Qual a diferença substancial entre um mercado de competição perfeita é um mercado monopolista?

Monopólio

  • Em um regime monopolista, quanto maior o mark up, menor será o excedente do consumidor
    • Mark up é a diferença do preço cobrado pelo monopolista e o preço que o mercado cobraria para a maximização da satisfação social
  • Em monopólio, quando a empresa aumenta a produção de uma unidade, tem que reduzir o preço cobrado de cada uma das unidades, e essa redução do preço reduz a receita das unidades que já vinha vendendo. Como resultado, a receita marginal do monopólio é menor do que o preço.
    • A quantidade que maximiza o lucro no monopólio é determinada pela intersecção das curvas de receita marginal e custo marginal
    • P > Rmg = Cmg
  • A quantidade socialmente eficiente se encontra no ponto em que as curvas de demanda e de custo marginal se cruzam.
    • Ao cobrar um preço acima do custo marginal, o monopolista produz menos do que a quantidade socialmente eficiente, produz peso morto.
  • A curva de demanda do mercado impõe um limite à capacidade do monopólio de lucrar com seu poder mercado.
  • Os monopólios naturais têm, por definição, custos totais médios declinantes.

Eficiência de Pareto: alocação de recursos é eficiente quando não é possível melhorar a situação de um setor sem piorar a situação do outro.

Equilíbrio de Nash: situação em que atores econômicos interagindo entre si escolhem sua melhor estratégia, dadas as estratégias escolhidas pelos demais atores.

Efeito Preço X Efeito Quantidade: Se o efeito quantidade for maior do que o efeito preço, a empresa aumentará a produção. Se o efeito preço for maior, a empresa não aumentará a produção.

  • Quanto maior o número de vendedores, menos cada um estará preocupado quanto ao seu impacto sobre o preço.

Oligopólio

  • Quando as empresas de um oligopólio escolhem individualmente a quantidade produzida que maximiza o lucro, elas produzem uma quantidade maior do que o nível de monopólio e menor do que seria atingido pela concorrência perfeita. O preço do oligopólio é menor do que o do monopólio e maior do que o preço do mercado competitivo (em que o preço é igual ao custo marginal).
  • Como no mercado monopolístico, o preço é superior ao custo marginal, pois a maximização do lucro requer que a receita-marginal seja igual ao custo marginal e porque a curva de demanda descendente determina que a receita marginal seja inferior ao preço.
  • Como no mercado competitivo, o preço é igual ao custo total médio, pois a livre entrada e saída do mercado levam o lucro econômico para zero, no longo prazo.
  • A quantidade que minimiza o custo total médio é a escala eficiente da empresa. No longo prazo, as empresas em concorrência perfeita produzem nesta escala, enquanto as empresas na concorrência monopolística produzem abaixo desse nível. Em concorrência monopolística há capacidade ociosa.

Concorrência Perfeita: Resumo

  1. Muitos produtores: nenhum produtor individualmente controla o mercado;
  2. Muitos consumidores: nenhum consumidor individualmente controla o mercado;
  3. Produto comercializado é homogêneo: consumidores não fazem diferenciação entre as empresas ofertantes;
  4. Produtores são tomadores de preços: produtores não escolhem o preço de seu produto, é o mercado que define;
  5. Inexistência de barreiras à entrada e saída de firmas.

A estrutura de concorrência perfeita deve ser analisada sob dois ângulos distintos: o de mercado e o da empresa.

Na concorrência perfeita é importante ressaltar:

∟ O preço é constante e é igual à receita marginal. Justificando P = Rmg –> Para todas as unidades adicionais vendidas, a receita recebida é a mesma e igual ao preço. O processo inverso também é verdadeiro.

∟ A demanda é horizontal;

∟ Se tiver entrada de firmas, o lucro é baixo, mas se tiver saída de firmas, o lucro sobe. Logo, se a empresa tiver lucro econômico positivo, há entrada de empresas, se lucro econômico negativo, há saída de firmas. Consequentemente, a tendência, na concorrência perfeita, é de que o lucro econômico seja zero.

P = Rmg

Demanda = horizontal

LE = 0

Um exemplo na economia brasileira de intervenção governamental em mercados concorrenciais é dado pelas políticas de valorização do preço do café durante a Primeira República. O governo comprava quantidades de café e estocava, reduzindo a oferta de café no mercado. A menor oferta fazia com que o preço subisse. Como o preço ficava maior do que o custo total médio (P > Ctme), novas firmas entravam no mercado, forçando novamente o preço para baixo.

