos, sabendo que o custo direto � composto pelo custo com mat�ria-prima e custo com m�o de obra direta. Para o levantamento deste valor foi considerado a mat�ria-prima de todos os produtos. O total de custo com MP no per�odo de janeiro a junho foi de R$ 1.912.791,88.

    Para completar os custos diretos, foi levantado os custos com m�o de obra direta. Para este levantamento, foram considerados apenas os setores que fazem parte do processo de transforma��o diretamente que s�o: conforma��o, solda, pintura e montagem. No c�lculo de MOD foram considerados todos encargos e impostos e n�o foram considerados nos c�lculos os l�deres de cada setor, por estes se tratarem de custo de m�o de obra indireta. O valor total de custo com MOD no per�odo foi de R$ 962.605,38. Sendo que 22% deste montante corresponde a m�o-de-obra direta do setor de conforma��o (Corte, Dobra, Prensa e Acabamento), 34% do setor de solda, 25% o de pintura e 19% o de montagem.

iii. Levantamento dos custos indiretos.

  1. Completando os dados para escolha do m�todo de custeio, foram levantados os custos indiretos do per�odo de janeiro � junho, os quais totalizaram R$ 1.114.854,42. A Tabela 1 apresenta os custos indiretos envolvidos na fabrica��o e o percentual de cada um deles.

Tabela 1

Percentual de custos indiretos de fabrica��o por consumo

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Fonte: Autores

O rateio destes custos indiretos aos produtos foi realizado por meio de rateio simples. Esta forma foi adotada pelo fato de ser mais facilmente implementada pela empresa que, antes do estudo, n�o possu�a nenhum m�todo de distribui��o dos custos indiretos. Para os valores de custo de m�o de obra indireta (Almoxarifado, Manuten��o, Desenvolvimento, Coordena��o e Transporte) todos os encargos e impostos est�o inclusos.

Para obter o valor de custo indireto de energia e �gua foi utilizado o rateio a partir da �rea ocupada por processo ou estoque de cada setor. Este crit�rio de rateio se mostrou adequado pelo fato de que na empresa a pot�ncia instalada apresenta uma rela��o direta com a �rea instalada dos setores. J� para a �gua, a empresa possui um �nico hidr�metro para medi��o do consumo e o �nico processo produtivo que consume este recurso � a pintura. Desta forma, a �rea ocupada foi utilizada para separar a parcela da �gua consumida com o processo produtivo da parcela utilizada para consumo fora dele. As �reas de cada departamento da empresa podem ser observadas na Tabela 2.

Tabela 2

�rea instalada para cada departamento da empresa.

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Fonte: Autores

A partir da Tabela 2, tem-se que a porcentagem total para o rateio de energia e �gua foi de 60,40% o que se refere a soma das porcentagens das �reas dos setores produtivos de montagem, pintura e produ��o. Foram consideradas essas �reas visto que o produto em an�lise, em seu processo de produ��o, n�o passa pelos demais setores. Assim, do total gasto em cada m�s com �gua e energia, 60,40% � CIF.

O valor de imobilizado� o valor mensal de deprecia��o de m�quinas, barrac�o e m�veis da empresa.O valor de materiais � o valor mensal de materiais de consumo utilizados no per�odo, como �leo para m�quinas, obtido por meio de relat�rio de compras.Somando todos estes custos indiretos, tem-se o total de R$ 1.114.857,51.

A Figura 3 apresenta o percentual dos valores de gasto da empresa com CIF, MOD e MP no per�odo de estudo.

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Figura 3
Porcentagem dos custos no per�odo analisado.
Fonte: Autores

A partir da Figura 3, pode-se notar que da soma de MP e MOD tem-se 72,06% referente a custos diretos.Os custos diretos (72,06%) representam a maior porcentagem dos custos da empresa. Visto que, alguns dos novos m�todos como o ABC surgiram para tratar a apropria��o dos custos indiretos e sabendo que os custos indiretos representam a menor porcentagem dos custos da empresa, ent�o os m�todos de custeio tradicionais satisfazem a necessidade como m�todo de custeio a ser aplicado.

