O que são petéquias no rosto?

Sumário

O que são petéquias no rosto?

Video do Dr Alexandre Amato, cirurgião vascular, sobre hematomas e equimoses:

O que são petéquias no rosto?

Transcrição

Olá! Sou o Dr. Alexandre Amato, cirurgião vascular
do Instituto Amato e hoje vou falar sobre hematomas, equimoses, petéquias, todas essas
manchas roxas que aparecem pelo nosso corpo e explicar a causa delas e o que
a gente pode fazer para melhorar. Então, em primeiro lugar, deixe eu explicar
o que é cada um deles! O hematoma são coleções grandes de sangue, num espaço
circunscrito ali. A equimose é a ruptura de um vaso sanguíneo causando uma área onde
acumula sangue no espaço subcutâneo. Essa área vai ficar roxa, normalmente aí tem
mais de um centímetro uma equimose. Petéquias já são aqueles roxinhos, bem pequenininhos. Normalmente, eles aparecem numa quantidade
maior, mas são bem pequenininhos e as púrpuras são menores ainda, são pontinhos bem
minúsculos de acúmulo de sangue. Todos eles causados por extravasamento, então saída do
sangue de um vaso, de uma artéria, de uma veia, de um capilar. Acumulando então
no espaço do subcutâneo. Vou fazer uma ressalva aqui sobre o pseudo
aneurisma, o pseudo aneurisma é muito parecido com um hematoma, é um acúmulo
de sangue fora do vaso, só que onde o pertuito ainda existe. Então tem a entrada e a saída do sangue,
ainda tem circulação de sangue dentro desse pseudo aneurisma. No hematoma não, esse
sangue, ele fica lá dentro parado, ele vai ficar como se fosse um sangue pisado, aquele
sangue mais escuro, um sangue que não tem movimentação e que muitas vezes
acaba o coagulando ali mesmo. Então eles podem acontecer em qualquer parte
do corpo, aparece mais, fica mais visível quando ocorre no subcutâneo, no
subcutâneo mais superficialmente obviamente vai aparecer mais. A tonalidade da
pele pode acabar deixando mais visível ou menos visível, essas manchas roxas. E podem
acontecer por várias razões, entre elas uma pancada, pode ser uma pancada
da qual você está consciente. Então acordou de noite, não abriu o olho, foi
levantar da cama, bateu a perna e uma pancada pode fazer um hematoma. Muitas vezes pode acontecer também sem que
você tenha essa lembrança, pode acontecer por alguma lesão menor. Pode ser até mesmo dormindo, um garrote feito
pelo lençol ou alguma outra coisa assim. Mas a gente tem que lembrar que existe uma
fragilidade capilar, então à medida que você tenha essa fragilidade capilar, você vai ficar
mais propenso à formação dessas lesões. Com o extravasamento desse
sangue no subcutâneo, o nosso sangue tem ferro, o ferro que vai
fazer o transporte do oxigênio. E o nosso corpo tem uma dificuldade enorme em reabsorver
esse ferro quando ele está no subcutâneo. Então pode formar essas manchas, que se tiver
uma demora na reabsorção, pode se transformar em hemossiderina e essa hemossiderina pode deixar
marcado, manchado a pele, numa cor mais ocre. A cor do hematoma da equimose dizem muito
sobre o momento em que ela aconteceu. A gente consegue determinar mais ou menos
este momento exatamente por causa das cores. Então num momento mais inicial, esse hematoma,
essa equimose pode estar mais puxado para uma cor vermelha, porque o sangue
inicialmente vai estar mais carregado de ferro com o oxigênio e ele tem então essa
coloração mais vermelha. Logo em seguida, essa coloração vai mudar para um aspecto
mais arroxeada, um aspecto mais azul, mais preto, porque vai perder esse oxigênio e vai
acabar escurecendo a cor desse sangue. Logo em seguida, o nosso corpo vai começar a
converter as substâncias que tem nesse sangue que está fora do vaso, e vai formar uma
substância chamada biliverdina. Essa biliverdina então vai deixar um aspecto
mais esverdeado nessa área que move, logo em seguida, o nosso corpo vai então transformar
essa biliverdina em bilirrubina e a bilirrubina, ela tem um
aspecto mais amarelado. Esse aspecto mais amarelado também
pode vir da hemosiderina que acaba sendo depositada. Então a gente consegue
traçar a evolução desse hematoma, de acordo com essas cores. Normalmente, vai
durar em torno de vinte e dois dias, ela vai passar por todas essas cores,
até o completo desaparecimento. A gente não tem muito como mudar isso, todo esse processo tem que ser feito por nosso corpo absorver esse
sangue fora do vaso. Agora o que a gente pode fazer é
