Documento: pdf (9 páginas) 819.9 KB 1 ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA RELAÇÃO DO ENFERMEIRO COM PACIENTE E FAMILIARES Prof. Esp. Israel Coutinho Sampaio Lima FACULDADE PRINCESA DO OESTE Disciplina: Bases Psicológicas aplicada a Enfermagem Relação entre cuidado e sujeitos Constantemente, quando se chega perto de um paciente, tem-se o objetivo de realizar um procedimento técnico impecável, tem-se o objetivo de realizar um procedimento técnico impecável, com erro zero. Realiza-se a técnica com total concentração e, muitas vezes, se distancia do principal objetivo (o ser humano), aquele que está totalmente aberto para o que se vai fazer e que certamente, desconhece o procedimento técnico que irá sofrer, mas que possui um vasto domínio do que às vezes ainda não aprendemos ou para o que não foi dada a devida atenção: afetividade. 07/05/2014 2 Desenvolvimento da Afetividade Tecnologia Paciente/família É importante estar atento ao ambiente onde os sujeitos do cuidado se encontram, ter cuidado com as palavras, pois pode haver engano quanto à percepção sobre as mesmas, sendo estas de domínio da equipe de saúde. Fique atento aos atos e gestos, o processo de cuidar deve está baseado, na conformação da cumplicidade profissional/sujeito do cuidado. Os laços são formados através das orientações e esclarecimentos sobre procedimentos a serem realizados, assim como através do toque, linguagem corporal não falada. UM FATO E SUAS CONSEQUÊNCIAS Um determinado paciente, possuía dois acessos vasculares centrais, o médico solicitou o parecer da enfermeira para avaliar o curativo dos mesmos. O médico questionou a enfermeira sobre qual seria a melhor opção, seguiu discutindo o caso e citou a palavras prognóstico. Como se pode observar, é muito fácil perder o objetivo da assistência: o cliente e família. Para evitar esse distanciamento, é preciso atenção constante ao objetivo final. 07/05/2014 3 • Outro fato a ser pensado é sobre a demora na disposição de informações aos sujeitos do cuidado, as quais são suas por direito. • As vezes é necessário adiar informações temporariamente para que seja encontrado o melhor momento, a melhor palavra ou a melhor expressão para fazê-lo. Não é tarefa fácil, nem tampouco se aprende em um único dia a manejar tais situações, porém pode-se passar anos atuando como profissionais sem perceber os sentimentos envolvidos na relação com o outro. UM FATO E SUAS CONSEQUÊNCIAS Desenvolvendo o vínculo • Começar um bom relacionamento, é preciso desenvolver uma relação de confiança, porém, às vezes, não dispomos de muito tempo para tal. Salienta-se a importância do autoconhecimento para uma percepção de limites. • O enfermeiro deve ter postura, o que influência diretamente na aceitação do enfermeiro pelo cliente. • Mostrar segurança, empatia, dialogo firme, esclarecimento das ações a serem desenvolvidas, voz amena (suave). 07/05/2014 4 LEMBRE-SE O enfermeiro precisa desenvolver atitudes como fornecer calor humano, ter interesse e respeito pelo paciente. E respeitar também é ouvir silenciosamente a manifestação do paciente e/ou de seu familiar acerca de uma expectativa não correspondida. ASPECTOS EVOLUTIVOS/NECESSIDADES A ausência de humanidade é um dos fatores mais importantes citados por grande parte dos clientes, na prestação da assistência. Sendo a humanização o aspecto mais esperado e com maior expectativa do cliente. Troca de plantão; Horários de medicação/banho; Realização de procedimentos; Informações sobre quadro clínico. É preciso entender, perceber e identificar um dos mais frequentes sentimentos apresentados pelo paciente e/ou por familiares: a ansiedade. 07/05/2014 5 CARACTERIZANDO A ANSIEDADE A ansiedade é definida como estado em que o indivíduo/grupo apresenta sentimentos de intranquilidade (apreensão) e ativação do sistema nervoso autônomo em resposta a uma ameaça vaga e inespecífica. Sendo categorizada como: de ordem fisiológica, emocional e cognitiva. Fisiológica: insônia, fadiga, fraqueza, boca seca, agitação, anorexia, sudorese e tremores; Emocional: sentimentos de desamparo, nervosismo, falta de autoconfiança, perda de controle, inabilidade para relaxar, irritabilidade, choro, tendência a culpar os outros e retraimento; Cognitiva: preocupação, hiperatenção, esquecimentos, confusão e incapacidade para