Concorrência Perfeita: Fichamentos

PINDYCK, Robert. Microeconomia. Capítulo 8: Maximização de lucros e oferta competitiva.

Mercados perfeitamente competitivos

Aceitação de preços: como muitas empresas competem no mercado, cada uma enfrenta um número significativo de concorrentes diretos. Como cada empresa vende uma parte suficientemente pequena do total da produção que vai para o mercado, as suas decisões não influenciam o preço de mercado. Ou seja, cada empresa segue o preço de mercado. Em outras palavras, as empresas em mercados perfeitamente competitivos são aceitadoras de preços.

Homogeneidade de produtos: a aceitação de preços usualmente ocorre em mercados nos quais as empresas produzem produtos idênticos ou quase idênticos. Quando todos os produtos de todas as empresas em um mercado são substitutos perfeitos entre si, isto é, quando eles são homogêneos, nenhuma delas pode elevar o preço de seu próprio produto acima do preço praticado pelas outras empresas, porque, nesse caso, perderia todos ou a maior parte dos negócios.

Livre entrada e saída: significa que não há custos especiais que tornam difícil para uma nova empresa entrar em um setor e produzir ou sair dele se não conseguir obter lucros. Como resultado, em ramos com essa característica, os compradores podem facilmente mudar de um fornecedor para outro, e os fornecedores podem entrar ou sair livremente do mercado.

Quando um mercado é altamente competitivo?

Poucos mercados existentes são perfeitamente competitivos no sentido de que cada empresa se defronta com uma curva da demanda totalmente horizontal para um produto homogêneo, havendo também ampla liberdade para as empresas entrarem ou saírem do setor. Não obstante, muitos mercados são altamente competitivos no sentido de que as empresas se defrontam com curvas da demanda de alta elasticidade e relativa facilidade de entrada e de saída.

Excedente do produtor no curto prazo

Da mesma forma que o excedente do consumidor mede a área situada abaixo da curva da demanda individual e acima do preço de mercado do produto, o excedente do produtor mede a área situada acima da curva da oferta de um produtor e abaixo do preço de mercado.

Excedente do produtor: soma das diferenças entre o preço de mercado e o custo marginal de produção relativos a todas as unidades produzidas pela empresa. O excedente do produtor pode alternativamente ser definido como a diferença entre a receita da empresa e seu custo variável total.

Excedente do produtor vs lucro

O excedente do produtor está relacionado com o lucro, não sendo, porém, igual a ele. No curto prazo, o excedente do produtor é igual à receita menos o custo variável, ou seja, o lucro variável. O lucro total, por outro lado, é igual à receita menos todos os custos, tanto variáveis como fixos.

Maximização do lucro no longo prazo

O nível de produção no longo prazo que maximiza os lucros de uma empresa competitiva é aquele no qual o custo marginal no longo prazo se iguala ao preço.

Equilíbrio competitivo no longo prazo: aquele em que todas as empresas do setor estão maximizando os lucros, nenhuma delas tem incentivos para entrar ou sair e o preço vigente torna iguais as quantidades ofertada e demandada.

Excedente do produtor no longo prazo

No longo prazo, o excedente do produtor obtido por uma empresa por meio do produto que vende consiste na renda econômica que todos os seus insumos escassos lhe proporcionam.

Curva da oferta do setor no longo prazo

Nos casos em que há economias de escala na produção ou economia de custos associada à compra de grandes volumes de insumos, o preço dos insumos cai à medida que a produção cresce. Já no caso de deseconomias de escala, o preço dos insumos pode crescer juntamente com a produção. A terceira possibilidade é que os custos de insumo não mudem com a produção. Em qualquer um desses casos, para determinar a oferta no longo prazo adotamos a premissa de que todas as empresas têm acesso à tecnologia de produção existente.

MANKIW, Gregory. Introdução à Economia. Capítulo 14: empresas e mercados competitivos.

