Quais os principais impactos da presença portuguesa para as populações indígenas?

Résumés

We still know little about the expectations, identities, perceptions and policies of the indigenous populations involved in colonial processes. In different parts of the vast Amazon region – particularly areas where there were missionary villages and compulsory labor, as well as economic ties – there are records of increased numbers of escapes and the establishment of new communities by these fugitives in a process of ethno-genesis that is still little understood. In this paper, I analyse the interfaces between Indianist and indigenous policies in the colonial Amazon. We know very little about how countless indigenous societies and micro-societies – as well as colonial sectors, including recently arrived enslaved Africans – perceived colonization policies on the basis of their own logic and cultures, adapting patterns of settlement, migration, kinship, geographic shifts, funeral practices.

Todavía sabemos poco acerca de las expectativas, las identidades, las percepciones y las políticas llevadas a cabo por los pueblos indígenas en los procesos coloniales. En diferentes partes de la vasta región amazónica - especialmente donde había reducciones y una organización del trabajo obligatorio, además de vínculos económicos - hay registros sobre el aumento de las fugas y el establecimiento de fugitivos en nuevas comunidades, en un proceso de etnogénesis aún poco conocido. En este artículo se analizan las interfaces entre las políticas indigenistas y las políticas indígenas en la Amazonía colonial. Sabemos muy poco sobre cómo las numerosas sociedades y micro-sociedades indígenas -, así como los sectores coloniales, incluyendo a los africanos esclavizados recién llegados – vieron las políticas de colonización a partir de sus propias lógicas y culturas, adaptando patrones de asentamiento, migración, parentesco, cambios geográficos, prácticas funerárias.

Haut de page

Notes

1 Reis, Arthur Cezar Ferreira, A expansão Portuguesa na Amazônia nos séculos XVII e XVIII, Rio de Janeiro, SPVEA, 1959; Aspectos da Experiência Portuguesa na Amazônia, Manaus, Governo do Estado, 1966 e Limites e Demarcações na Amazônia Brasileira. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1947, 2 volumes.

2 Farage, Nádia, “As Muralhas dos Sertões: os povos indígenas no Rio Branco e a colonização”, Rio de Janeiro, Paz e Terra, ANPOCS, 1991, p. 23-53.

3 Ver Russel-Wood, “Centro e Periferia no mundo luso-brasileiro, 1500-1808”, Revista Brasileira de História, vol. 18, número 36, São Paulo, p. 187-250

4 Cardoso, Ciro Flamarion S., La Guyane Française (1715-1817): Aspects économiques et sociaux. Contribution à l´étude des sociétes esclavagistes d´Amérique, Ibis Rouge Editions, Gadaloupe, 1999 e Economia e Sociedade em Áreas Coloniais Periféricas: Guiana Francesa e Pará, 1750-1817, Rio de Janeiro, Graal, 1981.

5 Pensamos aqui nas perspectivas críticas de Alencastro, Luiz Felipe, "O aprendizado da Colonização", Revista do Instituto de Economia da Unicamp, número 1, agosto 1992, p. 135-162

6 Fausto, Carlos, “Se Deus fosse Jaguar: Canibalismo e Cristianismo entre os Guarani (séculos XVI a XX)”, Mana, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 385-418, 2005 e Monteiro, John M. “Armas e Armadilhas: história e resistência dos índios”, Novaes, Adauto (Org.). A Outra Margem do Ocidente, São Paulo, Companhia das Letras, 1999, pp. 237-249.

7 Ver Hill, Jonathan (ed.), History, Power and Identity. Ethnogenesis in the Americas, 1492-1992, University of Iowa Press, 1996, p. 149-151.

8 Ver por exemplo, Sommer, Barbara A, “Cracking Down on the Cunhamenas: Renegade Amazonian Traders under Pombaline Reform”, Journal of Latin American Studies, volue 38, part 4, november 2006, p. 767-791.

9 Hemming, Jonh, Red Gold. The Conquest of the Brazilian Indians, Harvard University Press, 1978, pp. 409- 443; Amazon Frontier. The Defeat of the Brazilian Indians, MacMillan London, 1987, pp. 40-80 e Sweet, David Graham, A Rich Realm of Nature Destroyed: The Middle Amazon Valley, 1640-1750, Tesis Ph.D, The University of Wisconsin, 1974, especialmente, capítulos 1 e 2.

