As proposições citadas, de ampla repercussão no mundo contemporâneo, estão fundamentadas

CAIU NO VESTIBULAR!

2017

A (IFBA 2017) “Se a economia do mundo do século XIX foi formada principalmente sob a influência da Revolução Industrial britânica, sua política e ideologia foram formadas fundamentalmente pela Revolução Francesa.”

Show

(Fonte: HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções: Europa 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008. P. 83).

A citação de Eric Hobsbawm destaca a importância das Revoluções Industrial e Francesa para a história do Ocidente, especialmente porque:

  • a) Consolidaram o capitalismo e a sociedade burguesa no Ocidente.
  • b) Ambas fortaleceram o Antigo Regime europeu.
  • c) Construíram a base para a consolidação dos Estados Absolutistas na Europa.
  • d) Diminuíram as diferenças entre burgueses e proletários em todo o Ocidente da era Moderna.
  • e) Restabeleceram os laços entre as metrópoles e suas colônias na América.

D (UDESC 2017) “Renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem, aos direitos da humanidade, e até aos próprios deveres. Não há nenhuma reparação possível para quem renuncia a tudo. Tal renúncia é incompatível com a natureza do homem. Assim, seja qual for o lado por que se considerem as coisas, o direito de escravizar é nulo, não somente porque ilegítimo, mas porque absurdo e sem significação. As palavras escravidão e direito são contraditórias; excluem-se mutuamente.

Jean-Jacques Rousseau. O Contrato Social.

O livro O contrato Social, escrito por Rousseau e lançado em 1762, apresenta ideias que confluem com as lutas por “liberdade, igualdade e fraternidade”, conhecido lema da Revolução Francesa.

Com base na citação de Rousseau – O Contrato Social, assinale a alternativa correta a respeito das relações entre a Revolução Francesa e a prática da escravidão.

  • a) Um dos princípios da Revolução Francesa, a igualdade, está previsto na Declaração dos direitos do homem e do cidadão. Por este motivo, a partir de 1791, a escravidão, em todas as suas formas, foi abolida e jamais restabelecida nas colônias francesas.
  • b) Ainda que o posicionamento dos revolucionários fosse homogêneo, no que diz respeito ao fim da escravidão, esta foi abolida apenas em 1791, com a assinatura de um tratado entre Napoleão e o líder haitiano Toussaint Louverture. Após a assinatura deste tratado, a escravidão jamais foi restabelecida em uma colônia francesa.
  • c) A defesa da liberdade e as lutas pelo fim da escravidão eram pautas bastante cômodas para os revolucionários franceses, pois a França nunca contou com pessoas escravizadas em suas colônias.
  • d) Os posicionamentos dos revolucionários a respeito da escravidão eram relativamente contraditórios. Apesar das preleções de Rousseau, alguns grupos defendiam, primeiramente, apenas o fim do tráfico negreiro. As lutas pela abolição da escravidão e a independência do Haiti, concretizada apenas em 1804, são representativas destas contradições.
  • e) Como a obra não cita as mulheres, pode-se concluir que Jean-Jacques Rousseau era um defensor da escravidão apenas para as mulheres.

B (ESPCEX 2017) Leia as afirmações abaixo referentes à Revolução Francesa.

  1. Sua principal função social era defender a nação.
  2. Fase da Revolução Francesa que durou de 1794 até 1799.
  3. Revoltas camponesas comuns na França na década de 1780.
  4. Defendiam um governo central forte, o voto universal e a participação popular na direção do processo revolucionário.

Os fragmentos I, II, III e IV referem-se, respectivamente, ao/à(s)

  • a) jacobinos, diretório, nobreza, jaqueries.
  • b) nobreza, diretório, jaqueries, jacobinos.
  • c) diretório, jaqueries, jacobinos, nobreza.
  • d) nobreza, jaqueries, diretório, jacobinos.
  • e) jaqueries, jacobinos, nobreza, diretório.

D (IFSP 2017) A Revolução Francesa é considerada um importante movimento social e político de grande repercussão mundial. A respeito de tal Revolução, é correto afirmar que

  • a) foi uma revolução que uniu, inicialmente, a burguesia e o Clero.
  • b) os seus ideais estabeleceram-se sob o dogma positivista de August Comte e inspiraram o lema “Liberdade, Lealdade e Igualdade”.
  • c) fortaleceu a relação da Igreja com as camadas populares da sociedade.
  • d) possibilitou que se estabelecesse um Estado no qual houvesse liberdade de empreendimento e de lucro.
  • e) levou à morte do Rei Luís XV.

B (FAMERP 2017) A Revolução é feita de sombra, mas, acima de tudo, de luz.

Michel Vovelle. A Revolução Francesa explicada à minha neta, 2007.

A frase apresenta a Revolução Francesa, destacando

  • a) a aliança de setores católicos, associados à luz da revelação divina, com a ação revolucionária, que representava as trevas da morte.
  • b) o contraste entre a obscura violência de alguns de seus momentos e a razão luminosa que guiou muitos de seus propósitos.
  • c) a vitória do projeto aristocrático, que representava a luz, sobre as lutas burguesas, que representavam as sombras.
  • d) o contraponto entre o esforço obscuro de impor o terror e a vontade iluminista de restaurar a monarquia parlamentar.
  • e) a derrota do ideal republicano, que associava a revolução às trevas, e o sucesso da monarquia absoluta, liderada pelo Rei Sol.

D (UFJF-PISM 2 2017) Em julho de 1789, houve a explosão de movimentos populares em Paris. Artesãos, operários e desempregados se envolveram fortemente com o processo revolucionário, que ocasionou a tomada da Bastilha, momento simbólico da Revolução Francesa. Os grupos populares que protagonizaram a revolução passaram a ser conhecidos como sans-culottes.

Em relação aos sans-culottes, assinale a RESPOSTA que CORRESPONDA às suas reivindicações e atitudes.

  • a) Desejavam tomar o poder do rei de forma moderada, mediante as decisões do Primeiro Estado.
  • b) Defendiam o aprofundamento das reformas políticas e a tomada de poder por parte da aristocracia.
  • c) Tinham um projeto político bem definido, cuja principal proposta era o alinhamento com grupos contrarrevolucionários.
  • d) Exigiam melhores condições de vida e participação política dos setores sociais médios e pobres, saqueando armazéns e tomando edifícios governamentais.
  • e) Defendiam que os preços fossem tabelados e o fim da exploração econômica, sem qualquer proximidade com os camponeses e suas reivindicações.

E (UDESC 2017) “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”. Estas três palavras, somadas à bandeira azul, branca e vermelha, tornaram-se símbolos das ideias defendidas e das reivindicações no movimento chamado Revolução Francesa.

Com relação à Revolução Francesa, assinale a alternativa correta.

  • a) Das revoluções de esquerda ocorridas no século XIX, a Revolução Francesa é das mais significativas, justamente por ser a primeira a contar exclusivamente com a participação de classes populares. Seu modelo foi reimplementado posteriormente apenas em 1917, durante a Revolução Russa.
  • b) Apesar de sua relevância histórica, a Revolução Francesa não influenciou qualquer movimento revolucionário ou reivindicatório fora do território europeu.
  • c) A relevância da Revolução Francesa pode ser compreendida por ter sido, entre outras coisas, o primeiro movimento político que instaurou popularmente o governo de uma mulher. Esta foi personificada como “Marianne” e foi representada por Delacroix no famoso quadro Liberdade guiando o povo.
  • d) A Revolução Francesa teve reverberações não apenas na Europa, mas também na América. Uma das principais foi, certamente, a influência que exerceu sobre a Independência dos EUA.
  • e) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamada em 1789, ainda que ressaltasse a liberdade e a igualdade dos cidadãos perante a lei, era excludente em relação às mulheres. Tal fato auxilia compreender a composição da Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, escrita por Olympe de Gouges, em 1791.

A (FAMEMA 2017) Nosso atual modelo de Estado é fruto da Revolução Francesa, que, fascinada pela democracia grega, considerava que os atenienses criaram o princípio do Estado legal – um governo fundado em leis discutidas, planejadas, emendadas e obedecidas por cidadãos livres – e a ideia de que o Estado representa uma comunidade de cidadãos livres. Ao afirmarem que o governo era algo que as pessoas criavam para satisfazer as necessidades humanas, os atenienses consideravam seus governantes homens que haviam demonstrado capacidade para dirigir o Estado, e não deuses ou sacerdotes.

(Flavio de Campos e Renan G. Miranda. A escrita da História, 2005.)