tentar facilitar esse processo todo. Então o que a gente pode fazer? Logo após a
pancada, se você percebeu o que aconteceu. Você pode tentar diminuir o quanto de
sangue vai extravasar para fora do vaso. Então como a gente pode fazer isso? A gente
faz com a compressa fria, a compressa fria, ela vai causar uma vasoconstrição, esses vasos vão diminuir de diâmetro,
diminuindo então o sangramento, diminuem o inchaço local, mas só vai funcionar se for
exatamente no momento do trauma. Não adianta ter o trauma agora é fazer
compressa fria no dia seguinte, a compressa fria tem que ser feita logo
em seguida do trauma. Essa compressa fria pode ser
feita com a compressão local, então a gente aperta essa compressa, também
para diminuir o sangramento, assim como qualquer sangramento para fora da pele, se a gente ficar apertando, uma hora
vai coagular e não vai sangrar mais. A gente pode imaginar isso
acontece no subcutâneo também, se a gente faz essa compressa fria, apertando,
a gente vai diminuir esse extravasamento do sangue para o tecido gorduroso. Outra dica é manter o membro
elevado, ao manter o membro elevado, a gente diminui o inchaço do edema local,
também diminuindo as consequências após o trauma. Agora depois de 24 horas, não adianta muito
fazer como eu disse a compressa fria. O que a gente tem à disposição para
fazer, aí seria a compressa morna. Vou colocar aqui o link do vídeo do canal sobre
compressa morna, por curiosidade é o nosso vídeo mais assistido até hoje,
vale a pena dar uma olhada! Então você pode fazer a compressa morna para
aumentar esse metabolismo local, diminuir o processo inflamatório. Afinal, apesar do sangue
ser nosso mesmo, o sangue fora do vaso vai causar inflamação. Então a gente tem que diminuir essa
inflamação para diminuir toda aquela sensação de dor no local e a compressa
morna pode ajudar nisso. E lembrando que o sol estimula
a pigmentação da pele. É muito importante a gente proteger essas
áreas e o corpo todo do Sol, enquanto a gente tem um hematomas, senão a gente
pode acabar fixando lá aquela mancha. Então o uso de protetores solares é
muito importante para evitar uma mancha nessa área de hematoma e equimose. Existe alguns cremes, géis que podem também
diminuir esse tempo de absorção do hematoma. Mas para isso é necessário uma avaliação
médica para entender que tipo de hematoma, causa, se precisa ser feito alguma outra
coisa, mas que existe, existe, mas a gente tem que saber que a limitação desses cremes e géis. Eles não vão fazer um processo de quase um
mês, se transformar em dois ou três dias. Ele vai acelerar, mas vai diminuir alguns
dias na resolução do hematoma. Agora se você tem a formação de hematoma
muito frequentemente, a gente tem que buscar alguma doença, alguma causa para isso. Então assim como existem as trombofilias que
são doenças que aumentam a chance de você formar um trombo, também existem as doenças
do sangue que aumentam a probabilidade de sangramento, são as hemofilias. Então as hemofilias são doenças hereditárias,
doenças do sangue, que acabam diminuindo a capacidade de formação do coágulo, de
fechar um orifício que está sangrando. Então se você tiver hematomas muito
frequentes é importante investigar essas doenças, investigar outras causas de
formação de hematomas e que isso frequentes, por exemplo, a fragilidade capilar desencadeada
pelo lipedema. O lipedema é uma doença da deposição de gordura nas pernas,
onde a gente tem muito frequentemente, a formação de roxos, esses roxos então são
decorrentes dessa fragilidade capilar e da inflamação do lipedema. Então se você tiver roxo frequentemente, por
favor, procure um médico especialista para fazer essa investigação pra você. E lembre-se que alguns medicamentos também
podem te deixar mais propenso à formação de hematomas e equimoses, como
os anticoagulantes, por exemplo. Os anticoagulantes, os antiagregantes
plaquetários, entre eles alguns bem comuns, a aspirina, por exemplo, é um antiagregantes
plaquetário super comum de ser utilizado. Os cumarínicos, os anticoagulantes
novos como o Xarelta e outros também vão deixar seu sangue com uma
capacidade menor de coagulação. Então gostou do nosso vídeo?
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para você seguir assistindo as melhores dicas de saúde e compartilhe o vídeo
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Video com Dr Fernando Amato, cirurgião plástico, sobre hematomas

