Câncer no fígado tem cura com quimioterapia

Câncer no fígado tem cura com quimioterapia

Muitos tipos de câncer desenvolvem metástases para o fígado. No entanto, o tratamento das metástases hepáticas não está indicado para todos os tipos de câncer. De um modo geral dizemos que se o tumor primário (que deu origem a metástase no fígado) estiver controlado (sem doença ativa) ou possuir grande resposta à quimioterapia, a retirada da metástase pode trazer benefícios e até cura aos pacientes. 

A metástase originária do câncer colorretal (intestino grosso) é aquela que mais de beneficia hoje do tratamento cirúrgico. Outros tumores, como mama, pulmão, pâncreas, esôfago, estômago devem ser estudados caso a caso, individualmente. As metástases originárias de tumores neuro-endócrinos também se beneficiam de tratamento cirúrgico.
Desta maneira, o tratamento da metástase deve sempre ser feito no âmbito multidisciplinar, junto ao oncologista clínico, radiologista, entre outros profissionais. Logo, o acompanhamento oncológico durante todo o tratamento é primordial, para avaliar a progressão ou regressão da doença, de forma que os médicos responsáveis possam administrar medicações e alternativas mediante a situação atual do paciente.

Tratamento de metástases hepáticas de origem colorretal

As metástases hepáticas podem ser sincrônicas (apareceram junto com o tumor primário) ou metacrônicas (apareceram pelo menos 6 meses ou um ano após o tumor primário). 

As metástases que apareceram mais de um ano após a ressecção do tumor primário (do intestino grosso que deu origem a metástase) podem ser retiradas logo após o diagnóstico se houver condições para isso (número e localização das metástases). Se não houver condição, ou seja houver necessidade de redução do tamanho e número de tumores para que seja possível a sua retirada, o paciente necessitará de quimioterapia para reduzir as metástases. Após certo tempo, o cirurgião, junto com o oncologista e radiologista podem planejar o tipo de ressecção hepática que pode inclusive ser realizada em dois tempos.

As metástases que são sincrônicas podem ser tratadas antes, durante ou depois do tratamento do primário (câncer colorretal). Essa decisão vai depender do número e localização das metástases, presença de sintomas do primário (oclusão intestinal) e resposta à quimioterapia. Se houver muito tumor no fígado, damos preferência ao tratamento do fígado antes pois sabe-se que o crescimento das metástases hepáticas é mais rápido que o crescimento primário. Se o tumor do intestino estiver causando sintomas de suboclusão com risco de levar a quadro obstrutivo, optamos por tratar o primário antes. Em todos os casos de metástases hepáticas de origem colorretal, a quimioterapia é fundamental e deve ser utilizada para reduzir a recidiva da doença e aumentar a chance de cura destes pacientes.  

Conhece alguém que sofre de tumor no fígado e precisa de tratamento de metástases em todo o fígado? Indique o contato de um especialista em câncer no fígado, como o Dr. Marcel Autran, para ajudá-lo.

Artigo escrito pelo Dr. Marcel Autran

Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo com área de atuação em Cirurgia Videolaparoscópica

Câncer no fígado tem cura com quimioterapia

02 dez Câncer de fígado tem cura? Saiba mais sobre a doença

Posted at 20:49h in Blog 7 Comentários

Para entender como os tumores de fígado se formam, é preciso entender primeiro o que é o órgão e qual o seu trabalho no corpo humano.

O fígado é o maior órgão interno do corpo humano e está localizado ao lado direito do corpo, em formato de pirâmide e dividido em lobos. As suas principais funções são: fazer o metabolismo de substâncias do corpo como proteínas, lipídeos e carboidratos; digestão da gordura por meio da bile, enzima produzida pela própria estrutura; filtração de resíduos tóxicos; e metabolização de substâncias que ingerimos, como medicamentos e álcool.

Além disso, é formado por células de diferentes tipos, e por isso, quando algumas dessas células se desenvolvem de forma indiscriminada e anômala, formam-se os tumores no fígado. Por causa da variedade de células, podem se formar vários tipos diferentes de tumor, malignos ou benignos.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de fígado não está entre os 10 mais incidentes no Brasil. É diagnosticado mais frequentemente em homens, acima de 60 anos. Estima-se que a sua incidência seja, em média, de 1 caso a cada 81 homens, e 1 caso a cada 196 mulheres.

Quanto antes o tumor é descoberto, melhor é para o paciente pois é possível conter o avanço da doença. Os tratamentos variam a cada caso e podem incluir a remoção de parte do fígado, transplante, quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia.

TUMORES PRIMÁRIOS OU SECUNDÁRIOS

A neoplasia de fígado se divide em dois tipos principais: os tumores primários, ou seja, aqueles que se desenvolvem originalmente no fígado, e os secundários, ou metastáticos. Esses, são células tumorais de outros órgãos que migram e se alojam no fígado.

Os tumores primários podem ser classificados também em três subtipos: o hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular é o mais comum entre os cânceres de fígado, presente em 80% dos casos diagnosticados. É três vezes mais comum em homens, e geralmente, aparecem na sexta e sétima década de vida.

Patologias que comprometem a saúde do fígado são um fator de risco importante para o câncer nesse órgão, as hepatites virais crônicas, principalmente dos tipos B e C, são um exemplo disso. O alcoolismo é outro fator importante a se considerar, bem como cirrose hepática, obesidade e diabetes tipo 2.

SINTOMAS

Apesar de ser uma patologia relativamente silenciosa, a neoplasia de fígado pode apresentar alguns sintomas importantes. Os principais são:

Perda excessiva de peso;
Inapetência;
Sensação de “plenitude” no estômago;
Náuseas e vômitos;
Febre;
Fígado dilatado;
Dor abdominal;
Icterícia.

Algumas modalidades de tumor de fígado apresentam também alterações hormonais que podem ser sinal de que algo não vai bem. O aumento do índice de cálcio no sangue, colesterol alto e a hipoglicemia podem ser alertas desse tipo de patologia.

Caso apresente algum desses sintomas, procure orientação médica imediatamente. O diagnóstico precoce é o primeiro passo para vencer a doença! Cuide-se!

Quais são as chances de cura do câncer no fígado?

Hoje, podemos dizer que, se diagnosticado precocemente, ele apresenta chance de cura superior a 90%. Seu tratamento vai desde a destruição direta do tumor, sua ressecção, até o transplante de fígado.

Como é feita a quimioterapia para câncer de fígado?

A quimioterapia venosa é administrada via cateteres, que são dispositivos de acesso venoso central. Eles também são usados para a injeção de medicamentos, sangue e derivados, e nutrientes diretamente no sangue.

Quais os tipos de quimioterapia para câncer de fígado?

As opções de tratamento incluem ablação, embolização ou ambos. Outras opções podem incluir terapia-alvo, imunoterapia, quimioterapia (sistêmica ou por infusão da artéria hepática) e/ou radioterapia. Em alguns casos, o tratamento reduz o tamanho do tumor possibilitando a cirurgia (hepatectomia parcial ou transplante).

Quem tem câncer no fígado sobrevive?

Para os pacientes com câncer de fígado em estágio inicial, que fizeram transplante hepático, a taxa de sobrevida em 5 anos é de 60 a 70%. Observações sobre as estatísticas acima: Os pacientes diagnosticados atualmente com câncer de fígado podem ter um prognóstico melhor do que mostrado nos dados acima.