O presente texto tem como objetivo pensar a Base Nacional Comum de Formação (BNC-Formação) em sua proposta inicial e, a partir dela, a BNCC já implantada em
sua completude, desde 2019, organizando nosso debate em quatro momentos: no primeiro, assumimos a partir de Santos (2002) que estas duas políticas são o retrato de uma razão indolente que se apresenta nas quatro formas explicitadas pelo autor. Indicamos que essa indolência está presente nas políticas de currículo e formação estabelecidas por um modelo “eficientista”, o qual retrata concepções de escola, aluno, professor e sociedade afastadas de um Estado Social de bem-estar que, entre outros
aspectos, deveria ser constituído na diversidade e na diferença cultural. No segundo momento, tratamos sobre a BNCC compreendendo que é necessário conhecê-la para compreender melhor essa interdependência entre ela e a BNC-Formação e o ponto de vista que as unifica. No terceiro momento, trazemos uma discussão que perpassa as pesquisas com os cotidianos sobre os conceitos de raízes e opções (SANTOS, 2008) que demarcam nossos pontos de vista sobre currículo e formação docente. Por fim, destacamos
que a formação de professores deveria estar pautada na ideia de que docentes são produtores de currículos, de seus materiais pedagógicos e dos processos de avaliação, e não meros transmissores do que vêm predeterminado pelas políticas educacionais que estão sendo desenhadas para formação docente. Doutora em Educação. Professora do
Colégio de Aplicação e do Programa em Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Líder do Grupo de Pesquisa Conversas entre Professores: Alteridades e Singularidades (ConPAS) − Apoio CNPq e Faperj. Doutor em Educação. Professor adjunto no Centro de Educação, Letras e Artes e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Acre
(Ufac). Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas, Práticas e Currículos (GpPPC). ALBINO, A. C. A.; SILVA, A. F. BNCC e BNC da formação de professores: repensando a formação por competências. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 13, n. 25, p. 137-53, jan./maio 2019. Disponível em:
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O que diz a BNCC sobre a formação de professores?É necessário que o professor se comprometa com seu próprio desenvolvimento profissional, com a aprendizagem dos estudantes e com o princípio de que todos são capazes de aprender. Também deve participar da construção do projeto pedagógico da escola e da construção de valores democráticos.
Qual é a importância das competências da BNCC para a formação dos educandos?“As competências são a grande bússola da Base Nacional Comum Curricular, conversando com a educação e trazendo uma função social para os aprendizados das crianças e dos jovens. Elas convidam o professor a fazer essa relação entre as aprendizagens, o mundo social e o mundo cultural em que vivemos.”
Como as competências e habilidades descritas na BNCC base nacional comum curricular?Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Qual é a importância de se trabalhar as competências gerais da BNCC de forma integrada?Nesse sentido, é importante o foco no desenvolvimento de competências que permitam aos estudantes “saber” e “saber fazer”. Isto é, devem ter a capacidade de utilizar os conhecimentos adquiridos no dia a dia.
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