https://youtu.be/xY6sN1Fy-Ys
Transcrição

Olá, sou doutor Fernando Amato, e hoje falaremos
sobre hematoma. Hematoma por definição é uma coleção
de sangue fora dos vasos sanguíneos, pode ocorrer em qualquer parte do corpo, órgão
interno ou até mesmo na pele, normalmente ocorre em consequência de uma lesão da parede
vascular, pós um trauma e pode ser até por um acidente, uma pancada, uma batida e até
mesmo por um procedimento cirúrgico. Possui outras causas clínicas que estão
relacionadas a doença de coagulação ou até mesmo o uso de algum medicamento, com
isso ocorre uma passagem das células sanguíneas para o tecido mais próximo, quando ocorre
na pele aparece aqueles roxinhos que muitas vezes são chamados erroneamente de hematomas,
mas dependendo do seu tamanho tecnicamente eles podem ser classificados como, equimoses,
petéquias e purpuras. As petéquias são pequenas manchas puntiformes,
geralmente elas ficam em grupos e cada mancha tem de 3 a 4 milímetros, a purpura são manchas
um pouco maiores de no máximo 1 centímetro, e as equimoses são machas maiores que 1 centímetro. Chamar uma mancha de hematoma pode levar a
falsa ideia que realmente existe uma coleção de sangue e que talvez precise ser drenado. O interessante é a evolução da cor desse
roxo, da equimose, que vai depender da própria degradação da hemoglobina que tem no sangue. Os primeiros dias devido a hemoglobina sem
oxigênio já fica um vermelho violáceo o famoso roxinho, com o início da degradação
da hemoglobina a há a formação da biliverdina dura de uns três a seis dias e fica aquele
verde meio azulado e que depois a biliverdina vai se degradar em bilirrubina em torno de
sete a dez dias ficando aquela mancha um pouquinho amarelada e finalmente com uns dez a quinze
dias fica aquela cor castanho amarronzada que é por causa de hemossiderina até sumir. O acumulo de hemossiderina na pele que é
rico em ferro, pode causar uma mancha definitiva e com a exposição solar pode aumentar ainda
mais as chances de ficar com uma mancha definitiva. Bom, é isso o que eu tenho para falar sobre
os hematomas e as equimoses. Caso queira acompanhar nossos assuntos acompanhe
a gente nas nossas redes sociais. 

Entrevista com a Dra Laura, dermatologista, sobre hematomas.

https://www.youtube.com/watch?v=1jeu9ugyq6M
Transcrição

Transcrição:

Locutor: Fique por dentro… Entrevista

Orador A: Hoje recebemos a Laura Silveira. Ela que é dermatologista da Amato – Instituo de Medicina Avançada. Ela vai conversar com a gente. Tudo bom Doutora Laura? Seja bem vinda ao programa!

Orador B: Tudo bom? Bom dia! Obrigada pelo convite.

Orador A: Nós que agradecemos a senhora ter aceito aqui o convite e estar conosco pra falar sobre hematomas. Pelo próprio nome a gente né, a gente já percebe que tem haver com sangue não é? E o que que são os hematomas e o que que os causam?

Orador B: É, então, os hematomas por definição, eles são coleções de sangue presentes fora dos vasos sanguíneos. Então por isso, pode acontecer em qualquer parte da pele, ou também em outros órgãos internos. Eles normalmente ocorrem em consequência da lesão da parede vascular. Isso gera passagem das células sanguíneas para o tecido. Então quando ocorrem na pele, são chamados de pancadas, popularmente, mas a depender do tamanho, tecnicamente eles podem ser classificados como: equimoses, petéquias e púrpuras.

Orador A: Uau!

Orador B: E o…

Orador A: Sim, sim. Continua Laura, pode falar.

Orador B: E assim, e eles podem gerar manchas. Justamente por conta da decomposição da hemoglobina. Já que ela é formada por células que quando elas estão presentes na pele, elas podem manchar. Especialmente se o paciente não tiver certos cuidados.

Orador A: Então Doutora Laura, vamos voltar a esses nomes que a senhora falou pra gente. Repete por favor.

Orador A e B: (Risos)

Orador B: Então, a pancada, que é a mais comum, você pode chamar que equimose. Especialmente se ela tiver mais de um centímetro.

Orador A: Certo!

Orador B: Quando ela é menorzinha, pode ser chamada de púrpura. E aqueles pontinhos bem pequenos, eles podem ser chamados de catequinas.

Orador A: Certíssimo! Bom, púrpura já lembra aí o roxo, não é? (Risos)

Orador B: Exatamente.

Orador A: Eu queria que você falasse um pouquinho pra gente aí sobre essas cores. Porque que às vezes fica roxo, às vezes fica vermelho, às vezes fica amarelo, tem vezes que fica preto. Quando que a gente da pra saber se a pancada foi mais forte? Tem a ver com a cor? Quando é que a gente sabe que tá melhorando? Vai, vai ficando de que cor? Queria que você explicasse pra gente, Doutora Laura.

Orador B: É, isso é bem interessante. A diferença na coloração é relacionada ao tempo de evolução desse hematoma. Então, quando o sangue sai pra pele ele tá com a hemoglobina cheia de oxigênio, então por isso ele é bem vermelhinho.

Orador A: Certo.