De acordo com o excerto e seus conhecimentos, é correto afirmar que

  • a) a concepção moderna de democracia deriva da Revolução Francesa e da Atenas antiga, embora nesta a cidadania estivesse limitada à minoria da população.
  • b) a democracia ateniense, por fundamentar-se na comunidade de homens livres, não era compatível com a existência de trabalho escravo.
  • c) a Revolução Francesa ampliou o conceito de democracia grega, ao tornar cidadãos todos os habitantes da comunidade, inclusive as mulheres e os estrangeiros.
  • d) os gregos desenvolveram a noção de lei como uma emanação dos deuses, à qual os homens deveriam obedecer após discussão em assembleia.
  • e) os atenienses vinculavam a política à religião e, por isso, seu Estado nacional dependia da razão divina e limitava a expressão política dos cidadãos.

E (FEEVALE 2017) Marque a alternativa que apresenta termos oriundos da Revolução Francesa e que têm sido largamente utilizados no contexto atual de radicalização política:

  • a) Declaração Universal dos Direitos Humanos – Liberdade.
  • b) Comunismo – Capitalismo.
  • c) Iluminismo – Esquerda.
  • d) Direitos Humanos – Comunismo.
  • e) Direita – Esquerda.

2016

B (FUVEST 2016)

As proposições citadas, de ampla repercussão no mundo contemporâneo, estão fundamentadas

A imagem pode ser corretamente lida como uma

  • a) defesa do mercantilismo e do protecionismo comercial ingleses, ameaçados pela cobiça de outros impérios, sobretudo o francês.
  • b) crítica à monarquia inglesa, vista, no contexto da expansão revolucionária francesa, como opressora da própria sociedade inglesa.
  • c) alegoria das pretensões francesas sobre a Inglaterra, já que Napoleão Bonaparte era frequentemente considerado, pela burguesia, um líder revolucionário ateu.
  • d) apologia da monarquia e da igreja inglesas, contrárias à laicização da política e dos costumes típicos da Europa da época.
  • e) propaganda de setores comerciais ingleses, defensores dos monopólios comerciais e contrários ao livre-cambismo que, à época, ganhava força no país.

B (UFU 2016) Uma verdadeira paixão pelos Estados Unidos tomara conta dos franceses nos anos que precederam a revolução, como testemunham Chateaubriand e o próprio Franklin, que escrevia de Paris a seus correspondentes americanos: “aqui é comum dizer que nossa causa é a do gênero humano”. Além do mais, essa república fora fundada por colonos com quem a França tecera contra a Inglaterra uma aliança vitoriosa: os que tinham se engajado na aventura eram conhecidos por ter sofrido […] de “inoculação americana”.

OZOUF, Mona. Varennes: a morte da realeza, 21 de junho de 1791. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 175-176 (Adaptado).

A historiografia é consensual em afirmar que o movimento revolucionário francês e os ideais iluministas foram de grande importância para diversas lutas coloniais ocorridas na América. Menos estudada é a influência que os norte-americanos exerceram sobre os revolucionários franceses. Essa influência pode ser explicada, para além dos fatores mencionados na citação de Mona Ozouf,

  • a) pela forte tradição liberal dos colonos norte-americanos que, durante a luta pela independência, foram contrários a toda forma de exploração do trabalho.
  • b) pelo forte apelo simbólico que exercia o exemplo norte-americano de emancipação colonial, visto como caso modelar de luta contra a opressão dos poderes instituídos.
  • c) pelo desprezo que os colonos norte-americanos tinham em relação à religião, vista por eles como braço aliado do poder da metrópole inglesa, contra a qual deveriam lutar.
  • d) pela defesa da doutrina fisiocrata que, no plano político, se traduzia na permanência de privilégios constitucionais para as camadas senhoriais.

A (PUC RS 2016) “A história moderna termina em 1789, com aquilo que a Revolução batizou de ‘Antigo Regime’(…).”

(FURET, François. Pensando a Revolução Francesa. São Paulo: Paz e Terra, 1989. P. 17).

A partir do texto de Furet e dos conhecimentos sobre a Revolução Francesa, é correto afirmar:

  • a) A Santa Aliança foi uma reação repressiva aos movimentos liberais, buscando a restauração do Antigo Regime através de um pacto militar.
  • b) A homogeneidade social da burguesia conferia uma convergência de interesses comuns bem definidos aos rumos do processo revolucionário.
  • c) A Revolução Francesa alçou a burguesia ao poder político, ao derrubar a Monarquia Absolutista, mas, do ponto de vista econômico, manteve privilégios feudais.
  • d) A Revolução Francesa é um movimento que denota a maturidade burguesa ao remover os últimos entraves ao capitalismo, ao liberalismo e à democracia.
  • e) Os valores da Revolução Francesa, como igualdade, liberdade, fraternidade, justiça e democracia, não foram questionados nas disputas internas do movimento revolucionário.

B (UEMA 2016)

As proposições citadas, de ampla repercussão no mundo contemporâneo, estão fundamentadas

A imagem se refere à situação das receitas e das despesas do Estado francês na década de 1780. Pode-se analisar pelos dados que

  • a) a maior arrecadação do Estado era proveniente dos impostos diretos, pagos, em sua grande maioria, pelos representantes da Igreja Católica francesa, uma das mais poderosas da Europa.
  • b) o elevado déficit público do Estado francês foi um elemento central para o contexto histórico de profunda crise econômica que favoreceu a eclosão da Revolução Francesa em 1789.
  • c) a crise econômica relacionava-se diretamente às questões internas, já que, no cenário internacional, os negócios contribuíram de forma significativa para as receitas do Estado francês.
  • d) os gastos com o pagamento da dívida representavam uma pequena parcela das despesas estatais, o que indicava a possibilidade de recuperação rápida da economia francesa.
  • e) a opulência da nobreza francesa era a responsável pela fração mais elevada dos gastos do Estado, seu principal financiador.

D (UFPA 2016) Norman Hampson, autor de História Social de la Revolución Francesa, aborda as tensões na sociedade francesa do século XVIII:

A França do ancien régime… era uma sociedade extremamente complexa, caracterizada por grandes variações locais em todos os níveis. Por uma série de razões – políticas, econômicas, sociais e religiosas – as tensões foram se tornando cada vez maiores durante a segunda metade do século XVIII (…).

Apud MARQUES, Adhemar et al. História Contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 2008. p. 18.

Considerando o que diz Hampson, essa realidade da sociedade francesa daquele século se expressa nas tensões decorrentes da

  • a) alta dos tributos implementados durante o reinado de Luís XVI, que atingiu, sobretudo, os servos que viviam em glebas fora dos muros da cidade e que eram arrendadas pelos aristocratas do 2º Estado.
  • b) tomada de consciência da classe trabalhadora que vivia no campo, ao reconhecer que era explorada pela Corte, a qual tinha como única função nomear, convocar ou demitir ministros, impedindo o rei de governar.
  • c) luta de classes que se estabeleceu entre burgueses e camponeses, representantes das então recentes forças produtivas que se estabeleceram na França após a superação do feudalismo e do clericalismo.
  • d) sobrecarga de taxas sobre o campesinato enquanto as ordens privilegiadas (nobreza e clero) ocupavam os lugares honoríficos e lucrativos, ao mesmo tempo em que a burguesia ficava fora do poder.
  • e) dependência em que vivia a burguesia em relação à nobreza, que tudo controlava desde os impostos até a produção de alimentos, como forma de evitar a revolução no campo.

B (UFPR 2016) Considere os seguintes excertos produzidos no contexto da Revolução Francesa (1789-1799):

As proposições citadas, de ampla repercussão no mundo contemporâneo, estão fundamentadas

Compare as duas declarações e assinale a alternativa que identifica a principal diferença entre o texto de 1789 e o de 1791.

  • a) O texto de 1791 estabelece direitos e obrigações detalhados e separados para homens e mulheres na política e nos negócios, conforme o projeto burguês de sociedade, enquanto o texto de 1789 defende um ideal universalista, sem distinção social.
  • b) O texto de 1789 defende direitos universais, sem explicitar a questão de gênero, enquanto o texto de 1791 defende a igualdade de direitos entre os gêneros, reivindicando a atuação feminina em assuntos considerados masculinos, como a política e os negócios.
  • c) O texto de 1791 defende a luta contra a opressão das mulheres após séculos de dominação monárquica na França, enquanto o texto de 1789 é contra a opressão masculina causada pela predominância do clero e da nobreza sobre o terceiro estado.
  • d) O texto de 1789 utiliza o termo “homem” para designar a todo o conjunto de cidadãos, sem distinção de classe e origem, enquanto o texto de 1791 substitui “homem” por “mulher”, a fim de reivindicar direitos exclusivos para as cidadãs da classe burguesa.
  • e) O texto de 1789 defende que nenhum direito é válido se não incluir todos os cidadãos, enquanto o texto de 1791 contradiz esse princípio ao privilegiar as mulheres, que reivindicavam maior espaço na sociedade após a morte da Rainha Maria Antonieta.

B (FATEC 2016) Se não têm pão, que comam brioches!