Eyerkaufer, Costa & de Faria (2011) apontam que o M�todo de Custeio por Absor��o � o mais utilizado pelas organiza��es e o �nico aceito pela legisla��o fiscal do Brasil.Sendo assim, este foi o escolhido para o desenvolvimento deste trabalho. A decis�o do m�todo tamb�m foi pautada na informa��o de que a empresa n�o possui uma gest�o de custos consolidada. Assim, � interessante utilizar este m�todo, atendendo a legisla��o fiscal.

4.3 Determina��o do Produto para Aplica��o do M�todo de Custeio

Por se tratar de um projeto piloto, o m�todo de custeio foi aplicado apenas em um produto da empresa. O intuito foi de que a aplica��o do m�todo em um produto sirva como modelo para aplica��o aos demais produtos e sirva para que a empresa tenha uma vis�o de como est� a rentabilidade do seu produto.

Para a determina��o de qual produto utilizar, foi levantado a partir de relat�rios o faturamento dos produtos da empresa no ano de 2015.

A Figura 4 mostra o Pareto dos produtos vendidos pela empresa no ano de 2015. Neste ano foram vendidos mais de 200 produtos diferentes, para que fosse poss�vel melhor visualiza��o do gr�fico, nele constam apenas produtos com representa��o de vendas superior a 0,3% do total faturado. A soma das porcentagens dos itens que n�o aparecem no gr�fico � 14,7%.

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Figura 4
Pareto de vendas
Fonte: Autores

No ano de 2015 foram vendidos 12.227 itens. Com 809 unidades faturadas, o produto mais vendido foi o Simulador de Remo Individual, representando 6,62% do total vendido. Assim, o item escolhido para a aplica��o do m�todo de custeio foi o Simulador de Remo Individual.

O produto Simulador de Remo Individual � composto por tr�s acess�rios: o Banco do Remo, Bra�o do Remo e Tubo do Remo, e ainda � composto por uma Base, adesivos informativos e materiais de montagem. Os acess�rios e as bases s�o fabricados na pr�pria empresa. A mat�ria-prima deles passam pelos setores de corte, prensa, dobra, acabamento, solda e pintura para ent�o serem unidos na montagem com os materiais de montagem e mais os adesivos para compor o produto final.

4.4 Implementa��o do M�todo de Custeio

Para determinar o custo de um produto � fundamental que se conhe�a todo o processo produtivo do mesmo. Sendo assim, para o desenvolvimento deste estudo, primeiramente fez- se um diagrama SIPOC, como visto na Figura 1, atrav�s do qual foi poss�vel entender de forma macro o principal processo da empresa. Ent�o, foi feito o mapeamento do processo de fabrica��o do produto escolhido para aplica��o do m�todo. E tamb�m foi preciso entender quais os materiais que comp�em o produto final, para isso foi utilizado a Ficha T�cnica do produto.

Ap�s entender o processo de fabrica��o do produto, foram levantados todos os gastos da empresa no per�odo e ent�o foi feito a separa��o entre custos e despesas. A separa��o � necess�ria para a apropria��o, em seguida, dos custos do produto. As despesas, para o m�todo de custeio por absor��o s�o utilizadas apenas para demonstra��o de resultados (este estudo n�o contempla a demonstra��o de resultados).

Com o estudo do processo de fabrica��o do produto e realizado a separa��o dos custos e despesas, foi feito a apropria��o dos custos diretos como indica o m�todo de custeio por absor��o. Os custos diretos s�o compostos pelo custo com m�o de obra direta (MOD) e mat�ria-prima (MP).

i. M�o de obra direta

  1. Para o custo, a empresa foi dividida em 14 setores: Administrativo, Limpeza, Almoxarifado, Corte, Dobra, Prensa, Acabamento, Pintura, Manuten��o, Montagem, Desenvolvimento, Coordena��o, Solda e Transporte. O custo com m�o de obra direta � referente apenas aos operadores que realizam diretamente a transforma��o da mat�ria-prima no produto. Sendo assim, foi separado os setores entre custo direto, indireto e despesa. Os setores de corte, dobra, prensa, acabamento, solda, pintura e montagem foram considerados m�o de obra direta por realizarem diretamente a transforma��o do produto. Os setores almoxarifado, coordena��o, desenvolvimento, manuten��o e transporte interno foram considerados m�o de obra indireta por participarem indiretamente do processo de transforma��o do produto. Os setores de Limpeza e Administrativo foram considerados como despesa j� que n�o relacionam direta nem indiretamente com o produto.