Orador B: À medida que esse oxigênio vai sendo perdido ele vai se tornando azulado, preto. E aí a partir daí outros subprodutos são gerados. Então depois do preto normalmente vem o verde. Por quê? Porque é gerado um produto que é chamado biliverdina.

Orador A: Certo.

Orador B: Que posteriormente é gerado um produto mais amarelado, que é a bilirrubina e a hemossiderina. Então mais ou menos a gente chama isso de espectro equimótico. É justamente o tempo que leva para essa hemoglobina ser metabolizada. Então dá pra saber, mais ou menos, quanto tempo tem aquele hematoma, a partir da cor que ele está.

Orador A: Que interessante Doutora Laura. Para a gente é um mundo diferente esse, porque às vezes a gente dá uma pancada e nem sabe aonde foi e de repente alguém aponta: “Que que foi isso no seu joelho?” Daí se olha e fala: “Nossa! Nem tinha reparado.” Daí vai passar a mão tá doendo, não é?

Orador B: É verdade.

Orador A: E às vezes são mais graves e você nunca esquece, na verdade, a dor que você sentiu e o porquê tá daquele jeito, não é? E Doutora Laura, quando a gente faz um machucado não é? Dá uma pancada, enfim, cai de uma escada, fica aquela dor e aos poucos a gente vai vendo toda essa coloração que você falou para nós. Quando que isso dói? Quando que isso passa a ficar daquela cor que chega a assustar, mas já não tá mais doendo?

Orador B: É, na verdade o que a gente percebe é que no momento da pancada você só vai sentir a dor local e um certo inchaço, porque o sangue ainda ele não vazou completamente pros tecidos.

Orador A: Certo.

Orador B: Depois de um tempo, ele vai ficando ligeiramente rosado, avermelhado, e posteriormente, em geral mais ou menos, em torno de 2 ou 3 dias, é que vai ficando da cor do espectro equimótico mesmo. A partir do 22º dia, em geral, já tá desaparecendo essa lesão. Em torno de 7, tá mais ou menos amarelado, esverdeado. Isso lógico vai ter as diferenças individuais, de cada individuo, mas é mais ou menos assim que segue a ordem.

Orador A: Que interessante Laura. E eu estava falando aqui com a minha companheira que apresenta o programa e como nós somos muito branquinhas, quando a gente se machuca, fica logo assim a mostra. É a questão de a pele ser mais clara e aparecer mais? Ou podem ter peles que os machucados podem ser mais intensos e outras não?

Orador B: É, justamente com os pacientes mais claros, que tem um fototipo, que a gente chama, mais claro.

Orador A: Sim.

Orador B: Pelo contraste com a hemoglobina, as lesões são bem mais evidentes. Num paciente com fototipo mais alto, quer dizer que tem uma coloração de pele mais escura…

Orador A: Certo.

Orador B: …esse contraste fica um pouco camuflado, mas mesmo assim dá para perceber, a diferença.

Orador A: Certo, Doutora Laura. E os senhores né, senhoras, as pessoas que já passaram dos 60 anos, 70, e quando vai ficando assim com mais idade, os 80, os nossos avós, a gente percebe que eles o tempo todo estão machucados, não é? Assim, qualquer batida, qualquer lesão, fica às vezes um roxo gigantesco na pele, não é? E muitas vezes eles falam que nem sabem quando aquilo aconteceu e tudo mais. Então, nas peles dos bebês e das pessoas com mais idade é… As pancadas é, geram talvez uma coloração maior, os vasos sanguíneos talvez jorrem mais sangue. Como é que funciona isso?

Orador B: Nos idosos, existe uma entidade que a gente chama de purpura senil, justamente por quê? A pele do idoso, ela parece um papelzinho, ela é muito fina, então ela tem pouca sustentação. Isso justamente pela perda do colágeno. Então esses vasos eles ficam mais vulneráveis a traumas, a gente chama isso de fragilidade capilar. Às vezes, uns pacientes usam medicações que promovem isso.

Orador A: Olha.

Orador B: Às vezes uso de cortiscoteróide, às vezes o uso de ácido acetil salicílico, algumas medicações que chamam de cumarínico. Deixam os pacientes mais susceptíveis a presença desses hematomas e dessas pancadas. Mas é justamente pela perda da estrutura que protege os vasos.

Orador A: Interessantíssimo Doutora Laura! Tirando varias dúvidas de todos nós hoje, nessa manhã. E eu queria te perguntar também, a respeito de algo que é difícil, quando a gente leva aquela pancada, não é? Fica aquela cor escura, vai demorando pra sair, e a gente tava comentando hoje aqui no comecinho do programa, que teve um jogador, não é? Que jogou mesmo estando com aquela pele extremamente roxa. Quando a gente leva uma pancada, a gente tem que ficar de repouso durante esses dias que aconteceram? Principalmente quando for, quando a pancada for grande ou não? Ou a vida segue-se normalmente e aquilo vai desaparecendo aos poucos?