A frase, erroneamente atribuída à rainha da França, Maria Antonieta, foi considerada uma RESPOSTA cínica às inquietações populares que levaram à eclosão da Revolução Francesa.

Assinale a alternativa que aponta corretamente algumas das causas da insatisfação da população francesa às vésperas dessa Revolução.

  • a) Contrários ao lema da monarquia, “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, os camponeses alegavam que a distribuição de renda provocava o empobrecimento da classe média.
  • b) A grave crise econômica, aliada a condições climáticas adversas, inflacionou os preços nas cidades e no campo; sofrendo com a fome, a população pagava altos impostos para manter os privilégios do clero e da nobreza.
  • c) A substituição de culturas alimentares pelo algodão, decretada por Luís XVI, levou ao aumento da mortalidade infantil e da fome entre os camponeses, favorecendo a burguesia vinculada à indústria têxtil.
  • d) Para sustentar os custos das guerras napoleônicas, o rei Luís XVI aumentou a cobrança de impostos dos camponeses e dos trabalhadores das cidades que, insatisfeitos, se rebelaram contra o governo central.
  • e) Devido à falta de terras férteis, à baixa produção de alimentos e à fome, a população demandava o aumento da ocupação francesa nas Américas e na África para a ampliação da produção agrícola.

A (IFSP 2016) A respeito da Revolução Francesa e suas consequências políticas e sociais, assinale a alternativa correta.

  • a) Após a queda da monarquia francesa, o sistema político implantado no país foi a república, que exigiu a organização de uma nova constituição.
  • b) No período da Revolução Francesa, os jacobinos representavam a alta burguesia e defendiam a propriedade privada, ao passo que os girondinos defendiam os trabalhadores e os pobres.
  • c) Na reformulação da constituição republicana, questões sociais e econômicas foram contempladas. Sendo assim, a população pobre adquiriu melhores condições de vida.
  • d) Na elaboração da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, todos eram considerados cidadãos, incluindo mulheres e escravos.
  • e) O terceiro estado era composto por membros do clero, incluindo bispos do alto clero e padres e monges do baixo clero.

A (ULBRA 2016) Leia o texto a seguir e responda à questão.

“Eram filhas de pequenos camponeses e artesãos, e tinham apelidos como Felicité Vai-de-bom-coração ou Maria Cabeça-de-pau. A maioria era muito jovem, como Ana Quatro-vinténs, que se alistou aos 13 anos, e aos 16 servia na artilharia montada. As irmãs Fernig, com 17 e 22 anos, foram exceções: eram nobres e combateram vestidas de homem no Exército do general Dumouriez (1739-1823), na fronteira da atual Bélgica. Fora da batalha, passeavam com roupas de mulher e carabina ao ombro. Tornaram-se heroínas nacionais.”

(MORIN, Tânia Machado. Mulheres lutaram ao lado dos homens pelos ideais revolucionários, enfrentando também o preconceito. Disponível em http://www.revistadehistoria.com.br).

A citação aponta para:

  1. O caráter complexo da Revolução Francesa e a pluralidade de gênero e classes entre seus participantes.
  2. A ação do movimento feminista liderado por Simone de Beauvoir e ratificado por Jean Paul Sartre.
  3. As convicções de Michel Foucault, em Vigiar e Punir, no tocante aos projetos estratégicos das revoltas no início da História Contemporânea.

Está(ão) correta(s):

  • a) Somente a I.
  • b) I e II.
  • c) I e III.
  • d) II e III.
  • e) I, II e III.

A (PUC PR 2016) A Revolução Francesa foi um dos momentos mais importantes no processo de formação do mundo contemporâneo. Foi um movimento violento que sepultou o absolutismo na cena política e o mercantilismo na economia, tendo um papel de grande destaque a burguesia, interessada em instituir um regime que atendesse aos seus interesses. Durante a revolução tomou forma um corpo legislativo denominado Assembleia Nacional, que tomou parte central na consolidação das reformas objetivadas pela revolução. Dentre as principais reformas realizadas na fase moderada da Revolução Francesa (1789-1791), pela Assembleia Nacional, podemos citar CORRETAMENTE:

  • a) Abolição dos privilégios especiais do clero e da nobreza; Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; subordinação da Igreja ao Estado; elaboração de uma constituição para a França; reformas administrativas e judiciárias; e ajuda à economia francesa.
  • b) Declaração Universal dos Direitos Humanos; elaboração do Edito de Nantes, que dava liberdade religiosa para os não católicos; criação do Banco da França; legalização da anexação dos territórios da margem esquerda do Reno; elaboração do Código Civil Francês.
  • c) Criação do Código Civil Francês; criação do Banco da França; elaboração da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão; elaboração das primeiras leis trabalhistas que proibiam o trabalho infantil; concessão do direito ao voto às mulheres.
  • d) Direito de voto para todos os homens, independente da renda; favorecimento de legislação que incentivava o capitalismo comercial; reforma do sistema educacional com a criação dos liceus clássicos e de ofícios; maior autonomia para as províncias históricas da França; criação de uma estrutura descentralizada de governo na França.
  • e) Regulamentação das leis trabalhistas na França; extensão do direito de voto para todos os homens e mulheres maiores de 18 anos; reconhecimento do direito de minorias; criação do Código Civil; a França se tornou uma confederação descentralizada, dividida em cantões com alto grau de autonomia política; elaboração da Constituição Civil do Clero.

D (UTFPR 2016) A França viveu por mais de meio século num clima de prosperidade. A produção agrícola cresceu, o que permitiu alimentar adequadamente uma população em crescimento. A atividade artesanal se intensificou e se diversificou, estimulando um comércio interno que contava com boas estradas para seu abastecimento. Apesar desse quadro favorável, o povo francês não era beneficiado por esse bom tempo, ao contrário, era obrigado a arcar com pesados impostos, enquanto a nobreza e o clero eram isentos. A partir de 1780, colheitas superabundantes, fizeram os preços caírem, especialmente do trigo e da uva, arruinando muitos camponeses. Anos depois, houve um período prolongado de seca, queimando pastos e provocando a morte do gado. Na sequência, os preços passaram a subir aceleradamente, espalhando fome, desemprego, falência e miséria. Esse quadro corresponde às vésperas de que evento de grandes proporções na França?

  • a) Independência da Argélia.
  • b) Segunda Revolução Industrial.
  • c) Primeira Guerra Mundial.
  • d) Revolução Francesa.
  • e) Segunda Guerra Mundial.

A (UEG 2016) Leia o texto a seguir.

Socialmente, os sans-culottes representam os citadinos que vivem de seu trabalho, seja como artesãos, seja como profissionais de ofício; alguns, depois de uma vida laboriosa, se tornam pequenos proprietários na cidade, e usufruem as rendas de um imóvel.

PÉRONNET, Michel. Revolução Francesa em 50 Palavras-chaves. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 248.

A análise do texto demonstra que os interesses sociais dos sans-culottes, importantes personagens da Revolução Francesa, se confundiam com os

  • a) da pequena burguesia que, apesar das conquistas econômicas, via-se pressionada pelo aumento no custo de vida.
  • b) dos camponeses, já que ambos lutavam pela abolição dos privilégios feudais no campo e posse de terras coletivas.
  • c) dos membros do baixo clero, uma vez que lutavam por reformas sociais, mas não eram contra a liberdade religiosa.
  • d) da classe dos girondinos, pois apesar das diferenças de classe, ambos os grupos eram politicamente moderados.

A (IFPE 2016) “O governo revolucionário tem necessidade de uma atividade extraordinária, precisamente porque ele está em guerra. Suas regras não são uniformes nem rigorosas, porque as circunstâncias são tumultuadas e inconstantes (…). O governo revolucionário não tem nada em comum com a anarquia nem com a desordem. Sua meta, ao contrário, é de as reprimir para implantar e consolidar o reinado das leis.”

Discurso de Robespierre diante da Convenção, 25 de dezembro de 1793. In: COSTA, M.; DOUBLET, F. (coord.). Histoire Géographie, 4ª ed. Paris: Magnard, 1998. p. 60.

Durante a Revolução Francesa, ao assumir a direção da Convenção (1792-1794), os jacobinos adotaram medidas para conter as forças contrarrevolucionárias. O discurso de Robespierre, ao afirmar que as ações do governo revolucionário não podem estar submetidas a regras uniformes e rigorosas, procurava justificativas para

  • a) a criação do Tribunal Revolucionário, para julgar os suspeitos de atitudes contrarrevolucionárias. Muitas vezes, o destino dessas pessoas era a morte na guilhotina.
  • b) a instituição do voto censitário, sendo assim apenas pessoas com posses poderiam exercer o poder de voto e se candidatar para mandatos eletivos.
  • c) a convocação dos Estados Gerais, órgão consultivo formado por representantes dos três estados e que não se reunia desde 1614.
  • d) a criação do Diretório, órgão que desempenhava o poder Executivo e era composto de cinco pessoas eleitas entre os deputados.
  • e) a coroação de Napoleão Bonaparte, definida a partir de um plebiscito que aprovou o fim do Consulado e a transformação da França em Império.