10 Arquivo Publico do Pará (doravante APEPA), Códice 07 (1752-1769), Ofícios de 21/01/1764 e 19/05/1761; Códice 08 (1752-1773), Ofício de 11/07/1752; Códice 09 (1752-1777); Ofícios de 24/08/1773 e 16/11/1753; Códice 12 (1759), Ofício de 01/07/1759; Códice 14 (1759-1762), Ofício de 19/10/1761; Códice 24 (1762), Ofícios de 07/01/1762 e 04/02/1762; Códice 26 (1762), Ofício de 24/11/1762; Códice 59 (1765), Ofício de 01/01/1765 e 12/01/1765; Códice 96 (1769), Ofício de 17/06/1769; Códice 97, Ofício de 18/10/1769; Códice 144 (1774), Ofícios de 16 e 17/04/1774 e Códice 150 (1774-1780), Ofício de 22/03/1774; Códice 151 (1775), Ofício de 24/10/1775 e Códice 151 (1775), Ofícios de 8 e 9/11/1775.

11 APEPA, Códice 356, Ofício de 05/01/1781; Códice 343, Ofício de 26/02/1778 e Códice 200 (1780), Ofício de 16/09/1780.

12 Maria Regina Celestino de Almeida, "Trabalho Compulsório na Amazônia: séculos XVII-XVIII", Revista Arrabaldes, Ano I, número 2, set/dez, 1988, pp. 112; segs. e Nádia Farage, Muralhas do Sertão..., pp. 31 e segs. e Heloísa Liberalli Belloto, "Política Indigenista no Brasil Colonial (1570-1757)", Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, São Paulo, número 29, p. 55-6.

13 Dauril Alden, "El indio Desechable en El Estado de Maranhão durante los siglos XVII y XVIII", América Indigena, volume XLV, número 2, Abril-junho, 1985, pp. 437 e Sweet, David G, "Black Robes and `Black Destiny': Jesuit Views of African Slavery in 17 th Century Latin America", Revista de História de América, México, número 86, junho-dezembro/1978, p. 102-3

14 Azevedo, João Lúcio d', Os Jesuítas no Grão-Pará, suas missões e colonização. Borguejo histórico com vários documentos inéditos, Lisboa, Liv. Edit. Tavares Cardoso & Irmãos, 1901; Farage, Nádia & Amoroso, Marta Rosa (orgs.), Relatos da Fronteira Amazônica no Século XVIII. Documentos de Henrique João Wilckens e Alexandre Rodrigues Ferreira, São Paulo, NHII/USP, FAPESP, 1994; Sampaio, Patrícia M. M., “Amazônia: fronteiras, identidades e história”, Ciência e Cultura (SBPC), v. 61, p. 26-29, 2009 e Sampaio, Patrícia M. M. “Remedios contra la pobreza. Trabajo indigena y produccion de riqueza en la amazonia portuguesa, siglo XVIII”, Fronteras de la Historia, Bogotá, v. 9, p 17-58, 2004.

15 Salles, Vicente, O Negro no Pará, Rio de Janeiro, FGV, 1971, p. 32 e segs. e Farage, Nádia. As Muralhas do Sertão..., p. 48 e segs.

16 Maclachlan, Colin M., "The Indian Labor Structure in the Portuguese Amazon, 1700-1800", in Alden, Dauril, Colonial Roots of Modern Brazil, Papers of the Newberry Library Conference, University of Califórnia Press, 1973, pp. 228; Belloto, Heloísa Liberalli, "Política Indigenista no Brasil Colonial.....", p. 59.

17 Farage, Nádia, p. 89, 92 e 125.

18 Coelho, Mauro Cezar, “A construção de uma lei: o Diretório dos Índios”, Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, v. 168, p. 29-48, 2007; “Índios, negócios e comércio no contexto do Diretório dos Índios - Vale Amazônico (1755-1798)”, in Figueiredo, Aldrin Moura, Alves, Moema Bacelar. (org.), Tesouros da memória: história e patrimônio no Grão-Pará, Brasília, Ministério da Fazenda, 2009, pp. 45-58; “O Diretório dos Índios: possibilidades de investigação”, in Coelho, Mauro Cezar; Gomes, Flávio dos Santos; Queiroz, Jonas Marçal; Marin, Rosa Elizabeth Acevedo; Prado, Geraldo. (orgs.). Meandros da História: trabalho e poder no Pará e Maranhão, séculos XVIII e XIX, 1 ed., Belém, Associação das Universidades Amazônicas, 2005, pp. 48-67; Do Sertão para o Mar - um estudo sobre a experiência portuguesa na América, a partir da Colônia: o caso do Diretório dos Índios (1758-1798), Tese de Doutorado em História, Universidade de Sáo Paulo, 2006; Sampaio, Patrícia M. M. “Entre a tutela e a liberdade dos índios: relendo a Carta Régia de 1798”, in Coelho, Mauro Cezar; Gomes, Flávio dos Santos; Queiroz, Jonas Marçal; Marin, Rosa E. Acevedo; Prado, Geraldo. (orgs.), Meandros da história: trabalho e poder no Pará e Maranhão, séculos XVIII e XIX, Belém, UNAMAZ, 2005, pp. 68-84; Espelhos Partidos: etnia, legislação e desigualdade na Amazônia Colonial, Manaus: EDUA, 2010 e “Vossa mercê mandará o que for servido...: políticas indígenas e indigenistas na Amazônia Portuguesa, século XVIIII”, Tempo. Revista do Departamento de História da UFF, v. 12, 2007, p. 39-55.

