Aspectos psicológicos da relação do enfermeiro com pacientes e familiares

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Publicado em: 2021-02-10

Aspectos psicológicos da relação do enfermeiro com pacientes e familiares
07/05/2014
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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA
RELAÇÃO DO ENFERMEIRO COM
PACIENTE E FAMILIARES
Prof. Esp. Israel Coutinho Sampaio Lima
FACULDADE PRINCESA DO OESTE
Disciplina: Bases Psicológicas aplicada a Enfermagem
Relação entre cuidado e
sujeitos
Constantemente, quando se chega perto de um paciente, tem-se o
objetivo de realizar um procedimento técnico impecável, tem-se o objetivo de
realizar um procedimento técnico impecável, com erro zero.
Realiza-se a técnica com total concentração e, muitas vezes, se
distancia do principal objetivo (o ser humano), aquele que está totalmente
aberto para o que se vai fazer e que certamente, desconhece o procedimento
técnico que irá sofrer, mas que possui um vasto domínio do que às vezes
ainda não aprendemos ou para o que não foi dada a devida atenção:
afetividade.
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Desenvolvimento da
Afetividade
Tecnologia Paciente/família
É importante estar atento ao ambiente onde os sujeitos do cuidado se
encontram, ter cuidado com as palavras, pois pode haver engano
quanto à percepção sobre as mesmas, sendo estas de domínio da
equipe de saúde.
Fique atento aos atos e gestos, o processo de cuidar deve está
baseado, na conformação da cumplicidade profissional/sujeito do
cuidado.
Os laços são formados através das orientações e esclarecimentos
sobre procedimentos a serem realizados, assim como através do
toque, linguagem corporal não falada.
UM FATO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Um determinado paciente, possuía dois acessos vasculares centrais,
o médico solicitou o parecer da enfermeira para avaliar o curativo dos
mesmos. O médico questionou a enfermeira sobre qual seria a melhor opção,
seguiu discutindo o caso e citou a palavras prognóstico.
Como se pode observar, é muito fácil perder o objetivo da
assistência: o cliente e família. Para evitar esse distanciamento, é preciso
atenção constante ao objetivo final.
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• Outro fato a ser pensado é sobre a demora na disposição de
informações aos sujeitos do cuidado, as quais são suas por direito.
• As vezes é necessário adiar informações temporariamente para que
seja encontrado o melhor momento, a melhor palavra ou a melhor
expressão para fazê-lo. Não é tarefa fácil, nem tampouco se
aprende em um único dia a manejar tais situações, porém pode-se
passar anos atuando como profissionais sem perceber os
sentimentos envolvidos na relação com o outro.
UM FATO E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Desenvolvendo o vínculo
• Começar um bom relacionamento, é preciso desenvolver uma relação de
confiança, porém, às vezes, não dispomos de muito tempo para tal.
Salienta-se a importância do autoconhecimento para uma percepção de
limites.
• O enfermeiro deve ter postura, o que influência diretamente na aceitação
do enfermeiro pelo cliente.
• Mostrar segurança, empatia, dialogo firme, esclarecimento das ações a
serem desenvolvidas, voz amena (suave).
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LEMBRE-SE
O enfermeiro
precisa desenvolver atitudes como fornecer calor humano, ter
interesse e respeito pelo paciente. E respeitar também é ouvir
silenciosamente a manifestação do paciente e/ou de seu familiar
acerca de uma expectativa não correspondida.
ASPECTOS
EVOLUTIVOS/NECESSIDADES
A ausência de humanidade é um dos fatores mais importantes
citados por grande parte dos clientes, na prestação da assistência. Sendo a
humanização o aspecto mais esperado e com maior expectativa do cliente.
 Troca de plantão;
 Horários de medicação/banho;
 Realização de procedimentos;
 Informações sobre quadro clínico.
É preciso entender, perceber e identificar um dos mais
frequentes sentimentos apresentados pelo paciente e/ou por familiares: a
ansiedade.
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CARACTERIZANDO A
ANSIEDADE
A ansiedade é definida como estado em que o
indivíduo/grupo apresenta sentimentos de intranquilidade (apreensão) e
ativação do sistema nervoso autônomo em resposta a uma ameaça vaga e
inespecífica. Sendo categorizada como: de ordem fisiológica, emocional e
cognitiva.
 Fisiológica: insônia, fadiga, fraqueza, boca seca, agitação, anorexia,
sudorese e tremores;
 Emocional: sentimentos de desamparo, nervosismo, falta de
autoconfiança, perda de controle, inabilidade para relaxar, irritabilidade,