Orador B: O mais importante do repouso é logo após o trauma. Justamente porque é naquele momento que o vaso, ele tá aberto, e aí o sangue tá saindo. Então você tem que fazer de tudo para diminuir o aporte sanguíneo para aquela região. Então o repouso é muito importante, você gerar uma compressão, apertar aquele lugar de forma delicada, é obvio, mas colocando um gelo porque você vai tá tampando o sangramento e diminuindo o volume do vaso. Outra coisa, a gente pode se valer também da gravidade, se você puder elevar aquele membro, tirar ele da posição pendente, vai diminuir também o aporte sanguíneo. Então isso é importante pra diminuir no momento. Depois que fica roxo, na verdade, é o processo normal de degradação. Não vai muito alterar, se vai aumentar depois de um tempo, mais ou menos, 24 e 48 horas, já não tem mais muito sentido, a não ser que o paciente mantenha o fator, por exemplo, é um paciente que já usa o ácido acetil salicílico ou ele usa algum cumarínico, aí ele pode ter um novo sangramento, mas frente aquele primeiro sangramento não importa muito, se depois ele não tá tendo repouso.

Orador A: Muito importante aqui tudo que ela tá esclarecendo para a gente hoje. Pra quem chegou agora na nossa entrevista, estamos falando com a Dermatologista Doutora Laura Silveira. E Doutora, então, tá certo aquelas indicações que os familiares falam, não é? Você bateu, eles já falam: “Correm para por gelo”? Você tá morrendo de dor, você só quer ficar sozinho, não é? E todo mundo: “Põem gelo, põem gelo!” e você diz: “Eu só quero sentir minha dor”, não é? Fala: “Corre pra por gelo, porque  senão depois não adianta.” Então, até quanto tempo o gelo, você falou pra gente colocar e a perna pra cima. Depois de até quantas horas, isso ainda pode amenizar aí os efeitos?

Orador B: Depende muito do processo de coagulação da pessoa.

Orador A: Certo.

Orador B: Se ela tem uma coagulação normal, é uma criança, é um adulto que não toma nenhuma medicação, o mais importante é essas primeiras horas, nas primeiras 6 a 8 horas é que pode ter um re-sangramento. Mas em geral, você ficando em repouso na primeira hora, colocando um gelo, fazendo uma compressão, você vai evitar que aquele hematoma fique tão grande.

Orador A: E tem…

Orador B: Nos outros casos, daqueles pacientes que tomam alguma medicação que promove o sangramento, ou que nasceram com algum problema já genético que diminuam a coagulação, esses merecem um repouso maior.

Orador A: Olha Doutora, você falou de algo interessante, que já nasceram, dai você já falou, no caso, sobre recuperação do corpo, não é? Mas tem gente que já nasceu com algumas manchas no corpo e às vezes elas são roxas, ao que se deve isso?

Orador B: É, alguns, na verdade a melanina às vezes ela se confunde um pouco. Especialmente se ela tá muito profunda. Ela fica naquela coloração um pouquinho aroxiada, meio azulada. Então tem manchas que a gente chama de manchas mongólicas, que são muito comuns no recém-nascido e na verdade não tem nada a ver com roxo. Isso é às vezes até confundido na emergência, alguns pediatras ficam com medo, assustado, se aquela criança foi agredido ou não. E na verdade é apenas uma mancha. É a melanina que quando tá muito profundo na pele, ela tem essa coloração aroxiada.

Orador A: Muito legal tirar as nossas dúvidas aqui com a Doutora Laura Silveira. E pra terminar, Doutor, eu queria que você falasse também aqui pra gente, se por um acaso uma mancha pode acabar ficando aí pra sempre, sem que ela vá embora. Muitos falam sobre: “Ah não pode tomar sol” ou “Ah pode tomar sol”. Tem alguma coisa que não se pode fazer?

Orador B: Realmente o sol, ele estimula uma pigmentação maior. Então o mais importante é você diminuir o tamanho do sangramento. Algumas medidas podem ser feitas na fase aguda para diminuir o tempo daquele hematoma. Então tem alguns géis de mucopolissacarídeo, alguns géis que tem escina, eles parecem promover uma reação que diminui o tempo de degradação daquela hemoglobina. Fora isso, a exposição solar realmente deve ser evitada, especialmente se o paciente tem alguma ocupação que toma muito sol. A mãe deve realmente passar o filtro solar na criança, porque aquele pigmento pode se tornar fixo, especialmente naqueles hematomas muito grandes, muito profundos, que os cremes, as medidas em gerais, que a gente pode tentar pra tirar a mancha, às vezes não consegue alcançar o pigmento quando ele é muito profundo.

