Por quê me importar phillip yancey

Descrição Manah Books

Corajoso e extraordinário. Estas são duas características marcantes deste livro breve e profundo em simultâneo. Trata-se de uma reflexão aberta e sincera sobre a igreja, essa agência do reino de Deus tão mal compreendida.

Editora: Vida Nova
Autor(a): Philip Yancey
Acabamento: Brochura
Tamanho da Letra: Normal
Número de Páginas: 96
Data de Lançamento: 2006
Altura: 1,0 cm
Largura: 14,0 cm
Comprimento: 21,0 cm
Peso: 0,150 kg
ISBN: 9788527503570

Importante:
Imagens Meramente Ilustrativas
Produto: Novo
Origem: Nacional
Idioma: Português
País de Produção: Brasil
Cód. MB: 4025

Grátis

30 pág.

Por quê me importar phillip yancey

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QQuuaannddoo aa VViiddaa nnooss MMaacchhuuccaa 
Compreendendo o lugar de Deus em sua dor 
 
Philip Yancey 
 
 
 
Digitalizado por Carlos Honório 
Reeditado por SusanaCap 
 
 
www.semeadores.net 
 
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Semeadores da Palavra e-books evangélicos 
 
 
 
Copyright © 1999 por Philip Yancey 
 
Publicado pela Multnomah Publishers 
204 West Adams Ave., P.O. Box 1720, Sisters, Oregon, 
97759 
 
Copyright © 2003 pela Editora United Press 
 
Título do original em inglês: When life hurts 
Tradução: Luiz Frazão Filho 
 
Revisão: 
Josemar de Souza Pinto 
Noemi Lucília Lopes S. Ferreira 
 
Adaptação da capa e miolo 
B. J. Carvalho 
 
Supervisão editorial de produção 
Vera Villar 
 
1ª edição brasileira: 2003 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando o coração se me amargou 
e as entranhas se me comoveram, 
eu estava embrutecido e ignorante; 
era como um irracional à tua presença. 
Todavia, estou sempre contigo, 
tu me seguras pela minha mão direita. 
Tu me guias com o teu conselho 
e depois me recebes na glória. 
Quem mais tenho eu no céu? 
Não outro em quem eu me compraza na terra. 
Ainda que a minha carne e o meu coração 
desfaleçam, 
Deus é a fortaleza do meu coração 
e a minha herança para sempre. 
 
Um convite à esperança 
Há três décadas escrevendo, já conversei com muitas 
pessoas vítimas da dor. Algumas delas, como um piloto 
adolescente cujo avião ficou sem combustível e caiu em um 
milharal, eram diretamente responsáveis por seu próprio 
sofrimento. Outras, como uma jovem que morreu de 
leucemia, seis meses após seu casamento, foram 
aparentemente escolhidas de forma aleatória, sem nenhum 
aviso prévio. Entretanto, todas, sem exceção, tinham 
profundas e inquietantes dúvidas sobre Deus por causa da 
dor pela qual passaram. 
A dor coloca à prova nossas convicções mais 
elementares sobre Deus. Já ouvi, repetidas vezes, cinco 
perguntas ensejadas pela dor: Deus é suficientemente 
competente? Ele é, de fato, tão poderoso? Ele é justo? Por 
quê Ele parece não se importar com a dor? Onde está Deus 
quando mais preciso dele? 
Conheço bem essas perguntas por já tê-las feito a mim 
mesmo, em momentos de sofrimento. Caso você ainda não 
tenha colocado diante de si as mesas questões, é provável 
que algum dia isso venha a acontecer, em momento de 
grande sofrimento ou dor. Se você está passando por 
intensas aflições, físicas ou emocionais, este pequeno livro é 
para você. Nesses tempos tão indesejados de busca e 
desespero, Deus anseia por nos oferecer algo de valor 
inestimável, algo que nunca pedimos. Cada pergunta pode 
ser um convite à esperança, a porta para os seus generosos 
dons divinos. 
 
 
 
 
 
 
Na tua presença, Senhor, 
estão os meus desejos todos, 
e a minha ansiedade não te é 
oculta. 
Bate-me excitado o coração, 
faltam-me as forças, 
e a luz dos meus olhos, 
essa mesma já não está contigo. 
Salmo 38.9-10 
 
