Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?

Resposta: O tato não é suficiente para determinar a temperatura dos objetos. Com o tato é possível identificar se o objeto está quente ou frio. Por exemplo, quando tocamos em uma panela que está fervendo, vamos perceber que a panela está quente, mas não conseguimos identificar a sua temperatura somente com o tato.

Resposta: O tato não é suficiente para determinar a temperatura dos objetos. Com o tato é possível identificar se o objeto está quente ou frio. Por exemplo, quando tocamos em uma panela que está fervendo, vamos perceber que a panela está quente, mas não conseguimos identificar a sua temperatura somente com o tato.

            O tato é um dos cinco sentidos que coleta informações do ambiente por meio de interações diretas com a matéria ou a energia. Essas interações podem ser entendidas mediante o estudo dos conceitos calor, energia e radiação térmica, pressão, além de outras características relacionadas à diferença de consistência e forma de superfícies, a sensações de dor e cócegas. As interações (sensoriais) se traduzem via corpúsculos do tato que estão localizados na derme, na epiderme e nos epitélios.
A pele é uma membrana repleta de sensores e reveste todo o corpo. Sua camada externa age como uma capa que protege contra vários fatores do ambiente: as variações de temperatura, os micróbios existentes no ar atmosférico. A pele representa a primeira barreira que o organismo apresenta contra corpos estranhos.
Além de proteger o organismo, de reagir às sensações provocadas pelo tato, calor, pressão, etc., e revelar fatores como variedade de cores, idade e saúde, a pele apresenta outras três funções importantes, como respiração (poros), excreção (suor) e manutenção da temperatura do organismo (suor) – homeostase.

            A pele de um adulto pesa cerca de 4 kg e mede, aproximadamente, dois metros quadrados de área. Com a absorção da energia solar as células da pele passam a ocupar mais espaço, deixando o pigmento à vista, conferindo à pele a típica coloração bronzeada.

Sensações táteis

A pele é formada pela epiderme, a derme e a hipoderme. A epiderme, camada mais externa, é um epitélio multiestratificado constituído de várias camadas de células, responsável pela impermeabilidade da pele. A epiderme é formada por três tipos celulares: os melanócitos, as células de Langerhans e de Merkel.
Os melanócitos são células que produzem um pigmento denominado melanina; as células de Langerhans apresentam antígenos e fazem parte do sistema imunológico; as células de Merkel são tidas como mecanorreceptores e localizam-se em maior quantidade na pele da palma das mãos e planta dos pés. Na base dessas células existem terminações nervosas de natureza sensorial.
            As células que formam o epitélio germinativo (camada mais interna da pele) multiplicam-se continuamente. Isso faz com que as novas células geradas empurrem as mais velhas em direção à superfície externa. À medida que as células epidérmicas vão envelhecendo tornam-se achatadas e passam a fabricar e acumular dentro de si uma proteína resistente e impermeável denominada queratina. Assim, as células mais superficiais, impregnadas de queratina, morrem e passam a formar um epitélio resistente ao atrito e altamente impermeável à água, a camada queratinizada.
A derme fica logo abaixo da epiderme, onde se localizam músculos, folículos, glândulas (sudoríparas e sebáceas), pêlos, nervos e vasos. Apresenta espessura variável de acordo com a região observada. Sua superfície externa é irregular, apresentando saliências e reentrâncias acompanhando a epiderme. Essas saliências são denominadas de papilas dérmicas, cuja função é aumentar a área de contato derme-epiderme, conferindo maior resistência à pele.
A hipoderme é a camada que une (de maneira pouco firme) a derme e os órgãos subjacentes. Dependendo da região da pele e do grau de nutrição do organismo, poderá ter uma camada variável de tecido adiposo, que quando desenvolvida constitui o panículo adiposo.

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?
As terminações nervosas existentes na pele são especializadas em sensações, tais como táteis, calor, pressão e dor. Essa variabilidade de sensações faz com que o tato seja considerado o mais completo entre os cinco órgãos dos sentidos.

Receptores táteis

As sensações táteis são as que detectam o toque, a pressão e a vibração. São conhecidos cerca de seis tipos diferentes de receptores táteis.

Corpúsculos de Meissner

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?

São encontrados em regiões não pilosas da pele (pele glabra) sendo abundantes nas pontas dos dedos, nos lábios, nas plantas dos pés e em outras partes da pele capazes de discernir características especiais de sensações de tato. Tais corpúsculos se adaptam rapidamente após o estímulo, sendo, portanto, muito sensíveis ao movimento de objetos leves sobre a superfície da pele e também à vibração de baixa freqüência.                  

