Como lidar com alunos indisciplinados e desinteressados

Realmente não é fácil saber como lidar com certos alunos em sala de aula e isso acaba tornando a rotina de trabalho bem estressante. Pode parecer estranho, mas muito do seu sucesso com alunos difíceis pode depender do que você não faz. Pode ser um desafio recusar-se a seguir todos ao seu redor, incluindo seus colegas de trabalho mais próximos e seguir o seu próprio caminho. Mas vale a pena tentar evitar as três estratégias a seguir. Você descobrirá uma incrível capacidade natural de se conectar e influenciar seus alunos mais difíceis, abrindo caminho para uma melhoria genuína e transformadora.

Intimidação

Qualquer estratégia que busque assustar ou intimidar os alunos a se comportarem melhor vai causar o resultado contrário que o esperado. Embora gritar, ameaçar e repreender possa resultar em melhoria imediata, sua natureza ofensiva garantirá que seja apenas temporária.

Seu uso fará com que os alunos não gostem muito de você, o que prejudicará seus esforços para construir relacionamentos influentes com eles. Assim, eles não irão confiar em você, nem ouví-lo e nem se importar com o que você tem a dizer. E eles irão ter uma tendência em comportar-se mal quando você virar as costas.

Persuasão

Tentar convencer os alunos a se comportarem, dizer o que eles devem pensar e sentir, e forçar uma explicação de porque eles se comportaram mal geralmente gera desconforto e irritação.

Tirar o aluno da sala e exigir que ele fale sobre o acontecido causa a construção de muros fortificados, atrás dos quais ele vai papaguear o que você quer ouvir, tornar-se argumentativo e desrespeitoso, ou até calar-se completamente.

Para uma melhoria duradoura, o aluno precisa ter a oportunidade de refletir sobre o mau comportamento, assumir a responsabilidade e resolver fazer tudo isso sozinho, por conta própria. Seu trabalho é ser um líder o qual eles confiam, respeitam e acreditam.

Submissão

Desistir dos alunos difíceis e ignorar algumas vezes comportamentos inadequados passa a mensagem que você não se importa, que pensa que eles estão além da esperança e que tentar ajudá-los não valem a pena.

Esta é uma mensagem devastadora que leva a um comportamento mais frequente e mais grave e a um buraco ainda mais profundo para sair.

Mantê-los em um padrão de comportamento que eles precisam para ter sucesso na escola é a coisa mais compassiva que você pode fazer por eles. E quando você oferece perdão de braços abertos e reconhece que eles estão tentando mudar, é possível abrandar o mais duro dos corações.

Todas as três estratégias acima aprofundam a alienação e a diferença que os alunos sentem. Elas causam ressentimento, desconfiança e uma maior compulsão por se comportar mal.

O que eles precisam não é mais atenção, mais discurso longos ou ameaças. O que eles precisam é de um professor que os inspire a seguir um caminho melhor.

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E assista também este vídeo com mais uma dica ótima.

About author Túria Costa Lopes

Diretora, coordenadora, professora e escritora de livros didáticos especializada em estratégias e metodologias de ensino, graduada na PUCCAMP e mestre pela University of Georgia (UGA).

A indisciplina, dizem educadores de todo o país, é o maior problema da sala de aula - e da escola. Porém essa realidade (apontada em pesquisa feita pela Fundação Victor Civita e pelo Ibope com 500 professores) está longe de ser a verdadeira responsável pela dificuldade de ensinar: o que, de fato, impede o trabalho docente é a falta de adequação do processo de ensino.

Partindo do princípio de que as estratégias de repressão usadas por muitas escolas são pontuais, imediatistas e ineficazes, a revista aponta soluções para encarar o problema. Longe de ser um manual, esses passos são o ponto de partida para um trabalho que requer o envolvimento de toda a equipe. Confira um resumo das recomendações dos especialistas consultados por NOVA ESCOLA.

Distinguir as regras
A indisciplina é a transgressão de dois tipos de regra: as de natureza moral (baseadas em princípios éticos, que visam o bem comum, e por isso valem para todas as instituições e para qualquer situação, como não bater, não xingar e não mentir) e as convencionais (que variam de escola para escola, como as que se referem ao uso de celular, uniforme e boné). Com frequência, os regimentos escolares erram ao colocar essas duas situações em um mesmo patamar. É importante distingui-las para entender melhor a indisciplina e lidar com ela.