    Para atribuir o custo com m�o de obra ao produto, foi levantado junto com o departamento pessoal e a contabilidade o custo minuto/ homem de cada setor, que em seguida com o tempo de fabrica��o (foram realizadas tomadas de tempo de cada processo) de cada item do produto foi determinado o custo de MOD para cada atividade. Para o c�lculo do minuto/ homem foram considerados todos encargos, impostos e benef�cios dos funcion�rios.

    O custo com MOD para cada etapa do processo de fabrica��o do produto foi composto como na Equa��o 2.

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ii. Mat�ria-prima

  1. Para levantar o custo de mat�ria-prima do Simulador de Remo Individual, foi levantado a ficha t�cnica do produto. Em posse da ficha t�cnica, de onde foi poss�vel identificar a mat�ria-prima e quantidade necess�ria para o desenvolvimento do produto, foi levantado junto o setor de compras o valor de cada mat�ria-prima.

    O Simulador de Remo � composto por quatro componentes: Banco, Bra�o, Tubo e Simulador. Para cada componente foi levantada rela��o de pe�as que o comp�em, suas respectivas mat�rias-primas, os tamanhos dos tubos e chapas (quando s�o processados na pr�pria empresa), seus custos unit�rios, a quantidade de cada pe�a e o custo total com as mat�rias-primas para cada pe�a. Com isto, o custo de MP para o componente Banco � de R$ 49,35, o componente Bra�o � $ 24,26, o componente Tubo � R$ 8,22 e o componente Simulador � R$ 24,23.

    O custo com os componentes de montagem do simulador de Remo foram R$ 25,86.

    Desta forma, tem-se que o custo com mat�ria-prima total do aparelho � dado por meio da Equa��o 3.

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Onde: CMPA- custo da mat�ria prima dos acess�rios CMPB - custo da mat�ria prima da base CCM - custo dos componentes de montagem

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Levantados os custos com MOD e MP tem-se o total de custo direto (CD) do produto que pode ser observado na Tabela 3 e calculado por meio da Equa��o 4.

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Tabela 3

Custo direto do Simulador de Remo

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Fonte: Autores

Os custos indiretos do per�odo foram de R$ 1.114.854,45. Pelo m�todo de custeio por absor��o, os custos indiretos s�o rateados pelos produtos da empresa. Alguns autores recomendam que o rateio seja feito a partir de algum crit�rio como a porcentagem de custo direto que cada produto recebeu ou o tempo de fabrica��o de cada um. Para este estudo, n�o foi poss�vel encontrar os custos diretos nem o tempo de fabrica��o de todos produtos da empresa devido ao cronograma do estudo e o elevado n�mero de produtos que a empresa possui. Dessa forma, o rateio foi realizado a partir do n�mero de produtos fabricados no per�odo.

Com o relat�rio de faturamento da empresa, foi poss�vel identificar que no per�odo de janeiro a junho de 2016 foram produzidos 7.034 produtos, sendo que 442 foram o Simulador de Remo Individual, produto escolhido para aplica��o do m�todo de custeio, o que representa 6,28% do total produzido no per�odo. Esta propor��o, declarada como a vari�vel P%, foi utilizada para estimar a parcela dos custos indiretos totais que foram direcionados ao produto Simulador de Remo, como pode ser observado na Tabela 4. Ent�o, oc�lculo seguiu a Equa��o 5.

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Onde: CIR - custo indireto unit�rio simulador de remo CIP - custo indireto total no per�odo analisado

P% - Produ��o percentual do simulador no per�odo analisado Ri% - Taxa de consumo de cada recurso indireto

Q.produzida – quantidade produzida do simulador de remo no per�odo analisado i – �ndice dos recursos indiretos consumidos, destacados na Tabela 1

A aplica��o da equa��o 5, para cada recurso indireto consumido, pode ser observada na Tabela 4, bem como o resultado obtido para o custo indireto unit�rio do simulador de remo. Os recursos indiretos foram distribu�dos aos produtos pela quantidade produzida em fun��o da uniformidade existente no processo de fabrica��o deste produto, fazendo com que suas caracter�sticas e processos produtivos sejam semelhantes.

Tabela 4

Rateio dos custos indiretos

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Fonte: Autores

Da Tabela 4, v�-se que o total de custos indiretos � de R$ 158,48. Este valor deve ser apropriado ao custo do Simulador de Remo.