19 Ver Farage, Nádia, As Muralhas do Sertão..., p. 52 e Carta do Governador do Pará, 14/06/1754 transcrita em Mendonça, Marcos Carneiro de, A Amazônia na Era Pombalina. Rio de Janeiro, IHGB, 1967, Correspondência inédita do Governador e Capitão-General do Estado do Grão-Pará e Maranhão Francisco Xavier de Mendonça Furtado (1751-1759), p. 554-555, tomo 2.

20 Maclachlan, Colin M., "The Indiam Directorate...", p. 380-1.

21 Serulnikov, Sérgio, "Disputed Imagens of Colonialism: Spanish Rule and Indian Subversion in Northern Potosí, 1777-1780", Hispanic America Historical Review, volume 76, número 2, maio de 1996, p. 211-212.

22 Almeida, Maria Regina Celestino de, "Trabalho Compulsório na Amazônia...", pp. 114 e segs. e Farage, Nádia, As Muralhas do Sertão..., pp. 53 e APEPA, Códice 151 (1775), Ofício de 24/09/1775.

23 Farage, Nádia, Muralhas do Sertão..., pp. 47; Queiroz, Fr. João de São José, Visitas Pastorais. Memórias (1761-1762), Rio de Janeiro, Ed. Melso, 1961, pp. 252 e APEPA, Códice 456, Ofício de 18/01/1790; Códice 551, Ofício de 08/08/1798 e Códice 200 (1780), Ofício de 10/02/1780.

24 Ver Almeida, Maria Regina Celestino de, "Trabalho Compulsório na Amazônia..." e Perrone-Moisés, Beatriz, "Índios livres e Índios escravos...", pp.18. Ver APEPA, Códice 356, Ofício de 22/06/1781; Códice 190 (1782), Ofício de 19/06/1782; Códice 244 (1787), Ofício de 28/11/1787 e Códice 246 (1787-1793), Ofício de 01/09/1789.

25 Farage, Nádia, p. 125.

26 Ver Dossiê MUNDURUKU. Uma contribuição para a história indígena da Amazônia Colonial. Boletim Informativo do Museu Amazônico, Manaus,volume 5, número 8, 1995.

27 Cf. Howard, CatherineV, “´Pawana: a farsa dos ´visitantes´ entre os WaiWai da Amazônia Setrentional”, in Castro, Eduardo Viveiros de e Cunha, Manuela Carneiro da (orgs.), Amazônia: Etnologia e História Indígena, São Paulo, NHII/USP,FAPESP, 1993, p. 229-264.

28 Cf. Farage, Nádia, pp. 105.

29 Cf. Queiroz, Fr. João de São José, Visitas Pastorais..., p. 173.

30 APEPA, Códice 27 (1762), Ofício de 05/1762; Códice 96 (1769), Ofício de 06/02/1769; Códice 146 (1774), Ofício de 11/02/1774; Códice 150 (1774-1780), Ofício de 02/04/1776 e Códice 151 (1775), Ofício de 14/10/1775. APEPA, Códice 306, Ofício de 08/01/1777; Códice 333, Ofício de 16/07/1803; Códice 285 (1794-1796), Ofício de 04/12/1794.

31 Cf. Queiroz, Fr. João de São José . Visitas Pastorais..., pp. 163 e APEPA, Códice 334, Ofício de 24/08/1804.

32 APEPA, Códice 590 (1765-1771), Ofício de 12/07/1769; Códice 291, Ofício de 21/11/1775 e Códice 319, Ofício de 28/07/1778; Códice 610 (1788-1790), Portaria expedida em 01/12/1788; Códice 266 (1791), Ofício de 21/03/1791; Códice 124, Ofício de 02/03/1791; Códice 08 (1752-1773), Ofício de 04/02/1768 e Códice 339, Ofício de 04/07/1804.

33 APEPA, Códice 266 (1791), Ofício de 18/08/1791; Códice 10 (1754-1799), Ofício de 27/10/1790; Códice 275 (1796-1797), Ofício de 17/01/1797 e Códice 314, Ofício de 08/11/1800.

34 APEPA, Códice 121 (1771-1776), Ofício de 07/02/1776; Códice 228 (1785), Ofício de 21/06/1785 e Códice 1197 (1791-1792), Ofício de 30/03/1792.