Discos de Merkel
São encontrados na ponta dos dedos e em algumas outras áreas. São responsáveis em detectar um toque contínuo de objeto contra a pele, sendo importantes na determinação da textura do que é sentido.

Órgão terminal piloso
Situado próximo ao pêlo, estimula a fibra nervosa basal, de modo a detectar o contato inicial do movimento de objetos sobre a superfície do corpo.

Órgãos terminais de Ruffini

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?

Estão localizados nas camadas mais profundas da pele e nas cápsulas das articulações. São terminações que se adaptam muito pouco, sendo importantes para a sinalização de estados contínuos de deformação da pele e dos tecidos mais profundos, como sinais pesados e contínuos de tato e sinais de pressão. Nas articulações ajudam a sinalizar o grau de rotação das mesmas.

Corpúsculos de Pacini

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?

Situados em camadas mais profundas da pele, são estimulados por movimentos rápidos dos tecidos, vibrações e mudanças de pressão e respondem num intervalo de tempo de poucos centésimos de segundo. São importantes para detectar a vibração dos tecidos ou outras alterações rápidas do estado mecânico dos tecidos.                        

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?
Corpúsculos de Krause
São os receptores térmicos responsáveis pela sensação de frio. Situam-se nas regiões limítrofes da pele com as membranas mucosas, como ao redor dos lábios e dos genitais.

Receptores de Superfície

Sensação percebida

De Pacini

Pressão

De Krause

Frio

Discos de Merkel

Tato e pressão

De Meissner

Tato

De Ruffini

Calor

Terminações nervosas livres

Dor (principalmente)

Existem também as terminações nervosas livres, encontradas em toda parte da pele e em muitos outros tecidos. Tais sensores são sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e, especialmente, aos dolorosos. São formados por um axônio ramificado envolvido por células de Schwann.
Quase todos os receptores sensoriais do tato transmitem seus sinais pelas fibras nervosas de condução rápida. Por outro lado, os tipos mais imprecisos de sinais, como a pressão indistinta, o tato mal localizado e as cócegas, são transmitidos por fibras nervosas muito mais lentas.
            A tabela apresenta os principais receptores de superfície e a sensação percebida:

Regiões de maior sensibilidade

Algumas áreas da pele apresentam alto grau de sensibilidade, como os lábios e a ponta dos dedos. Por meio dessas áreas são recolhidas informações detalhadas quanto à forma, à textura, à dureza e à temperatura daquilo que é tocado. Isso ocorre porque nessas regiões existe grande número de receptores sensoriais. Mesmo o menor estímulo é capaz de ativar alguns receptores.
A ponta dos dedos e os lábios são regiões mais sensíveis da pele, por terem um elevado número de terminações nervosas (até 2000/cm2). Se fosse desenhar uma pessoa com base na sua capacidade de percepção da pele, as pontas dos dedos e os lábios seriam bem maiores, em comparação com as outras partes.
A pele possibilita examinar ativamente os objetos com as mãos para verificar características como a textura, o peso e a forma dos objetos. Possibilita, também, sensações agradáveis como a brisa, um cafuné carinhoso, além de outras sensações, como cócegas.

A ocorrência de cócegas
             A sensação de cócegas é percebida por terminações nervosas livres que apresentam altíssima sensibilidade. Essas terminações nervosas quando são tocadas enviam diferentes mensagens ao cérebro. Assim como a sensibilidade ao frio, ao calor e até à dor, as pessoas respondem de maneiras diferentes aos estímulos na pele. As áreas mais sensíveis a cócegas costumam ser protegidas do toque alheio. Quando a pele recebe algum tipo de estímulo, os nervos passam a informação para o cérebro que, dependendo da intensidade, a resposta do cérebro leva a desencadear ações que fazem a pessoa se contrair, rir. 