O Custo do produto � composto pelo custo direto (CD) somado ao custo indireto (CI) incorrido a ele. Logo, o custo do Simulador de Remo Individual �:

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5. Resultados e Discuss�es

� importante ter um bom conhecimento do processo de fabrica��o do produto para que se possa determinar o custo do mesmo. Sobre isto, as ferramentas SIPOC e mapeamento foram indispens�veis para o desenvolvimento deste trabalho.

Com o desenvolvimento deste trabalho encontrou-se, a partir do m�todo de custeio por absor��o, o custo de R$ 309,11 para o produto Simulador de Remo. Antes da condu��o desse estudo a empresa estimava um custo de R$ 216,92 para o produto. Essa estimativa era realizada sem o apoio de um m�todo de custeio consolidado pois, a empresa utilizava como base os valores praticados em licita��es p�blicas. O valor encontrado por meio do m�todo de custeio por absor��o � 42,50% superior ao custo utilizado pela empresa.

Durante o desenvolvimento teve-se algumas barreiras que dificultaram o trabalho. Inicialmente teve-se que avaliar a veracidade dos dados do sistema utilizado pela empresa e atrav�s das an�lises foi encontrado alguns erros de alimenta��o do mesmo que dificultaram na separa��o dos custos e despesas da empresa. Outras barreiras encontradas foram, por falta de materiais necess�rios,a forma de realizar algumas medi��es, como medir a quantidade de g�s consumido em um dos processos de fabrica��o, o peso do produto, o quanto de tinta � utilizado. N�o h� um sistema que ajude na determina��o do custo. Todos itens da empresa possuem muitos componentes o que dificulta o desenvolvimento do custo utilizando planilhas e que seria facilitado utilizando algum sistema de informa��o.

Cabe salientar que os dados coletados para este trabalho est�o relacionados apenas ao processo, e que os custos v�o al�m do ch�o de f�brica, sendo assim pode ser que haja mais custos indiretos do que os que foram poss�veis identificar no estudo conduzido. Entretanto, vale ressaltar que antes do desenvolvimento deste estudo, a empresa n�o adotava em sua gest�o um m�todo formal para a apura��o de seus custos. Esses eram estimados com base nas licita��es que participa no pa�s, n�o considerando o comportamento do seu processo interno. Neste sentido, a ado��o e documenta��o do m�todo de custeio por absor��o em um produto fabricado promoveu um ganho de maturidade para a empresa em rela��o a como distribuir os seus custos indiretos.

De forma geral o m�todo de custeio por absor��o, utilizado para desenvolver este trabalho, p�de fornecer um custo mais coerente, e que a partir do mesmo os gestores da empresa podem tomar algumas decis�es e trabalhar�o para desenvolver um sistema mais concreto de gest�o de custos na empresa.

Com os expostos, conclui-se que um sistema de gest�o de custos coeso deve ser parte fundamental para que uma empresa se tenha boa sa�de financeira, pois com o mesmo os gestores s�o capazes de tomar as decis�es corretas a fim de buscar maior rentabilidade. S� se pode reduzir o custo de um produto conhecendo-o corretamente e em quais materiais e processos ele est� apropriado.

6. Conclus�o

O assunto custos � recorrente em reuni�es gerenciais e executivas, seja qual for o tipo de neg�cio. Este � um n�mero que, independentemente de seu valor, toda empresa deseja reduzir. � com este n�mero que � calculado o pre�o de venda e � com o custo que um gestor consegue realizar an�lises sobre qual etapa ou material durante seu processo lhe causa maior desembolso. Assim, � fundamental que a empresa tenha os seus custos calculados a partir de dados realmente confi�veis, pois � a partir dele que muitas decis�es podem ser tomadas. Garantindo uma informa��o assertiva, as estrat�gias estar�o mais pr�ximas de obter sucesso e alcan�ar o resultado desejado. Ao contr�rio disto pode ocasionar grandes resultados negativos a empresa.

Com este estudo foi poss�vel determinar o custo do produto utilizando um m�todo adequando. A escolha do m�todo adequado foi importante para que n�o acarretasse em esfor�os desnecess�rios. Inicialmente cogitou-se a aplica��o do m�todo de custeio ABC, por�m com a an�lise dos custos incorridos na empresa, viu-se que os custos indiretos n�o representavam a maior parte dos custos totais.