choro, tendência a culpar os outros e retraimento;
 Cognitiva: preocupação, hiperatenção, esquecimentos, confusão e
incapacidade para concentrar-se.
QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA
• É importante conhecer a estrutura e o processo da dimensão da
satisfação, pois é o determinante primário da avaliação de qualidade dos
cuidados despendidos.
 A avaliação da qualidade é baseado na: estrutura, processo e resultados.
 Estrutura: indica o ambiente onde o serviço ocorre;
 Processo: interação entre serviço dos funcionários e o ambiente onde o
serviço ocorre;
 Resultado: é a consequência da interação entre resultados biológicos,
fisiológicos, sintomas do cliente, funções do cliente, percepção geral de
saúde e qualidade de vida.
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PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
A comunicação pode ser interpretada em três etapas:
 A reflexão de sentimentos: compreender o que o sujeito está dizendo de
um modo implícito;
 A auto-expressão: informar o que está acontecendo com o outro;
 Confronto e colocação de limites: reflexão e amadurecimento sobre
consequência de atos.
ABORDAGEM E
NORMATIZAÇÕES
Atendimento humano, atencioso e respeitoso
somente será possível se for observada a faixa etária, o estado
emocional, os níveis social e intelectual, para que sejam feitos
ajustes nos relacionamentos interpessoais.
 Deve-se evitar o uso de expressões infantis com o adulto.
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“O paciente tem direito a consentir ou recusar procedimentos diagnósticos
ou terapêuticos a serem nele realizados. Deve consentir de forma livre e
voluntária, esclarecida com adequada informação. Quando ocorrerem
alterações significantes no estado de saúde inicial ou da causa pela qual o
consentimento foi dado, este deverá ser renovado”.
ABORDAGEM E
NORMATIZAÇÕES
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, no capítulo IV
trata dos Deveres: “prestar adequadas informações ao cliente e família
a respeito da assistência de Enfermagem, possíveis benefícios, riscos e
consequências que possam ocorrer”.
“Respeitar o natural pudor, a privacidade e a intimidade do cliente.”
ABORDAGEM E
NORMATIZAÇÕES
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Ao iniciar uma assistência, é necessário utilizar a
observação como ferramenta essencial ao ofício do enfermeiro, para a
obtenção de instrumentos emocionais suficientes para uma boa assistência.
Deve-se evitar a crença de que é possuidor da melhor habilidade técnica e
que esse fator é suficiente para a melhor assistência.
Olho no olho, ouvir, perceber e usar o toque são mecanismos que favorecem
essa prática.
ABORDAGEM E
NORMATIZAÇÕES
Os clientes que são caracterizados como de difícil
relacionamento, permitirá uma relação tranquila se você demonstrar que respeita
e entende as possíveis dificuldades resultantes da sua hospitalização.
Em situação conflitantes, ouça mais, fale menos. Dessa maneira, você criará uma
excelente oportunidade de resolução de conflitos.
ABORDAGEM E
NORMATIZAÇÕES
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Procure não avaliar uma situação
de forma isolada. Lembre-se de que por trás do paciente existe
uma vida que vai além da doença que ele pode apresentar.
ABORDAGEM E
NORMATIZAÇÕES
OBRIGADO...

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Comentários para: 3 - Aspectos psicológicos da relação do enfermeiro com o paciente

Qual a relação do enfermeiro com a família do paciente e o paciente?

Os enfermeiros têm acesso exclusivo a família de um paciente de sua posição de “beira-leito”. Ao fornecer informação e apoio, o enfermeiro pode minimizar a ansiedade da família sobre prestação de cuidados e conseguir respostas positivas no paciente.

Como deve ser a relação da equipe de enfermagem com paciente e familiares?

A comunicação é o grande fator positivo na relação equipepaciente–família. O equilíbrio emocional deve permear a assistência e possibilitar o desenvolvimento de estratégias de promoção à saúde.

Qual a postura ideal do profissional de enfermagem com os familiares?

É importante que o enfermeiro reconheça os gestos adaptadores presentes no familiar, no momento da orientação, porque auxiliam na percepção de seus aspectos emocionais. Quanto às manifestações afetivas, observadas no filme foram de extrema importância para a interação da enfermeira com o familiar.

Como deve ser a relação entre enfermeiro e paciente?

O relacionamento enfermeiro-paciente é uma relação entre o profissional e a pessoa que requer ajuda, sendo que esta relação se dá através de um processo terapêutico, com início, meio e final, objetivando a resolução do problema.