A evolução da cor da pele

A capacidade dos seres humanos adaptarem-se ao longo dos tempos aos diversos ambientes de imigração reflete diferenças na cor da pele e, conseqüentemente, na sua capacidade de sobrevivência. Não por acaso as pessoas de pele mais escura tendem a ser encontradas em regiões próximas ao Equador, enquanto as de pele mais clara em regiões próximas aos pólos.
A evolução da pigmentação da pele também está ligada à perda de pêlos. Entre os primatas, somente os humanos têm a pele quase sem pêlos e em cores diferentes. Os primeiros seres humanos tinham a pele clara e coberta de pêlos. Possivelmente a perda dos mesmos tenha ocorrido primeiro, e a mudança de cor, posteriormente. Quando os seres humanos perderam os pêlos a produção de melanina assumiu uma nova importância.
A melanina é uma grande molécula orgânica que filtra física e quimicamente a radiação UV, absorvendo os raios ultravioletas e neutralizando os radicais livres que seriam produzidos após lesão pela radiação UV.

O perigo da energia de alta freqüência
            Na epiderme, mais precisamente na camada germinativa, estão situados os melanócitos, tipos de células especializadas em produzir a melanina, que se distribui pela pele, dando-lhe cor. O que torna uma pessoa mais morena ou não é a quantidade (e/ou o tipo) de melanina que as células conseguem produzir.
            A melanina não tem a função somente de colorir a pele. Ela serve, principalmente, para filtrar os raios solares, de modo a impedir a entrada de grandes quantidades de radiação solar ultravioleta (UV).
            Os poucos raios UV que atravessam a melanina reagem com certas proteínas das células epiteliais, produzindo a vitamina D, que é essencial para fortalecer os ossos. A diferença na cor da pele da espécie humana está fundamentada nesse fato, ou seja, ao longo da evolução as pessoas que viviam sob o sol forte e constante dos trópicos, como os africanos, teriam a pele mais escura porque a carência de vitamina D seria menor. Já os habitantes de climas temperados ou frios teriam a pele clara para deixar “entrar” a radiação luminosa e, com isso, manter certa quantidade da vitamina.

Atividade: Entrevistar mães e outras pessoas da sua comunidade sobre:
a) se as mães cuidam para que seus filhos “tomam sol” regularmente. Se sim, ver em que horários o fazem;
b) se as pessoas “tomam sol” intencionalmente durante o ano. Se sim, qual época do ano, quais os horários e quais as principais razões.

Trocas de Energia

            É essencial para o bom funcionamento dos processos metabólicos de “produção” de energia do organismo a manutenção da temperatura corporal, praticamente constante, em 36ºC. A grande capacidade de adaptação dos seres humanos em uma tão diversificada gama de ambientes, e com grandes variações de temperatura, se dá na sua capacidade de fabricar e usar utensílios e ferramentas, que lhes permitem regular as trocas de energia térmica com o ambiente e manter constante a temperatura corporal.

Temperatura, Calor e Equilíbrio Térmico

São conceitos importantes para compreender as trocas de energia com o ambiente e a manutenção da temperatura corporal. A temperatura de um corpo expressa o “estado de agitação” média de suas moléculas. Isto está relacionado diretamente à energia cinético-molecular. Quanto maior for a energia cinética das moléculas mais elas  oscilam em torno de sua posição de equilíbrio, passando a ocupar maior espaço. Um termômetro em contato com esse corpo indicará temperaturas mais elevadas.
O calor representa a condição necessária entre dois corpos ou sistemas para que seja possível a transferência de energia térmica entre eles. Naturalmente, em qualquer sistema que tiver regiões de temperaturas diferentes ou mantiver interação com outro sistema de temperatura diferente, a energia tende a se mover do sistema (ou região do sistema) de maior temperatura para o de menor temperatura.
            As diferenças de temperatura entre corpos ou sistemas em contado tendem a desaparecer a medida que as moléculas que tiverem maior energia cinética (maior estado de agitação) transferem, via calor, energia para outras de menor energia cinético-molecular (de menor temperatura). Assim, sempre há a tendência de esses corpos ou sistemas entrarem em equilíbrio térmico.

