04 A expansão do cultivo da soja no brasil através dos dados oficiais Show João Carlos Barrozo Juliana Cristina da Rosa Fecha de recepción: 11 | 05 | 2018 RESUMO A expansão do cultivo da soja no Brasil ocorreu depois de 1940, quando passou a ser produzida para fins comerciais nos estados do sul do país. Com o aumento da demanda pelo grão no mercado nacional e internacional, o cultivo foi expandido para o centro oeste, sobretudo na década de 1970, quando novas variedades de sementes foram desenvolvidas para se adaptarem ao bioma Cerrado. Na metade da década de 1990, uma nova expansão ocorreu em direção à áreas de alguns estados do norte e nordeste do Brasil, tendo como destaque a região conhecida como MATOPIBA. Essa expansão pode ser visualizada pelos dados oficiais do IBGE que apontam as tendências desse processo histórico, e esse artigo se baseou nesses dados para traçar o percurso e indicar uma possível temporalidade para esse fenômeno social e histórico tão significativo para o Brasil. Palavras‒chave: Expansão; Soja; Produção; Produtividade; Brasil. The expansion of soybean cultivation in Brazil through official data SUMMARY The expansion of soybean cultivation in Brazil occurred mainly after 1940, when it began to be produced for commercial purposes in the southern states of the country. With the growing demand for grain in the national and international markets, cultivation was expanded to the Midwest, especially in the 1970s, when new seed varieties were developed to adapt to the Cerrado biome. In the mid‒1990s, a new expansion took place towards the areas of some states of the North and Northeast of Brazil, with emphasis on the region known as MATOPIBA. This expansion can be visualized by the official IBGE data that indicate the trends of this historical process, and this article was based on these data to trace the course and indicate a possible temporality for this social and historical phenomenon so significant for Brazil. Key words: Expansion; Soy; Production; Productivity; Brazil. 1. Introdução Esse artigo tem como objetivo apresentar a expansão do cultivo da soja no Brasil, sobretudo a partir da década de 1940, quando começou a ser produzido com fins comerciais no estado do Rio Grande do Sul. Nas décadas seguintes, o cultivo se expandiu para os estados vizinhos, Santa Catarina e Paraná. A demanda nacional e internacional pelo grão se intensificou na década de 1970, quando novas áreas passaram a ser ocupadas para o seu cultivo no centro oeste do país nos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e parte de Rondônia. A partir da década de 1990, com a intensificação da produção e exportação da soja, novas áreas passaram a ser ocupadas, como a região conhecida como MATOPIBA que compreende partes dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. 2. Metodologia Essa expansão do cultivo da soja pode ser observada através de dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)1 que apontam tendências que podem nortear a análise desse processo, mesmo compreendendo que esse órgão governamental está atrelado a interesses dos diferentes governos. Apesar de possíveis distorções, esses dados oficiais fornecem elementos quantitativos que podem ser analisados qualitativamente através de uma perspectiva processual que apresente a historicidade do processo de expansão do cultivo da soja no Brasil. 3. A expansão do cultivo da soja no Brasil Existem documentações de natureza literária que apresentam relatos sobre o cultivo da soja há séculos, sendo que a leguminosa foi domesticada no norte da China por volta do século XI a.C.,
sendo cultivada nos séculos seguintes no Japão e Coréia, segundo Bonato e Bonato (1987:8). Em 1712, a leguminosa foi levada pelo botânico alemão Engelbert Kaempher para ser cultivada no Jardim Botânico de Paris e Jardim Botânico Real, no Reino Unido, sendo que somente em 1873, dezenove variedades do grão oriundas do Japão e China foram distribuídas para cultivo na Alemanha, Áustria, Holanda, Hungria, Polônia e Suíça por Friedrich Hambertlandt, da Universidade de Viena. Apesar de paulatinamente
passar a ser apreciada para consumo alimentar, a soja não se adaptou às condições ambientais daqueles países e seu cultivo não se expandiu pelo continente europeu. Mapa 1 Essa expansão da fronteira agrícola também foi a do cultivo da soja, pois a partir da década de 1960 até 1975, a produção da soja se concentrava nos estados do sul do país, quando passou a ser produzida em estados do centro oeste como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, além de uma parte
do estado nortista de Rondônia. Entre 1995 e 2014, a nova área ocupada pela produção de soja englobava estados do norte e nordeste do país, destacando‒se os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia 4. A expansão do cultivo da soja no sul do Brasil Após os primeiros testes de cultivo da soja na Bahia e em São Paulo, o estado do Rio Grande do Sul, no extremo sul do país, introduziu as primeiras lavouras da leguminosa.