  • Como uma empresa competitiva é tomadora de preços, a sua receita é proporcional à sua quantidade produzida. O preço do bem equivale tanto à sua receita média como à sua receita marginal.
  • Para maximizar o lucro, a empresa opta por uma quantidade produzida tal que a receita marginal seja igual ao custo marginal. Uma vez que em uma empresa competitiva a receita marginal é igual ao preço de mercado, ela opta por uma quantidade em que o preço iguale o custo marginal. Assim, a curva de custo marginal da empresa é a sua curva de oferta.
  • No curto prazo, se a empresa não consegue recuperar os seus custos fixos, escolherá paralisar suas atividades temporariamente se o preço do bem for inferior ao custo médio variável. No longo prazo, quando a empresa consegue recuperar tanto os custos fixos quanto os variáveis, ela escolherá sair do mercado se o preço for inferior ao custo médio total.
  • Em um mercado com entrada e saída livres, os lucros são levados a zero no longo prazo. No seu equilíbrio de longo prazo todas as empresas produzem –> escala da eficiência, o preço é igual ao ponto mínimo do custo médio total e o número de empresas ajusta-se para satisfazer a quantidade demandada a este preço.
  • Alterações na demanda têm diferentes efeitos em diferentes horizontes temporais. No curto prazo, um aumento na demanda eleva os preços e gera lucros e uma diminuição na demanda reduz os preços e provoca prejuízos. Mas se as empresas podem entrar e sair livremente do mercado, então o número de empresas ajusta-se no longo prazo para levar o mercado para o equilíbrio de lucro zero.

Concorrência Perfeita: Exercícios

Questão de TPS (2008)

Considere que o mercado opere em Concorrência Perfeita para responder aos itens de (a) a (d):

Curva da demanda: P = 390 – 3Q

Qual seria o equilíbrio de mercado (P e Q em equilíbrio), caso a curva de oferta do referido bem no mercado fosse descrita por P = 30+3Q?

Passos:

  1. Igualar a demanda e a oferta:

390 – 3Q = 30 + 3Q

390 – 30 = 3Q + 3Q

360 = 6Q

Q = 60

  1. Substituir a quantidade de 60 na fórmula de demanda, temos:

P = 390 – 3(60)

P = 390 – 180

P = 210

Em equilíbrio, qual é a receita total, paga pelos compradores e recebida pelos vendedores?

RT = P x Q

RT = 210 x 60

RT = 12.600

Qual é o lucro dos vendedores em equilíbrio no longo prazo?

Lucro econômico = 0

Situação sem entrada ou saída de novas firmas

Explique como se determina em equilíbrio o custo marginal dos vendedores e determine seu valor

– Maximização dos lucros é Rmg = Cmg

– Em concorrência perfeita o preço é constante e igual à Rmg

– Nesse mercado as firmas são tomadoras de preço, o preço do mercado é o preço da firma

Assim:

P = Rmg = Cmg = 210

∟2009

Cmg = 10 + 0,5q

Demanda: Qd = 160 – 4p

Encontre a oferta de cada firma, ou seja, a quantidade que a firma deseja produzir como função do preço.

Como o Cmg é apenas de uma firma, e como P = Cmg para uma firma individual, podemos escrever:

P = 10 + 0,5q (2)

2P = 20 + q

Q = 20 – 2P, para uma firma

Encontre o preço e a quantidade de equilíbrio nesse mercado se o número de formas for igual a 10, de modo que a oferta de mercado seja 10 vezes a oferta de cada firma, tal como encontrado no item anterior:

Quantidade de oferta de 10 firmas:

Qmercado = 10 (20 – 2P)

Qmercado = 200 – 20P

Para encontrar o equilíbrio, iguala-se oferta e demanda de mercado:

20P – 200 = 160 – 4p

24P = 360

P = 15

Substituindo na demanda:

Q = 160 – 4 x 15 = 100

Qof = Qdem = 100

Determine a quantidade e o custo marginal de cada firma associada a essa quantidade, tendo em conta que as firmas, por serem idênticas, produzirão, em equilíbrio, cada uma a mesma quantidade de mercadoria.

Quantidade de mercado = 100

Número de firmas = 10

Quantidade de cada firma = 100/10

Ou

Substituir o preço encontrado na fórmula de oferta da firma individual encontrada no item a:

Q = 2p – 20

Q = 2(15) – 20

Q = 10

Caso uma firma pudesse vender uma unidade a mais do produto pelo preço de equilíbrio o lucro seria maior ou menor?

Rmg = Preço = 15

Cmg = 10 + 0,5q; q = 11

Cmg = 15,5

Se a empresa decidisse produzir uma unidade a mais, o aumento do custo total seria de 15,5 enquanto a receita total seria aumentada em 15. Seu lucro, portanto, seria menor.