Energia Interna, Calor Específico e Capacidade Térmica

            Qualquer corpo inserido no ambiente tem energia interna, pois suas moléculas possuem energia cinético-molecular. A energia interna tem relação direta com o tipo de material que compõe o corpo e a massa desse corpo. Quando um corpo absorve ou cede energia térmica sua energia interna é alterada. Para os casos em que não houver mudança de estado físico esta energia se traduz em variação da temperatura do corpo. 
A concentração das moléculas de um material tem implicação direta na sua capacidade térmica. Como o tamanho das moléculas é diferente de um material para outro, corpos com massa igual possuem diferentes quantidades de moléculas. Por exemplo, um grama de água possui mais moléculas do que um grama de ferro. Isso significa que a água possui maior calor específico (1 cal/g.ºC) do que o ferro (0,11 cal/g.ºC), ou seja, a água consegue “acumular” uma maior quantidade de energia térmica do que a mesma quantidade de massa de ferro.
Se for fornecida uma mesma quantidade de energia térmica, integralmente a esses dois materiais, a temperatura do ferro subirá muito mais do que a da água. Se, contudo, forem aquecidos um kg de água e um kg de ferro até uma temperatura de 90ºC, será necessário fornecer muito mais energia térmica à água. Como a água tem mais moléculas por unidade de massa, ela necessita mais energia, pois precisa aumentar a energia cinético-molecular de muito mais moléculas.

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Transferência de energia térmica através de materiais: o exemplo da pele

Compreender a interação dos seres humanos também requer o entendimento sobre as trocas de energia térmica entre o corpo humano e o ambiente, uma vez que estas ocorrem durante as 24 horas do dia.
Uma pessoa em repouso dissipa constantemente para o ambiente em torno de 1,7 Kcal/min (120w de potência). Já, com o movimento corporal, com a realização de exercícios físicos, essa taxa aumenta.            A extensão e a espessura da pele e a temperatura corporal são fatores que estão diretamente relacionados com a atividade de troca de energia térmica com o ambiente.
            As trocas de energia térmica quando da interação das pessoas com o ambiente dependem de alguns fatores que, em geral, são organizados em três processos de propagação do calor:

a) Condução

Nos materiais sólidos, em geral, ante a pouca mobilidade das moléculas, a transferência de energia térmica ocorre através da estrutura molecular dos materiais sólidos. A diferença de temperatura entre dois corpos (dois sistemas) desencadeia o processo de calor, em que ocorre a transferência de uma determinada taxa de energia térmica (F) através dos materiais, a exemplo da pele.

A taxa de energia térmica através de um material depende diretamente da sua natureza (cte k), da sua superfície (S) de contato com o ambiente e da diferença de temperatura (DT) que existe entre a pele e o ambiente (ar atmosférico). Além disso, a espessura (e) do material também interfere no processo do calor: quanto maior for a espessura menor tende a ser a transferência de energia térmica entre esse material e o ambiente.
No caso da pele de uma pessoa ou de outros seres vivos, é possível pensar a taxa de energia térmica (F) relacionada à extensão da pele, cuja superfície externa (S) numa pessoa adulta é de 2m2, à diferença de temperatura (DT) entre o corpo e o ambiente e, de certa forma, à espessura da pele (e). Nas suas interações com o ambiente as pessoas utilizam uma variedade de materiais, como roupas e cobertores, para regular a quantidade de energia térmica que trocam com o ambiente. 
Na interação das pessoas com o ambiente, elas estão às voltas com as trocas de energia térmica que ocorrem através de uma variedade de materiais. Em geral, a taxa de transferência de energia através dos materiais varia bastante de um tipo para outro. Diferenças nítidas podem ser observadas quanto à transferência de energia térmica que ocorre em colheres de metal ou de madeira, quando uma das extremidades da colher estiver inserida numa panela que está sendo aquecida. É possível perceber o maior aquecimento do cabo de uma colher de metal quando comparado com o cabo de madeira.
Esses exemplos ajudam a compreender que alguns tipos materiais, como os que contêm ferro em sua composição, são considerados bons condutores, e outros tipos de materiais, como os presentes na composição do vestuário, são considerados isolantes ou maus condutores.

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?

b) Convecção

Boa parte dos fenômenos físicos que resultam em transferência de energia térmica ocorrem em meios líquidos ou gasosos. As trocas de energia são realizadas pelo movimento das moléculas de um ponto a outro de um sistema (ou corpo), como no aquecimento da água numa panela, nas correntes de convecção no interior da geladeira e do vento que favorece a secagem de roupa num varal, a transferência de energia térmica do corpo humano (notoriamente quando o corpo está molhado). A própria respiração envolve trocas de energia térmica entre o corpo e o meio externo.

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?