Desse modo, após a década de 1940, ocorreu o cultivo de soja com fins comerciais no estado do Rio Grande do Sul que chegou a concentrar 99 % da produção nacional, segundo Fernández (2006:18).
Nas décadas seguintes, o cultivo da soja passou a ocupar o lugar das pastagens para o gado bovino e outros cultivos tradicionais como feijão, milho e arroz na região sul do país. Esse movimento de expansão pode ser identificado nas estatísticas oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados que apontam para a área ocupada pela soja e a quantidade produzida desde 1988, de tal forma que é possível calcular a produtividade nesse período. De 1974 a 1983, os dados oficiais se referem apenas à quantidade produzida, conforme tabela abaixo: Tabela 1 Assim, o estado do Rio Grande do Sul incorporou em sua produção agrícola o cultivo da soja que apresentou ao longo desse período um crescimento tanto em produção, da área plantada, como em
produtividade. Tabela 2 Através dos dados da tabela acima, é possível identificar tendências envolvendo a área plantada com soja no Rio Grande do Sul entre 1988 a 2000, que apesar da área plantada permanecer estável, foi o estado com um aumento de produção significativo, e por consequência de uma maior produtividade decorrente de novas técnicas e tecnologias
utilizadas na produção da leguminosa. O resultado dessa tendência foi um salto em 2010 da quantidade produzida. No caso de Santa Catarina, por seu relevo acidentado, foi o estado que menos produziu soja nesse período, apesar de sua alta produtividade nas áreas onde o grão é produzido, uma característica seguida pelo estado vizinho do Paraná que, apesar de ter uma área plantada menor de soja em relação ao Rio Grande do Sul, o ultrapassou depois do ano 2000, devido à sua maior produtividade. Tabela 3 Através da tabela acima, é possível identificar que a expansão da soja ultrapassou os estados do sul do país, adentrando o centro oeste a partir de meados da década de 1970. 5. A expansão do cultivo da soja em direção ao centro oeste Na segunda metade do século XX, a expansão interna do cultivo da soja se intensificou, avançando para além das regiões sul e sudeste, adentrando para o centro oeste e norte do país. As novas áreas tinham características ambientais e climáticas diferenciadas daquelas encontradas no sul, de modo que durante as décadas de 1970 e 1990 foram desenvolvidas uma série de pesquisas que resultaram em novas técnicas, como a do plantio
direto2 que estimulou uma entressafra produtiva —a conhecida «safrinha»— sobretudo de milho, que despontou nos últimos anos com números expressivos de produção em paralelo à produção da soja. Ademais, novas variedades de sementes e insumos foram desenvolvidas para que o cultivo fosse possível em novas áreas como os Cerrados dos planaltos dos estados do Mato Grosso e
Goiás. Ocorreu então a «tropicalização» da soja, ou seja, a expansão desse cultivo para áreas situadas entre o trópico de capricórnio e a linha do equador, caracterizadas por terem baixas altitudes, como o caso do bioma Cerrado, localizado no centro oeste do país.
Dessa forma, através de novas ações governamentais direcionadas para a agricultura, o centro oeste passou a ser considerado como uma fronteira agrícola, se consolidando como alvo de políticas de governo como incentivo à colonização e incentivos fiscais para empresas agropecuárias, conforme Barrozo (2010; 2014); Martins (2009); Becker (1990). Essa expansão rumo ao centro oeste se deu pelo estado do Mato Grosso:
Diante dessas condições, os estados do centro oeste do Brasil tiveram um crescimento significativo na área plantada, na produção e na produtividade da soja, conforme pode ser observado na tabela abaixo: Tabela 4 Em 1988, o centro oeste tinha uma área plantada de 3,2 milhões de hectares que aumentou para 14,9 milhões de hectares em 2016, enquanto que a quantidade produzida passou de 6,6 milhões para
43,9 milhões de toneladas de soja no mesmo período. Mato Grosso é o estado que apresenta o maior aumento na área plantada, passando de 1,3 milhões de hectares em 1988 para 9,1 milhões de hectares em 2016, produzindo 2,6 milhões de toneladas em 1988, alcançando uma produção de 26, 2 milhões de toneladas em 2016.