Monopólio: Resumo

Características

  • 01 único produtor;
  • Monopolista é formador de preço: ele escolhe o preço pelo qual seu produto será comercializado;
  • Existem barreiras à entrada e à saída de firmas.

Diferença entre concorrência perfeita e monopólio: o monopolista diminui sua produção, aumenta seu preço, o que aumenta o seu lucro (LE > 0). Há aumento de excedente do produtor, que acaba sendo maior que a diminuição do excedente do consumidor (EP > EC). Há, portanto, peso morto.

Diferentemente da estrutura concorrencial, a receita marginal não é constante. Ela é decrescente. Isso significa dizer que quando o monopolista aumenta a sua produção, o preço pelo qual as mercadorias são vendidas cai. O fato de ele ser monopolista não significa que ele pode cobrar o preço que quiser pelo produto. Ele deve levar em consideração o preço que o mercado está disposto a pagar.

Quanto maior a oferta do produtor, menor a disposição a pagar por parte dos consumidores.

∟Se a demanda cruza o eixo da quantidade em q1, a Rmg vai cruzar em q1/2, exatamente no ponto médio.

∟O monopolista escolhe o nível de produção como qualquer outra empresa, maximizando seu lucro de modo que a Rmg = Cmg (ponto B)

Relação das curvas Rmg e Demanda

Demanda: P = 11 – Q

A RT, neste caso, será tal que:

RT = P. Q

RT = (11 – Q)Q

RT = 11Q.Q2

É a partir da RT que encontramos a Rmg, utilizando um processo matemático simples que envolve 3 passos:

  1. Eliminar da fórmula RT todos os componentes que não estão na função de Q
  2. ‘Derrubar’ o expoente de Q que passará a multiplicar essa variável
  3. Subtrair 1 do expoente de Q para saber qual será o novo expoente dessa variável.

RT = 11Q.Q2

  1. Utiliza-se as duas parcelas, pois ambas possuem Q
  2. Derrubo o 1 da primeira parcela e o 2 da segunda, que passam a multiplicar seus respectivos componentes: 11.1.Q x 2.Q;
  3. Subtraio 1 dos expoentes. Para a primeira temos: 1 – 1 = 0, na segunda 2 – 1 = 1,

Rmg = 11.1.Q0 – 2Q1 –> assim: Rmg = 11.1.1 – 2Q, ou Rmg = 11 – 2Q

Atenção!! A demanda (P = 11 – Q) e a Rmg (Rmg = 11 – 2Q) tem o mesmo coeficiente linear, que é igual a 11. O coeficiente angular da Rmg é o dobro do coeficiente da demanda.

Se o governo regulamentar o mercado, definindo um preço teto que o monopolista pode cobrar, esse preço passará a ser a Rmg do monopolista, já que ele deixa de ser um formador de preços e passa a ser obrigado a utilizar o preço teto estabelecido pelo governo.

Excedentes

∟Excedente do consumidor: tudo aquilo que o consumidor está disposto a desembolsar e não desembolsa. É a diferença entre o preço de reserva de cada unidade e o preço efetivamente pago.

∟ Excedente do produtor: tudo aquilo que o produtor recebe a mais, por cada unidade, em relação ao custo marginal dessa mesma unidade.

∟ A somatória d excedente do produtor e do consumidor é chamada de excedente de mercado e corresponde à medida de bem-estar utilizada para avaliar a eficiência das diferentes estruturas de mercado.

O monopolista, quando diminui a produção, aumenta o preço, criando peso morto.

Monopólio natural: água, luz

Apresenta todas as características de um monopólio tradicional com uma característica adicional: A barreira à entrada neste mercado é chamada barreira natural.

Ctme = Cfme + Cvme

O Cfme é decrescente. Como é ele quem determina o comportamento do Ctme, para os casos de monopólio natural, o Ctme é também decrescente.

Sinônimo para monopólio natural = monopólio que atendia integralmente a demanda com custos médios decrescentes.

Monopólio: Fichamentos

PINDYCK, Robert. Microeconomia. Capítulo 10: Poder de Mercado: Monopólio e Monopsônio.

O monopólio é um mercado no qual existe apenas um vendedor, mas muitos compradores. O monopsônio é exatamente o oposto: um mercado com muitos vendedores, mas apenas um comprador.