Quando a diferença de temperatura entre o ambiente e o organismo diminui muito, a taxa de transferência de energia térmica também diminui, acarretando um acúmulo de energia interna no organismo e a tendência de elevar a temperatura corporal. Para compensar essa redução, o organismo se vale de um recurso interessante e eficiente: o suor.
A evaporação do suor somente ocorre com a retirada de energia do organismo, em torno de 540 cal/g de suor evaporado. A diferença na energia cinética das moléculas que evaporam faz com que elas se afastem da proximidade do corpo, de modo a transferir energia do organismo para outro local. Em atividades intensas, uma pessoa é capaz de eliminar um litro de suor por hora.

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?

Atividade: vaporização e calor latente

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?

Materiais: dois termômetros, algodão, álcool e água.
Procedimentos:
a) Sem encostar a mão nos bulbos, determinar a leitura dos dois termômetros: T1= ....................;
T2= ...................
b) Molhar um pedacinho de algodão em água e outro em álcool e enrolar, rapidamente, cada um separadamente em torno dos bulbos dos termômetros. Após 5 a 8 min. verificar as temperaturas: T1= ..................; T2= ................... 
c) Comparar as diferenças na temperatura e expressar seu entendimento.
d) Isso tem algo a ver com a evaporação do álcool e da água?

c) Irradiação

É o processo de transferência de energia por meio da radiação eletromagnética, particularmente a infravermelha do espectro eletromagnético. A pele constantemente irradia energia para o ambiente na faixa do infravermelho e sofre influência da irradiação de energia proveniente do ambiente.
Nos dias em que a temperatura do ambiente está mais elevada, isto é, está próxima da temperatura da pele (36º C), diminui a taxa de transferência de energia por irradiação para o ambiente. Essa situação também ocorre quando a pessoa fica exposta diretamente à radiação solar na época de verão. O resultado disso é uma sensação desconfortável.
            Quando a situação de troca abaixo do normal persiste há a tendência de elevação da temperatura corporal e aumentar ainda mais o desconforto. Nestes casos, o organismo se vale de um recurso bem eficiente, o suor, conforme já visto anteriormente.

Atividade: irradiação (térmica)

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?
Materiais: duas latinhas de cerveja pintadas, uma branca e outra preta, uma lâmpada de potência 150W e dois termômetros.
Procedimento:
a) Anote a temperatura dos termômetros: T1= ............; T2= ........
b) Ligar a lâmpada e observar as variações de temperatura. Após 5 a 8 min. verificar as temperaturas: T1= ...........; T2= .......... 
c) Comparar as diferenças nas temperaturas e expressar seu entendimento.

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?

Sensações térmicas e diferenças na condutibilidade térmica

Atividade: sensação térmica, temperatura, calor e condutividade térmica
1. Quando alguém encosta as mãos em diferentes corpos que estão num mesmo ambiente a percepção será a mesma em relação a todos os corpos tocados? Experimentar:
a) Colocar, simultaneamente, a mão direita na parte metálica de uma cadeira e a esquerda na parte de madeira (ou estofada). Discutir com seus colegas: a sensação térmica nas duas mãos foi a mesma ou foi diferente?

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?
b) Pegar um termômetro, verificar a temperatura da sala (...............ºC);
c) Encostar o termômetro na parte metálica da cadeira durante dois minutos e anotar a temperatura desta (............ºC); em seguida, na parte de madeira ou estofada (............. ºC).
d) O termômetro indicou valores iguais ou diferentes para a temperatura da parte metálica e da madeira? ..........................
e) Discutir com os colegas sobre as leituras realizadas nos termômetros.
f) Colocar, ao mesmo tempo, a mão direita na parte metálica da cadeira e a esquerda na de madeira, mas deixá-las em contato por mais de um minuto. Ainda é possível perceber diferenças na sensação térmica?
2. Com base nessa atividade experimental e nos estudos sobre calor e temperatura, analisar alguma situação similar, possível de ocorrer em seu contexto.

Duas pessoas poderão ter diferentes sensações de frio ou de calor com relação ao estado térmico de corpos que são tocados em dias diferentes do ano. De forma similar, uma pessoa poderá ter diferentes sensações de frio e de calor ao tocar em diferentes objetos que se encontram num mesmo ambiente. Em ambos os casos, apesar das sensações diferentes, a temperatura dos objetos e do ambiente onde se encontram é a mesma. A diferença na condutividade térmica dos materiais dá uma má impressão do fenômeno.

Normalmente é possível avaliar o estado térmico de um corpo a partir dos sentidos, porém com certas limitações, visto que este pode ser prejudicado em sua objetividade em função de fatores tais como as evidenciadas nos dois experimentos anteriores. A ciência, para não incorrer em “erros” deste tipo, faz uso de instrumentos, como os termômetros, que permitem identificar a temperatura dos objetos de forma mais precisa.