Orador A: Muito obrigada Doutora Laura pelas explicações que você trouxe para a gente hoje. Queria agradecer o seu tempo aqui conosco. Ela que falou a respeito dos hematomas pra nós. Já tá convidada aqui, sempre trazendo esclarecimentos aos nossos ouvintes.

Orador B: Eu que agradeço pelo convite. Na verdade, o que eu acho mais importante sobre o tema, é alertar a população, se você tiver um trauma, aparecer um hematoma, normal. Mas se você começar a estar tendo muitos hematomas, especialmente associado a sangramento e seja quando escova os dentes, nas fezes, na urina, você precisa procurar um atendimento médico, pra excluir qualquer doença que possa estar diminuindo a tua coagulação. E isso pode ser realmente muito perigoso.

Orador A: Excelente! Hoje nós conversamos com a Dermatologista da Amato – Instituto de Medicina Avançada, Doutora Laura Silveira. Eu queria agradecer pela sua companhia aqui com a gente e te esperar em outras entrevistas.

Orador B: Muito obrigada e tenha um bom dia.

Orador A: Excelente dia! Tchau, tchau!

Orador B: Tchau, tchau.

Petéquia 

Uma petéquia é um pequeno ponto vermelho no corpo, causado por uma pequena hemorragia de vasos sanguíneos. Em contraste com outras manchas na pele, as petéquias não somem quando são pressionadas. São comuns no trauma físico e também revelam indicio de trombocitopenia. Ela pode ser interpretada como uma vasculite, uma inflamação de vasos sanguíneos, que requer tratamento imediato para prevenir danos permanentes. Algumas condições malignas também podem desencadear o aparecimento de petéquias.

Púrpura 

Púrpura é uma condição em que há extravasamento de sangue para a pele ou mucosas, ocasionando manchas arroxeadas indolores, de tamanhos variáveis. Se essas manchas forem muito
pequenas e em grande número são chamadas petéquias e quando maiores são ditas equimoses. Existem púrpuras ditas trombocitopênicas, em que há diminuição das plaquetas – também
chamadas de trombócitos – (células sanguíneas que iniciam o processo de coagulação do sangue, fechando as pequenas hemorragias) e púrpuras não-trombocitopênicas, em que não há
diminuição das plaquetas.

Equimose 

Mancha escura ou azulada devida a uma infiltração difusa de sangue no tecido subcutâneo. Na maior parte dos casos, aparece após um traumatismo, mas pode também aparecer
espontaneamente em sujeitos que apresentam fragilidade capilar ou uma coagulopatia. Após um período de tempo variável, a equimose desaparece passando por diversas gradações: violácea,
acastanhada, esverdeada e amarelada.

Hematoma 

é o acumulo de sangue em um órgão ou tecido, geralmente bem Localizado e definido, normalmente causado por traumatismo (pancadas) e alterações sanguíneas. 

https://youtu.be/unrj7pagn7g
Descrição

Você tem roxos na perna e no braço? Você não está sozinho. Neste vídeo, o dr. alexandre amato explica as causas mais comuns dos roxos das pernas e braços. Ele também oferece algumas dicas de como reduzir sua aparência.