(FGV 2016) O texto a seguir narra algumas mudanças ocorridas na França ao tempo da Revolução.

Depois da proclamação da República, em setembro de 1792 (…) Até mesmo as medidas de espaço, tempo e peso passaram a ser questionadas. Todos deveriam falar a mesma língua, usar os mesmos pesos e medidas e entregar as moedas antigas. Uma comissão trabalhou para estabelecer o sistema métrico, e a Convenção instituiu um novo calendário. Em vez da semana de sete dias, haveria a decade, período de dez dias sem variação de mês para mês. No lugar dos nomes da ‘época vulgar’, os nomes dos meses e dias refletiriam a natureza e a razão. Germinal, floreal e prairial (fins de março a fins de junho), por exemplo, evocavam os brotos e flores da primavera, enquanto primidi, duodi etc. Ordenavam os dias racionalmente, sem a ajuda dos nomes de santos. Em Toulouse, as autoridades municipais chegaram a contratar um relojoeiro para ‘decimalizar’ o relógio da Câmara Municipal. Até os relógios podiam testemunhar a Revolução.

HUNT, L. Política, cultura e classe na Revolução Francesa. Trad.,São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 97.

  • a) Apresente quatro características da França durante o período republicano de 1792 a 1795.
  • b) Explique os significados históricos dessa tentativa de estabelecer outras referências e denominações para o calendário.
  • c) Relacione o novo calendário instituído pela revolução às ideias ilustradas do século XVIII.

(PUC RJ 2016) No texto Lembranças de 1848, o escritor e parlamentar francês Alexis de Tocqueville observava sobre as insurreições parisienses de junho de 1848:

“[…] o que a distinguia ainda, entre todos os acontecimentos do gênero que se sucederam nos últimos sessenta anos na França, foi que ela não teve por objetivo mudar a forma de governo, mas alterar a ordem da sociedade. Não foi, para dizer a verdade, uma luta política (no sentido que até então tínhamos dado à palavra), mas um combate de classe”.

  • a) Identifique as forças que protagonizaram o “combate de classe” a que se refere Tocqueville.
  • b) Explique duas demandas políticas e sociais que distinguiam a Revolução de 1848 da Revolução de 1789.

2015

B (IMED 2015) Assinale V, se verdadeiro, ou F, se falso, sobre os acontecimentos que marcaram a primeira fase da Revolução Francesa, conhecida como Assembleia Nacional.

(     ) Foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que estabelecia a igualdade de todos perante a lei, o direito à propriedade privada e o direito de resistência à opressão.

(     ) Os bens da Igreja foram confiscados e transformados em lastro para a emissão de uma nova moeda, os assignats.

(     ) A Assembleia Nacional Constituinte proclamou a primeira Constituição da França, estabelecendo o sufrágio universal e a república como forma de governo.

(     ) Luís XVI e Maria Antonieta foram capturados ao tentar fugir da França e guilhotinados na Praça da Revolução, em Paris.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

  • a) V – F – V – F.
  • b) V – V – F – F.
  • c) F – V – F – V.
  • d) F – F – V – V.
  • e) V – F – F – F.

C (UCS 2015) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, votada em 1789 pela Assembleia Nacional Constituinte, foi um ato fundamental da Revolução Francesa e continha os princípios que inspiraram muitas constituições modernas. Entre esses princípios está o de que todos os homens nascem e são livres e iguais em direitos. Porém, em pleno século XXI, ainda persiste na sociedade o racismo e a intolerância, que contrariam esse princípio básico da Declaração. Considere as seguintes afirmativas sobre a presença do racismo e da intolerância no decorrer da história.

  1. O cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano no século IV, e, com ele, veio uma crescente aversão ao prazer e ao riso. A homossexualidade foi tratada como antinatural.
  2. O Apartheid, regime que durou de 1948 a 1994, restringia o direito dos negros na África do Sul. Nelson Mandela passou 27 anos preso por lutar pelos direitos dos não brancos em seu país e se tornou presidente depois de libertado.
  3. Um dos poucos países onde não existe preconceito é no Brasil, pois, segundo Gilberto Freyre, vive-se em uma democracia racial. Aqui, negros e pardos sempre foram respeitados e usufruíram plenamente da cidadania brasileira.

Das proposições acima,

  • a) apenas I está correta.
  • b) apenas II está correta.
  • c) apenas I e II estão corretas.
  • d) apenas II e III estão corretas.
  • e) I, II e III estão corretas.

D (UEL 2015) Leia o texto a seguir.

A conquista do tempo através da medida é claramente percebida como um dos importantes aspectos do controle do Universo pelo homem. De um modo não tão geral, observa-se como, em uma sociedade, a intervenção dos detentores do poder na medida do tempo é um elemento essencial do seu poder: o calendário é um dos grandes emblemas e instrumentos do poder; por outro lado, apenas os detentores carismáticos do poder são senhores do calendário: reis, padres, revolucionários.

LE GOFF, J. História e Memória. Trad. de Bernardo Leitão et al. 7.ed. Campinas: Unicamp, 2013. p.442.

No processo histórico das sociedades humanas, os senhores do poder procuram ampliar o seu domínio socioeconômico vinculando-o ao tempo cronológico.

Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um exemplo de apropriação do tempo associado a um poder que originou um novo calendário.

  • a) O Édito de Constantino impôs o calendário Justiniano a todo o Ocidente cristão modificando as datas de celebrações religiosas.
  • b) A Reforma Calvinista produziu uma nova contagem de tempo para a sociedade referente ao mundo sagrado, consagrando a epopeia da libertação.
  • c) A Revolução Chinesa criou um novo calendário apropriando-se do controle da temporalidade no campo pelas novas técnicas agrícolas desenvolvidas por Mao Tse Tung.
  • d) A Revolução Francesa rompeu com o calendário em vigor, a partir da deposição do rei pela Convenção criada para formular uma nova constituição.
  • e) A Revolução Inglesa modificou o calendário no qual se regulava a balança comercial britânica com as suas colônias, aprimorando a concentração do lucro.

A (FATEC 2015) Leia o texto escrito por um contemporâneo à Revolução Francesa.

O poder executivo em cada país está nas mãos de uma pessoa chamada rei. Mas a constituição francesa distingue entre o rei e o soberano. Ela considera a posição de rei como oficial mas coloca a soberania na nação.

(PAINE, Thomas. Os Direitos do Homem; uma RESPOSTA ao ataque do Sr. Burke à Revolução Francesa. Petrópolis: Vozes, 1989, p. 75. Originalmente publicado em 1791-1792.)

Refletindo sobre o texto, é correto associá-lo a uma das ideias da filosofia iluminista. Trata-se

  • a) do Contrato Social, que define o povo como o elemento soberano da nação.
  • b) do Constitucionalismo, que garante pela lei o direito divino do rei absolutista.
  • c) da Liberdade Comercial, que define as normas de comércio pelo laissez-faire.
  • d) da Igualdade Jurídica, que garante que todos tenham os privilégios da nobreza.
  • e) da Divisão de Poderes, que articula Legislativo, Executivo, Judiciário e Moderador.

B (ESPM 2015) “Declaramos que não podemos mais suportar, juntamente com a enorme maio­ria dos homens, o trabalho e o suor em be­nefício de uma pequena minoria. Há muito tempo que menos de um milhão de indiví­duos vem desfrutando aquilo que pertence a mais de vinte milhões de seus semelhan­tes. Jamais projeto mais vasto foi concebi­do ou posto em prática. Alguns homens de gênio, alguns sábios, o mencionaram de tempos em tempos, com voz baixa e trêmu­la. Nenhum deles teve a coragem de dizer toda a verdade. Povo da França, abri vossos olhos e vossos corações à plenitude da feli­cidade. Reconhecei e proclamai conosco a República dos Iguais!”

 (Graco Babeuf. Manifesto dos Iguais. Citado em Ed­mundo Wilson. Rumo a Estação Finlândia)

O Manifesto dos Iguais de Babeuf surgiu no contexto:

  • a) da Revolução Gloriosa;
  • b) da Revolução Francesa;
  • c) da Revolução Liberal de 1848;
  • d) da Revolução de 1848, na França;
  • e) da Comuna de Paris.

D (PUC RJ 2015) A Revolução Francesa foi vivenciada, por muitos dos atores envolvidos, como uma ruptura com o Antigo Regime. O próprio conceito de Antigo Regime era utilizado pelos revolucionários para nomear a organização social e política anterior a 1789. As alternativas abaixo apresentam transformações que representavam uma ruptura com essa organização. Assinale a alternativa INCORRETA:

  • a) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamando a igualdade de todos os cidadãos perante a lei.
  • b) A sanção da Constituição Civil do Clero, transformando os sacerdotes católicos paroquiais em funcionários públicos.
  • c) A eliminação do feudalismo, suprimindo os privilégios dos senhores feudais.
  • d) A abolição dos dízimos e da propriedade privada como direito inviolável e sagrado.
  • e) A supressão da Monarquia absoluta e a defesa do princípio da soberania do povo.