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?

Força e pressão

            Diariamente as pessoas tocam objetos com superfícies lisas, rugosas, pontiagudas, o que provoca sensações diferenciadas. Para entender esse fenômeno, particularmente dois conceitos são bem representativos: força e pressão.

Filme: “Salve a sua pele” (da Coleção Superinteressante)
a) Discutir sobre o filme;
b) Produzir um texto relacionado ao assunto tratado no filme.

Pele e radiação solar

A atmosfera exerce ação “de filtro” das radiações (ondas) eletromagnéticas que chegam até ela, dificultando a passagem de radiações, e até impedindo certas radiações que são danosas à vida do planeta. Assim, a atmosfera, mediante o efeito filtrante, limita a quantidade de radiação que atinge a Terra. Permite a passagem abundante da luz na faixa do visível (maior quantidade de energia emitida pelo Sol), parte expressiva da radiação infravermelha, e alguma parcela de radiação ultra-violeta (UV).
A intensidade de radiação ultravioleta que chega à Terra varia com a concentração do ozônio, com a hora do dia e a época do ano. Isto se deve ao fato de a camada de ozônio apresentar diferenças na concentração de ozônio e às diferenças quanto ao percurso da radiação solar através da mesma. Por exemplo, no início da manhã e no final da tarde a radiação percorre distâncias bem maiores, comparadas com o meio-dia, antes de alcançar a superfície da Terra. As diferenças de percurso também ocorrem em relação às diferentes épocas do ano. Por exemplo, ante a maior “inclinação” da Terra a distância percorrida pela radiação, ao meio-dia, durante o inverno é bem maior do que durante o verão.
As diferenças no percurso através da atmosfera das radiações solares significam diferenças na absorção da radiação UVB pelo ozônio. Assim, é desaconselhável a exposição ao sol no período entre 10h da manhã e 2h da tarde, principalmente no verão, quando a radiação UVB chega com mais intensidade à superfície da Terra. Como as radiações UVB têm menor comprimento de onda (e maior freqüência) do que a UVA, elas ultrapassam com mais facilidade quando a camada de ozônio é menos espessa (nos horários considerados de risco).
Em condições normais a radiação UV é benéfica: por ter ação bactericida os pediatras indicam expor ao sol o bumbum de bebês com assaduras; por ser absorvida pelos melanócitos provoca a liberação da melanina, responsável pelo bronzeamento da pele.
O excesso de UVB, entretanto, pode provocar danos ao organismo, como o aparecimento do câncer de pele.
Em regiões onde a camada de ozônio vem sendo destruída a radiação ultravioleta chega à superfície terrestre com mais intensidade, daí mais prejudicial. A reação química do cloro-fluor-carbono (CFC) com o ozônio (O3) provoca “destruição” de O3. Com quantidade menor de O3 menos fótons de UVB são absorvidos nessa região da atmosfera, o que significa que uma maior quantidade deles chega à superfície da Terra.

Banho de Sol
Quem não gosta de “tomar sol” no inverno, inclusive no horário de meio-dia, para se aquecer e principalmente no verão, para se bronzear? Deve-se, contudo, ter certos cuidados, pois o que à primeira vista parece bom pode trazer, com o tempo, sérios transtornos ao organismo. 
Em geral as pessoas sabem que o Sol intenso faz mal e pode provocar câncer de pele. E as primeiras providências que se deve tomar para evitar os malefícios, como o câncer de pele, é cuidar os horários de exposição ao Sol e utilizar bloqueadores de radiação (protetores).
A radiação ultravioleta, responsável pelo bronzeamento, pode causar problemas graves se agir com muita intensidade sobre a pele por um período além do ideal, ou em horários impróprios.  Mesmo em dias nublados e chuvosos mais de 70% da radiação ultravioleta pode atingir sua pele. Há de se ter cuidado, pois quem exerce “papel de filtro” sobre esse tipo de radiação é o ozônio e não a água (na forma líquida ou de vapor) que compõe as nuvens.


  8h

 9h

  10h

  11h

  12h

  13h

  14h

  15h

  16h 

   17h 

  18h

A tabela mostra uma média dos melhores e piores horários para a exposição da pele ao Sol.

