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Pré-visualização | Página 1 de 3O Mundo Grego A história da Grécia, como de outras civilizações, foi fortemente condicionada pelo ambiente geográfico. A península Balcânica e muito recortada e cercada por centenas de ilhas - tanto no mar Egeu, no mar Jônio e no mar Mediterrâneo. O seu relevo é muito montanhoso e com um solo árido. Em decorrência disto, os gregos irão atribuir uma enorme importância às atividades mercantis. O solo e o clima auxiliam o desenvolvimento da cultura de oliveira, de vinho e ao pastoreio ( cabra e ovelha). Para suprir as necessidades de sua população, os gregos irão se dedicar ao comércio marítimo, resultado o processo de colonização. Dos povos do mundo antigo, os helênicos foram os que melhores refletiram o espírito do homem ocidental. A idéia de liberdade, o racionalismo, o conceito de cidadania, a filosofia e as bases da ciência moderna surgiram como glorificação grega ao espírito humano. O processo histórico da civilização Helênica está assim dividido: 1.Período Pré-Homérico - século XX a.C ao século XII a.C . 2.Período Homérico - século XII a.C ao século VIII a.C. 3.Período Arcaico - século VIII a.C ao século VI a.C . 4.Período Clássico - século V a.C ao século IV a.C. As características de cada período serão analisadas a seguir. Período Pré-Homérico. Do povoamento da península Balcânica à Primeira Diáspora. A península Balcânica já era habitada pelos pelasgos desde o final do período Neolítico. À partir de 2000 a.C., povos de origem indo-européia - os Helenos - começam a entrar na região. Os helenos eram uma mistura de raças que falavam uma língüa de filiação indo- européia e possuiam essencialmente a mesma cultura. Os primeiros helenos foram os Aqueus que dominaram as cidades de Micenas, Tróia, Tirinto e, por fim, conquistaram a ilha de Creta. Com o domínio aqueu sobre Creta originou-se a Civilização Micênica. A seguir, nova onda de helenos sobre a península, desta feita são os chamados Jônios e Eólios, que se fixaram na Ática e na Ásia Menor. A última leva foi a dos Dór ios ( 1200 a.C. ) que se estabeleceram no Peloponeso. Possuindo armas de ferro, os dórios arrasaram as principais cidades da Hélade, provocando uma onda de horror e destruição, causando uma dispersão dos povos para fora da península - a chamada Primeira Diáspora grega e um regresso na organização social, econômica e política das comunidades. Como conseqüência deste retrocesso resulta a formação do SISTEMA GENTÍLICO. A Primeira Diáspora ocorreu em direção às ilhas do mar Egeu e à Asia Menor. Período Homérico. O sistema gentílico e a sua crise. A principal fonte histórica para a compreensão deste período têm sido os poemas épicos Ilíada e Odisséia , atribuídos à Homero. Ao que tudo indica, as obras foram escritas em momentos diferentes, sendo que a Ilíada descreve a Guerra de Tróia e a Odisséia narra as peripécias do astuto Ulisses, em sua viagem de volta para Ítaca após a Guerra de Tróia. Com a invasão dos dórios, há um acentuado declínio da organização social, que retrocedeu à formas muito simples. Formaram-se os GENOS que eram grupos de parentes consangüíneos, descendentes de um mesmo antepassado. Os genos constituíam uma unidade econômica, social, política e religiosa. A seguir as suas principais características: ECONOMIA: de consumo, ou seja, auto-suficiente; os bens de produção eram coletivos; predomínio da agricultura e ausência da propriedade privada. SOCIEDADE: uma relativa igualdade social em virtude da ausência da propriedade privada. POLÍTICA; o exercício do poder político estva com o pater- familias (o patriarca) responsável pelo culto dos antepassados. Com o passar do tempo, a comunidade gentílica começa a enfrentar problemas, sendo que o principal será o crescimento demográfico. Este crescimento demográfico um enorme desequilíbrio econômico, pois a produtividade agrícola continua a mesma. Tal situação provoca uma onda de fome, miséria e epidemias. Com estes problemas a serem solucionados, tem início o surgimento da propriedade privada: terra, gado e instrumentos são divididos. Nesta divisão, alguns serão beneficiados - origem dos grandes proprietários; outros se tornarão pequenos proprietários e um grande número de indivíduos ficarão sem terras. Como consequência desta crise, há a desintegração do sistema gentílico e o início de uma nova organização política, que será a marca principal do mundo helênico: a PÓLIS. A crise gentílica também será a responsável pela chamada SEGUNDA DIÁSPORA grega, que será o processo de colonização grega