Transcrição

Olá, sou doutor Alexandre Amato, cirurgião vascular do  Instituto Amato e hoje eu vou falar sobre roxos nas na pele,  nos braços, nas mãos e nas pernas. Você tem muito  roxo? Aparece muito roxo do nada em você? Você conhece quem  tem bastante roxo? Manda esse vídeo, pega o link ali em cima,  encaminha pro WhatsApp para aquela pessoa que você sabe que vai  ajudar, porque aqui eu vou dar a dica de como identificar o  problema e como tratar, o que tem que fazer. Então tenho  certeza que pode ajudar muita gente. Então, em primeiro  lugar, o roxo nos braços e nas pernas sugere algum trauma, não  tô falando que é trauma ainda, mas tô falando que sugere.  Quando a gente vê o roxo, o hematoma equimose, aliás, eu  tenho um vídeo inteiro falando de hematoma, equimose, petequia,  eu vou colocar um link aqui pra quem quiser se aprofundar no  assunto. Aqui eu vou falar do do roxo em geral. Então, pra  quem tem o roxo no tronco, no rosto, no pescoço, já sugere  uma outra coisa, que é uma doença da coagulação, uma  doença do sangue. Então, primeiro pra gente separar, né?  Quem tem o roxo nos membros, por que a gente tá  pensando em trauma? Porque é a é a área que tá mais sujeita a  pequenas batidas ou mesmo até na cama dormindo pode ter um  pequeno garrote com lençol, isso pode já ser o suficiente  pra causar um roxo em quem tem uma fragilidade capilar, por  exemplo. Agora, aquele roxos, petéquias que surgem sem trauma  nenhum, vão sugerir alguma doença, algo que tá causando  isso, também aqueles roxos que aparecem em grande quantidade,  mais de cinco roxos de uma vez com mais de um centímetro, tá  acontecendo alguma coisa, é melhor passar em avaliação  médica. Agora a gente pode ver pela idade também, quem tá  tendo roxo, tem mais idade, é mais idoso? Então normalmente  vai acontecer no dorso das mãos, no antebraço, parte da  frente da perna, no tornozelo, são regiões onde a  pele fica mais fina, fica mais adelgaçada, diminui o colágeno  e até os vasos tem uma fragilidade capilar, então não  precisa mais daquele trauma que era necessário antes pra  ter um grande roxo, um grande extravasamento de  sangue. Então pode ser só essa fragilidade por causa da idade.  Agora em jovens já pode ser outras coisas, pode ser uma  uma purpura simples, pode ser uma menorragia que também tá  associada com sangramentos e hematomas. Agora, um jovem,  uma jovem mulher, por exemplo, que nunca menstruou, não sabe  ainda se tem uma doença da coagulação e começa a aparecer  grandes hematomas, é uma informação. Agora, se a moça  já menstruou, ou seja, sabe que o sangue pode coagular, ou  seja, a menstruação vem e passa e tá tendo roxo, é outro  problema que a gente tem que investigar. Agora, existem as  deficiências nutricionais também que podem levar  esses roxos frequentes. Então, por exemplo, a deficiência da  vitamina K. Se você tem uma deficiência da vitamina K, você  pode não ter a capacidade de coagular direito. Então, a  vitamina K que tá presente nas verduras verdes escuras, ela é  muito importante na nossa cascata da coagulação. Mas tem  outra que é muito importante também, que é a vitamina C. Eu  também tenho falando da vitamina C e a saúde  vascular, eu vou colocar aqui, mas a a falta da vitamina C  leva o escorbuto, escorbuto faz o roxo em tudo quanto é  lugar, então é muito importante a gente ter a vitamina C e  vitamina K adequada no nosso corpo, agora a doença celíaca,  doença inflamatória intestinal. Nessas situações, por exemplo,  você pode até tá ingerindo a vitamina, mas ela não tá, você  não está absorvendo, porque a a parede do intestino não tem  essa capacidade de de absorver em vigência de uma doença  inflamatória. Então, às vezes você pode tá comendo direito,  mas não está absorvendo o você tem uma deficiência  nutricional, apesar da alimentação adequada. Existem  vários medicamentos que aumentam a os sangramento.  Então, tanto os anticoagulantes, tanto os anti  anti-agregante plaquetário  anti-inflamatórios, tanto os anti-inflamatórios não esteroidais, quanto os corticos  esteroides, todos eles podem aumentar o sangramento. Agora,  existem vários fitoterápicos também que podem influenciar na  sua cascata da coagulação. Existem doenças familiares,  doenças hereditárias que podem aumentar a chance de  sangramento. Então, são as hemofilias. Uma das hemofilias  frequente é a doença de Von Willebrand. Tenho até um um caso pra contar de  doença de Von Willebrand. E óbvio, tinha que acontecer comigo, né? Eu tinha um  cachorro, um pastor alemão que tinha doença de Von Willebrand, então,  qualquer pequeno machucadinho que ele tinha, ele sangrava um  monte. Então, é uma doença da cascata da coagulação, ele não  tinha a capacidade de coagular do sangue, acabar fechando uma  pequena ferida. É óbvio que o pastor alemão é muito peludo, a  gente acabava não vendo os hematomas que ele fazia, mas  sim, ele fazia hematoma, tanto que ele tinha uma irmã que morreu de  um grande hematoma, essa a gente não fez o diagnóstico,  mas também provavelmente era uma doença de Von Willebrand também.  