Qual a importância do monitoramento da qualidade da água?

Apesar de ser um assunto bastante abordado e de amplo conhecimento, não dá para ignorar questões relacionadas à importância da água. Este é um tema tratado nos primeiros anos da escola, reforçado na adolescência e vivido com maior consciência na vida adulta.

Quem atua na área de recursos hídricos deve estar ainda mais atento a estas questões, por isso, hoje vamos falar sobre um assunto que tem ganhado cada vez mais relevância: sistema de monitoramento de água. Confira!

Tecnologias como a Internet das Coisas chegaram para ficar e estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas e das empresas. Então, por que não utilizá-la para monitorar o líquido mais precioso do mundo?

O monitoramento de água é uma atitude que visa evitar danos ambientais e promover sustentabilidade e segurança operacional. Devido a importância da água para a vida humana, esse tipo de monitoramento tem se tornado cada vez mais necessário.

Quando falamos em um sistema de monitoramento de água a primeira coisa que vem à mente é o monitoramento de poços, né? Mas a tecnologia não se restringe a isso, é possível também monitorar reservatórios, rios, represas, estações de tratamento, captações superficiais, água de reuso para irrigação, enfim, inúmeras situações que envolvem o uso de água.

Como fazer monitoramento de água?

Um sistema de monitoramento de água reúne equipamentos que captam os dados e os apresenta em tempo real. Isso significa que é preciso um hardware – que é instalado no local a ser monitorado e um software – que pode ser acessado pelo sistema web ou por meio de um aplicativo.

Além disso, também é necessária a utilização de sensores que captam as informações desejadas. Por exemplo: se a intenção é ter informações sobre nível e vazão é preciso um sensor de nível e um hidrômetro com medidor de pulso. E assim sucessivamente, de acordo com os parâmetros a serem monitorados.

O mais interessante é que um software de monitoramento de água moderno trabalha online, ou seja, basta ter acesso à internet para verificar informações como nível, vazão, volume, pressão, pH, condutividade, temperatura, entre outros.

Outro ponto importante é a possibilidade de controle automático como o de horas trabalhadas e no caso de poço artesiano, programar ações de liga/desliga do conjunto motobomba.

Mas, sem dúvidas, um dos principais benefícios da utilização de um sistema de monitoramento de água é o recebimento de notificações na ocorrência de qualquer anomalia, ou seja, se por algum motivo a água monitorada apresentar comportamento incomum (no caso de poço artesiano, um vazamento, por exemplo) são enviados alertas ao celular. Isso que é monitoramento em tempo real, não é mesmo?!

Qual a importância do monitoramento de recursos hídricos?

Agora que você sabe como é realizado o monitoramento de água já deve imaginar o impacto positivo que isso causa no dia a dia de um usuário de recursos hídricos.

Indústrias, hotéis, hospitais, fazendas, condomínios, estações de saneamento básico, entre outros locais que não só utilizam, mas dependem da água para sua subsistência encontram em um sistema de monitoramento de água a segurança que precisam para desempenharem suas atividades.

Além disso, acompanhar os dados referentes aos recursos hídricos é uma forma de reduzir custos já que o monitoramento permite conhecer a fundo a operação e, se for o caso, readequar os equipamentos ou até mesmo realizar manutenções.

Não podemos esquecer ainda que os órgãos ambientais de todo o Brasil estão cada vez mais exigentes em relação ao uso de água, por isso, contar com uma plataforma de gestão e monitoramento é uma garantia de operação dentro das condições estabelecidas.

Fernando Oliveira, CEO da G Hidro, gravou um vídeo falando sobre os benefícios do monitoramento de água. Confira!

Assista e conheça os 10 principais motivos para começar a trabalhar com monitoramento de água o quanto antes!

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Qual a importância do monitoramento da qualidade da água?

[Por Larissa Straci, para o EcoDebate] Monitoramento de parâmetros relaciona alterações nas características físicas, químicas e biológicas da água. Processo é fundamental para mensurar os índices de qualidade dos recursos hídricos, especialmente da água direcionada ao abastecimento público

A água do planeta sofre constantes transformações, se renova e é reutilizada. Uma das principais transformações que a água sofreu no último século é a crescente contaminação, problema que afeta especialmente as grandes áreas urbanas e zonas litorâneas. Em razão do aumento da importância da água para a segurança de populações e devido ao risco de contaminação decorrente das atividades humanas surge a necessidade de um controle mais rígido para o abastecimento público. Neste cenário, destaca-se a importância do monitoramento da qualidade da água para a gestão dos recursos hídricos.

