Quais foram os principais fatores responsáveis pelo grande crescimento populacional da cidade de São Paulo?

Resumo: As espécies enfrentam diferenças nas condições abióticas ao longo da sua distribuição geográfica, sendo a temperatura um dos principais fatores que influencia diversos aspectos da vida de um organismo, especialmente em ectotérmicos. Perto da borda da distribuição geográfica a interação entre os fatores abióticos e a tolerância fisiológica pode desempenhar um papel fundamental na determinação dos limites de distribuição, já que a tolerância fisiológica determina o conjunto de condições com o qual as espécies conseguem lidar. Desse modo, a tolerância fisiológica pode restringir a distribuição geográfica da espécie. Portanto, para uma melhor compreensão de quais fatores limitam a distribuição geográfica de uma espécie é necessário conectar os limites fisiológicos com características ambientais. Nesse contexto, abordagens como a modelagem de distribuição de espécies são ferramentas úteis, já que ligam pontos conhecidos de ocorrência de uma espécie com condições climáticas. Ademais, uma maneira que os indivíduos enfrentam a variabilidade ambiental é através da plasticidade fenotípica. Portanto a variação espacial nas condições abióticas pode levar a uma diferenciação fenotípica, que pode conferir otimização local na aptidão, e resultar em diferentes estratégias entre as populações. Nesse contexto, características de história de vida podem proporcionar um melhor entendimento sobre como diferenças espaciais no ambiente são traduzidas em consequências na aptidão. Sarconesia chlorogaster é uma espécie que tem distribuição geográfica exclusivamente na América do Sul, restrita a regiões de clima mais frio. Estudos anteriores ressaltaram que essa espécie é sensível a temperaturas mais elevadas e estabeleceram os limites térmicos dessa espécie em 7 e 31°C. Porém, diferentes estudos sobre a biologia dessa espécie apresentaram diferenças no desenvolvimento ao longo da sua distribuição, fato que pode ser devido a diferenças no fenótipo entre as populações. Assim, o objetivo desse estudo foi determinar a resposta de S. chlorogaster a variáveis abióticas em diferentes escalas espaciais. Considerando que essa espécie tem sua distribuição geográfica aparentemente restrita a regiões com características climáticas específicas, nós utilizamos a abordagem de modelos de distribuição de espécies para determinar a importância do ambiente na formação de sua distribuição. Além disso, nós hipotetizamos que diferenças entre regimes climáticos ao longo de sua distribuição selecionam por mudanças nos componentes da história de vida e também nos limites térmicos entre as populações. Nós encontramos que o fator principal na formação da distribuição geográfica de S. chlorogaster é a resposta da aptidão ao clima, principalmente temperatura. Ademais, diferentes estratégias na história de vida são consequência ao ambiente climático em que cada população se desenvolveu. Todavia, as respostas ao choque de frio e calor não mostraram um padrão claro entre as populações. Porém, nossos resultados sugerem que o limite termal superior é mais conservado que o limite termal inferior.

Abstract: Species face differences in abiotic conditions along their geographic distribution and temperature is one of the main factors that influences in several aspects of an organism's life, especially for ectotherms. Near the edge of the geographic distribution, the interaction between abiotic factors and physiological tolerance plays a key role in setting up species distributional limits, since physiological tolerance determines the set of conditions a species can cope with. Thus, physiological tolerance may restrict a species' geographic distribution. Therefore, for a better understanding of which factors limit the geographic range of a species is necessary to link the physiological limits with environmental characteristics. In this context, approaches like species distribution models are useful tools, since they link known occurrence records of a species with climatic conditions. Moreover, one way organisms cope with environmental variability is through phenotypic plasticity. Thus, the spatial variation in abiotic conditions can guide to a phenotypic differentiation, which can confer a local fitness optimization, and lead to different strategies among populations. In this context, life-history traits can provide insights about how environmental spatial differences should translate into fitness consequences. Sarconesia chlorogaster is a species that has geographic distribution in South America, restricted to regions with colder temperatures. Previous studies showed that this species is sensitive to warmer temperatures and determined the thermal limits of this species in 7 and 31°C. However, different studies about the biology of this species showed differences in the development throughout its distribution and this can be caused by different phenotypes among populations. Thus, the aim of this study was to determine the response of S. chlorogaster to abiotic variables in different spatial scales. Considering that this species has its geographic distribution apparently restricted to regions with specific climatic characteristics, we used species distribution models approach to determine the importance of environment in shaping its distribution. Moreover, we hypothesized that differences among climatic regimes along its geographic distribution select for changes in life-history components and also in thermal limits among populations. We have found that the main factor shaping geographic distribution of S. chlorogaster is the fitness responses to climate, mainly temperature. Furthermore, different life-history strategies respond to the climatic environment where each population has evolved. Nevertheless, the responses for cold and heat shock did not show a clear pattern among populations. However, our results suggested that upper thermal tolerance is more conserved than lower thermal tolerance.

Quais foram os fatores que possibilitaram o grande crescimento populacional nas últimas décadas do século passado?

O intenso crescimento brasileiro se deve, sobretudo da cultura de famílias com um grande número de filhos, dos fluxos migratórios que ocorreram ao longo do processo de povoamento do país, a melhoria das condições médico-sanitárias, além da criação de vacinas e métodos de tratamento de doenças.

Quais foram os motivos que favoreceram o crescimento populacional nas últimas décadas?

Melhorias e inovações na saúde, aumento da qualidade de vida, maior fluxo imigratório e maiores taxas de natalidade são fatores que influenciam no crescimento populacional.

Quais foram os principais fatores que colaboraram para o crescimento da urbanização brasileira a partir da metade do século 20?

O processo de industrialização, propiciado pela Revolução Industrial iniciada na Europa, foi o fator propulsor da urbanização no Brasil, que teve seu início no século XX. A modernização do campo vivida no período da industrialização provocou um expressivo êxodo rural.

Quais são os fatores que teriam motivado o crescimento populacional observado na Região Norte?

Puxado pela atração agrícola e migração de outros Estados, o Norte apresentou o maior crescimento populacional entre as cinco regiões do país nos últimos dez anos, conforme aponta o Censo 2010, divulgado nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).