de áreas do mar Mediterrâneo ( norte da África, sul da Itália, da França e Espanha ). Período Arcaíco. A formação e o desenvolvimento das Póleis. Como vimos, à partir da crise do sistema gentílico, os gregos conhecem a formação das cidades-estado (Pólis) e realizam a colonização do mar Mediterrâneo. Primeiro observe os fatores desta colonização: - crescimento demográfico e a crise dos genos; - existência de um número muito grande de pessoas sem acesso à terra; - escassez de alimentos e terras férteis; - desenvolvimento da arte de navegação. O processo de colonização grega deu-se no mar Mediterrâneo, mar Negro, o sul da Itália e da Gália. Destas áreas coloniais provinham o trigo, o azeite, o vinho, ferro e estanho para a Hélade. Deve-se Ter em mente que as colônias gregas não ficam submetidas às metrópoles - cidades fundadoras - nem política, nem militarmente. O vínculo da colônia com a metrópole era de caráter econômico e cultural. Como conseqüências da colonização têm-se: o desenvolvimento do comércio marítimo grego, a introdução da moeda para facilitar as trocas comerciais, o desenvolvimento da escrita, o processo de codificação da lei e o urbanismo. A importância do período arcaíco se estende. Foi nesta época que a cidade-estado desenvolveu-se. Suas principais características serão agora analisadas. Toda cidade-estado é rigorosamente autônoma: leis próprias, moeda própria e sistema político próprio. Este arraigado sentimento de liberdade foi, em boa parte, influenciado pelo relevo grego: entre as planícies surgem as cidades, separadas uma das outras por maciços montanhosos. Uma pólis era constituída pela Acrópole- construção na parte mais elevada da cidade e com função militar e religiosa; a Ágora - praça pública, que era o espaço utilizado para o debate político. Desenvolveu-se no mundo grego mais de 160 póleis, primitivamente governadas por um rei, o Basileu. Destas duas merecem destaques: ATENAS e ESPARTA, agora analisadas. ESPARTA e o militarismo. Localizada na planície da Lacônia e tendo como fundadores os dórios, Esparta, ao longo do século VIII a.C. passa por grandes transformações. Estas transformações estão ligadas ao processo de conquista da planície da Messênia, o que acarretou um enorme afluxo de escravos. A escravidão levou Esparta a realizar uma alteração no regime de terras. As centrais - que eram as mais férteis, passaram a ser do estado, que cedia seu usufruto aos cidadãos espartanos. Cada lote de terra já vinha com um certo número de escravos. As terras periféricas eram entregues aos periecos, que pagavam impostos ao estado. Desta forma, Esparta vai apresentar o seguinte quadro social: Espartanos ou Espartíatas: grupo dominante com direitos políticos e militares; Periecos: homens livres, porém sem direitos políticos e que se dedicavam aos trabalhos rurais e urbanos; Hilotas: os escravos pertencentes ao Estado. A sociedade espartana era voltada para as atividades bélicas, daí ser a educação eminentemente militar. Este militarismo irá desenvolver a xenofobia, ou seja, uma aversão aos estrangeiros e o laconismo, que significa o não desenvolvimento do senso crítico. Também ao longo do século VIII a.C. Esparta atinge a maturidade política, consolidando o regime oligárquico, no qual o exercício do poder político e de exclusividade dos grandes proprietários de terras. A constituição política de Esparta, atribuída a Licurgo apresenta o seguinte organização: GERÚSIA: principal instituição. Página123 Por que os gregos se dedicaram ao comércio e à navegação?O relevo montanhoso da Grécia dificultava a comunicação interna, prejudicando a unidade política. Porém, o litoral recortado, com vários portos naturais, concorreu para que os gregos se dedicassem à navegação e ao comércio.
O que justifica os gregos dedicaram as atividades marítimas?O litoral recortado e a grande presença de ilhas favoreceram o desenvolvimento do comércio marítimo na Grécia Antiga.
O que fez com que os atenienses se dedicaram ao comércio marítimo?O relevo montanhoso da região fez com que os creto-micênicos não conseguissem desenvolver uma agricultura especializada, por isso, eles se dedicaram ao comercio marítimo. Como consequência o poder político estava nas mãos dos mais poderosos comerciantes marítimos, política essa denominada como talassocracia.
O que orientou a vocação marítima dos gregos?O litoral grego é bastante recortado, possui bons portos naturais e é facilmente navegável, o que certamente contribuiu para estimular a navegação e o comércio marítimo.
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