Receita média e receita marginal do monopolista

A Receita Média é exatamente a curva da demanda de mercado. Para poder escolher o nível de produção capaz de maximizar os lucros, o monopolista deve também conhecer a receita marginal: a variação de receita resultante da variação da produção em uma unidade.

Decisão de produção do monopolista

Para que o monopolista consiga maximizar os lucros, uma empresa precisa determinar o nível de produção de tal forma que a receita marginal seja igual ao custo marginal.

Efeito de um imposto

Um imposto sobre a produção pode também ter sobre o monopolista um efeito diferente daquele que teria se incidisse em um setor competitivo. No monopólio, o preço às vezes pode apresentar elevação superior ao valor do imposto.

Fontes do poder de monopólio

O determinante definitivo do poder de monopólio é, portanto, a elasticidade da demanda da empresa. Três fatores determinam a elasticidade da demanda de uma empresa:

  • A elasticidade da demanda de mercado: como a demanda da própria empresa será pelo menos tão elástica quanto a demanda do mercado, a elasticidade da demanda do mercado limita o potencial de poder de monopólio;
  • O número de empresas atuando no mercado: se existirem muitas empresas, será pouco provável que qualquer uma delas tenha possibilidade de influenciar significativamente no preço do mercado;
  • A interação entre as empresas: mesmo que apenas duas ou três empresas estejam atuando no mercado, nenhuma delas terá possibilidade de elevar o preço com lucro caso exista uma agressiva concorrência entre elas, com cada empresa procurando capturar a maior fatia possível de mercado.

Monopólio: Exercícios

Questões de TPS (2008)

Demanda: P = 390 – 3Q

Cmg = 30 + 3Q

Considere que no novo equilíbrio, sejam comercializadas 40 unidades.

Qual o preço de comercialização do bem?

Substituir 40 na demanda

P = 390 – 3(40)

P = 270

Qual é a Rmg monopolista?

Rmg = Cmg

Cmg = 30 + 3(40)

Cmg = 150

Comente como o monopólio introduz, no caso específico, ineficiência no mercado, com implicações adversas para certos agentes:

Ineficiência = peso morto

Isso acontece porque o monopolista diminui a produção forçando a um aumento do preço. Isso só é possível porque existem barreiras à entrada de novas empresas nesse mercado.

Defina e calcule o peso morto resultante do monopólio:

Peso morto = perda líquida de bem estar <(P – Cmg).(Variação de quantidade)>/2

Demanda = Cmg

390 – 3Q = 30 + 3Q

6Q = 360

Q = 60

Peso morto

PM = <(270 – 150). (60-40)>/2

PM = 1200


Concorrência monopolística: resumo

Características

  • Muitos produtores
  • Produtos comercializados são heterogêneos
  • Não existem barreiras à entrada e à saída de empresas –> tendência de o Lucro Econômico ser igual a zero (LE = 0);
  • Como lutar contra o LE = 0? Propaganda e inovação.

A existência de substitutos próximos torna a elasticidade da demanda mais elástica (valor mais alto em módulo), mas horizontal.

Na concorrência monopolística, a empresa executa os mesmos passos que o monopolista:

  • Define a quantidade ótima de produção de modo que: Cmg = Rmg
  • Encontrada a quantidade, a empresa identifica o preço máximo que os consumidores estão dispostos a pagar por aquela quantidade e cobra este valor no mercado;
  • O preço fica maior do que o Cmg

No longo prazo:

  1. Se LE > 0
  • Há entradas de firmas
  • Aumenta a produção total do mercado
  • O preço se reduz
  • A queda no preço acontece até o ponto em que P = Ctme
  • LE = 0

  1. Se LE < 0
  • Há saída de firmas
  • Diminui a produção total de mercados
  • O preço aumenta
  • O aumento no preço acontece até o ponto em que o P = Ctme
  • LE = 0

Concorrência Monopolística: Fichamentos

MANKIW, Gregory. Introdução à economia. Capítulo 17: concorrência monopolística.

Concorrência monopolística: estrutura de mercado em que muitas empresas vendem produtos que são similares, mas não idênticos. Características:

  • Muitos vendedores: há muitas empresas concorrendo pelo mesmo grupo de consumidores;
  • Diferenciação de produtos: cada empresa produz uma mercadoria que é, pelo menos, ligeiramente diferente daquela vendida por outras empresas. Portanto, mais do que ser tomadora de preços, cada empresa se depara com uma curva de demanda de inclinação descendente.
  • Livre entrada: as empresas podem entrar (ou sair) do mercado sem restrições. Portanto, o número de empresas no mercado se ajusta até que os lucros econômicos se tornem iguais a zero.