Percebeu-se ainda que os esfor�os para a aplica��o do m�todo ABC, visto sua complexidade, n�o compensaria o resultado e que seria muito pr�ximo do resultado encontrado usando um m�todo mais tradicional. Desta forma, o custeio por absor��o se mostrou um m�todo eficaz para este estudo inicial realizado na empresa. Com a aplica��o do m�todo de custeio por absor��o foi comprovada a d�vida dos gestores quanto a precis�o do custo utilizado anteriormente. Este m�todo � exigido pela legisla��o brasileira e a empresa pode us�-lo para a determina��o dos custos dos demais produtos. Por�m, se a empresa desejar, pode utilizar de outros m�todos como o Custeio Vari�vel e o ABC para compara��o dos valores encontrados e assim pode definir suas estrat�gias.

A determina��o do custo de um produto envolve toda a cadeia de valor do mesmo. Assim, para um bom resultado na determina��o de custos de um produto � essencial a integra��o entre as �reas da empresa, buscando e fornecendo dados para a condu��o do trabalho.

Este trabalho aponta os diferentes m�todos de custeio e os fatores que devem ser considerados para a sele��o de um m�todo. Al�m disso, � apresentado um estudo de caso real sobre a aplica��o do custeio por absor��o em um produto espec�fico, destacando um exemplo pr�tico, o qual pode servir de guia para outras empresas que desejam conduzir a implanta��o da gest�o de custos. Como trabalhos futuros destaca-se a aplica��o do m�todo de custeio para os demais produtos e a replica��o desse estudo para outras empresas.

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Notas de autor

a Graduado em Engenharia de Produ��o – Universidade Estadual de Maring� – Maring�/PR, Brasil

b Doutoranda em Engenharia Qu�mica – Docente do Departamento de Engenharia T�xtil da Universidade Estadual de Maring� – Goioer�/PR, Brasil.

c Doutora em Engenharia El�trica e Inform�tica Industrial – Docente Permanente do Programa de P�s-Gradua��o em Engenharia de Produ��o (PGP) e Programa de P�s-Gradua��o em Ci�ncia da Computa��o (PCC) Universidade Estadual de Maring� –Maring�/PR

d Mestrando em Engenharia de Produ��o, Docente do Departamento de Engenharia de Produ��o da Universidade Estadual de Maring� - Maring�/PR, Brasil.

e Doutor em Engenharia de Produ��o, Coordenador do Programa de P�s-Gradua��o em Engenharia de Produ��o (PGP) da Universidade Estadual de Maring� - Maring�/PR, Brasil.

Qual o melhor método de custeio para prestação de serviços?

Os métodos de custeio mais difundidos são: - Custeio por absorção, que considera todos os custos – fixos e variáveis – como parte do custo total de um bem ou serviço, isola os gastos fixos e leva em conta apenas os custos variáveis. - Custeio variável. Isola os gastos fixos e leva em conta apenas os custos variáveis.

Qual o método de custeio mais utilizado pelas empresas?

Custeio variável Esse método é o mais utilizado pelas empresas e é um tipo de cálculo que só faz uso dos dados ligados aos custos variáveis diretos ou indiretos, não considerando os fixos.

Quais os custos de uma empresa prestadora de serviços?

Os custos na prestação de serviços envolvem todos os gastos que a empresa tem ao executar algo para um cliente, isso inclui custo fixo e variável. Como exemplo, temos os custos com matérias-primas, manutenção de equipamentos, despesas de água e luz, entre outros.

Como funciona o método de custeio por ordem de absorção nas empresas prestadoras de serviços?

Custeio Absorção: sua essência está em manter parte dos custos fixos apropriado ao produto ainda não vendido através de critérios de rateio, aumentando assim os resultados obtidos pela empresa e, por conseguinte, aumentando a base de cálculo dos impostos e contribuições sobre o lucro.

Como se determina a escolha de uma metodologia de custeio para a empresa?

A maneira como as empresas incorporam seus custos de fabricação aos seus preços de venda é chamada de método de custeio. Os cinco mais usados no mercado para cumprir essa tarefa de forma eficaz são: por absorção, ABC, variável, UEP e padrão. Para uma empresa alcançar lucro, é imprescindível considerar os custos.