Equilibrar a reação
Pesquisa com 55 diretores realizada por Isabel Leme para a Universidade de São Paulo, em 2006, mostrou que a gestão de conflitos é vista por 85% deles como fundamental para garantir a paz na escola. Mas, alertam os especialistas, o que se vê na prática é menos uma abordagem para entender o problema (e lidar com ele) e muito mais a tentativa de evitar qualquer distúrbio. Quando uma situação foge do controle imposto, a reação é mandar os alunos para a diretoria. O caminho sugerido em NOVA ESCOLA é outro: dialogar sempre, ouvindo as partes e demonstrando respeito pelos valores de cada um.

Conquistar a autoridade
Toda vez que se tenta impor a disciplina com autoritarismo, surge a revolta. Com mais conhecimento, todo professor adquire segurança em relação aos conteúdos didáticos e aprende a planejar aulas eficazes. Pode parecer simples, mas isso é essencial para manter a disciplina e fazer com que todos aprendam. "É preciso diversificar a metodologia, pois interagimos com alunos conectados ao mundo de diferentes maneiras", diz Maria Tereza Trevisol, professora da Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus de Joaçaba, a 371 quilômetros de Florianópolis.

Incentivar a cooperação
Esforçar-se para construir um clima escolar de qualidade, no qual os estudantes sejam respeitados e aprendam a respeitar, traz recompensa: um comportamento adequado porque todos têm consciência de seu papel na escola e não por medo de castigos. Nessa situação, professores e gestores são vistos como figuras de autoridade moral e intelectual, capazes de negociações justas com a garotada (nunca autoritárias).

Agir com calma
Em uma situação de indisciplina, é preciso, sim, manifestar contrariedade. Sem exaltações, mostrar ao aluno que todo o grupo é prejudicado vai ajudá-lo a perceber as consequências de suas ações e aprender como agir em outras situações similares.

Ficar sempre alerta
Cabe à escola cultivar um ambiente de cooperação e respeito, pois é de esperar que casos de indisciplina surjam sempre. Mesmo com a equipe capacitada para agir de forma mais confiante em relação ao problema, sempre haverá novos professores e alunos, que precisarão de tempo para se adequar a essa maneira de encarar os conflitos.

Estimular a autonomia
Às vezes, os alunos agem de forma indisciplinada para demonstrar que alguma regra não funciona. Em alguns casos, eles querem chamar a atenção para as próprias ideias. Ao conviver num ambiente pautado pelo respeito e pela negociação das normas, os estudantes aprendem a tomar decisões responsáveis.

O que fazer com aluno que atrapalha a aula?

Para lidar com essas situações, é preciso atuar na causa, e não nas consequências. Em vez de criar mecanismos de vigilância e controle para acabar com a agitação (consequência), vale discutir com os alunos os reais motivos desse comportamento, buscando identificar e corrigir o que vai mal (causa).

Qual a melhor forma de lidar com um aluno indisciplinado?

Portanto, é preciso manter o equilíbrio e a calma, sabendo lidar com cada situação. Lembre-se: o diálogo ainda é o melhor caminho. Pensando nisso, crie dinâmicas para trabalhar a indisciplina na sala de aula, conversar com os alunos, saber o que levou a esse tipo de comportamento e explicar que é errado.

O que fazer com alunos desobedientes?

5 Dicas Para Lidar Com Crianças Indisciplinadas.
Reconheça as qualidades dos alunos difíceis. Expresse positividade diariamente para cada um de seus alunos. ... .
Use frases encorajadoras durante a aula. ... .
Enxergue o “pior aluno” como o melhor. ... .
Envie relatórios de progresso para os pais. ... .
[EXTRA] Use jogos!.

Como chamar a atenção de alunos indisciplinados?

É possível começar a cantarolar, assoviar, ou colocar uma música ou outro barulho repentino. É preferível usar barulhos não agressivos. A intenção aqui é apenas chamar a atenção dos alunos e não demonstrar que você está irritado com eles.