De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), o monitoramento é o conjunto de práticas que visam o acompanhamento de determinadas características de um sistema. No monitoramento da qualidade das águas naturais são acompanhadas as alterações nas características físicas, químicas e biológicas da água, decorrentes de atividades antrópicas e de fenômenos naturais. As práticas relacionadas ao monitoramento incluem a coleta de dados e de amostras em locais específicos, feita em intervalos regulares de tempo, de modo a gerar informações que possam ser utilizadas para a definição das condições presentes de qualidade da água.

Para Mauro Banderali, especialista em instrumentação hidrometeorológica da Ag Solve, os problemas com a qualidade da água começam, quase sempre, na captação. “As águas dos rios e barragens ou as subterrâneas, quando contaminadas, trazem consigo uma carga de substâncias tóxicas. Tais substâncias podem atingir até 80 mil diferentes organismos ou moléculas químicas originárias de processos industriais, dos agroquímicos, da indústria de fármacos, entre outros. Por isso, monitorar a qualidade da água a ser distribuída é uma questão de saúde pública.”

Monitoramento em São Paulo

Fábio Netto Moreno, gerente do Setor de Águas Interiores da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) explicou, durante o workshop “Água e Saúde”, promovido pelo Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo e pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), que a companhia alimenta dados da Rede Básica de Monitoramento de Águas Superficiais e Subterrâneas, visando fornecer um diagnóstico geral dos recursos hídricos no estado. “Atualmente, a Rede conta com 384 pontos de monitoramento, com uma frequência bimestral e compreende uma análise de aproximadamente 60 variáveis físicas, químicas e biológicas. Essa Rede Básica está sendo incorporada à Rede Federal de Monitoramento da ANA”, pontua.

A CETESB também é responsável pelo monitoramento automático para o controle de fontes poluidoras e da qualidade da água destinada ao abastecimento púbico. O monitoramento automático é realizado a cada hora e mede parâmetros como Oxigênio Dissolvido (OD), pH, Temperatura, Condutividade e Turbidez. “Em relação às aguas subterrâneas, a Rede conta com 272 pontos e gera um diagnóstico das águas subterrâneas brutas, visando também subsidiar ações de prevenção e controle da poluição do solo e da água subterrânea”, detalha Moreno. O monitoramento das águas subterrâneas é realizado semestralmente e mede mais de 40 parâmetros físicos, químicos e biológicos.

Índices apontam qualidade da água

O gerente do Setor de Águas Interiores da CETESB, Fábio Netto Moreno, também falou sobre a importância dos índices de qualidade da água, que sistematizam um grande número de variáveis. “Os índices são números utilizados para classificar os corpos hídricos em faixas de qualidade. Eles possibilitam ao órgão responsável pela gestão da água identificar as áreas prioritárias, que merecem algum tipo de atividade de controle. Também permitem uma interface com o público, comunicando sobre a qualidade no corpo hídrico, além de colaborar na investigação científica. Uma desvantagem da utilização de índices é que, quando você abrange um grupo de variáveis, fica difícil individualizar aquela variável que está sendo responsável pela classificação, ruim ou boa, deste índice”, aponta.

Segundo Moreno, o Índice de Qualidade das Águas para Fins de Abastecimento Público (IAP) é o índice utilizado pela CETESB para indicar as condições de qualidade da água bruta captada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) e também por outras concessionárias. “O IAP permite classificar a água com a finalidade de abastecimento ao público. Ele vai avaliar a qualidade do manancial e integrar variáveis que influenciem a qualidade da água para este público. O IAP é produto de multiplicação do Índice de Qualidade das Águas (IQA) pelo Índice de Substâncias Tóxicas e Organolépticas (ISTO)”.