D (ESPCEX 2015) A Revolução Francesa teve início em 1789. Neste processo a(o)

  • a) Assembleia Nacional Constituinte, representando interesses das classes populares, foi responsável por abolir a escravidão, por acabar com os privilégios do clero e da nobreza e por instituir o voto universal.
  • b) partir de 1792, os girondinos deram início ao Período do Terror, executando milhares de pessoas acusadas de serem contrarrevolucionários.
  • c) Diretório foi um governo que conseguiu conciliar diferentes interesses, obtendo o apoio dos jacobinos, através de medidas populares como o tabelamento de preços de alimentos, e da alta burguesia, estimulando o desenvolvimento da indústria de algodão.
  • d) 18 Brumário foi um golpe de estado que recebeu o apoio de um grupo político-militar e foi responsável por consolidar os interesses burgueses na França.
  • e) Convenção Nacional teve início com a tomada da Bastilha, símbolo da arbitrariedade do poder real e pôs fim ao absolutismo francês, limitando o poder do rei com a instauração de uma monarquia constitucional.

(UERJ 2015) Carta de Convocação dos Estados Gerais

Por ordem do Rei.

Temos necessidade de nossos fiéis súditos para nos ajudarem a superar todas as dificuldades em que nos achamos e para estabelecer uma ordem constante e invariável em todas as partes do governo que interessam à felicidade dos nossos súditos e à prosperidade de nosso reino. Esses grandes motivos nos determinaram convocar a assembleia dos Estados de todas as províncias sob nossa obediência, para que seja achado, o mais rapidamente possível, um remédio eficaz para os males do Estado e para que os abusos de toda espécie sejam reformados e prevenidos.

Versalhes, 24 de janeiro de 1789.

Adaptado de MATTOSO, K. de Q.. Textos e documentos para o estudo de história contemporânea. São Paulo: Edusp, 1976

A convocação dos Estados Gerais deu início à Revolução Francesa, ocasionando um conjunto de mudanças que abalaram não só a França, mas também o mundo ocidental em finais do século XVIII.

Cite um motivo para a convocação dos Estados Gerais na França, em 1789, e apresente duas consequências da Revolução Francesa para as sociedades europeias e americanas.

(PUC RJ 2015) A gravura abaixo se intitula A derrubada em massa e foi produzida em 1794 para defender o programa revolucionário dentro e fora da França. À esquerda, um revolucionário aciona uma máquina em cuja roda lê-se “Declaração dos Direitos do Homem” e, acima da máquina elétrica, lê-se “Eletricidade republicana gerando nos déspotas uma comoção que derruba seus tronos”. No cabo elétrico, sucedem-se os impulsos “Liberdade, Fraternidade, Unidade, Indivisibilidade da República” que derrubam dois imperadores, vários reis e um papa.

As proposições citadas, de ampla repercussão no mundo contemporâneo, estão fundamentadas

Considerando esta gravura no contexto revolucionário em que foi produzida:

  • a) identifique duas ações tomadas pelos revolucionários, durante o período da Convenção Nacional (1792-1795), para garantir a “unidade e indivisibilidade da República” contra os que julgavam serem seus adversários internos;
  • b) explique por quais motivos o autor da gravura representa o enfrentamento das coalizões europeias como uma guerra universal contra todos os regimes despóticos.

(UEMA 2015) “Aproximamo-nos do segundo centenário do Congresso de Viena, quando, depois da Revolução Francesa e das Guerras Napoleônicas, delegações de praticamente todos os estados europeus então se aproximaram para participar dessa cúpula histórica entre setembro de 1814 e junho de 1815, na cidade de Viena”.

Fonte: Associação dos Historiadores Latino-Americanos e do Caribe – ADHILAC. Disponível em: <http://adhilac.com.ar/?p=9219>. Acesso em: 21 set. 2014. (Adaptado e traduzido do espanhol)

Explique a função do Congresso de Viena no processo de reorganização dos países europeus após a derrota de Napoleão Bonaparte.

2014

(UEL 2014)  Observe a imagem a seguir.

As proposições citadas, de ampla repercussão no mundo contemporâneo, estão fundamentadas
Explique o contexto histórico da Revolução Francesa destacando o posicionamento do autor da imagem quanto à Igreja Católica.

(UNESP 2014)

As proposições citadas, de ampla repercussão no mundo contemporâneo, estão fundamentadas
A charge ilustra as três ordens sociais existentes na França antes da Revolução de 1789. Identifique essas três ordens e justifique o posicionamento dos personagens na charge.

(FUVEST 2014) O problema agrário era portanto o fundamental no ano de 1789, e é fácil compreender por que a primeira escola sistematizada de economia do continente, os fisiocratas franceses, tomara como verdade o fato de que a terra, e o aluguel da terra, era a única fonte de renda líquida. E o ponto crucial do problema agrário era a relação entre os que cultivavam a terra e os que a possuíam, os que produziam sua riqueza e os que a acumulavam.

Eric Hobsbawm. A era das revoluções. 1789‐1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982, p. 29.

  • a) Caracterize o momento social e econômico por que a França passava no período a que se refere o texto.
  • b) Quais são as principais diferenças entre as propostas fisiocratas e as práticas mercantilistas anteriores a elas?

2013

(PUC RJ 2013) As transformações ocorridas nas Américas durante a Era das Revoluções Atlânticas estiveram marcadas por dois grandes eventos, ambos igualmente radicais: (a) a Revolução Americana, que, com a independência das 13 colônias em 1776, causou uma primeira séria fratura na ordem do Antigo Regime e cujo pioneirismo na criação da primeira república moderna não seria esquecido e (b) a Revolução de Santo Domingo, no Haiti, nos anos de 1790, a qual veio associada a uma gigantesca, única e bem sucedida rebelião de escravos nos tempos modernos. Esta libertou os escravos e criou a segunda república independente do novo mundo.

  • a) Explique a contribuição da Revolução Americana para a ideia de República no mundo moderno.
  • b) Caracterize como os cidadãos franceses, em meio às próprias experiências revolucionárias iniciadas em 1789 na metrópole, reagiram à rebelião dos escravos em sua colônia e à subsequente abolição da escravidão.

(UNICAMP 2013) Observe a distribuição de custos dos camponeses franceses, em percentual da colheita, às vésperas da Revolução de 1789. Esses custos referem-se ao arrendamento da terra, ao custo das sementes e aos impostos pagos ao rei, ao senhor da terra e ao clero.

As proposições citadas, de ampla repercussão no mundo contemporâneo, estão fundamentadas

  • a) Relacione os dados apresentados com as condições vividas pelos camponeses na França do final do Século XVIII.
  • b) Por quais motivos a questão econômica foi um elemento importante para o Terceiro Estado durante a Revolução Francesa?

D (FUVEST 2013) Oh! Aquela alegria me deu náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E eu disse: tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo comum estava tomando a justiça em suas mãos. Aprovo essa justiça, mas poderia não ser cruel? Castigos de todos os tipos, arrastamentos e esquartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, a fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos costumes! Nossos senhores colherão o que semearam.

Graco Babeuf, citado por R. Darnton. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado.

O texto é parte de uma carta enviada por Graco Babeuf à sua mulher, no início da Revolução Francesa de 1789. O autor

  • a) discorda dos propósitos revolucionários e defende a continuidade do Antigo Regime, seus métodos e costumes políticos.
  • b) apoia incondicionalmente as ações dos revolucionários por acreditar que não havia outra maneira de transformar o país.
  • c) defende a criação de um poder judiciário, que atue junto ao rei.
  • d) caracteriza a violência revolucionária como uma reação aos castigos e à repressão antes existentes na França.
  • e) aceita os meios de tortura empregados pelos revolucionários e os considera uma novidade na história francesa.

C (UFRN 2013) Os diversos grupos envolvidos na Revolução Francesa interpretaram diferentemente os princípios teóricos que a fundamentaram. Uma interpretação desses princípios pode ser exemplificada no Manifesto dos Iguais, que se expressava nos seguintes termos:

Desde a própria existência da sociedade civil, o atributo mais belo do homem vem sendo reconhecido sem oposição, mas nem uma só vez pôde ver-se convertido em realidade: a igualdade nunca foi mais do que uma bela e estéril dicção da lei. E hoje, quando essa igualdade é exigida numa voz mais forte do que nunca, a resposta é esta: “Calai-vos, miseráveis! A igualdade não é realmente mais do que uma quimera; contentai-vos com a igualdade relativa: todos sois iguais em face da lei. Que quereis mais, miseráveis?” Que mais queremos? Queremos igualdade efetiva ou a morte. De que mais precisamos além da igualdade de direitos? Queremos vê-la entre nós, sob o teto das nossas casas.