Vieira, Figueiredo & Reis (2014), também apontam para uma «economia virtuosa» que transborda para o setor de serviços gerando uma dinâmica de acumulação de «riqueza» que pode ser identificada nos Produtos Internos Brutos (PIB) dos municípios mato‒grossenses produtores de soja e daqueles que não produzem:
Essa «regionalização da riqueza» acarreta uma desigualdade entre os municípios mais «pobres», que segundo os autores, estão localizados nas regiões noroeste, nordeste e centro sul, sendo que o sudeste e médio norte concentram os municípios mais ricos, com base na análise na trajetória do PIB per capita entre 1980 a 2010. Entretanto, outros dados como o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), mesmo apontando para a superioridade dos municípios
produtores de soja em termos de qualidade de vida, também apontam para a existência de miséria e desemprego que coexistem com os números que expressam a «riqueza» produzida a partir do cultivo da soja e de outras commodities. Mapa 2 As áreas em amarelo correspondem àquelas que estão ocupadas com culturas temporárias e em laranja estão assinaladas aquelas ocupadas com pastagens para a pecuária, correspondendo a uma significativa área sobre a qual pode ocorrer a da soja, que tem ocupado pastagens degradadas. É importante ressaltar
que no estado de Mato Grosso existem diversas áreas demarcadas como terra indígenas, onde estão situadas a maior parte as áreas preservadas, destacando‒se o Parque Indígena do Xingu, além de áreas de proteção ambiental como Unidades de Conservação e parques estaduais. Logo, é possível identificas as desigualdades de produção entre os municípios mato‒grossenses, além de perceber que existem áreas que ainda podem ser ocupadas pela produção de soja e outros grãos. 6. A expansão da soja em direção ao norte e nordeste: o MATOPIBA Novamente na década de 1990, novas tecnologias
ligadas à agricultura de precisão e o desenvolvimento de transgênicos passaram a ser incorporadas na produção, mas com a participação da iniciativa privada, sobretudo, através de empresas internacionais produtoras desses insumos, que «participam diretamente no processo de pesquisa agrícola, como no desenvolvimento de cultivares em MT, RO e PA4. As fundações privadas
também se tornam fonte de financiamento para a rede oficial de pesquisas» (Jaccoud et al., 2003:13). Tabela 5 Pela tabela acima é possível identificar que a
área plantada nos estados que formam o MATOPIBA era de 591.286 hectares em 1995, passando para 3,7 milhões de hectares em 2016. No mesmo período, ocorreu um crescimento de 1,29 milhões para 7 milhões de toneladas de soja produzida. A produtividade que estava crescendo continuamente, sofreu um decréscimo em 2016, o qual pode estar associado à expansão para novas áreas e à escassez de chuvas nos últimos três anos, sobretudo na Bahia e Piauí. 7. A consolidação do Brasil como grande produtor de soja Dentro desse contexto de expansão da soja no Brasil ocorreu um crescimento vertiginoso do cultivo do grão, o qual pode ser melhor visualizado através dos dados de área plantada e quantidade produzida na região sul, centro oeste e Matopiba num período mais recente entre os anos de 1995 a 2016 (Tabela 6): Tabela 6 Esses dados, apontam uma tendência de crescimento da produção e produtividade do cultivo da soja, com recuos pontuais, mas que firmam o país como um grande produtor de soja. Tabela
7 Observa‒se que entre 2005 a 2015, a área plantada com soja no Brasil aumentou de 23.426.756 para 32.206.387 hectares (ha) e a quantidade
produzida saltou de 51.182.074 para 97.464.936 toneladas (T). Esse crescimento da soja também é observado no cultivo de milho, que tem sido realizado na entressafra da leguminosa, na «safrinha», e os números também são significativos: de 35.113.312 em 2005 para 85.284.656 T em 2015. Se for levado em consideração que esse crescimento da produção se deu em uma área plantada que não aumentou na mesma proporção que a produção, é possível identificar que ocorreu um aumento significativo da
produtividade. 8. Considerações finais: apontamentos de um amplo debate sobre os impactos ambientais e socioeconômicos decorrentes da modernização produtiva da qual o cultivo da soja faz parte Além desse «lado negro», a produção da soja em larga escala está envolvida em algumas controvérsias científicas e políticas, como o uso de quantidades significativas de solo e água para a produção, além do uso de agrotóxicos e de sementes transgênicas. «A adoção desse tipo de semente resultou numa produção de transgênicos que causou debate entre peritos, militantes e pesquisadores em torno das consequências de seu uso para a saúde humana e também em relação à dependência do produtor com relação às empresas que as comercializam», conforme Barrozo & Rosa (2017:176). Ademais,