“O IQA é importante, pois indica a presença de esgoto doméstico no corpo hídrico, através de variáveis como Temperatura da Água, pH, Oxigênio Dissolvido, Demanda Bioquímica do Oxigênio (DBO), Coliformes Termotolerantes/ E. coli, Nitrogênio Total, Fósforo Total, Sólidos Totais e Turbidez”, comenta Moreno. “Já o ISTO, compreende as Substâncias Organolépticas (SO), aquelas que vão conferir gosto ou odor à água e vão impactar o estímulo sensorial de quem a consome. Dentro dessas variáveis estão: Ferro, Manganês, Alumínio, Cobre e Zinco. Também dentro do ISTO estão as Substancias Tóxicas (ST), que são mensuradas pelas seguintes variáveis: Potencial de Formação de Triahalometanos, Número de Células Cianobactérias e os metais Cádmio, Chumbo, Cromo, Mercúrio e Níquel. Para o cálculo deste risco se utilizam curvas de qualidade, onde são atribuídos valores de 0,5 à 1 ao limite inferior e ao limite superior”, detalha o gerente.

IAP aponta pior índice em três anos

A qualidade da água captada para abastecimento no estado de São Paulo registrou, em 2013, o pior índice em três anos. De acordo com relatório da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgado em maio de 2014, o Índice de Qualidade das Águas para Fins de Abastecimento Público (IAP) verificado em 72 pontos de captação foi considerado bom em 46% das amostras, regular em 35% e ruim ou péssimo em 17%. Para efeito de comparação, em 2012 o total percentual de pontos com qualidade boa foi de 61%.

O relatório da Cetesb aponta pontos de captação com qualidade considerada ruim durante a média das coletas no ano passado em trechos dos rios Acaraú, Atibaia, das Conchas, Capivari, Corumbataí, Cubatão, Jaguari, Jundiaí, Mogi Mirim, Tietê, Sorocaba, Sorocabuçu, Paraíba do Sul, da Prata, Piaçaguera, Piracicaba, Piraí e São José dos Dourados e Una. Também foram identificados pontos de qualidade ruim nos reservatórios Billings, de Barra Bonita, Cachoeira de Cima, Cascata, do Guarapiranga e do Rio Grande.

Ao todo, a Cetesb monitora a qualidade da água bruta usada para abastecimento público para 23 milhões de habitantes em 69 municípios. Segundo o relatório, o lançamento de esgotos domésticos in natura, ou coletado e não tratado, consiste ainda numa das principais causas da poluição das águas no Estado de São Paulo. Atualmente, 40% do esgoto é despejado em cursos d’água sem tratamento no estado.

Iniciativa importante – O tema “Segurança Hídrica” foi debatido por especialistas durante o Workshop Água e Saúde, promovido pelo Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo e pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista.

Colaboração de Larissa Straci, da Ag Solve, para o EcoDebate, 25/06/2014


Qual a importância do monitoramento da qualidade da água?
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Qual a importância de monitorar a qualidade da água?

Através do monitoramento da qualidade da água é possível identificar as condições de um corpo hídrico e definir o tipo de tratamento a ser dado a ele. Dessa forma, a água pode ser utilizada seguindo as leis para que seu uso, da captação ao despejo, não afete o meio ambiente nem a saúde das pessoas.

Qual a importância da qualidade da água?

Além de trazer mais saúde, a água limpa em todos os pontos da casa protege os aparelhos domésticos, diminui a necessidade de trocas, manutenções e limpeza (da caixa d'água principalmente), previne entupimento de orifícios e incrustações que danificam precocemente os equipamentos.

O que é Monitoramento da água?

As práticas relacionadas ao monitoramento de qualidade de água incluem a coleta de dados e de amostras de água em locais específicos (geo-referenciados), feita em intervalos regulares de tempo, de modo a gerar informações que possam ser utilizadas para a definição das condições presentes de qualidade da água.

Quais principais parâmetros para monitorar a qualidade da água?

Parâmetros físicos: cor, turbidez, sabor, odor, temperatura. Parâmetros químicos: pH, alcalinidade, acidez, dureza, ferro, manganês, cloretos, nitrogênio, fósforo, oxigênio dissolvido, matéria orgânica, micropoluentes orgânicos e inorgânicos. Parâmetros biológicos: organismos indicadores, algas, bactérias.