BABEUF, Graco. Manifesto dos Iguais. Disponível em: <www.marxists.org/portugues/babeuf/1796/mes/ manifesto.htm>. Acesso em: 17 set. 2012. [Adaptado]

Elaborado na fase do Diretório, esse Manifesto inspirou a “Conspiração dos Iguais”, que foi sufocada, e seu líder, Graco Babeuf, preso e executado.

No contexto da Revolução Francesa, esses acontecimentos evidenciam que

  • a) o partido conservador, cujos membros eram conhecidos como realistas, uniu-se à alta burguesia e lutava para restaurar a monarquia.
  • b) a facção dos radicais, liderada por Robespierre, temia a ascensão das massas operárias.
  • c) os ideais inspiradores do movimento revolucionário foram aplicados na medida em que atenderam os interesses da burguesia.
  • d) as ideias radicais orientaram a ação dos jacobinos, que assumiram a liderança do processo revolucionário.

A (UFPA 2013) A imagem do filme Danton (abaixo), com Robespierre, interpretado pelo ator Wojciech Pszoniak, e Danton, com os braços abertos, interpretado por Gérard Depardieu, evidencia a diferença de atitude entre os dois personagens da Revolução Francesa.

As proposições citadas, de ampla repercussão no mundo contemporâneo, estão fundamentadas

A leitura da imagem e o conhecimento sobre o processo revolucionário na Europa de 1789 autorizam afirmar que os posicionamentos de Danton e Robespierre caracterizavam que

  • a) Danton defendeu as revindicações dos sans-cullotes e, por apoiar a criação de um exército revolucionário, entrou em conflito com Robespierre.
  • b) Robespierre, de peruca, símbolo da aristocracia do antigo regime, foi o representante dos monarquistas no Comitê de Salvação Pública.
  • c) Robespierre representou a burguesia francesa, e Danton representou o povo nos debates no Tribunal Revolucionário.
  • d) Danton tinha origem popular, e Robespierre vinha de uma linhagem nobre, por isso conflitaram em seus ideais sobre a revolução.
  • e) o filme é uma obra de ficção, por isso é incorreto dizer que houve conflitos entre Robespierre e Danton durante os acontecimentos da Revolução Francesa.

A (PUC RJ 2013) “A Revolução Francesa constitui um dos capítulos mais importantes da longa e descontínua passagem histórica do feudalismo ao capitalismo. Com a Revolução (científica) do século XVII e a Revolução Industrial do século XVIII na Inglaterra, e ainda com a Revolução Americana de 1776, a Grande Révolution lança os fundamentos da História contemporânea”.

[Mota, C. G. A Revolução Francesa].

Entre as transformações promovidas pela Revolução na França, iniciada em 1789, é CORRETO afirmar que:

  • a) os privilégios feudais e o regime de servidão foram abolidos destruindo a base social que sustentava o Antigo Regime absolutista francês.
  • b) a Revolução aboliu o trabalho servil e fortaleceu o clero católico instituindo uma série de medidas de caráter humanista.
  • c) os revolucionários derrubaram o rei e proclamaram uma República fundamentada no igualitarismo radical na qual a propriedade privada foi abolida.
  • d) a Revolução rompeu os laços com a Igreja católica iniciando uma reforma de cunho protestante que se aproximava dos ideais da ética do capitalismo moderno.
  • e) a Revolução, mesmo em seu momento mais radical, não foi capaz de romper com as formas de propriedade e trabalho vigentes no antigo regime.

(UNESP 2013)

As proposições citadas, de ampla repercussão no mundo contemporâneo, estão fundamentadas

Esta representação da Bastilha, prisão política do absolutismo monárquico, foi pintada em 1789. Indique dois elementos da tela que demonstrem a solidez e a força da construção e o significado político e social da jornada popular de 14 de julho de 1789.

(FUVEST 2013) As guerras napoleônicas, entre o final do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX, tiveram consequências diretas muito importantes para diversas regiões do mundo. Mencione e explique uma delas, relativa

  • a) ao leste da Europa;
  • b) ao continente americano.

2012

B (UFU 2012) As mães, as filhas, as irmãs, representantes da Nação pedem ser constituídas em Assembleia Nacional. Considerando que a ignorância, o esquecimento ou o menosprezo dos direitos da mulher são as únicas causas das desgraças públicas e da corrupção do governo, resolvemos expor, numa declaração solene, os direitos naturais, inalteráveis e sagrados da mulher. Em consequência, o sexo superior em beleza, como em coragem nos sofrimentos maternais, reconhece e declara, em presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os seguintes direitos da mulher e da cidadã.

Art. 1 – A mulher nasce livre e permanece igual ao homem em direitos. As distinções sociais não podem ser fundadas, senão, sobre a utilidade comum.

Art. 2 – A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis da mulher e do homem. Estes direitos são: a liberdade, a prosperidade, a segurança e, sobretudo, a resistência à opressão.

 Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã. 1791. (adaptado)

O documento acima foi proposto à Assembleia Nacional da França, durante a Revolução Francesa, por Marie Gouze. A autora propunha uma Declaração de Direitos da Mulher e da Cidadã para igualar-se à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada anteriormente. A proposta de Marie Gouze expressa

  • a) o reconhecimento da fragilidade feminina, devendo a Constituição francesa garantir ações legais e afirmativas com o objetivo de reparar séculos de exploração contra a mulher.
  • b) a participação das mulheres no processo revolucionário e a reivindicação de ampliação dos direitos de cidadania, com o intuito de abolir as diferenças de gênero na França.
  • c) a disputa política entre os Jacobinos e Girondinos, uma vez que estes últimos defendiam uma radicalização cada vez maior das conquistas sociais no processo revolucionário.
  • d) o descontentamento feminino ante as desigualdades que as leis francesas até então garantiam entre os integrantes do terceiro Estado e a aristocracia.

B (UFRN 2012) Em 1789, no contexto da Revolução Francesa, na Assembleia Nacional, os representantes do povo elaboraram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que, entre outras proposições, enunciou:

Os homens nascem livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem ter fundamento na utilidade comum.

O fim de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Estes direitos são: a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.

A lei é a expressão da vontade geral. Deve ser igual para todos, protegendo ou punindo.

Sendo todos os cidadãos iguais perante a lei, são, igualmente, admitidos a todas as dignidades, cargos e empregos públicos, segundo a capacidade de cada um e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes ou talentos.

In: PAINE, T. Os direitos do homem. Petrópolis: Vozes, 1989. [Adaptado].

As proposições citadas, de ampla repercussão no Mundo Contemporâneo, estão fundamentadas

  • a) nas ideias liberais, defensoras do intervencionismo estatal com a adoção de minuciosa regulamentação de todos os aspectos da vida social.
  • b) nos valores defendidos pelos adeptos do liberalismo, em oposição aos governos autoritários e à organização social baseada em privilégios.
  • c) nas posições políticas burguesas, favoráveis à harmonia coletiva garantida pelo acesso de todos os grupos sociais à propriedade privada dos meios de produção.
  • d) nos princípios iluministas, alicerçados na defesa da igualdade econômica como um direito que garantiria a cidadania proletária.

B (IFBA 2012)

As proposições citadas, de ampla repercussão no mundo contemporâneo, estão fundamentadas

No contexto da Revolução Francesa em 1789, a imagem expressa um conjunto de ações que ficou conhecido como

  • a) Período do Terror, marco das perseguições aos “inimigos da revolução”, durante a Ditadura Jacobina.
  • b) Grande Medo, revolta dos camponeses contra a aristocracia francesa que os submetia ao regime de servidão.
  • c) Revolução Burguesa, marco inicial da luta da burguesia contra os privilégios da nobreza e do clero na França.
  • d) Período Napoleônico, marcado pela legitimação da rebelião camponesa no Código Civil para garantir a reforma agrária.
  • e) Queda da Bastilha, marco da adesão popular ao movimento revolucionário iniciado pelo Terceiro Estado na Assembleia Geral.

B (IFCE 2012) No fim do século XVIII, a população francesa estava dividida em três ordens sociais. Apresentava um quadro que pode ser compreendido da seguinte forma:

  • a) o Clero compunha o Primeiro Estado; a Nobreza, o Segundo Estado; e os Operários, o Terceiro Estado.
  • b) cerca de 98% da população compunha o Terceiro Estado, formado por artesãos, burgueses, camponeses e trabalhadores em geral que sustentavam os dois primeiros grupos.
  • c) o Segundo Estado era formado por um grupo heterogêneo composto de burgueses, artesãos e trabalhadores das cidades.
  • d) a França, no final do século XVIII, havia herdado um sistema feudal responsável pelo enriquecimento da população.
  • e) no período em destaque, a nobreza francesa já não existia.