concentrar-se. QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA • É importante conhecer a estrutura e o processo da dimensão da satisfação, pois é o determinante primário da avaliação de qualidade dos cuidados despendidos. A avaliação da qualidade é baseado na: estrutura, processo e resultados. Estrutura: indica o ambiente onde o serviço ocorre; Processo: interação entre serviço dos funcionários e o ambiente onde o serviço ocorre; Resultado: é a consequência da interação entre resultados biológicos, fisiológicos, sintomas do cliente, funções do cliente, percepção geral de saúde e qualidade de vida. 07/05/2014 6 PROCESSO DE COMUNICAÇÃO A comunicação pode ser interpretada em três etapas: A reflexão de sentimentos: compreender o que o sujeito está dizendo de um modo implícito; A auto-expressão: informar o que está acontecendo com o outro; Confronto e colocação de limites: reflexão e amadurecimento sobre consequência de atos. ABORDAGEM E NORMATIZAÇÕES Atendimento humano, atencioso e respeitoso somente será possível se for observada a faixa etária, o estado emocional, os níveis social e intelectual, para que sejam feitos ajustes nos relacionamentos interpessoais. Deve-se evitar o uso de expressões infantis com o adulto. 07/05/2014 7 “O paciente tem direito a consentir ou recusar procedimentos diagnósticos ou terapêuticos a serem nele realizados. Deve consentir de forma livre e voluntária, esclarecida com adequada informação. Quando ocorrerem alterações significantes no estado de saúde inicial ou da causa pela qual o consentimento foi dado, este deverá ser renovado”. ABORDAGEM E NORMATIZAÇÕES O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, no capítulo IV trata dos Deveres: “prestar adequadas informações ao cliente e família a respeito da assistência de Enfermagem, possíveis benefícios, riscos e consequências que possam ocorrer”. “Respeitar o natural pudor, a privacidade e a intimidade do cliente.” ABORDAGEM E NORMATIZAÇÕES 07/05/2014 8 Ao iniciar uma assistência, é necessário utilizar a observação como ferramenta essencial ao ofício do enfermeiro, para a obtenção de instrumentos emocionais suficientes para uma boa assistência. Deve-se evitar a crença de que é possuidor da melhor habilidade técnica e que esse fator é suficiente para a melhor assistência. Olho no olho, ouvir, perceber e usar o toque são mecanismos que favorecem essa prática. ABORDAGEM E NORMATIZAÇÕES Os clientes que são caracterizados como de difícil relacionamento, permitirá uma relação tranquila se você demonstrar que respeita e entende as possíveis dificuldades resultantes da sua hospitalização. Em situação conflitantes, ouça mais, fale menos. Dessa maneira, você criará uma excelente oportunidade de resolução de conflitos. ABORDAGEM E NORMATIZAÇÕES 07/05/2014 9 Procure não avaliar uma situação de forma isolada. Lembre-se de que por trás do paciente existe uma vida que vai além da doença que ele pode apresentar. ABORDAGEM E NORMATIZAÇÕES OBRIGADO... Comentários para: 3 - Aspectos psicológicos da relação do enfermeiro com o pacienteQual a relação do enfermeiro com a família do paciente e o paciente?Os enfermeiros têm acesso exclusivo a família de um paciente de sua posição de “beira-leito”. Ao fornecer informação e apoio, o enfermeiro pode minimizar a ansiedade da família sobre prestação de cuidados e conseguir respostas positivas no paciente.
Como deve ser a relação da equipe de enfermagem com paciente e familiares?A comunicação é o grande fator positivo na relação equipe–paciente–família. O equilíbrio emocional deve permear a assistência e possibilitar o desenvolvimento de estratégias de promoção à saúde.
Qual a postura ideal do profissional de enfermagem com os familiares?É importante que o enfermeiro reconheça os gestos adaptadores presentes no familiar, no momento da orientação, porque auxiliam na percepção de seus aspectos emocionais. Quanto às manifestações afetivas, observadas no filme foram de extrema importância para a interação da enfermeira com o familiar.
Como deve ser a relação entre enfermeiro e paciente?O relacionamento enfermeiro-paciente é uma relação entre o profissional e a pessoa que requer ajuda, sendo que esta relação se dá através de um processo terapêutico, com início, meio e final, objetivando a resolução do problema.
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