Os autores tratam do estado do Mato Grosso, mas essas preocupações em relação aos impactos ambientais são frequentes em todas as áreas de expansão da soja no Brasil. Isso porque, não apenas a produção da soja, mas também a da cana‒de‒açúcar, do trigo, da laranja, do milho, do tabaco, dentre outros, causam impactos e estão dentro de um processo conhecido como «modernização produtiva», que ocorreu desde a década de 1960, e que motivou um amplo debate teórico envolvendo seus impactos, e que foi sintetizado a partir das suas consequências principais por Balsan (2006:124):
Esses impactos estão envolvidos num amplo debate que não pode ser apresentado de forma satisfatória nesse artigo, mas é importante destacar que existem uma série de reflexões sobre o avanço do capital sobre o campo, sobretudo dentro da tradição marxista, como as análises de Delgado (1985) e também de reflexões sobre o camponês e sua relação com o capital, como a realizada por Wanderley (1985). A partir desse
avanço do capital sobre o campo que é possível inserir as novas técnicas e tecnologias utilizadas durante o processo de modernização produtiva, e problematizar, através de pesquisas empíricas, os impactos sobre as relações sociais no campo e a estrutura fundiária, num processo associado à expansão da fronteira agrícola. Conforme Graziano da Silva (1982:45), essa modernização produtiva não ocorreu de forma igualitária, gerando três tipos distintos de desigualdade: entre os produtores rurais;
entre as atividades agropecuárias; e mesmo entre as regiões do país. Após décadas refletindo sobre esse processo, Graziano da Silva (2000), identificou que essas desigualdades tiveram impactos sobre a estrutura fundiária do país, eu se tornou mais concentrada nas mãos de produtores com capital para adquirir terra e tecnologias, de modo a ser um elemento excludente em termos de acesso e permanência na terra. Mesmo projetos de Reforma Agrária realizados, não tiveram impacto sobre a significativa
concentração característica da estrutura fundiária do Brasil, conforme analisado por Leite (2000). Notas 1Segundo definição disponibilizada na página institucional: «O IBGE é uma entidade da administração pública federal, vinculada ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, que possui quatro diretorias e dois outros órgãos centrais. Para que suas atividades possam cobrir todo o território nacional, o IBGE possui a rede nacional de pesquisa e disseminação». Disponível em https://www.ibge.gov.br/institucional/o-ibge.html 2Plantio Direto:«O plantio direto é uma técnica de cultivo conservacionista na qual procura‒se manter o solo sempre coberto por plantas em desenvolvimento e por resíduos vegetais. Essa cobertura tem por finalidade protegê‒lo do impacto das gotas de chuva, do escorrimento superficial e das erosões hídrica e eólica» (fonte: EMBRAPA). Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Milho/CultivodoMilho_2ed/mandireto.htm 3Para uma melhor visualização da legenda do mapa acessar: https://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo.html?busca=1&id=1&idnoticia=3149&t=ibge-disponibiliza-mapa-cobertura-uso-terra-mato-grosso-escala-1250-000&view=noticia 4Siglas dos estados brasileiros de Mato Grosso, Rondônia e Pará. 5Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm 6Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp87.htm 7Dados da Tabela 1 ao final desse artigo. Bibliografia 1. Balsan, R. (2006). Impactos decorrentes da modernização da agricultura brasileira. Campo‒Território: revista de geografia agrária, 1(2), 123‒151. [ Links ] 2. Barrozo, J.C. (Org.). (2010). Mato Grosso: a (re) ocupação da terra na fronteira amazônica (Século XX). São Leopoldo: Oikos; Unisinos; Cuiabá/MT: EdUFMT. [ Links ] 3. Barrozo, J.C. (2014). 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(1985). O camponês: um trabalhador para o capital. Cadernos de Quais são os aspectos negativos econômicos e ambientais dessa expansão do cultivo da soja na região?Deve-se levar em consideração que esse tipo de produção provoca sérios problemas ambientais como: perda de solos, retirada da vegetação original, poluição dos solos e das águas, extinção das nascentes, morte de animais silvestres que consomem cereais com substâncias químicas, entre outros.
Quais os impactos ambientais da soja?Além do desmatamento, o avanço da soja preocupa ambientalistas por outros efeitos nocivos de seu cultivo, como a presença de agrotóxicos e o plantio de variedades transgênicas – fatores que dificultariam ainda mais a recuperação do solo e o reequilíbrio do ecossistema local.
Quais os impactos sociais e ambientais resultantes da expansão da área de soja?Assim, com o aumento da produção agrícola acarretada pelo maior incentivo do governo, a área plantada também se elevou, ocasionando um aumento do desmatamento e, com ele, danos ao meio ambiente.
Quais as consequências da expansão da soja para o campo?Uma das consequências do processo de expansão da fronteira agrícola na região Norte é a concentração fundiária, de renda e dos sistemas produtivos - grandes fazendas de gado e monoculturas mecanizadas (caso da soja), e com a subordinação dos padrões culturais e produtivos das comunidades locais e regionais, atadas pela ...
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