(UEM 2012) No século XVII, na Inglaterra, e no final do século XVIII, na França, ocorreram processos revolucionários que são conhecidos como revoluções burguesas. A esse respeito, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).

  • 01) Na França do Antigo Regime, o primeiro e o segundo estados, clero e nobreza detinham direitos exclusivos, tais como a isenção de pagamento de impostos.
  • 02) Tanto na Inglaterra quanto na França, era disseminada a crença no caráter sagrado do poder dos reis.
  • 04) Embora realizada em nome da liberdade e da igualdade, os revolucionários franceses mantiveram os privilégios jurídicos da nobreza.
  • 08) A revolução gloriosa, no final do século XVII, estabeleceu a república na Inglaterra. Somente no início do século XVIII, a monarquia foi restaurada e se estabeleceu o parlamentarismo.
  • 16) Na obra O Leviatã, Thomas Hobbes defendeu o primado da razão sobre a fé, o direito à autodeterminação dos povos e fez a defesa da república.

RESPOSTA: 01 + 02 = 03.

E (ESPCEX 2012) “A execução de Luís XVI, em janeiro de 1793, abalou a nobreza europeia. No interior da França, eclodiram revoltas (…). No exterior, formou-se a Primeira Coligação europeia (…). A França foi novamente invadida. (…) Teve início então, o Período do Terror, que se estenderia até julho de 1794.”

(ARRUDA & PILETTI, 2007)

O Período do Terror, caracterizado pela radicalização do processo revolucionário, ocorreu durante a fase da (o)

  • a) Monarquia Constitucional e era chefiado por jacobinos.
  • b) Diretório e era dirigido por girondinos.
  • c) Assembleia Legislativa e era comandado por “sans-culottes”.
  • d) Assembleia Nacional Constituinte e era orientado por girondinos.
  • e) Convenção Nacional e era liderado por jacobinos.

A (ESPM 2012) Que o preço de todos os gêneros de primeira necessidade seja fixado invariavelmente sobre os dos ditos antigos, depois de 1789 até, inclusive, o ano 90, proporcionalmente às suas qualidades diversas; que as matérias-primas sejam também tabeladas, de maneira que os lucros da indústria, os salários do trabalho e os benefícios do comércio possam facultar ao homem industrioso, ao agricultor, ao comerciante, adquirir a coisas necessárias e indispensáveis à subsistência, e ainda tudo quanto possa contribuir para o bem-estar.

(Albert Soboul. História da Revolução Francesa)

A medida tratada no texto e colocada em vigor durante a Revolução Francesa pelo Comitê de Salvação Pública foi:

  • a) a Lei do Máximo;
  • b) a Lei dos Suspeitos;
  • c) a redação dos cadernos de queixas;
  • d) a abolição dos direitos feudais;
  • e) a abolição das corporações de ofício.

C (UPE 2012) A Revolução Francesa marcou a ascensão da burguesia ao poder, acabando com o absolutismo francês. Sobre a França revolucionária, assinale a alternativa correta.

  • a) A burguesia atuava também no campo, em especial no sul da França, onde dominava o comércio de tecido.
  • b) Os grupos políticos urbanos se restringiam ao apoio da nobreza reformada, a qual, assim como o clero, clamava por reformas econômicas.
  • c) A burguesia parisiense contestava o alto índice de impostos que era obrigada a pagar.
  • d) O drástico corte de gastos da Corte de Luís XVI diminuiu a crise econômica da França no fim do século XVIII.
  • e) Os camponeses ficaram alheios ao processo revolucionário, colhendo depois os frutos das conquistas burguesas.

A (IFBA 2012) “Os habitantes da paróquia de Chateaubourg, na Bretanha, consideram que o regime priva o proprietário do direito da propriedade, o mais sagrado, pois todo ano ele é obrigado a pagar a seu senhor uma renda em dinheiro ou em espécie. A dependência em relação aos moinhos também deve ser levada em consideração: ela sujeita [camponês] a utilizar os moinhos do senhor; dessa forma, ele é forçado a levar suas sementes a moleiros de honestidade nem sempre reconhecida, embora pudesse moer mais perto e escolher um moleiro de sua confiança.”

Caderno de queixas de Rennes para os Estados Gerais de 1789. Coletânea de Documentos Históricos para o 1º Grau. São Paulo: SE/CENP, 1980, p. 87

O trecho do documento acima aponta para uma realidade da sociedade francesa do final do século XVIII, que pode ser relacionada à

  • a) submissão do campesinato francês a um regime de servidão, característico do feudalismo medieval europeu.
  • b) decadência da atividade agrária, consequência do forte processo de industrialização vivido pela França.
  • c) manutenção de regras e normas típicas do colonato, herdado das relações camponesas do Império Carolíngio.
  • d) continuidade do regime de cercamentos de terras, empreendidos pela aristocracia com apoio da monarquia francesa.
  • e) exploração dos camponeses, obrigados, pela política fiscal do governo, a sustentar o Estado, a nobreza e a burguesia francesa.

C (UEG 2012) Em 1804, Napoleão Bonaparte recebeu o título de Imperador, mediante um plebiscito. Durante sua cerimônia de coroação, ele retirou do Papa a coroa e colocou-a em sua cabeça com as próprias mãos. Esse gesto ousado representou

  • a) o rompimento entre a Igreja Católica Romana e o novo Estado Revolucionário Francês.
  • b) que Napoleão estava assumindo todas as responsabilidades do Poder Moderador na França.
  • c) que Napoleão, símbolo máximo da força da burguesia, considerava-se mais importante que a tradição da Igreja.
  • d) a criação de uma religião de Estado, tendo como figura central o Imperador, a exemplo do Anglicanismo inglês.

(UFU 2012) Texto 1

Depois que o Estado ficou em estado de orfandade política devido à ausência e prisão de Fernando VII, os povos reassumiram o poder soberano. Ainda que seja verdade que a nação havia transmitido esse poder aos reis, sempre foi com um caráter reversível, não somente no caso de uma deficiência total, mas também no de uma deficiência momentânea e parcial.

Fragmento do Regulamento da Divisão de Poderes, Buenos Aires, 1811. Apud PAMPLONA, Marco A. e MÄDER, Maria Elisa (orgs.). Revoluções de independências e nacionalismos nas Américas. Região do Prata e do Chile. São Paulo: Paz e Terra, 2007, p. 251.

Texto 2

Para sustentar a escravidão dos povos, não têm outro recurso que transformar em mérito o orgulho de seus sequazes e cobri-los de distinções que criam uma distância imensa entre o infeliz escravo e seu pretendido senhor. Essa é a origem dos títulos de condes, marqueses, barões, etc., que a corte da Espanha prodigalizava para duplicar o peso de seu cetro de ferro que gravitava sobre a inocente América. Longe de nós tão execráveis e odiosas preeminências; um povo livre não pode ver brilhar o vício diante da virtude. Estas considerações estimularam a Assembleia a expedir a seguinte LEI:

A Assembleia Geral ordena a extinção de todos os títulos de condes, marqueses e barões no território das Províncias Unidas do Rio da Prata.

O redator da Assembleia, n. 9. 29 de maio de 1813. In. PAMPLONA, Marco Antônio e MÄDER, Maria Elisa (orgs.). Revoluções de independências e nacionalismos nas Américas; regiões do Rio da Prata e Chile. São Paulo: Paz e Terra, 2007, p.110. (Adaptado)

Os textos apontam para ânimos distintos relativos ao processo de independência na América espanhola.

  • a) Explique o contexto histórico europeu relacionado ao início do processo revolucionário na América espanhola.
  • b) Identifique as mudanças no processo de independência do Rio da Prata a partir dos documentos acima apresentados.

(UNB 2012) No processo da Revolução Francesa, quando destruíram os últimos resquícios do feudalismo na eufórica noite de 4 de agosto de 1789, os deputados concordaram em manter o dízimo da Igreja, 2em vez de simplesmente aboli-lo sem qualquer compensação. Mas, desde então, 1houve sinais de que a promessa seria abandonada. “Eles desejam ser livres, mas não sabem ser justos”, reclamou o abade de Seyès, referindo-se a alguns colegas da Assembleia. Robespierre não era nem antipadres nem anticlerical; 3é difícil determinar sua posição quanto ao futuro da Igreja na Revolução. Às vezes, era veemente crítico e, em outras vezes, retornava à interpretação da doutrina cristã, pois, a seu ver, o cristianismo era a religião dos pobres e daqueles de coração puro — riqueza chamativa e luxo não deveriam fazer parte dele. Os pobres, segundo ele, eram oprimidos não apenas pela fome, mas também pelo espetáculo escandaloso de clérigos autoindulgentes, 4que esbanjavam insensivelmente o que 5pertencia aos pobres por direito.