SEÇÃO UM 
QUANDO VOCÊ SE PERGUNTA POR QUE DEUS CRIOU A DOR 
 
Passeie por um jardim durante a primavera ou observe a 
neve cair sobre uma paisagem montanhosa, e, por um 
instante, você terá a impressão de que tudo parece justo no 
mundo. A criação reflete a generosidade de Deus assim como 
uma pintura reflete a generosidade do artista. 
O mundo está repleto de belezas, convenhamos. 
Mas, observando mais detidamente este adorável 
mundo, você começa a ver dor e sofrimento por toda parte. 
Os animais devoram uns aos outros em um cruel ciclo de 
sobrevivência, onde prevalece a lei do comer ou ser comido. 
Todo ser humano passa por profundos sofrimentos pessoais. 
Alguns se destroem mutuamente. Tudo o que tem vida 
enfrenta frustrações, acidentes ou doenças - e, por fim, a 
morte. 
A "pintura" de Deus lhe parece falha; às vezes, até 
arruinada. 
Confesso que cheguei a ver a dor como um grande erro 
divino, num mundo que, por outro lado, se mostra 
impressionante. Por quê teria Deus permitido que sua 
criação ficasse desordenada e a dor passasse a existir no 
mundo? Se não houvesse injustiças e sofrimentos, seria 
muito mais fácil para nós respeitarmos a Deus e acreditar 
nele. Por quê não poderia ter Ele criado todas as belezas 
deste mundo deixando de fora a dor? 
Descobri a resposta para essas perguntas em um lugar 
inusitado. Para minha surpresa, descobri que, na verdade, 
existe um mundo onde não há dor - entre as paredes de um 
leprosário. Os leprosos, hoje chamados de hansenianos, não 
sentem dor física. Porém, é justamente aí que está a tragédia 
de sua condição. A medida que a doença se alastra, as 
terminações nervosas que emitem os sinais de dor silenciam. 
Praticamente toda a deformidade física ocorre porque a 
vítima da lepra não consegue sentir dor. 
Certa vez, conheci um portador de lepra que havia 
perdido todos os dedos do pé direito por insistir em usar 
sapatos apertados, menores do que os que ele precisava usar. 
Conheço outro que chegou quase a perder o polegar por 
causa de uma ferida que se desenvolveu em decorrência da 
força com que ele segurava o cabo de um esfregão. Muitos 
pacientes naquele hospital ficaram cegos em virtude de a 
lepra ter silenciado as células da dor, cuja função era alertá-
los no momento em que piscassem. 
Meus encontros com vítimas da lepra serviram para me 
mostrar que, em mil e um aspectos, grandes e pequenos, a 
dor nos é útil a cada dia. Enquanto formos saudáveis, as 
células da dor nos alertarão sobre quando devemos trocar de 
sapatos, sobre quando devemos segurar com menos força o 
cabo de um esfregão ou de um ancinho, ou quando 
precisamos piscar. Enfim, a dor nos permite levar uma vida 
livre e ativa. Em um livro escrito anteriormente, Where Is God 
When It Hurts, descrevo algumas das notáveis características 
da corrente da dor no corpo humano. Não posso reproduzi-
las todas aqui, mas vale a pena mencionar algumas: 
- Sem os sinais da dor, a maioria dos esportes seria 
demasiadamente arriscada. 
- Sem a dor, não haveria sexo, uma vez que o prazer 
sexual é transmitido principalmente pelas células da dor. 
- Sem a dor, a arte e a cultura seriam muito limitadas. 
Musicistas, dançarinos, pintores e escultores, todos 
dependem da sensibilidade do corpo à dor e à pressão. Um 
guitarrista, por exemplo, precisa sentir exatamente a posição 
de seus dedos nas cordas e a pressão exercida sobre elas. 
- Sem a dor, nossas vidas estariam correndo constantes 
perigos fatais. Não receberíamos, por exemplo, o aviso da 
ocorrência de um apêndice supurado, de um enfarto ou de 
um tumor cerebral. 
- Em suma, a dor é essencial à preservação da vida 
normal neste planeta. Não se trata de uma inovação 
inventada por Deus no último instante da criação só para 
tornar infeliz a vida das pessoas. Nem se constitui ela num 
grande erro do Criador. Hoje vejo no incrível rede de milhões 
de sensores da dor existentes por todo o corpo humano, 
precisamente adaptados à nossa necessidade de proteção, 
um exemplo da competência de Deus, e não de sua 
incompetência. 
 
* * * 
 
 
 
 
Deus meu, 
clamo de dia, 
e não me respondes. 
Salmo 22.2 
 
SEÇÃO DOIS 
QUANDO VOCÊ DUVIDA DO PODER DE DEUS. 
É claro que a dor física é apenas a camada externa 
daquilo que chamamos de sofrimento. A morte, as doenças, 
os terremotos, os tornados - tudo suscita duros 
questionamentos sobre o envolvimento de Deus na terra. 
Pode ser que, originalmente, Ele tenha criado a dor como um 
meio de advertência eficaz para nós. Mas ao que dizer do 
mundo hoje? 
Será que Deus pode se sentir satisfeito com toda a 
insensatez dos males da humanidade, com as catástrofes 
naturais e as fatais doenças infantis? Por quê Ele não atua 
com toda a sua competência e põe fim a algumas