Agora em seres humanos, a doença de Von Willebrand é uma doença genética, rara. Rara  mais ou menos, pode acometer até um a dois por cento da  população. Com o meu cachorro, quando quando ele sangrava, eu  acabava resolvendo com Super Bonder e funcionava que era  uma maravilha, mas eu não recomendo isso pra seres  humanos, é melhor passar no hematologista e fazer o  adequado. A doença hepática, né? Doença do fígado crônica  também pode levar a alteração da coagulação e aí pode ser  tanto por hepatite por abuso alcoólico, a hepatite alcoólica  crônica, tudo isso vai causar depressão da vitamina K que é  essencial na cascata da coagulação, então qualquer  coisa que afeta o fígado pode levar a formação de roxos nas  pernas e nos braços, assim como o uso de algumas drogas  ilícitas, tanto por causa de contaminação, então pegando  hepatite, mas também como dano local, direto no fígado. Agora  uma outra doença muito comum que acaba trazendo os hematomas  e roxos, nas pernas, é o lipedema. O lipedema que é  aquela deposição de gordura  nas pernas, em coxas, em  braços também. Essa gordura é depositada em vigência de  inflamação crônica, só que ela traz também uma fragilidade  capilar, então são mulheres, o lipedema acontece em mulheres  que numa fase de estresse, numa fase de grande inflamação,  acabam aparecendo roxo sem nem saber da onde nas pernas. E nos  idosos é muito frequente também aquela purpura senil que é  aquele adelgaçamento da pele que eu falei. Agora existem  outras causas mais raras de roxo que seriam as doenças da  coagulação genética, então já falei da Von Willebrand, mas existem dezenas de  outras alterações da cascata da coagulação. Eu não vou encher vocês com a  cascata da coagulação inteira, mas ela é um grande complexo de  fatores que um atua no outro pra aumentar ou diminuir a  coagulação, mas assim, quando todos estão funcionando  direitinho, o nosso sangue, ele tá fluindo líquido dentro do  vaso e ele coagula quando tem um utrauma. Agora, quando tem  um aumento dos fatores pró-coagulantes ou uma diminuição dos anti-coagulantes, eu vou ter a  formação da trombose, o contrário, se eu tenho uma  diminuição dos fatores pró-cogaulantes e o aumento dos fatores naturais  anti-coagulantes, eu vou ter as hemofilias que podem levar a  formação de roxo e hematoma. São várias as causas, não vou  ficar enumerando todas elas, tem que passar no cirurgião  vascular ou no hematologista pra investigação dessas causas.  Algumas doenças do tecido conectivo também podem levar a  aumento do roxo, por exemplo, a síndrome de Ehlers Danlos, ela é uma das mais  famosas, né? Que traz a hipermobilidade, mas tem uma  grande gama de doença do tecido conjuntivo, porque o tecido  conjuntivo, tecido conectivo, ele que mantém as nossas  estruturas no local. E as nossas artérias e veias também  precisam do tecido conjuntivo funcionando direitinho pra  elas não serem frágeis. Ainda nas causas mais raras, nós temos  algumas doenças endocrinológicas como a  síndrome de Cushing, como hipotireoidismo e ainda alguns  tumores malignos hematológicos também podem  levar a esses roxos. Agora sabendo de tudo isso você  percebeu que roxo nos braços e nas pernas pode não ser nada de  importante mas pode ser alguma doença bem grave. Então a  dúvida é: quando procurar o médico? Quando que você tem que  ficar atento e que sinais que você tem que ficar atento?  Então em primeiro lugar se os roxos estão aparecendo em algum  lugar que não é comum, então por exemplo, pescoço, face, né? São  lugares que não é pra aparecer roxo, então tem que  procurar o médico. Se já teve evento de sangramento em grande  quantidade, difícil de fazer parar, também tem que procurar o  hematologista, vê se não não tem alguma hemofilia. Isso também, se  você tem um histórico familiar, tem gente na família que tem  hemofilia e já sabe, mas uma razão pra procurar o especialista ou tem  várias pessoas na família que tem o sangramento e não sabem,  também tem que procurar o especialista. Agora se você faz  exame de sangue e tá sempre normal, mas também tem  esse sangramento exagerado ou esses roxos, às vezes tem que  fazer alguns exames mais específicos, mais aprofundados e  aí o especialista é o recomendado. Se você for fazer  alguma cirurgia e tem bastante roxo, é bom avisar o seu  cirurgião porque isso também pode sugerir aí um aumento de  um sangramento no intraoperatório. Gostou do  nosso vídeo? Inscreva-se no nosso canal, clica no sininho,  espera um pouquinho que eu vou colocar o próximo melhor vídeo  pra você assistir e até o próximo!  

O que causa petéquias no rosto?

A causa mais comum de petéquias é o trauma físico, por exemplo, acessos de tosse severos, vômito e choro, que pode resultar em petéquias faciais, especialmente ao redor dos olhos. Nesses casos, as petéquias são completamente inofensivas e geralmente desaparecem dentro de alguns dias.

Como tirar petéquias no rosto?

É importante ressaltar que não há muito o que fazer em relação ao tratamento caseiro das petéquias. A principal maneira de combatê-las é administrar a causa do aparecimento delas, não realizando um tratamento.

O que pode causar petéquias?

As petéquias são causadas por um pequeno sangramento sob a pele ou mucosas, devido a um aumento da pressão nos vasos sanguíneos locais, diminuição da quantidade de plaquetas no sangue, que são responsáveis pela coagulação sanguínea, ou por defeitos na função das plaquetas.

Quanto tempo petéquias duram?

As petéquias duram de um dia para o outro, aparecem sempre no mesmo local só que cada vez em menos quantidade. Noto que aparecem também quando ela está com um odor forte no nariz, ou quando se esforça.