A concorrência monopolística, tal como o monopólio, é uma estrutura de mercado que se situa entre os casos extremos da concorrência e do monopólio. Um mercado monopolisticamente competitivo se afasta do ideal da concorrência perfeita porque cada vendedor oferece um produto ligeiramente diferente.

Equilíbrio de longo prazo

Duas características definem o equilíbrio de longo prazo em um mercado de concorrência monopolística:

  • O preço é superior ao custo marginal. A maximização do lucro requer que a receita marginal seja igual ao custo marginal e porque a curva de demanda descendente determina que a receita marginal seja inferior ao preço.
  • O preço é igual ao custo total médio. Porque a livre entrada e saída do mercado levam o lucro econômico para zero.

Concorrência monopolística e concorrência perfeita

Duas diferenças importantes entre os dois tipos de concorrência:

  • Capacidade ociosa: Concorrência monopolística –> produzir abaixo do nível que minimiza o custo total médio. Concorrência perfeita –> produzir a quantidade que minimiza o custo total médio.
  • Margem (mark-up)

Resumo

  • Um mercado de concorrência monopolística se caracteriza por três atributos: muitas empresas, produtos diferenciados e livre entrada.
  • O equilíbrio do mercado de concorrência monopolística difere do mercado de concorrência perfeita em dois modos relacionados. Primeiro, cada empresa tem capacidade ociosa. Isto é, opera na parte descendente da curva de custo total médio. Segundo, toda empresa cobra um preço superior ao custo marginal.
  • A concorrência monopolística não tem todas as propriedades desejáveis da concorrência perfeita. Há o peso morto do monopólio provocado pela margem do preço acima do custo marginal. Além disso, o número de empresas pode ser muito grande ou muito pequeno. Na prática, os formuladores de políticas públicas têm poucas possibilidades de corrigir estas ineficiências.
  • A diferenciação de produtos inerente à concorrência monopolística leva ao uso de publicidade e nomes de marcas. Críticos da publicidade e das marcas argumentam que as empresas as usam para tirar vantagem da irracionalidade do consumidor e para reduzir a concorrência. Os defensores da publicidade e das marcas afirmam que as empresas as usam para informar os consumidores e para competir mais vigorosamente em preço e qualidade do produto.

Oligopólio: Resumo

Características

  • Poucas firmas (não precisam ser parecidas);
  • Produto comercializado é homogêneo e inelástico;
  • Existem barreiras à entrada e à saída de empresas

Há dois tipos de oligopólio:

  • Cooperativo: é possível que haja combinação de preços entre empresas; é possível que haja combinação da quantidade ofertada pelo mercado (OPEP); um grupo de empresas pode funcionar como monopólio; lucros econômicos podem ser maiores do que zero indefinidamente
  • Não cooperativo: produtores competem via preço, via quantidade, por meio da marca.

Qual a diferença substancial entre um mercado de competição perfeita é um mercado monopolista?

Qual a diferença do monopólio é concorrência perfeita?

O Monopólio acontece quando uma única empresa oferece determinado produto ou serviço. Ao contrário da Concorrência Perfeita, aqui são muitos compradores e apenas um vendedor.

Qual a diferença substancial entre um mercado de competição perfeita é um mercado monopolista qual é a causa principal que explica a existência de monopólios?

Qual é a causa principal que explica a existência de monopólios? A diferença principal é a presença de “poder de mercado” por parte dos vendedores, que são poucos. Os vendedores deixam de ser “tomadores de preço” (i.e.: o preço varia conforme maior quantidade de produtos é ofertada).

O que diferencia o mercado de concorrência monopolística do mercado de concorrência pura ou perfeita exemplifique?

A concorrência monopolista é caracterizada por produtos iguais, muitos compradores e muitos vendedores, mas, nesse modelo de concorrência, a entrada e a saída de novas empresas são dificultadas, diferentemente do que ocorre na competição perfeita.

Quais são as duas principais diferenças entre concorrência monopolística é monopólio?

Entre monopólio e competição Monopólio: apenas uma empresa. Oligopólio: apenas alguns vendedores oferecem produtos similares ou idênticos. Concorrência monopolística: muitas empresas vendem produtos similares, mas não idênticos.