Ruth Scurr. Pureza fatal: Robespierre e a Revolução Francesa. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2009, p. 140-1 (com adaptações).

Com base no texto acima, julgue os itens a seguir.

  • a) A invasão da Península Ibérica, etapa do expansionismo francês conduzido por Bonaparte, gerou cenário estimulador do processo de independência das colônias espanholas e portuguesa na América.
  • b) As características aristocráticas, conservadoras e eclesiásticas do sistema feudal, que impediam práticas comerciais e financeiras, explicam a sobrevivência desse sistema até 1789.
  • c) O dízimo, imposto que abrangia o universo dos cristãos, possibilitou que os papas, desde a Idade Média até o final do Antigo Regime, destinassem a Roma 10% da riqueza produzida na Europa, o que transformou a Igreja na principal instituição a ser combatida pelos iluministas e revolucionários do século XVIII.
  • d) A Reforma, ocorrida quase três séculos antes da Revolução Francesa, constituiu evento de ruptura no interior do cristianismo. Entre outros aspectos, ela condenava o espetáculo pouco cristão dos eclesiásticos católicos, quer no plano econômico, quer no plano dos costumes.
  • e) A forma como a autora do texto refere-se ao abade de Seyès e a Robespierre permite compreender a convivência, no auge dos acontecimentos da Revolução Francesa, de duas perspectivas, a tradicional e a moderna, assumidas, inclusive, por um mesmo indivíduo.
  • f) Os miseráveis da época mencionada no texto não eram representantes da totalidade do povo, o qual, como categoria social, compreendia também indivíduos e grupos que estavam além da linha de miséria. Essa categoria teria, em seguida, seu significado ampliado ao nível político da nação.

RESPOSTA: Corretos: a, d, e, f.

2011

E (UNESP 2011) Artigo 5.º — O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa presa.

(…)

Artigo 7.º — Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias inglesas, ou lá tendo estado, desde a publicação do presente decreto, será recebida em porto algum.

Artigo 8.º — Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a disposição acima, será apresada e o navio e sua carga serão confiscados como se fossem propriedade inglesa.

(Excerto do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte. Citado por Kátia M. de Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea (1789-1963), 1977.)

Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado pelo Imperador da França em 1806, permitem notar a disposição francesa de

  • a) estimular a autonomia das colônias inglesas na América, que passariam a depender mais de seu comércio interno.
  • b) impedir a Inglaterra de negociar com a França uma nova legislação para o comércio na Europa e nas áreas coloniais.
  • c) provocar a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, por meio da ocupação militar da Península Ibérica.
  • d) ampliar a ação de corsários ingleses no norte do Oceano Atlântico e ampliar a hegemonia francesa nos mares europeus.
  • e) debilitar economicamente a Inglaterra, então em processo de industrialização, limitando seu comércio com o restante da Europa.

E (UFTM 2011) A cada um a sua função e o seu lugar na terra. No topo estão os religiosos, intermediários indispensáveis entre a cidade terrestre e a cidade celeste (…). Depois vêm os nobres, que receberam da Providência a qualidade de guerreiros e estão, portanto, investidos da missão de manutenção da ordem. Finalmente, para o último lugar são relegados os trabalhadores, destinados ao trabalho e ao sofrimento para o bem comum.

(Pierre Bonnassie. Dicionário de história medieval, 1985. Adaptado.)

O texto faz referência

  • a) a um tipo de organização social que se apoiava nas diferentes aptidões dos seres humanos.
  • b) às crenças milenaristas, segundo as quais apenas os pobres alcançariam o reino dos céus.
  • c) à igualdade social, que caracteriza a sociedade ocidental desde a Antiguidade.
  • d) ao antropocentrismo, que reservava lugar de destaque para a vontade dos indivíduos.
  • e) à divisão da sociedade em três ordens, colocada em xeque pela Revolução Francesa.

(UFPR 2011) O século XVIII é considerado o século das revoluções burguesas, assim como foi também um período de grandes convulsões populares, rurais e urbanas. Para o historiador George Rudé, apesar da prosperidade econômica que França e Inglaterra viviam, “o motim da fome continuava sendo a expressão constante e típica do descontentamento popular”, tanto no campo como na cidade (Rudé, G. A multidão na história. Rio de Janeiro: Campus, 1991, p. 22).

Comente as causas da fome na Europa do século XVIII, apesar da prosperidade.

E (UDESC 2011) Entre 1789 e 1799, a França atravessou um período profundamente transformador conhecido por Revolução Francesa. Em relação às características desse processo revolucionário e seus desdobramentos, analise cada proposição e assinale (V) para verdadeira ou (F) para falsa.

(     ) A França foi inovadora, pois não havia notícias de uma Revolução de Caráter Burguês e Liberal na Europa do século XVIII.

(     ) Durante os dez anos do processo revolucionário, houve uma série de acordos que garantiram uma transição tranquila e pacífica da Monarquia Absolutista para a República Federativa.

(     ) A Revolução Francesa pode ser subdividida em quatro momentos: a Assembleia Constituinte, a Assembleia Legislativa, a Convenção e o Diretório.

(     ) A Revolução Francesa disseminou nova concepção política e organizacional do Estado; suas ideias influenciaram a disseminação de guerras e conflitos e seus ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade passaram a ser buscados por quase todas as nações do mundo contemporâneo.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

  • a) V – F – V – F
  • b) V – V – F – F
  • c) F – V – V – V
  • d) V – V – V – V
  • e) F – F – V – V

B (UFTM 2011) O esquema refere-se à situação da receita e da despesa do Estado francês na década de 1780.

As proposições citadas, de ampla repercussão no mundo contemporâneo, estão fundamentadas

A partir da observação dos dados, pode-se inferir

  • a) o equilíbrio da economia do país, obtido pela administração centralizada, típica do absolutismo.
  • b) a fragilidade das contas públicas, agravada pelo envolvimento do país em guerras externas, que aprofundaram a crise econômica.
  • c) a importância das taxas pagas pela nobreza, que compunham grande parte das receitas do poder público.
  • d) a necessidade de se aumentar o controle das fronteiras, para evitar a evasão de divisas para outros países europeus.
  • e) os efeitos das revoltas camponesas, que desestruturaram a produção rural e diminuíram a arrecadação de impostos.

E (IFSP 2011) No período da Convenção Republicana na França revolucionária (1792-93), girondinos e jacobinos ocupavam assentos opostos na Assembleia Republicana. Com lugares distintos, os dois grupos apresentavam também posições políticas divergentes: enquanto os girondinos eram moderados, os jacobinos tendiam ao radicalismo.

A tradição política uniu o local onde se sentavam à prática política, daí nascendo expressões que até hoje significam a moderação e o radicalismo em política, como os

  • a) ortodoxos e os pragmáticos.
  • b) da frente e os de trás.
  • c) avançados e os retrógrados.
  • d) republicanos e os monarquistas.
  • e) de direita e os de esquerda.

C (IFSP 2011) Antes de 1789, inúmeros problemas devastavam a França, o que a levou à grande revolução de 14 de Julho.

Assinale a alternativa que contém os fatores que propiciaram o surgimento da Revolução.

  • a) O decreto do Bloqueio Continental por Napoleão Bonaparte, o que levou praticamente toda a Europa a uma guerra. Esta, fazendo milhares de vítimas entre os franceses, trouxe um colapso à economia (pela diminuição da mão de obra) o que levou o país à revolução de 14 de julho.
  • b) A coroação de Luis XIV como o “rei Sol”. Monarca vaidoso e perdulário, construiu Versalhes, solapando as finanças francesas, o que levou o país a imensos deficits. Descontentes com a situação, filósofos iluministas pregavam a substituição da Monarquia por uma República e a luta entre monarquistas e republicanos levou ao início da Revolução.
  • c) O enorme deficit causado por altos gastos com a Corte e o pagamento de dívidas aliado às baixas receitas, recaindo todo o ônus dos impostos sobre o Terceiro Estado. Além disso, o ideário iluminista adotado pela burguesia fez com que esta se dispusesse a lutar por uma igualdade jurídica.
  • d) A França estava devastada pelas guerras de religião, havendo perseguições e assassinatos de huguenotes pelos católicos. Buscando a paz social, o rei Luis XIV estabeleceu o Edito de Nantes, trazendo a liberdade religiosa. Descontentes com a medida real, os católicos depuseram e aprisionaram o rei, o que deu início à revolução.
  • e) O surgimento da Revolução Industrial na França, o que levou milhares de camponeses às cidades, em busca de melhores condições de vida. Não encontrando trabalho (não conheciam o trabalho fabril), vivendo nas ruas e lançados à miséria, grande parte da população de Paris invadiu a Bastilha, buscando um teto para se abrigar do rigoroso inverno francês. O rei reagiu expulsando os invasores, o que deu início à revolução.