Esses horários, todavia, variam de acordo com a época do ano. Por exemplo, ante a inclinação da Terra em relação ao Sol, a radiação que atinge a superfície terrestre varia bastante de uma época para outra. No verão, entre 11h e 14h a radiação solar atinge a superfície terrestre de forma quase perpendicular, o que significa que ela é bastante intensa e prejudicial. Já no inverno esse período não é tão crítico, uma vez que a radiação, ao atravessar uma maior extensão da camada atmosférica, diminui em intensidade.

Horário

Indicativos

Até as 10 h

Período adequado para um bronzeamento gradual

10h e 11h; 14h e 15h

Período perigoso para o verão; inspira certos cuidados (moderado) para as demais estações; é adequado para o inverno

12h e 13 h

Período muito perigoso no verão. A radiação é muito intensa nesse horário e deve ser evitada. No inverno é tolerável, mas evitar exposição direta

16h em diante

Período adequado para bronzeamento gradual

As radiações ultravioletas responsáveis pelo bronzeamento da pele, por ações bactericidas e de fixação da vitamina D, podem ser classificadas em duas categorias:
As radiações UVA (de comprimento de onda maior), constituídas de fótons de menor energia entre esse tipo de radiação, demoram mais para bronzear a pele e produzir queimaduras. Elas são boas para bronzeamento, mas são causadoras do envelhecimento da pele (causam rugas e flacidez) e, a longo prazo também podem causar câncer de pele, embora menos provável.
As radiações UVB (de curto comprimento de onda) são portadoras de energia que permite rápido bronzeamento, mas podem provocar queimaduras graves, principalmente em pessoas de pele clara. Por serem capazes de atingir o núcleo das células podem provocar mutação dos cromossomos e desenvolver um carcinoma (tumor de menor gravidade que o melanoma). As pessoas de pele clara que tomam sol constantemente sem usar filtro protetor são as mais suscetíveis a esse tipo de mutação.
Para aumentar os cuidados com a radiação, tem-se recorrido ao uso de filtros solares químicos (FPS) recomendados para a proteção contra as radiações solares UVB (responsáveis pela queimadura solar). O Fator de Proteção Solar (FPS) se relaciona diretamente com a qualidade e com a natureza dos filtros usados na elaboração do bronzeador. 

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?

O quadro a seguir mostra alguns tipos de pele, o tempo médio diário de exposição para se atingir as características indicadas e o Fator de Proteção Solar (FPS) recomendado.

Tipo de
Pele

Características

Tempo Diário

    FPS

Clara I

Sempre queima e nunca bronzeia

10 min

45 ou 60

Clara II

Queima facilmente e bronzeia um pouco

15 min

30 ou 45

Clara III

Queima e bronzeia um pouco até o tom moreno claro

20 min

15 ou 30

Morena I

 Queima pouco e bronzeia bem até o tom moreno escuro

20 min

15

Morena II

Raramente queima e bronzeia bastante

30 min

15

Morena III

Escura a negra: bronzeia facilmente e nunca se queima

30 min

15

Adaptado de: www.vivatranquilo.com.br/saude

            Também é possível fazer uma estimativa da quantidade da radiação solar (UVB) absorvida pelos protetores solares. Nenhum protetor oferece 100% de proteção. A margem de proteção dos filtros solares é considerada de 50% (com o FPS 2) até 99% (com o FPS 60). O FPS 15, por exemplo, bloqueia a maior parte (quase 94%) da radiação UVB, o que dá a entender que FPS maiores do que 15 acrescentam pouco quanto ao bloqueio da UVB.

Tópicos complementares

Assuntos para pesquisa

Cada dupla (ou pequeno grupo) deve escolher um dos assuntos a seguir, investigar, sistematizar e apresentar aos colegas em aula:
1- A razão de não sentir dor ao cortar cabelos e unhas;
2- Como funciona a anestesia (geral e local). Se possível, entrevistar alguém da área médica;
3- As razões de classificar as queimaduras na pele em primeiro, segundo e terceiro grau;
4- A importância do tato na leitura: o alfabeto braile.

Atividades complementares:

II- Conceitos: tato, pressão (Alfabeto braile)
Nem todas as pessoas têm a possibilidade de se relacionar-se com o ambiente pela visão. Para superar essa deficiência outros sentidos são mais desenvolvidos, como o tato. Mas como uma pessoa cega aprende a ler? Você já observou uma pessoa cega fazendo uma leitura?
1. Dispor do alfabeto braile em ordem alfabética;
2. Fechar os olhos e usar a ponta dos dedos para encontrar as letras do seu nome;
3. Abrir os olhos e verificar se acertou ou não. Caso não tenha acertado, tentar novamente.