35 Cf. Cardoso, Ciro Flamarion S., O Trabalho Indígena na Amazônia Portuguesa", História em Cadernos, Rio de Janeiro, IFCS/UFRJ, volume 3, número 2, set/dez. 1985, pp. 18-19 e Daniel, João, Padre, "Tesouro Descoberto no Rio Amazonas", Anais da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional, volume 95, tomo 1 e 2, 1975, pp. 149.

36 APEPA, Códice 13 (1759-1760), Ofício de 08/08/1759 e Códice 23 (1761-1776), Ofício de 12/09/1766; Códice 107 (1769-1770), Ofício de 22/12/1769; Códice 306, Ofício de 11/07/1777; Códice 200 (1780), Ofício de 19/11/1780 e Códice 219 (1783), Ofícios de 25 e 30/04 e 03/05/1783.

37 APEPA, Códice 83 (1767-1777), Ofício de 15/03/1767 e Códice 241 (1787), Ofício de 18/01/1787.

38 Monteiro, John M., “Escravidão Indígena e Despovoamento na América Portuguesa: São Paulo e Maranhão”, in Dias, Jill (org.), Brasil nas Vésperas do Mundo Moderno, Lisboa, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1992, pp. 137-168 e “Mamalucos, Bastardos, Carijós: Mestizaje e Identidad Cultural En São Paulo, Siglos XVI-XVII”, in Vangelista, Chiara (org.), Fronteras, Culturas, Etnías: América Latina, Siglos XVI-XX, Quito: Abya-Yala, 1996, p. 111-128.

39 Ver Oliveira, João Pacheco de, A Viagem da Volta – Etnicidade, política e reelaboração cultural no nordeste indígena, Rio de Janeiro, Contra Capa, 1999.

40 Gallois, Dominique Tilkin, Mairi revisitada: A Reintegração da Fortaleza de Macapá na tradição oral do Waiãpi, São Paulo, Núcleo de História Indígena e do Indigenismo, USP, FAPESP, 1994, p. 70-82.

41 Dreyfus, Simone, "Os empreendimentos Coloniais e os Espaços Políticos indígenas no Interior da Guiana Ocidental (entre o Arenoco e o Corentino) de 1613 a 1796", in Castro, Eduardo Viveiros de & Cunha, Manuela Carneiro da, Amazônia: Etnologia e história indígena, São Paulo, NHII/USP, FAPESP, 1993, pp. 19-41; Gallois, Dominique Tilkin, Mairi revisitada; Price, Richard, Alabi's world, Baltimore, The Johns Hopkins University Press, 1990; First-Time: The Historical Vision of Afro-American People. Baltimore, The Johns Hopkins University Press, 1983 e Whitehead, Neil L., Lords of the Tiger Spirit. A History of the Caribs in Venezuela and Guyana, 1498-1820, Foris Publications, 1988.

42 Cf. Oliveira, João Pacheco de (org.), A Viagem da Volta. Etnicidade, política e reelaboração cultural no nordeste indígena, Rio de Janeiro, Contra Capa Livraria, 1999, p. 8, 18-19 e segs.

Haut de page

Pour citer cet article

Référence électronique

Flávio Gomes, « Migrações, populações indígenas e etno-genese na América Portuguesa (Amazônia Colonial, s. XVIII) », Nuevo Mundo Mundos Nuevos [En ligne], Débats, mis en ligne le 31 janvier 2011, consulté le 12 août 2022. URL : http://journals.openedition.org/nuevomundo/60721 ; DOI : https://doi.org/10.4000/nuevomundo.60721

Haut de page

Qual foi o impacto da presença portuguesa para a população indígena?

A colonização portuguesa teve como principais características a submissão e o extermínio de milhões de indígenas. O processo de colonização portuguesa no Brasil teve um caráter semelhante a outras colonizações europeias, como a colonização espanhola, que conquistou e exterminou os povos indígenas.

Quais foram as percepções dos portugueses em relação aos povos indígenas?

Não reconhecendo nos nativos uma cultura própria, os portugueses pretendiam torná-los súditos do rei de Portugal e cristãos. Eram incapazes de entender os índios e o seu contexto sócio - cultural, reduzindo-os à condição de selvagens, de acordo com os padrões europeus.

O que aconteceu com os indígenas após o conflito com os portugueses?

Consequências. Os conflitos brutais entre indígenas e portugueses resultaram em mortes e aprisionamentos. As relações entre os dois povos foi marcada pela violência e imposição dos lusitanos, muitas vezes disfarçada pela presença dos missionários.

Qual foi o impacto da ausência de Estado nas sociedades indígenas na colonização portuguesa?

RESPOSTA: A ausência de Estado nas sociedades indígenas foi vista pelos portugueses como um atraso e, por isso, justificada como um motivo para “civilizar” os nativos, por meio da cristianização e da implantação da organização política europeia na colônia.