III- Conceitos: terminais nervosos, dor (sensação)
Qual a finalidade da dor? Por que ocorre a dor?
Materiais: caneta, compasso e palito dental.
Procedimento: a) Desenhar nas costas da mão do colega um quadrado de 2,5 cm de lado. Com a ponta da caneta, tocar e fazer pressões diferenciadas em regiões do corpo em cada ponto imaginário dentro do quadrado. Anotar as sensações percebidas.
b) Pegar um compasso e verificar se suas extremidades são bem pontudas e se, com o compasso fechado, ficam na mesma altura (se necessário, amarrar em sua(s) haste(s) um palito dental, de modo que a ponta sobressai a haste).
c) Abrir o compasso, afastando 6cm uma ponta da outra. Colocar, delicadamente, as duas pontas nas costas da mão de um colega, que deverá estar com os olhos vendados para não enxergar o que está sendo feito. Ele deverá dizer se está sentindo uma ou duas picadas. Se não tiver certeza, repetir o procedimento anterior mudando ligeiramente o local de colocação das pontas. Registrar o que sentiu;
d) Repetir o experimento, aproximando mais as pontas dos palitos. Anotar o que seu colega sentiu (se uma ou duas picadas);
e) Continuar aproximando as pontas, até que o seu colega tenha a sensação de sentir somente uma picada.
Obs: Esta experiência pode ser realizada utilizando outras regiões do corpo: na palma das mãos, ponta dos dedos, pulso, ombros, braço, costas.

III- Conceitos: terminais nervosos, dor (sensação)
Qual a finalidade da dor? Por que ocorre a dor?
Materiais: caneta, compasso e palito dental.
Procedimento: a) Desenhar nas costas da mão do colega um quadrado de 2,5 cm de lado. Com a ponta da caneta, tocar e fazer pressões diferenciadas em regiões do corpo em cada ponto imaginário dentro do quadrado. Anotar as sensações percebidas.
b) Pegar um compasso e verificar se suas extremidades são bem pontudas e se, com o compasso fechado, ficam na mesma altura (se necessário, amarrar em sua(s) haste(s) um palito dental, de modo que a ponta sobressai a haste).
c) Abrir o compasso, afastando 6cm uma ponta da outra. Colocar, delicadamente, as duas pontas nas costas da mão de um colega, que deverá estar com os olhos vendados para não enxergar o que está sendo feito. Ele deverá dizer se está sentindo uma ou duas picadas. Se não tiver certeza, repetir o procedimento anterior mudando ligeiramente o local de colocação das pontas. Registrar o que sentiu;
d) Repetir o experimento, aproximando mais as pontas dos palitos. Anotar o que seu colega sentiu (se uma ou duas picadas);
e) Continuar aproximando as pontas, até que o seu colega tenha a sensação de sentir somente uma picada.
Obs: Esta experiência pode ser realizada utilizando outras regiões do corpo: na palma das mãos, ponta dos dedos, pulso, ombros, braço, costas.

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?
 

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?

Por que devemos utilizar um termômetro é não a sensação do tato para medir a temperatura de um objeto?

Através do tato podemos sentir variações de temperatura em outros corpos, porém não temos precisão para indicar variações pequenas de temperatura e também podemos ser enganados pela sensação térmica.

Por que não é ideal usamos nossa sensação térmica ou seja o sentido do tato para identificar se um corpo está febril ou não?

Esta experiência mostra que a sensação de quente e frio é relativa à temperatura do corpo. Por isso não se deve confiar no próprio corpo como “termômetro” a fim de se verificar, por exemplo, se outra pessoa está com febre.

Dá para medir a temperatura de alguém usando somente o tato?

O tato não é um bom indicador de temperatura quando o objetivo for uma medição precisa. O experimento mostra que a sensação de frio ou quente é in uenciada pela sensação anterior.

Por que é possível medir temperatura de corpos sem mesmo ter o contato com a matéria?

O termômetro que permite medidas de temperatura sem contato com o objeto de interesse é um termômetro infravermelho. A radiação infravermelha emitida por um corpo tem relação com a sua temperatura e portanto é possível, analisando a radiação infravermelha emitida, inferir sobre a temperatura.